segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O Movimento Responde

Marcelo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "DE NOVO A FARSA DEMAGÓGICA DE POLITICOS SEM POLITI...":

Caro Marcelo

É sempre muito importante para nós recebermos criticas sobre os nossos posicionamentos. É assim que se procedem os debates sobre qualquer tema, inclusive o aeroporto de Ribeirão.

Para nós o Leite Lopes deveria ficar como está, enquanto se constrói um novo, adequado às necessidades atuais e possível de se ampliar, sem danos sócioambientais, quando o desenvolvimento regional assim o exigir. Depois do novo aeroporto entrar em operação, determinar outro uso aeronáutico e aviônico para o Leite Lopes.

Se esse novo aeroporto for regional ou internacional nós não discutimos. Não concordamos é que esse aeroporto seja o Leite Lopes.

Como até agora ninguém conseguiu demonstrar a inevitabilidade de que  apenas poderá existir progresso se for feito o puxadinho no Leite Lopes, a essência da discussão não está no aeroporto internacional para Ribeirão mas sim se pode ser no Leite Lopes ou se deveria ser construído outro, novo, em área adequada com área suficiente para conter o aeroporto necessário hoje mas com condições de conter o aeroporto que Ribeirão irá também necessitar no futuro. Nesse futuro o Leite Lopes não se encaixa.

Como até ao presente momento, após três EIA-RIMA’s ninguém conseguiu demonstrar que o futuro de Ribeirão pode ser garantido com o Leite Lopes, ampliado ou não, parece que não é o Movimento Pro Novo Aeroporto que fala bobagens. Permita-nos então comentar as suas afirmações e para isso tomamos a liberdade de fazê-lo dentro de seu próprio texto, mudando apenas a cor da fonte para facilitar a comunicação.


Veja, eu até ia responder a esse monte de bobagens que foi escrita não sei por quem !!??

Os nossos textos são elaborados por uma equipe de articulistas e representam não apenas a opinião de  cada um mas também a do Movimento. Por isso não são assinados.


Dizem que é um movimento mas ninguém coloca nome. Ah!! lembrei é força viva.

O Movimento tem nome sim: Movimento Pro Novo Aeroporto e fazemos parte das forças vivas de verdade, desta cidade. É claro que não participamos das outras forças, auto proclamadas vivas, mas que só têm conseguido levar Ribeirão ao caos. Basta ler os jornais e assistir aos noticiários.


Ok. Força Viva, o que vejo é que Ribeirão quer sim o aeroporto internacional de cargas no Leite Lopes,

Não compartilhamos de sua opinião. Ribeirão Preto e região querem um aeroporto decente, não uma imitação ridícula como seria o Leite Lopes ampliado.

E, veja só, isso desde 1995, quando foi exigida a relocação do Leite Lopes através da Lei Complementar 501 de 31/10/1995 e após amplas e democráticas discussões entre  a Sociedade Civil (COMUR)[i] e o governo municipal com adesão de pelo menos 74 entidades, representativas de nossa sociedade e de várias Universidades.

E o que é mais interessante é sabermos que o aeroporto internacional a que se refere não permite a operação das aeronaves que a propaganda alardeia porque simplesmente não terão pista com comprimento suficiente para isso.

Querem  sim um aeroporto internacional para importação, para pouso de  aeronaves com o  peso reduzido pelo consumo  de combustível  durante o voo e operando indevidamente com toda a pista disponível (a outorgada mais a dita “recuada”) apenas para beneficiar uma empresa que terá 30 anos para explorar o Leite Lopes, com bastante lucro,  impedindo Ribeirão Preto de ter um aeroporto decente porque, findo o prazo de concessão, não haverá mais espaço disponível para construir um novo aeroporto.

Além de não se preocuparem que estarão cerceando o desenvolvimento da região, menos ainda se importam com os danos socioambientais gravíssimos e o risco aeronáutico que querem impor à cidade, em razão da busca insensata do lucro.

Lucro esse que também poderá ser obtido na operação num aeroporto novo, adequado, com pista completa, ampliável conforme a necessidade de operações seguras de equipamentos de maior porte que viriam a operar num aeroporto apropriado mas  que nunca irão operar no Leite Lopes, mesmo na hipótese remota de sua ampliação: Pista curta e insegura.


e que meia dúzia de pessoas resistem em serem desapropriadas para a efetivação dessa obra.

Essa “meia dúzia”, na verdade, são 6.600 proprietários de lotes urbanos de loteamentos aprovados, com escritura e registro em cartório, além de possuírem Habite-se e que serão atingidas pela Zona 2 de Ruídos do Plano Específico de Zoneamento de Ruídos (PEZR) do Leite Lopes, imposto compulsoriamente  à cidade em 1984. Se considerarmos a média de 3,7 pessoas por lote, essa “meia dúzia” de pessoas serão mais de 24.000 e que não serão desapropriadas mas sim prejudicadas nos seus direitos de uso do solo adquiridos muito antes da aprovação do PEZR.
                                  
Seria interessante se informar melhor e para isso sugerimos continuar acessando o nosso blog, onde essas informações são devidamente divulgadas e não constituem nem palpites ou opiniões pessoais mas apenas retratam a realidade, nua e crua.


Não vejo movimento, pelos quatro cantos da cidade, tentando impedir a internacionalização do aeroporto,

Realmente não vê porque a imprensa só divulga noticias que defendem o puxadinho como sendo uma alternativa viável e única e tem o péssimo hábito de não divulgar as nossas atividades, manipulando a opinião publica no sentido que esse puxadinho é unanimidade na cidade.

Se a imprensa divulgasse que existem opiniões sérias, contrárias ao puxadinho, saberia que somos um pouco mais que essa “meia dúzia”, tanto assim é que, através de nossos eventos e palestras, já coletamos muito mais que 5.000 assinaturas em abaixo assinados.  

E o nosso objetivo,  voltamos a repetir, não é contra a internacionalização do Leite Lopes mas sim contra a continuação de gastar dinheiro público, ou seja o nosso rico dinheirinho,  em algo inútil (ampliação do Leite Lopes) em lugar de construir um novo aeroporto que até poderá ser internacional,  pelo mesmo custo, e que já poderia estar construído e operando não fosse a insistência pelo puxadinho Leite Lopes.

Podemos, portanto, concluir que a sua afirmativa é consolidação  de falta de informação adequada, fruto de uma campanha de manipulação da opinião pública para deturpar a verdade.


ao contrário, vejo que, tirando essa meia dúzia, o restante da população de Ribeirão e região são a favor dessa obra. Tenho absoluta certeza que muitas pessoas que residem no entorno estão torcendo prá essa obra se concretizar para que possam mudar e começar vida nova em outro lugar, com infraestrutura e tudo mais que um bairro deve ter.

Aqui nos parece que supostamente todo o entorno do Leite Lopes seja composto por favelas, onde falta toda a infraestrutura que um bairro deva ter.

Como já afirmamos diversas vezes o entorno do Leite Lopes é formado por muitos bairros provenientes de loteamentos aprovados e registro em Cartório e que contêm  a infraestrutura mínima necessária, tais como ruas pavimentadas com galerias de águas pluviais, com guias e calçadas, iluminação publica, rede de esgoto e de água potável, rede de iluminação, tem escolas, creches, postos de saúde, comércio e muitas outros melhoramento urbanos. Não tanto como tem na zona sul mas isso é por um problema de segregação social, que não tem nada a ver com o aeroporto mas sim com a ideologia de poder que se instalou em Ribeirão faz algumas décadas.

Algumas pessoas estão interessadas em sair porque morar junto a um aeroporto eventualmente  cargueiro internacional ninguém merece.

Outras pessoas, mal informadas pela campanha midiática de manipulação da opinião  publica, acreditam que a região vai ser muito valorizada. Esquecem-se do óbvio: se isso fosse verdade, não haveriam tantos investimentos imobiliários na zona sul porque estariam sendo deslocados para o entorno do Leite Lopes.

Como isso não está ocorrendo, a falácia da propaganda enganosa do Papai  Noel Leite Lopes,  é desmascarada pelos fatos.


Sei que vcs vão rebater tudo que digo aqui, mas isso agora não importa, a vida segue e vamos torcer pelo Leite Lopes.
Postado por Marcelo no blog * Congonhas em Ribeirão Não! * em 19 de fevereiro de 2013 13:32

O nosso objetivo não é rebater opiniões mas sim estabelecer um debate baseado em fatos objetivos sem partidarismos ou outra ideologia que não seja torcer pelo melhor para Ribeirão Preto.

Certamente que vamos torcer para que o Leite Lopes tenha uma utilização adequada à sua função e localização (dentro de área urbana) mas não como aeroporto. Essa nova utilização será implantada  após a construção e a entrada em operação do  novo aeroporto que vai ser construído e que Ribeirão Preto exige desde 1995.

Acreditamos ter iniciado um diálogo  por isso é importante que surjam opiniões divergentes estabelecendo-se um debate sério, sereno, sem demagogias e sem preconceitos.

O Movimento Pro Novo Aeroporto é composto por gente simples que mora no entorno do Leite Lopes e em muitos outros bairros porque o Leite Lopes atrapalha a cidade inteira. E entre essa gente simples, também temos arquitetos, engenheiros, biólogos, geógrafos, sociólogos, juristas, professores de todos os níveis, incluindo universitários e alguns até com pós-doutorado, entre muitas outras profissões e atividades. Até alguns pilotos fazem parte do Movimento.

São todos pessoas simples que não têm medo de debater ideias. Infelizmente uma parte dos defensores do puxadinho do Leite Lopes ainda são arredios a qualquer controvérsia que os contestem.

Agradecemos a sua colaboração e esperamos poder continuar este nosso debate.


[i] COMUR Conselho Municipal de Urbanismo

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O MOVIMENTO RESPONDE

Caro Mario

É sempre um prazer receber os seus comentários porque permitem estabelecer um diálogo com os defensores do que chamamos de “puxadinho”. Esse diálogo sempre foi impedido pelas forças que supostamente se consideram ainda como as forças vivas da cidade.
Permita-nos responder no seu próprio texto, com a alteração da cor da fonte.

R.Preto, 04 de fevereiro de 2013
Prezado amigo,
Concordo com você em todos os seus argumentos seja em gênero, numero e grau, porem cabe aqui lembrar que o Aeroporto Leite Lopes não é um aeroporto novo, ele foi inaugurado no dia 2 de abril de 1939 e a ampliação da sua pista foi realizada logo em seguida, ou seja, ainda na década de 1940, porem a partir daí ele fora completamente esquecido pelas autoridades e por segmentos da sociedade; ninguém mais se lembrou dele.

Em 1939 o Leite Lopes não era um aeroporto mas apenas um aeródromo onde funcionava um aeroclube, que ainda está ativo. Para ser aeroporto são indispensáveis a existência permanente de facilidades que na época o aeródromo não dispunha.

Em 1945, o eng. Oliveira Reis apresentou à prefeitura um projeto de Plano Diretor no qual se propunha a expansão da cidade para outro eixo que não o da Zona Leste e também a expansão da área patrimonial do  Leite Lopes  para permitir futuras ampliações em razão do desenvolvimento das aeronaves. Esse projeto foi guardado e ficou décadas perdido nos escaninhos da burocracia pública e da burrocracia política.
(Materia completa  para consulta: páginas 6 à 11 da Revista Painel da AEAARP-Assoc. Eng. Arq. e Agron. de Ribeirão Preto , nº 199 de Outubro de 2011- http://www.aeaarp.org.br/images/revista/20111111_123758_painel-199.pdf  )


 Cabem aqui  três considerações:

Em primeiro lugar a genialidade do eng. Oliveira Reis introduzindo um conceito inédito para a época – Plano Diretor – que somente a partir de 1988 se tornou obrigatório mas que ainda hoje está difícil de ser implantado em Ribeirão Preto.  Isso significa que Ribeirão Preto sempre dispôs de gente competente mas que é cerceada por políticos e, o que é pior, políticos incompetentes, de terceira linha.

Em 1945 nunca se poderia imaginar o porte das aeronaves que hoje dispomos. Os aviões da época eram muito pequenos comparados com  os grandes cargueiros de hoje.  E o Eng. Oliveira Reis já antevia a necessidade de ampliação do Leite Lopes e, pasmem, para uma área patrimonial do porte que nós pleiteamos para o novo aeroporto de Ribeirão: 2000 hectares.

Como não poderia deixar de ser, a conclusão óbvia: o maior entrave ao desenvolvimento sustentável de Ribeirão Preto está na nossa classe política que permanece ativa na cidade graças ao apoio de uma pseudo elite que ainda vive mentalmente nos tempos áureos dos canaviais em torno de uma cidade grande do interior e que não consegue enxergar que Ribeirão Preto é o centro de uma região metropolitana.

                                                  
Antes largado, o tempo foi passando, ficou em total degradação, o seu entorno então foi sendo invadido por favelas aos olhos das antigas Administrações Municipais, o Joquey Clube esquecido e inoperante; enquanto isso Ribeirão só crescia para o outro lado, com a construção de grandes Shoppings e outros empreendimentos imobiliários; a partir da linha férrea tudo para cima era lixo...


O entorno  do Leite Lopes foi ocupado por favelas, assim como todo o entorno da cidade nas décadas de 80 e 90, graças à tal campanha de que “Ribeirão é a Califórnia Brasileira”.

Os empreendimentos imobiliários assim como o corte manual da cana trouxeram para a região grandes levas de migrantes que se dispunham a um trabalho pesado e mal remunerado por falta de opção nas suas cidades de origem.

Finalizado o serviço, os empresários se “esqueciam” que eles tinham que retornar e foram simplesmente abandonados e, não dispondo de  mais postos de trabalho, esse pessoal foi obrigado a se estabelecer em algum lugar. Esse “algum lugar” tem nome: favela.

Favelas geradas pela miséria que garantiu o lucro de empresas sucroalcooleiras e da construção civil que ainda sustentam a base política em Ribeirão.



Finalmente só em 1996 é que lembraram dele; fizeram então uma bela reforma; veja você, foi preciso passarem 57 anos, repito cinquenta e sete anos sem que ninguém tivesse feito absolutamente nada por ali para então só depois lembrarem dele outra vez.
 

Neste ponto somos obrigados a divergir. Fizemos sim. No plano diretor ficou estabelecido que o Leite Lopes deveria ser relocado. Isso foi em 1995.

Infelizmente as mesmas  forças políticas não se mobilizaram do mesmo modo como ocorreu em Bauru (só para dar um exemplo) e se recusaram a cumprir a legislação municipal, principalmente quando surgiram interesses internacionais específicos sobre o Leite Lopes.



Com a cooperação da Prefeitura de Ribeirão Preto, do Ministério da Aeronáutica e do DAESP (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), a pista de pouso passou de 1.800 m para 2.100 m e a de taxiamento de 730 m para 2.100 m.

O novo pátio de estacionamento com uma área total de 27.600 metros quadrados pode receber simultaneamente oito aeronaves Fokker F-100 ( jato de porte médio, com capacidade para 108 passageiros ) ou Boeings B-737 e para uma maior proteção e segurança nas operações noturnas de pouso e decolagem foi instalada uma nova cabina de força recuperando todo o seu sistema elétrico; finalmente fizeram o balizamento das pistas e implantaram uma nova iluminação nos pátios.
 

Temos aqui dois problemas de não cumprimento da legislação:

Em primeiro lugar contrariaram um dispositivo legal que mandava relocar o Leite Lopes e  em segundo lugar fizeram a reforma às escondidas, na candonga, sem cumprir a exigência de ser feito um Estudo de Engenharia, o nosso velho conhecido EIA-RIMA que analisasse essa ampliação.

Se esse estudo de Engenharia tivesse sido feito e a legislação municipal cumprida, hoje teríamos um novo e excelente aeroporto com pista operacional com 2.100 metros e com capacidade de ser ampliada o necessário para receber equipamentos de porte cargueiro, sem causar nenhum dano à cidade e à sua população.  Estaria localizado em área rural com plano diretor especifico.

É importante não esquecermos que cidadão é aquele que cumpre a lei. Quem não cumpre, é fora-da-lei.

Logo os culpados por Ribeirão Preto e região não disporem de um aeroporto decente são exatamente os citados: prefeitura municipal e o  DAESP. Que se recusaram a cumprir a lei. Logo, demonstraram que cidadania não é um de seus pontos fortes.  

A aeronáutica ainda colaborou um pouco contra essa aberração da ampliação em 1996, quando exigiu o recuo de 300 metros na cabeceira 18 e, portanto, a pista que tinha 1.800 metros, foi ampliada na candonga para 2.100 e depois recuada para 1.800 metros por causa do recuo da cabeceira 18. Parece que foi um ato não muito inteligente.

Só para finalizar este comentário, já imaginou esses  8 equipamentos estacionados simultaneamente e os passageiros embarcando e desembarcando através de pontes móveis em lugar daquelas escadas ridículas? Cadeirantes tendo garantidos os seus direitos de acessibilidade sem precisarem de  ser “carregados” como se fossem embrulhos?

Será que nessas obras todas, esses conceitos foram esquecidos ou será que não existe espaço disponível para serem usadas essas pontes móveis?

Por outro lado, todas essas maravilhas operacionais citadas também vão ocorrer num aeroporto novo com capacidade de futuras expansões. Acreditamos piamente que Ribeirão será uma grande região metropolitana e 8 pontos embarque/desembarque serão insuficientes em pouco tempo.

E não teremos como construir esse aeroporto porque o terminal da TEAD terá 30 anos de concessão e, após esse prazo, não teremos nenhum outro local para construí-lo Problema igual à Grande  S. Paulo. Precisam de um aeroporto novo e nem conseguem saber onde terão área disponível e adequada.

Falta de previsão? Falta de competência? Ou será o velho “pensar pequeno” que conduziu a essa situação. Porque é que pensar grande em Ribeirão Preto é considerado pecado?


Em resumo, o que eu quero dizer é : Porque só agora, “na altura do campeonato”, apareceram os “patriotas” de primeira ocasião exigindo um Aeroporto maior e melhor, porque não fizeram isso muito antes, porque não esclareceram ainda em tempo (e olha que houve muito tempo para isso) o povo da nossa cidade de que aquele aeroporto já estava obsoleto, que Ribeirão merecia coisa bem melhor e que como você diz com o seu brado : “povo esclarecido jamais será vencido” ?
 

Os “patriotas” de primeira ocasião são exatamente os que lutam contra a construção de um aeroporto  novo e insistem na ampliação do Leite Lopes mesmo depois que já ficou demonstrada a sua inviabilidade.

Tanto assim é que até o DAESP reconheceu esse fato e se comprometeu em acordo homologado pelo Judiciário em não mais tentar ampliar a pista do Leite Lopes.

Porque então, resolveram voltar ao assunto em lugar de começarem os estudos para a construção do aeroporto que Ribeirão e região necessitam? Se tivessem feito isso já teríamos o aeroporto novo construído.

Além do mais, não podemos esquecer que, já na década de 70, o Prof. Romeu Corsini, da USP de São Carlos já tinha detectado a inviabilidade técnica do Leite Lopes como aeroporto e elaborou um estudo locacional para o novo aeroporto de Ribeirão Preto fora da área urbana.

Temos inúmeros trabalhos indicando a necessidade de um aeroporto novo. Só alguns setores, ligados ao governo estadual é que insistem na ampliação do Leite Lopes. É um tema que já se tornou monótono: a engenharia contra a burrocracia pública.

É esse debate que precisa ser feito. Por isso o nosso brado de que Povo esclarecido jamais será iludido. Essa parte do esclarecimento nós fazemos.

Os setores ligados aos interesses da ampliação do Leite Lopes é que recusam o debate. A falta de cobertura da imprensa  de qualquer evento a favor do novo aeroporto que o Movimento costuma promover é a comprovação dessa política que certos setores econômicos impõem em Ribeirão.


Deveriam sim ter lutado naquela época para conseguirem junto ao Governo Estadual e Federal uma verba necessária para poderem realizar tal intento e não agora que “o prato está feito” vão querer tumultuar, politizaR e discriminar tudo o que está por vir,jogando é claro e como sempre para as elites toda a culpa pelo mal que hoje não conquistaram.

 
A responsabilidade de obtenção de verba para o novo aeroporto não é nossa. O órgão que está encarregado da gestão aeroportuária de S. Paulo chama-se DAESP e faz parte do Governo Estadual. O DAESP não cumpriu a sua obrigação

Nós não politizamos nada nem descriminamos ninguém nem entidades, mesmo as que são ardorosas adversárias de nossas posições.  O inverso já não é verdadeiro.

Agora querer tirar a responsabilidade da má gestão política desta cidade das pretensas elites, nós não podemos tirar.

É tudo isso que está por aí.Basta ler os jornais e assistir aos noticiários. A arrogância, o despreparo e a falta de respeito dessas elites para a cidade é notória.  Basta ver o Plano de Resíduos Sólidos, com a polêmica que se formou em torno de um tema simples e já resolvido em outras cidades. As novas linhas de ônibus, a Planta Genérica de Valores, os vazamentos de esgoto e de água, e tantos outros problemas urbanos não são criticados por partidarismos nem resultado de tumultos, mas simplesmente por incompetência.

A mesma incompetência publica que insiste na ampliação do Leite Lopes e fica mentindo que vai começar as obras quando não tem nada licenciado.


Agora meu amigo “Inês é morta”, tarde demais para qualquer tipo de manifestação, não adianta mais derramarem “lágrimas de crocodilo”; na atual conjuntura o ” trem já passou”,“ficaram a ver navios”, vão continuar brandando em vão, infelizmente não tem mais volta para tal reivindicação e pelo “andar da carruagem” essa luta de vocês agora ficou irreversível; o que está faltando mesmo é um pouco mais de bom senso e "mea-culpa".
 
Porquê? Por acaso já começaram alguma coisa ou apenas disseram que iam fazer a ampliação da pista quando na verdade apenas estão preparando o acesso ao Terminal de Cargas?

Na verdade é agora que vamos resolver de uma vez por todas a construção do novo aeroporto e depois dar uma utilização ao Leite Lopes como centro aeronáutico e aviônico, transformando-o num centro de excelência em aeronáutica, já que Ribeirão Preto dispõe de uma estrutura universitária e de escolas técnicas apta a dar suporte a essa futura atividade.  Este sim é um bom projeto para Ribeirão porque vai gerar empregos de qualidade e consolidar a sua nova tradição de ensino de ponta.


Para terminar, quero lembrá-lo que uma segunda pista no local não é tão necessária assim como parece, necessário seria triplicarmos a área do terminal de passageiros imediatamente para darmos maior vazão a essa demanda que hoje já está reprimida e para o suporte que é necessário para uma futura e grande operação de carga no local, pode deixar que isso com o tempo irá surgir; com certeza novos empreendimentos nas suas cercanias vão suprir dando suporte a infraestrutura que hoje é também necessária.
Veja você que Congonhas e Viracopos operam ainda hoje com uma única pista nos seus Aeroportos e nem por isso deixaram de funcionar a contento.


Nunca afirmamos que deveria ser aberta uma segunda pista no Leite Lopes.

O que afirmamos é que hoje em dia não se pode projetar um aeroporto regional de grande porte sem prever uma segunda pista. Viracopos tem uma só pista e ficou paralisado por mais de 48 horas. Congonhas já deveria estar fechado para voos que não de aviação geral e do mesmo modo o aeroporto de Santos Dumont no Rio.

A justificativa para a ampliação do Leite Lopes é falsa. A exploração comercial de um Terminal de Cargas é um problema de viabilidade do investidor e insiste-se em que seja implantado no Leite Lopes porque num aeroporto novo a licitação perderia a validade e o interessado teria que enfrentar concorrentes fortes. Além do fato de que o DAESP, seguindo a linha ideológica do governo estadual, quer entregar para a iniciativa privada os aeroportos rentáveis, preparando-os para isso com dinheiro público.

Por isso é que a ampliação do Leite Lopes não  segue os valores técnicos mas sim os políticos-ideológicos. E será rentável apenas para o empreendedor mas não para Ribeirão Preto.

Precisamos pensar tendo como alvo o futuro.  


Está tudo acabado? O que poderemos fazer então? :
Reivindicar junto aos nobres Vereadores da Cidade, que elaborem um projeto de lei exigindo da Prefeitura uma reserva em dinheiro estipulando um certo percentual sobre o montante total a ser cobrado com a nova arrecadação que se dará através dos pagamentos de taxas e impostos e que irão recair sobre essa nova movimentação de carga gerada com a implantação desse Aeroporto Internacional.
A Prefeitura por sua vez poderá ir fazendo um caixa e sem depender de ninguém, aos poucos, terá tempo para definir um local mais distante e apropriado para realizar essa tão sonhada e desejada conquista - Ribeirão Preto merece.

Não precisamos de nada disso. A Prefeitura de Maringá criou uma empresa e construiu o seu aeroporto, com os seus próprios recursos. Começou o licenciamento em 1994 e terminou a obra em 2000. Todos os municípios com administrações inteligentes e proativas construíram os seus aeroportos  ou o segundo (Bauru, Araçatuba, entre outros) na década de 90, na mesma época em que Ribeirão Preto também exigiu o novo aeroporto.

O aeroporto de Maringá apresenta  o mesmo potencial atual do Leite Lopes mas em área compatível com as ampliações  previsíveis e com o Terminal de Passageiros adequado ao uso de pontes móveis. Ou seja, ainda existe luz no final do túnel. Em Ribeirão, essa luz está apagada por causa da administração municipal muito rasteira  e submissa a uma administração estadual que exige que Ribeirão Preto não disponha de um aeroporto decente apenas para beneficiar uma empresa de cargas aéreas.

Mas pelo menos de um ponto nós estamos  unidos: Ribeirão Preto merece um aeroporto decente, já. E vai ter!


sábado, 16 de fevereiro de 2013

DE NOVO A FARSA DEMAGÓGICA DE POLITICOS SEM POLITICA ALGUMA

Parte 3 - ampliação travestida de deslocamento de pista e o Milagre Econômico do Santo Terminal de Cargas

SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só a ampliação do Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

Quando foi dada noticia do “fantástico” evento entre a prefeitura e o DAESP onde ficou decidido que apartamentos que iriam ser distribuídos na lista de inscritos na COHAB seriam desviados para as comunidades-favelas a serem erradicadas para a tal ampliação da pista, ficou muito  claro um ato de prepotência típico de duas entidades políticas – estado e município – que não têm nenhuma política pública. E o interessante é que a imprensa local nem se manifestou a respeito.

E a notícia veiculada pelo site da prefeitura afirmava:

Diante dessa nova situação e definida a necessidade da saída das famílias da “Curva de Ruído”, o Daesp estará desimpedido para o início das obras de deslocamento da pista em 500 metros na direção da avenida Thomás Alberto Whatelly,

Como é que o DAESP ficou desimpedido para executar obras proibidas? Quem deu o aval?

Todas essas medidas levam em conta o TAC- Termo de Ajustamento de Conduta,- assinado em 2008 com o Ministério Público

Será que é verdade? Por acaso o Ministério Público já confirmou essa tese? E a imprensa, por acaso foi confirmar essa versão junto ao MP?

É claro que não. A função da imprensa local é só divulgar as noticias auspiciosas sobre o Leite Lopes mas está proibida de analisar, contestar e inclusive de noticiar algo que possa contradizer a propaganda oficial.


TENTATIVA DE ESCONDER A AMPLIAÇÃO DE PISTA

Bom, o acordo entre o MP e o DAESP determina que a pista não pode ser ampliada.

O DAESP e os interessados no Terminal de Cargas Internacional da TEAD, na vã tentativa de lograrem os termos do acordo feito, afirmam que se deslocar a pista, a partir  da cabeceira 18 (lado do bairro Quintino Facci I) com o mesmo comprimento atual, não fere o acordo porque se trata apenas de um pequeno deslocamento, aumentando o recuo que segundo eles não é pista.

O recuo era inicialmente de “apenas” 300 metros, agora  querem que seja “apenas” de 500 metros. Imagine-se então que tivessem optado por “apenas” 1.000 metros ou 2.500 metros de  deslocamento que, somando-se aos 2.100 existentes, seriam “apenas” e respectivamente 2.400, 2.600, 3.500 ou 4.600 metros de comprimento final de pista.

Isso não seria uma ampliação, “apenas” um pequeno deslocamento, na opinião dos SLLQC. O problema é que isso não é verdade.


O NECESSÁRIO DEBATE

Ficaram os SLLQC todos esperançados e ouriçados com essas noticias  mas infelizmente devemos alertá-los para a realidade. Será um balde de água fria, para esfriar os ânimos.

A pista atual do Leite Lopes é para aeronaves comuns de aviação geral e doméstica regional. O objetivo do DAESP é transformar essa pista em cargueira internacional. Neste caso, teremos aviões de maior porte que influenciará o nível de ruído, o nível de poluição do ar, o risco aeronáutico,  o risco sanitário, entre muitos outros fatores.

Outros “pequenos” problemas consistem na necessidade de intervenção no sistema viário que será deslocado e a análise de todas as implicações urbanísticas e de impacto e vizinhança, entre muitos    outros aspectos a serem estudados e analisados. Por exemplo, os efeitos da turbulência dos motores sobre o sistema viário.

Não é um assunto simples. É um assunto para profissionais da área e, depois, um debate em que  a comunidade possa  discutir se quer ou não quer esse tal “deslocamento”.

O debate público sobre a ampliação do Leite Lopes ou a construção de um novo aeroporto (como Bauru já fez em 1995) está proibido em Ribeirão.

Citando o mestre Golfeto (Jornal da Clube, 16/02/2013) “quem não quer o debate é porque não tem razão”.

A cidade não pode ficar à mercê de interesses políticos de quem não tem política nenhuma a não ser a de  favorecer apenas interesses econômicos privados, transvestidos de interesse coletivo.


ESTÃO MENTINDO E APOSTANDO NO “VAI QUE COLA”
 (PROPAGANDA ENGANOSA)

Como não existe nenhum estudo, como nada foi apresentado nem discutido, não existe nada aprovado, logo, ninguém liberou obra nenhuma e a afirmação da  prefeitura não passa de propaganda enganosa. 

Há mais mentira por omissão da verdade do que não falar a verdade.
(Chiavenato, Jornal A Cidade 15/02/2013).

Não satisfeita com a falsa afirmação de que tudo está liberado, a prefeitura seguindo a linha de pregação dos falsos milagres do Santo Terminal de Cargas, ainda se sai com uma inacreditável frase bombástica:

Dárcy Vera aproveitou a oportunidade para solicitar a agilização das obras do Galpão Alfandegário. “Esse galpão é muito necessário para o setor econômico da cidade e toda a região, uma vez que somos responsáveis por cerca de 7% das exportações brasileiras”, destacou.

Puxa a vida! Espetacular! Vamos ver quais são esses tais 7% das exportações (Gazeta de Ribeirão 12/02/2013):

Na região, o principal município importador é Ribeirão Preto. Sempre afirmamos que o Leite Lopes ampliado não é para exportação porque não terá comprimento suficiente de pista para as aeronaves que eles dizem que vão operar consigam decolar com carga paga total.

Mesmo com o tal deslocamento da pista, ou seja, o puxadinho.

Pousar, até que consegue, se for um bom piloto, porque o avião estará mais leve pelo consumo de combustível durante uma viagem longa.

Como exportadores temos, por exemplo, a regional de Sertãozinho com açúcar refinado, máquinas e equipamentos pesados, biocombustíveis, pecuária e maquinas ferramentas. Estes produtos são exportados via aérea?

Etanol, açúcar, maquinas pesadas são exportados via marítima ou via terrestre.

Insinuar que o potencial regional de exportações (os tais 7% do total nacional) é viável de ser escoado via aérea  é brincar com a inteligência dos leitores ou não sabe o que está falando.  Apostamos nas duas hipóteses.

Afirmar que já vão começar as obras da ampliação (que não passa de um  puxadinho), afirmando  que não é ampliação porque é um deslocamento de pista, e que logo vai ser possível exportar açúcar refinado e etanol e outros produtos equivalentes via avião, não sabe que as exportações via aérea pelo estado de S. Paulo  representam 70% de todas as exportações nacionais por via aérea, através de Viracopos e Cumbica.

Sugerir que o Leite Lopes, sozinho, irá exportar 7% do total nacional (aéreo+marítimo+terrestre) demonstra apenas que é realmente extraordinária a falta de conhecimento que a administração municipal tem sobre o tema ou é uma grande jogada de marketing político  tentando  o velho “engana-trouxa” ou o “vai que cola”.   Continuamos apostando nas duas hipóteses.

Deslocamento de pista é ampliação
Milagre Econômico do Santo Terminal de Cargas é enganação

Por isso é que a nossa mensagem permanece:

POVO ESCLARECIDO JAMAIS SERÁ ILUDIDO

Congonhas em Ribeirão, Não!

Leite Lopes com outro uso (alternativo):
sem ampliação e sem desapropriação

Novo aeroporto em nova área já!