ZANGAM-SE AS COMADRES,
DESCOBREM-SE AS VERDADES – parte 4
A novela
continua com os seus emocionantes capítulos reveladores. Até agora, apenas se
insinuava a eleitorice da paternidade do puxadinho Leite Lopes. Agora é
oficial. As divergências eleitoreiras entre as administrações municipal e
estadual sobre a sandice do puxadinho do Leite Lopes foram oficializadas. A
bandeira publicitária eleitoreira da administração municipal que
presunçosamente se auto-classifica de brigar pelos interesses maiores de
Ribeirão, ficou bem clara. Artigo da
administração municipal atacando a correspondente estadual, publicada pelo
jornal A Cidade de 06/05/2012, é absolutamente direto: AEROPORTO ELEITORAL!
A atual
administração municipal que nada tem feito de relevante, precisa de alguma
coisa bombástica para justificar a sua existência. Apenas sobrou o Leite Lopes.
A principio uma obra supostamente fácil,
porque parecia que se tratava de
resolver um pequeno problema administrativo envolvendo o Ministério Público
Estadual e um TACzinho, e pronto: Ribeirão Preto teria um aeroporto de cargas
internacional, com um imaginário e pujante Terminal de Cargas Alfandegado. Se
tivesse conseguido, consagraria a política casuística e de puro marketing
político e garantiria um ponto para a administração para uso nestas eleições de
2012 mas seria um verdadeiro desastre para Ribeirão.
Ao longo
destes três anos e meio descobriu que o
problema não era administrativo mas insistiu no que não poderia ser feito: não
poderia ser feita a expansão da pista. Sem pista com o comprimento mínimo
necessário (3.300 metros), não seria possível operar aviões cargueiros e, se
não tem avião para que serviria um Terminal de Cargas que não teria cargas para
processar?
Descobriram
então o ovo de Colombo: uma pista mais curta, que dê para o gasto de operar com
meia carga. Se isso interessa para Ribeirão, se milhares de famílias vão ser prejudicadas, se a cidade
vai ter sérios problemas viários e de segurança, não tem a menor importância. O
importante é instalar esse tal Terminal para receber o aval de grande
administradora.
Vamos
entender melhor a questão analisando alguns trechos desse artigo que passamos a
transcrever:
“É inadmissível que o Leite Lopes venha outra vez ser
utilizado como palanque político” [segundo a autora, por parte do governo do
PSDB e seus aliados políticos visando as próximas eleições];
Realmente é
inadmissível que isso possa acontecer, não apenas pelo PSDB como também por parte
da autora do artigo, e dos aliados políticos de ambos os lados.
Ribeirão
Preto precisa se libertar dos políticos provincianos que fazem qualquer coisa
para aparecer na mídia e promover o marketing político eleitoreiro. Esta nossa
opinião aplica-se diretamente às atuais administrações municipal e estadual.
Vamos pensar em Ribeirão Preto macro e não no puxadinho de um aeroporto que não
atende nem atenderá às necessidades presentes e futuras de nosso município.
Ribeirão Preto precisa de político com viés estadista.
“É vergonhoso, por exemplo, que a Tead tenha vencido em
2003 uma licitação para a construção de um Galpão Alfandegário e o projeto, até
hoje, não tenha saído do papel. Passados
10 anos, ainda não colocaram um tijolo na obra. Que contrato é esse?”
Essa dúvida,
que só agora a administração municipal conseguiu perceber só depois de brigar
com a administração estadual, também faz parte do acervo do Movimento Pro Novo
Aeroporto.
Ainda em
Fevereiro deste ano, denunciou este privilégio de licitação por prazo
indeterminado dado à empresa TEAD pelo governo do estado ao Ministério Publico Estadual que está
estudando esse contrato, aparentemente já vencido faz muito tempo e que somente
está em vigor por obra de administrações publicas que querem usar esse
empreendimento como marketing político eleitoral.
O Movimento
Pro Novo Aeroporto só deu conhecimento público desta denuncia depois que as
comadres se zangaram. A denúncia foi feita com a devida antecedência, enquanto
as comadres ainda trocavam juras de amor eterno.
Na
tentativa de garantirem os seus
respectivos marketings eleitoreiros com o puxadinho no Leite Lopes todo o
processo está emperrado e não anda porque erraram em diversos pontos e não
tiveram a capacidade de entender que esse objetivo não pode ser atingido.
Faltou visão e competência. Vejamos porquê:
Subestimaram a importância do TAC: Acharam que podiam ampliar a pista
depois de resolverem o probleminha daquele TACzinho com o Ministério Publico
com se fosse um caso administrativo de fácil solução. Descobriram que não era
fácil, possível e que nem mesmo era um TAC mas sim uma sentença transitada em
julgado.
Esqueceram da exigência de EIA RIMA sobre o puxadinho: Começaram a fazer estudos sobre a
ampliação, chegaram a algumas conclusões espatafúrdias e depois descobriram que
tinham que fazer um Estudo de Engenharia chamado de EIA-RIMA e que este não é
um documentozinho que certa empresa do Estado está habituada a fazer para rodovias,
porque se trata de um aeroporto.
Não conseguiram uma empresa séria
disposta a elaborar o EIA RIMA: depois da surra técnico-cientifica que
levaram em 2007 com o EIA-RIMA que apresentaram, dificilmente vão achar alguma
empresa séria que se disponha a tentar demonstrar o que não pode acontecer, ou
seja, ampliar o Leite Lopes no sitio onde está.
Não havendo a certeza da ampliação, não será possível usar o Leite
Lopes na configuração atual para operação cargueira. Então, se não houver a
certeza da ampliação, certamente que nenhum empresário de bom senso vai
investir 25 milhões de Reais numa aventura, só para deixar feliz uma
administração pública municipal em promover o seu marketing eleitoral, para as eleições que se aproximam.
A frase do
artigo é a demonstração da mais pura desesperança no único projeto que poderia
dar realce para quem não teve nenhum projeto político.
“O aeroporto é
uma necessidade, um importante braço de nosso futuro e do nosso desenvolvimento.
Nossa região representa 7% das exportações brasileiras. Perdemos receitas para
Campinas e Uberlândia. Com a morosidade do Galpão Alfandegário, milhares de
empregos deixaram de ser criados.”
Realmente a
autora está certa quando afirma que o aeroporto é uma necessidade importante.
Mas erra quando atribui essa qualidade ao Leite Lopes. Somente será possível
esse desenvolvimento com um aeroporto novo, adequado, seguro, que dignifique
Ribeirão preto e a região. O aeroporto é o portal de entrada da região. Não
pode ser medíocre, acanhado e distribuidor de guarda-chuvas aos
passageiros em dia de chuva nem de
embarcar/desembarcar cadeirantes como se fossem embrulhos.
Não
perdemos nenhuma receita com a falta do Terminal de Cargas porque o imposto é
pago no município de origem do produto inclusive
o frete que é pago na sede local da transportadora e não no ponto de embarque.
Assim se um produto é exportado por
Uberlândia ou por Campinas não envolve nenhuma tributação a menos que
seja produzido em Ribeirão Preto. E embora a região represente 7% das exportações, a maior parte desses
produtos não são embarcados de avião, tais como açúcar, etanol, laranja,
máquinas pesadas, etc.
Mas a
arrecadação municipal não pode ser a principal razão para ter um Terminal
Alfandegado. É que Ribeirão Preto é a
sede de uma região economicamente importante e só por isso tem que ter um bom
aeroporto, incluindo um Terminal de Cargas. O Leite Lopes não serve, nem mesmo com o puxadinho.
Quanto à
geração de empregos é claro que não é na casa dos milhares mas serão gerados
sim, principalmente num aeroporto novo.
Nada
justifica a insistência no puxadinho Leite Lopes. Vamos abandonar o
provincionalismo canavieiro decadente e medíocre. O século 21 é o século dos
aeroportos, conforme as sabias palavras do mestre Golfeto nos seus comentários
no Jornal da Clube. Subentende-se que se trata de aeroportos decentes, a sério,
e não a arremedos de aeroportos com puxadinho.
Para
terminar, uma pequena correção ao artigo em análise:
“O PSDB está no comando do Estado desde 95 [...] Como as
promessas sobre a ampliação do aeroporto – o discurso tem funcionado ao longo
dos anos – o governadior e seus aliados em Ribeirão, lançam mão, de novo, do
velho truque, com o objetivo de empurrar o problema com a barriga até à próxima
eleição, para, mais uma vez, ganhar votos.”
A autora
está enganada. O governo do estado não está empurrando com a barriga a
ampliação do Leite Lopes. Somos nós que
não estamos deixando se consumar tal estultice. É o Movimento Pro Novo
Aeroporto, junto com as forças vivas e progressistas desta cidade que em
conjunto com o Ministério Publico, que estamos enfrentando o governo do estado
e os governos municipais sucessivos que querem impor a Ribeirão o Leite Lopes
onde está, quando em 1995 a cidade, aqui incluindo o Executivo, o Legislativo e
a Sociedade Civil, publicaram a lei que obrigavam a relocar o Leite Lopes.
As forças que
nós chamamos de SLLQC estão cada vez mais enfraquecidas e desmoralizadas. Os
panelaços são um bom indicador de que a população está cada vez mais
esclarecida e certamente dará o seu BASTA!
ao provincialismo retrógrado, agora em Outubro.
Em 2012 não vote em político de 3ª linha. Vote em
estadista!
CONGONHAS EM RIBEIRÃO, NÃO!!!
Por
isso
O LEITE LOPES FICA COMO ESTÁ
NOVO AEROPORTO, EM NOVA ÁREA, JÁ!
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