terça-feira, 8 de maio de 2012

Aeroporto Eleitoral: zangam-se as comadres descobrem-se as verdades - parte 4


ZANGAM-SE AS COMADRES, DESCOBREM-SE AS VERDADES – parte 4

A novela continua com os seus emocionantes capítulos reveladores. Até agora, apenas se insinuava a eleitorice da paternidade do puxadinho Leite Lopes. Agora é oficial. As divergências eleitoreiras entre as administrações municipal e estadual sobre a sandice do puxadinho do Leite Lopes foram oficializadas. A bandeira publicitária eleitoreira da administração municipal que presunçosamente se auto-classifica de brigar pelos interesses maiores de Ribeirão, ficou bem clara.  Artigo da administração municipal atacando a correspondente estadual, publicada pelo jornal A Cidade de 06/05/2012, é absolutamente direto: AEROPORTO ELEITORAL!

A atual administração municipal que nada tem feito de relevante, precisa de alguma coisa bombástica para justificar a sua existência. Apenas sobrou o Leite Lopes. A principio  uma obra supostamente fácil, porque parecia que se tratava  de resolver um pequeno problema administrativo envolvendo o Ministério Público Estadual e um TACzinho, e pronto: Ribeirão Preto teria um aeroporto de cargas internacional, com um imaginário e pujante Terminal de Cargas Alfandegado. Se tivesse conseguido, consagraria a política casuística e de puro marketing político e garantiria um ponto para a administração para uso nestas eleições de 2012 mas seria um verdadeiro desastre para Ribeirão.

Ao longo destes três  anos e meio descobriu que o problema não era administrativo mas insistiu no que não poderia ser feito: não poderia ser feita a expansão da pista. Sem pista com o comprimento mínimo necessário (3.300 metros), não seria possível operar aviões cargueiros e, se não tem avião para que serviria um Terminal de Cargas que não teria cargas para processar?

Descobriram então o ovo de Colombo: uma pista mais curta, que dê para o gasto de operar com meia carga. Se isso interessa para Ribeirão, se milhares  de famílias vão ser prejudicadas, se a cidade vai ter sérios problemas viários e de segurança, não tem a menor importância. O importante é instalar esse tal Terminal para receber o aval de grande administradora.

Vamos entender melhor a questão analisando alguns trechos desse artigo que passamos a transcrever:

“É inadmissível que o Leite Lopes venha outra vez ser utilizado como palanque político” [segundo a autora, por parte do governo do PSDB e seus aliados políticos visando as próximas eleições];

Realmente é inadmissível que isso possa acontecer, não apenas pelo PSDB como também por parte da autora do artigo, e dos aliados políticos de ambos os lados.

Ribeirão Preto precisa se libertar dos políticos provincianos que fazem qualquer coisa para aparecer na mídia e promover o marketing político eleitoreiro. Esta nossa opinião aplica-se diretamente às atuais administrações municipal e estadual. Vamos pensar em Ribeirão Preto macro e não no puxadinho de um aeroporto que não atende nem atenderá às necessidades presentes e futuras de nosso município. Ribeirão Preto precisa de político com viés estadista.

“É vergonhoso, por exemplo, que a Tead tenha vencido em 2003 uma licitação para a construção de um Galpão Alfandegário e o projeto, até hoje, não  tenha saído do papel. Passados 10 anos, ainda não colocaram um tijolo na obra. Que contrato é esse?”

Essa dúvida, que só agora a administração municipal conseguiu perceber só depois de brigar com a administração estadual, também faz parte do acervo do Movimento Pro Novo Aeroporto.

Ainda em Fevereiro deste ano, denunciou este privilégio de licitação por prazo indeterminado dado à empresa TEAD pelo governo do estado  ao Ministério Publico Estadual que está estudando esse contrato, aparentemente já vencido faz muito tempo e que somente está em vigor por obra de administrações publicas que querem usar esse empreendimento como marketing político eleitoral.  

O Movimento Pro Novo Aeroporto só deu conhecimento público desta denuncia depois que as comadres se zangaram. A denúncia foi feita com a devida antecedência, enquanto as comadres ainda trocavam juras de amor eterno.

Na tentativa de  garantirem os seus respectivos marketings eleitoreiros com o puxadinho no Leite Lopes todo o processo está emperrado e não anda porque erraram em diversos pontos e não tiveram a capacidade de entender que esse objetivo não pode ser atingido. Faltou visão e competência. Vejamos porquê:

Subestimaram a importância do TAC: Acharam que podiam ampliar a pista depois de resolverem o probleminha daquele TACzinho com o Ministério Publico com se fosse um caso administrativo de fácil solução. Descobriram que não era fácil, possível e que nem mesmo era um TAC mas sim uma sentença transitada em julgado.

Esqueceram da  exigência de EIA RIMA sobre o puxadinho: Começaram a fazer estudos sobre a ampliação, chegaram a algumas conclusões espatafúrdias e depois descobriram que tinham que fazer um Estudo de Engenharia chamado de EIA-RIMA e que este não é um documentozinho que certa empresa do Estado está habituada a fazer para rodovias, porque se trata de um aeroporto.

Não conseguiram uma empresa séria disposta a elaborar o EIA RIMA:  depois da surra técnico-cientifica que levaram em 2007 com o EIA-RIMA que apresentaram, dificilmente vão achar alguma empresa séria que se disponha a tentar demonstrar o que não pode acontecer, ou seja, ampliar o Leite Lopes no sitio onde está.

Não havendo a certeza da ampliação, não será possível usar o Leite Lopes na configuração atual para operação cargueira. Então, se não houver a certeza da ampliação, certamente que nenhum empresário de bom senso vai investir 25 milhões de Reais numa aventura, só para deixar feliz uma administração pública municipal em promover o seu marketing eleitoral, para as eleições que se aproximam.

A frase do artigo é a demonstração da mais pura desesperança no único projeto que poderia dar realce para quem não teve nenhum projeto político.

 “O aeroporto é uma necessidade, um importante braço de nosso futuro e do nosso desenvolvimento. Nossa região representa 7% das exportações brasileiras. Perdemos receitas para Campinas e Uberlândia. Com a morosidade do Galpão Alfandegário, milhares de empregos deixaram de ser criados.”

Realmente a autora está certa quando afirma que o aeroporto é uma necessidade importante. Mas erra quando atribui essa qualidade ao Leite Lopes. Somente será possível esse desenvolvimento com um aeroporto novo, adequado, seguro, que dignifique Ribeirão preto e a região. O aeroporto é o portal de entrada da região. Não pode ser medíocre, acanhado e distribuidor de guarda-chuvas aos passageiros  em dia de chuva nem de embarcar/desembarcar cadeirantes como se fossem embrulhos.

Não perdemos nenhuma receita com a falta do Terminal de Cargas porque o imposto é pago no município de origem do produto  inclusive o frete que é pago na sede local da transportadora e não no ponto de embarque. Assim se um produto é exportado por  Uberlândia ou por Campinas não envolve nenhuma tributação a menos que seja produzido em Ribeirão Preto. E embora a região represente  7% das exportações, a maior parte desses produtos não são embarcados de avião, tais como açúcar, etanol, laranja, máquinas pesadas, etc.

Mas a arrecadação municipal não pode ser a principal razão para ter um Terminal Alfandegado. É que Ribeirão Preto é a sede de uma região economicamente importante e só por isso tem que ter um bom aeroporto, incluindo um Terminal de Cargas. O Leite Lopes não serve, nem mesmo com o puxadinho.

Quanto à geração de empregos é claro que não é na casa dos milhares mas serão gerados sim, principalmente num aeroporto novo.

Nada justifica a insistência no puxadinho Leite Lopes. Vamos abandonar o provincionalismo canavieiro decadente e medíocre. O século 21 é o século dos aeroportos, conforme as sabias palavras do mestre Golfeto nos seus comentários no Jornal da Clube. Subentende-se que se trata de aeroportos decentes, a sério, e não a arremedos de aeroportos com puxadinho.

Para terminar, uma pequena correção ao artigo em análise:

“O PSDB está no comando do Estado desde 95 [...] Como as promessas sobre a ampliação do aeroporto – o discurso tem funcionado ao longo dos anos – o governadior e seus aliados em Ribeirão, lançam mão, de novo, do velho truque, com o objetivo de empurrar o problema com a barriga até à próxima eleição, para, mais uma vez, ganhar votos.”

A autora está enganada. O governo do estado não está empurrando com a barriga a ampliação do Leite Lopes. Somos nós que não estamos deixando se consumar tal estultice. É o Movimento Pro Novo Aeroporto, junto com as forças vivas e progressistas desta cidade que em conjunto com o Ministério Publico, que estamos enfrentando o governo do estado e os governos municipais sucessivos que querem impor a Ribeirão o Leite Lopes onde está, quando em 1995 a cidade, aqui incluindo o Executivo, o Legislativo e a Sociedade Civil, publicaram a lei que obrigavam a relocar o Leite Lopes.

As forças que nós chamamos de SLLQC estão cada vez mais enfraquecidas e desmoralizadas. Os panelaços são um bom indicador de que a população está cada vez mais esclarecida e certamente dará o seu BASTA! ao provincialismo retrógrado, agora em Outubro.

Em 2012 não vote em político de 3ª linha. Vote em estadista!


CONGONHAS EM RIBEIRÃO, NÃO!!!

Por isso

O LEITE LOPES FICA COMO ESTÁ
NOVO AEROPORTO, EM NOVA ÁREA, JÁ!








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