sábado, 14 de dezembro de 2013

MENSAGEM DE FIM DE ANO

O ano de 2013 está no fim. Junto com ele, também as esperanças dos SLLQC de que poderão explorar Ribeirão Preto à custa de seu desenvolvimento. A ampliação do Leite Lopes está sendo contestada no judiciário e já se conscientizaram  que existe uma grande dúvida se vão conseguir os seus intentos.

Comentários na imprensa já consagram o Leite Lopes como o aeroporto internacional de Teco-Tecos, tal a desmoralização desse projeto.

Cicatrizes, porém, ainda marcam a cidade.

Em 2010, na fuçanguice de preparar o entorno do Leite Lopes, para atender aos interesses do governo do estado e os próprios (entre outros, tentar mostrar serviço), a prefeitura começou a fazer um pretenso desfavelamento parcial tendo como principais atributos a prepotência do poder de estado, sem nenhuma preocupação com as famílias que seriam desalojadas.

A tragédia que se abateu sobre a Favela da Família foi um bom exemplo da forma como essa prática de política pública foi implementada.

O Movimento Pro Novo Aeroporto, o Movimento Pro Moradia e Cidadania  e outros movimentos sociais e personalidades diversas se insurgiram com esses atos absolutamente inadequados contra populações indefesas e exigiram mais respeito. A bandeira levantada de imediato foi “Violência, nem por sentença”.  

As imagens dessa reintegração de posse atravessaram o mundo e o fotógrafo que registrou toda essa violência com sentença ganhou o  “Premio Vladimir Herzog de Fotografia”.



O Jornal A Cidade reviveu essa história com a edição especial de 01/07/2013 com o titulo apropriado: MEMÓRIA VIVA: de julho de 2011 a julho de 2012. Só uma coisa não mudou na vida dos favelados: a sina instável e provisória.


A Cidade 01/07/2012

Esses movimentos acompanharam os reassentados  e demonstraram algumas irregularidades na distribuição das novas casas, inclusive desconstruindo aquela velha falácia de que “ganharam casa” porque na verdade ganharam foi um carnê pra pagar a prestação do financiamento e outro para pagar o IPTU, além de casas com vazamentos e contas altíssimas de água, de falta de escolas, posto de saúde, comercio, serviços, caracterizando a pressa para abrir espaço para a ampliação do Leite Lopes e a falta de respeito do poder publico municipal para com os cidadãos de baixa renda. 



As construções desocupadas foram imediatamente  derrubadas, transformando tudo em entulhos e lixo. Algumas estavam localizadas em áreas verdes e como tal deveriam ter sido recuperadas, devolvendo-as às comunidades que por elas pagaram quando compraram os seus lotes.

Mas não foi feito. Nada foi feito. Os escombros lá permanecem, entulhados, cheios de lixo, criadores de pragas públicas tais como baratas que atraem escorpiões, ratos que atraem cobras além de  muitos criatórios de mosquitos e pernilongos, vetores de dengue. Tudo isso, dizem, para impedir novas invasões e o aumento das favelas na cidade mas na verdade apenas para liberarem a área para que o governo do estado possa ampliar o Leite Lopes para atender a seus interesses ideológicos. 

Tanto assim é que o desfavelamento no entorno do Leite Lopes não foi completo. Apenas foram removidos os favelados que atrapalhavam o projeto. Os restantes permaneceram no local, sob ameaça de reintegração de posse, ou seja, sob ameaça de novas cenas de violência com sentença judicial e sem terem para onde ir a não ser para construir novas favelas.

As favelas continuam avançando na cidade inteira porque não existem políticas públicas de habitação popular. Existem verbas estaduais e federais mas como não existe a política pública, também não existem projetos. Então não saem as verbas. E Ribeirão Preto perde em verbas, em qualidade de vida e em cidadania.

E se não existem políticas saudáveis de desfavelamento então não existe desfavelamento nenhum mas apenas a limpeza social quando as favelas atrapalham os interesses econômicos e políticos.




Por isso tudo, neste final de ano de 2013 o Movimento Pro Novo Aeroporto se despede de nossos leitores desejando um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo, de preferência com um novo governo estadual em 2014 que suspenda a insensatez da ampliação do Leite Lopes e se comece a construção do novo aeroporto que a região precisa e merece.

Também a esperança de que Ribeirão Preto possa vir a ter um Plano de Habitação Social como determina a legislação e é uma exigência da Constituição quando garante o direito a uma moradia digna.

E como não poderia deixar de acontecer, “cantar parabéns” para os entulhos do falso desfavelamento que estão completando três aninhos de vida com ampla distribuição de pragas urbanas a toda a comunidade no entorno do Leite Lopes, com direito a bolo e a convidados especiais:




Moradia digna sim!
Violência por sentença Nunca Mais!


Congonhas em Ribeirão Não!

O Leite Lopes fica como está, sem puxadinho
e com uso alternativo

 Novo aeroporto em nova área já!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

RESENHA DO MÊS DE NOVEMBRO DE 2013

SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

Este mês de Novembro, final  de ano e também final de muitas esperanças para os SLLQC.

Mais uma vez o diretório municipal do PSOL, mantendo a sua posição firme desde as últimas eleições municiais, reitera o seu apoio ao Movimento Pro Novo Aeroporto. Este apoio é muito importante e são poucos os partidos políticos e principalmente certos grupos e personalidades políticas que têm a coragem de assumir um compromisso desses. 

Esses grupos e personalidades apoiam um novo aeroporto para Ribeirão Preto e região mas se calam por medo de ferirem as suscetibilidades de algumas entidades com interesses econômicos muito específicos a serem satisfeitos exclusivamente pela ampliação do Leite Lopes, mesmo sabendo que esse posicionamento é contrário aos interesses maiores da região.

Parabéns, portanto, ao PSOL que não tem compromissos com esses tipos de interesses econômicos mas sim com os interesses do povo e dos trabalhadores ribeirão-pretanos.

Igual firmeza de posições por parte dos vereadores do PT que apoiam as reivindicações das comunidades atingidas pelo despreparo e negligência da prefeitura municipal.

Foi o caso do vereador Beto Cangussú que solicitou à administração municipal  informações sobre o uso abusivo do Parque Permanente de Exposições (PPE).

Esse uso abusivo fica claro porque no PPE só acontecem  eventos  ruidosos, altamente rendosos para os empresários mas com nenhuma renda expressiva para o município e que causam sérios danos ao sossego publico e em particular à população do entorno do PPE, que também corresponde à população do entorno do Leite Lopes.

Na resposta ao requerimento ficou demonstrada, com toda a clareza, a falta de respeito da administração municipal para com a população pobre desta cidade.

O vereador Jorge Parada propôs e a lei foi acatada no sentido de que nos carnês do IPTU seja averbado o tipo de Uso e Ocupação do Solo do imóvel.

Pode parecer sem relevância mas é muito importante para a cidadania como, por exemplo, no caso do entorno do Leite Lopes:

A prefeitura alterou o Uso do Solo do entorno do Leite Lopes que passou de uso misto, ou seja, de uso residencial e uso comercial e industrial de pequeno porte para industrial e, sem avisar aos interessados – os moradores, é claro – que a partir dessa alteração não podem mais residir no local, onde moram faz décadas.

Mas se  continuarem residindo, poderão ter como vizinhos indústrias bem barulhentas e poluidoras e não poderão reclamar a ninguém, porque essas indústrias não estarão erradas mas sim os moradores que não deveriam mais estar morando lá.

Com essa lei, o vereador Jorge Parada garante aos moradores da cidade e em particular aos do entorno do Leite Lopes a transparência necessária à cidadania, desnudando manobras políticas para facilitar negócios como é o caso das tentativas de  ampliação do Leite Lopes a qualquer custo em lugar de construir um novo aeroporto como a cidade já exigiu em 1995.

Hoje, 30/11/2013, na coluna do Névio no jornal A Cidade, tomamos a liberdade de transcrever o seu comentário que retrata muito bem o que será a mediocridade do Leite Lopes SLLQCiano:

Do Leite Lopes...
A entrada em operação do Terminal Internacional de Cargas em abril pela Tead, como anunciado pelo Palácio Rio Branco, independe das obras de ampliação da pista do aeroporto Leite Lopes. Segundo o Executivo, a partir de abril eles farão os processos de importação e exportação de cargas a partir do aeroporto local.
...de Teco-Teco
Inicialmente, as cargas passam a chegar ao aeroporto Leite Lopes em aviões menores, como também em aeronaves comerciais que operam na cidade. A grande vantagem para o importador é que ele terá a sua carga embarcada e retirada em Ribeirão.

Aí está a confirmação. O Leite Lopes, internacional ou não, não poderá ser cargueiro de verdade por falta de pista. Também, é claro, por falta de cargas para exportação em volume tal que possam encher os porões de uma aeronave cargueira.  Será, portanto um aeroporto descargueiro, só para importação.

Será um aeroporto Ching-Ling 1,99! Um aeroporto Internacional para Teco-tecos. Um aeroporto internacional meia-boca. Uma vergonha para Ribeirão Preto!

E o tal Terminal Milagreiro de Cargas Internacionais não vai passar de um armazém com um consórcio de despachantes aduaneiros.

Quando Ribeirão Preto dispuser de um aeroporto decente, aí sim, teremos um aeroporto a sério, com um Terminal de cargas a sério e teremos um parque industrial de  tecnologia de ponta. E esse fato não vai demorar muito. Em 2014 as coisas mudarão de rumo.

Para terminar, com más novas para os SLLQC, algumas análises técnicas do Relatório de Regularização Ambiental  com o qual o DAESP pretende obter as licenças para começarem as obras de ampliação do Leite Lopes, transvestidas de deslocamento de pista,  vão ser encaminhadas para o Ministério público e outras entidades.

A conclusão final dessas análises foi o óbvio:

Pode-se, portanto, concluir que o projeto proposto pelo RRA não é compatível com as boas normas de engenharia  e condizentes com as necessidades atuais e futuras do modal aeroviário para Ribeirão Preto e região. Resta, portanto, como alternativa,  a análise de construção de um novo aeroporto em local adequado, sem custos socioambientais.


Povo esclarecido jamais será iludido

Congonhas em Ribeirão Não!

O Leite Lopes fica como está, sem puxadinho
e com uso alternativo

 Novo aeroporto em nova área já!


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Parque Permanente de Exposições: Eventos Putz são questionados pelo Vereador Beto Cangussu

A falta de respeito da administração municipal que  facilita eventos sonoros no Parque Permanente de Exposições, os chamados PUTZ, contrariando todas as normas ambientais e principalmente revelando o total desprezo que tem para com os cidadãos da cidade que moram no entorno do Parque, que perdem noites sucessivas de sono. Para quê isso? Para receber uma merreca pelos promotores desses eventos que saem com os bolsos cheios.

 Essa falta de respeito para com os trabalhadores que moram no entorno do Parque de Exposições tem irritado os prejudicados e as reclamações têm ocorrido tanto pela imprensa como por meio de Boletins de Ocorrência por Perturbação da Ordem Pública registrados em delegacias.

 O vereador Beto Cangussu tomou a iniciativa de questionar a prefeitura, através da CODERP, exigindo explicações a respeito desses eventos.
 Parabens ao vereador Beto Cangussu que, mais uma vez mostrou que está do lado dos cidadãos desta cidade.


 Abaixo trecho de seu jornal relatando os fatos e  a resposta da CODERP, onde  fica clara a falta de preocupação da prefeitura com o sossego e a qualidade de vida dos ribeirãopretanos.










terça-feira, 19 de novembro de 2013

O caos aéreo e a incompetência dos gestores públicos

Recentemente um gestor público, para desconstruir a imagem de que a gestão pública é de uma incompetência de dar dó, resolveu transferir essa responsabilidade para os engenheiros.

Este artigo mostra de uma forma muito mais clara cono é que a coisa funciona.

Poderemos tirar alguma ilação dessa incompetência gestacional com o Leite Lopes e as tentativas sucessivas de ampliação em lugar de se construir um novo aeroporto?


Bons projetos exigem planejamento, gestão e respeito à engenharia


O Brasil está praticamente a um semestre da abertura da Copa do Mundo de Futebol da Fifa de 2014. E, em suas áreas mais sensíveis e importantes para a sociedade, o transporte aeroportuário e a mobilidade urbana, o panorama é no mínimo preocupante. Em seis dos 12 aeroportos das cidades-sede da Copa é real a ameaça de que as obras de ampliação de sua capacidade, ultrapassada há anos, não sejam concluídas no tempo exigido.
Na área de mobilidade urbana, a situação não é diferente. A deficiência na gestão federal é a real causa e origem desses problemas, embora alguns insistam em tentar tapar o sol com a peneira, como fez recentemente o ministro-chefe da Secretaria da Aviação Civil do governo federal, Wellington Moreira Franco, ao atribuir os atrasos nas obras aeroportuárias aos engenheiros brasileiros, “que são ruins e fazem projetos malfeitos”.

O Brasil foi escolhido para sediar a Copa 2014 em 30 de outubro de 2007 e a Olimpíada 2016 em 2009. Esses sete anos de antecedência para sediar os dois megaeventos esportivos mundiais seriam mais do que suficientes para os governos, em todos os níveis, planejar o que precisaria ser feito, desenvolver estudos, contratar bons projetos executivos e executar as obras necessárias, especialmente em mobilidade urbana e aeroportos – setores que permitiriam deixar um verdadeiro legado à sociedade, muito além dos equipamentos esportivos exigidos.
Em 2010, foi instituída a chamada “Matriz de Responsabilidades” para os diversos níveis de governo para as obras da Copa. Porém, a ineficiência na gestão governamental é registrada pelo atraso nas obras dos aeroportos em metade das cidades-sede e na confissão, pelos ministros Miriam Belchior, do Planejamento, e Aguinaldo Ribeiro, das Cidades, de que o plano anunciado pela presidente Dilma Rousseff após as manifestações de junho último de investir R$ 50 bilhões em mobilidade urbana não teria condições de ser cumprido na íntegra “por falta de projetos na prateleira”.

O que fica evidente nos pronunciamentos desses importantes ministros do governo federal é a tentativa de buscar um “bode expiatório”. Sabemos que é difícil, quase impossível, para qualquer político ocupante de cargo público executivo admitir a incompetência, própria e do governo ao qual pertence. É muito mais simples tentar jogar a culpa pelo não cumprimento dos prazos em terceiros. Mas isto não ajuda minimamente a resolver as deficiências, assim como não adianta à avestruz enfiar a cabeça no buraco – o restante continua ostensivamente à vista.

O setor de projetos de arquitetura e engenharia infelizmente não tem como corrigir as deficiências gerenciais do governo, mas pode sim alertar os administradores públicos sobre a necessidade de planejar bem e contratar bons projetos para os empreendimentos públicos. Não é uma tarefa fácil. Nós, do Sinaenco, sindicato que reúne mais de 23 mil empresas do setor de projetos, gerenciamento e supervisão de obras, dos mais diversos portes, vimos desde 2007alertando para a necessidade de planejamento. Aliás, lançamos, em junho de 2009, um relatório intitulado “Vitrine ou Vidraça – Desafios do Brasil para a Copa 2014”, resultado de uma série de 17 eventos que promovemos, entre 2008 e início de 2009, em cidades então candidatas a sediar uma chave do campeonato mundial de futebol. Nesses eventos, foram analisados os principais problemas de cada uma delas e do governo federal, para que evitássemos virar “vidraça” para o resto do mundo.

A necessidade de planejar bem e contratar bons projetos executivos pela melhor solução técnica constituíram-se em “mantra” de nosso setor, apregoado em um sem-número de artigos, entrevistas e reportagens, além de palestras e em eventos promovidos por órgãos públicos e entidades. A contratação de bons projetos, porém, exige planejar bem, incluindo o prazo necessário para o seu desenvolvimento.
Em países como Alemanha e Japão esse prazo exige entre 40% e 50% do tempo a ser despendido com a execução da obra; no Brasil, essa relação chega a ser inferior a 10%! Os países desenvolvidos respeitam a arquitetura e a engenharia. Sabem que os projetos contratados pela melhor solução técnica garantem qualidade e execução nos custos e nos prazos previstos. No Brasil, soma-se o desrespeito à engenharia à ignorância generalizada sobre o papel essencial e insubstituível do projeto no resultado final de uma obra pública – seja na qualidade, nos custos e nos prazos. Para isso, é preciso contratar projetos pela melhor solução técnico-econômica e não pelo menor preço.
 E reservar o prazo adequado à elaboração de um “serviço técnico especializado de natureza predominantemente intelectual”. Aos nossos governantes, é preciso lembrar, ou informar, em alguns casos, que a arquitetura e a engenharia são instrumentos indispensáveis ao desenvolvimento e engenheiros e arquitetos são os operadores desse desenvolvimento. E, mais ainda, que o Brasil dispõe de profissionais altamente qualificados nesses setores: o “técnico” e a “cartolagem”, porém, não estão sabendo tirar proveito da competência que têm à sua disposição.

Assim, contratar projeto por pregão ou por menor preço, prática que infelizmente tem sido comum em nosso país, seria, por analogia, como se nossas autoridades estivessem com uma dor de dente insuportável e escolhessem para o tratamento o dentista que ofereceu o menor preço. Ou que uma renomada montadora de automóveis contratasse o projetista que propôs o valor mais baixo – e não a expertise e a melhor solução - para desenvolver o projeto de seu carro top de linha.
Planejar bem, contratar projetos pela melhor solução técnico-econômica, pelo valor adequado – e nunca pelo menor preço ou por pregão -, com o prazo necessário ao seu desenvolvimento é uma receita eficaz para a conquista de qualidade, com controle rigoroso de seus custos e do prazo de execução. O bom projeto executivo é também, por isso, o que denominamos de uma “vacina anticorrupção”.

Para resolver a ineficiência da administração pública brasileira não adianta importar administradores cubanos, por exemplo. A solução está no Brasil e na busca real por administradores capazes, planejadores eficientes, que pensem nas próximas duas décadas, no mínimo, e não apenas na próxima eleição, que ocorre a cada dois anos. Senão, nossos governantes podem virar a “vidraça” da vez, nas manifestações e na insatisfação generalizada da sociedade.

Por: José Roberto Bernasconi, presidente Sinaenco/SP


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

ENTRE CHORAMINGUICES E UFANISMOS Sobra a política da desinformação pública

SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.


A ação judicial

Recentemente o Ministério Público entrou no Judiciário questionando o projeto de ampliação do Leite Lopes, sob a alegação de que existe uma decisão judicial, desde 2007, que a impede. É algo bem simples assim: se não se pode fazer, então não se faz.

É evidente e toda a lógica nos sinaliza que, se não é possível ampliar o aeroporto e a região de Ribeirão Preto necessita de um aeroporto que possa atendê-la devidamente, então a única alternativa está em construir outro aeroporto, em outro local adequado.

Sob o ponto de vista exclusivamente financeiro, a construção do novo aeroporto sairia por um valor próximo ao da ampliação.

E se as forças retrógradas que ainda imperam em nossa cidade tivessem entendido que a única alternativa é a construção do novo aeroporto - exigência de Ribeirão Preto desde 1995 -  esse aeroporto já estaria pronto e em operação segura. Seria até um exemplo de sensatez e sinalizaria um amadurecimento nas políticas públicas do setor aeroviário, que está um verdadeiro caos[i].

Mas os SLLQC não entendem assim. Insistem na ampliação. Devem ter os seus motivos para isso.

Desmascarando a tentativa de manipulação da verdade:
As áreas das curvas de ruídos não está liberada

Como a ação judicial vai criar entraves à ampliação, pelas razões do óbvio ululante, os SLLQC logo ficaram com as choraminguices próprias de crianças mimadas contrariadas e reclamaram do Ministério Público e do Movimento Pro Novo Aeroporto[ii].

Nesse meio tempo, parte da Favela da João Pessoa é inserida num dos programas Minha Casa Minha Vida, do governo federal e logo os SLLQC levantam a cabeça, limpam as lágrimas e saem, todos ufanos, cantando em coro: agora acabaram-se as favelas do entorno do aeroporto e podemos internacionalizar o Leite Lopes.

E a mídia, usando os mesmos termos nas reportagens, divulga essas noticias como se fossem verdadeiras, embora  só na João Pessoa ainda “sobraram” 60 famílias.

Vamos voltar à realidade dos fatos, para tristeza dos defensores da ampliação do Leite Lopes.

Em 1984 o Leite Lopes teve o seu Plano de Zoneamento de Ruídos aprovado.  No zoneamento de ruídos existe a chamada zona 1  dentro da qual não é permitido nenhum uso urbano industrial, residencial, hospitalar, etc.

Para garantir a segurança das operações de pouso e decolagem, na atual configuração do Leite Lopes existem obstáculos tais como a atual cerca e os postes de iluminação nas ruas paralelas à pista de operação e à de taxi que têm que ser removidas.

Para que o Leite Lopes se adequasse às exigências de segurança, optaram que toda a área definida pela zona 1 ficasse integralmente incorporada ao sitio aeroportuário.

Nada a ver com a ampliação da pista, com o deslocamento da pista (que é a mesma coisa) nem com a tal internacionalização do Leite Lopes porque já está outorgado desde 2002.

Só não opera diretamente porque não tem pista e mesmo com a tal ampliação vai continuar não tendo, embora dê para quebrar o galho dos interesses econômicos ligados não à exportação, mas sim à importação.

As favelas que se encontravam localizadas nessa zona 1 foram removidas mas,  é importante frisar, só a parte que se localizava dentro dessa zona 1.

Por isso, quando lemos manchetes propaladas pela mídia de quePrefeitura de Ribeirão remove última favela na região do aeroporto[iii] Com a retirada das 53 famílias, obras de ampliação e deslocamento da pista já podem ter início; [...] ePrefeitura conclui liberação de área PREFEITURA JÁ ENVIOU OFÍCIO AO GOVERNO ESTADUAL informando que a área da curva de ruído do Leite Lopes já está liberada[iv]. “

Então vamos esclarecer aquilo que a mídia já sabe muito bem mas parece não se interessar em divulgar direito:

O zoneamento de ruído liberado foi a zona 1. A zona 2 permanece ocupada com residências, postos de saúde, escolas, etc., que é um uso urbano incompatível com esse nível de ruído.

Portanto, afirmar que a curva de ruído do Leite Lopes  já está liberada é uma grande mentira e demonstra que o recado dado à mídia foi propositadamente deturpado para alterar a realidade, dando a impressão de que tudo vai bem para os SLLQC.

A mídia não deveria entrar de alegre  nessa desinformação porque conhece muito bem o que é zoneamento de ruído.

A área liberada e que será incorporada ao patrimônio do Leite Lopes, junto com outras áreas particulares que serão em breve desapropriadas com esse objetivo (e os proprietários  ainda não foram avisados disso, embora constem no RRA[v]) não tem nada a ver com o tal deslocamento da pista mas sim com a segurança ao voo do Leite Lopes na configuração atual.


Comunidade João Pessoa: A favela não foi removida

Mais uma vez a desinformação  programada e divulgada pela mídia é a política de comunicação dos SLLQC, visando manipular a opinião pública.

Quanto à afirmação “Prefeitura de Ribeirão remove última favela na região do aeroporto”   essa então ultrapassa o limite do ridículo. Foram removidas algumas famílias da Favela da João Pessoa, apenas as que estavam na zona 1 de ruído.

As outras 60 famílias permanecem no local. É só olhar a foto do que sobrou para se constatar que essa noticia é falaciosa já que, logo depois dos escombros [2], permanecem de pé [1] as outras construções da comunidade que estão localizadas fora da zona 1 de ruído.  



Devemos ressaltar que o desfavelamento está sendo organizado de uma forma mais técnica porque tanto o Movimento Pro Novo Aeroporto quanto o Movimento Pro Moradia e Cidadania têm interferido impedindo que o desfecho da Favela da Familia se repetisse e estão fiscalizando, junto com as comunidades removidas, as condições das novas moradias, lembrando que as verbas são do governo federal e não do governo do estado e muito menos do governo municipal.

É muito ruim quando a tentativa de mostrar serviço e fingir que os seus objetivos estão sendo atingidos se baseia em divulgar falsas informações.

No futuro próximo vai ficar difícil de defender todo esse ufanismo quando chegar a hora de fazer as desapropriações das áreas não faveladas e ocupadas por moradores radicados faz décadas.

Estes moradores que nem sabem ainda o que os espera, vão protestar pois irão receber indenizações ínfimas baseadas em critérios próprios do Governo do Estado[i], conforme descritas no RRA e que não seguem integralmente  as normas da ABNT, que são de uso obrigatório nas desapropriações.

Documento a esse respeito será emitido pelo Movimento e encaminhado, oportunamente, a quem de Direito.

Apenas para fechar este assunto, lembramos que se tivéssemos um novo aeroporto e o Leite Lopes tivesse outra configuração e com uso alternativo gerador de renda, o zoneamento de ruído seria outro e muitos problemas sociais, inclusive os de moradores não favelados do entorno, simplesmente não existiriam.

PELA CORRETA INFORMAÇÃO NA MÍDIA
CHORAMINGUICE E UFANISMO AQUI NÃO PEGA

Congonhas em Ribeirão, Não!

Leite Lopes com outro uso (alternativo)
sem ampliação, sem desapropriação
Novo aeroporto em nova área já!


[i] São reclamações comuns nas desapropriações feitas pelo Governo do Estado nas obras do Rodoanel. 

[i] Recentemente, mais uma vez, num voo de Brasília para Congonhas, o comandante solicitou o desembarque voluntário de passageiros porque estava chovendo em Congonhas e a ordem era reduzir o peso da aeronave para um pouso seguro.
[ii] Como os SLLQC insistem em esconder da população que existe um Movimento que exige a construção de um novo aeroporto e uma destinação adequada para o Leite Lopes, eles “atacam” um dos signatários, participante do Movimento, que é a Associação dos Moradores do Jardim Aeroporto.
[iii]http://www.jornalacidade.com.br/noticias/cidades/NOT,2,2,897270,Prefeitura+de+Ribeirao+remove+ultima+favela+na+regiao+do+aeroporto.aspx
[iv] Jornal A Tribuna de 06/11/20013
[v] RRA Relatório de Regularização Ambiental 

domingo, 10 de novembro de 2013

Sugestão de leitura aos SLLQC: Brasil precisará de novos aeroportos nas capitais

SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

Introdução

Sem nenhuma duvida a renda média do brasileiro está melhorando e, é claro, os mais remediados de antigamwente que se deslocavam em viagem por meio de ônibus passaram a usar o avião como meio de transporte. 

Com isso, o volume de passageiros e, é claro bagagens e mercadorias, tambem aumentaram. Desta forma, um sistema aeroviáro que foi dimensionado apenas para atender às elites do tringulo S, Paulo-Rio-Brasilia, passou a ser mais popular e, dessa forma, entra em colapso. E a frequência já está em 0,9 passageiros por habitante, sendo que apenas há 10 anos atras esse índice era de 0,3 passageitos por habitante. Nos EUA  é de 3 passageiros por habitante.

Sistema dimensionado para atender alguns poucos privilegiados sociais certamente que não suporta a demanda atual e muito menos a futura. Finalmente os péssimos gestores desses serviços, conseguiram entender que era necessário reformular essas politicas de gestão e partir para a construção de novos aeroportos sem que isso signifique a desativação dos já existentes.

Gloriosa conclusão. Deve ter baixado o Santo da Competência e descobriram isso, Aqui em Ribeirão já falamos a esse respeito desde 1995 e continuamos ainda hoje batendo na mesma tecla: se Ribeirão Preto é o centro de uma região metropolitana  pode ser equiparada a uma capital dentro do conceito do artigo abaixo. Por isso insistimos que o Leite Lopes tenha outro uso aeronautico e se construa um novo aeroporto, em local adequado, que possa atender às futuras demandas.

Se supormos o índice de apenas 1 passageiro por habitante, teremos um fluxo de 3 milhões de passageiro/ano  e o Leite Lopes  é incapaz de aguentar essa demanda a menos de ampliação que não é possível de ser feita no atual sitio. Por razões judiciais, socio-ambientais  e também porque fisicamente não tem espaço para isso. SE admitirmos um índe um pouquinho maior, por exemplo 1,3, teriaos uma demanda quase imediata de 4 milhões de passageiros ano.

Acordem SLLQC!  É indispensável a construção imediata de um novo aeroporto. Conseguiram entender ou precisamos de desenhar? Façam um esforço enquanto lêem o artigo.


O país precisará de novos aeroportos no entorno das capitais para atender ao aumento de demanda nos próximos anos. A avaliação é do ministro da Secretaria da Aviação Civil, Wagner Bittencourt (foto ao lado). Ele citou o caso do Rio Grande do Sul, que poderá ganhar uma nova estrutura aeroportuária, apesar de contar com o Aeroporto Internacional Salgado Filho – Porto Alegre, recentemente duplicado.

Matéria:

Brasil precisará de novos aeroportos nas capitais, diz ministro
07/11/2013   Ed  78




“Nós estamos conversando com o estado desde 2011 e não só com o Rio Grande do Sul, mas em relação à necessidade de outros aeroportos em capitais. A demanda tem crescido muito no país e com isso a nossa infraestrutura dos grandes e médios aeroportos começou a ficar lotada. Nos próximos anos, digamos dez ou 15 anos, vamos precisar desenvolver aeroportos em algumas capitais do país. Tem alguns aeroportos, como é o caso [do Aeroporto Internacional Salgado Filho] de Porto Alegre, que estamos avaliando potenciais locais adequados”, disse Bittencourt.
O ministro disse que Rio e São Paulo não estariam dentro das capitais que demandarão novos aeroportos, mas citou o caso de capitais nordestinas em que as atuais estruturas aeroportuárias não permitem, pela localização, a extensão das pistas. “Nós vamos ter que identificar novos terrenos e planejar a construção e viabilização desses novos aeroportos.”
Bittencourt explicou que a construção de um novo aeroporto, no caso de Porto Alegre ou de outras capitais, não vai significar a desativação ou regionalização do aeroporto antigo. “O aeroporto [Salgado Filho] tem qualificação para ser importante. Se você olhar, existem grandes capitais - e talvez a tendência seja esta - que podem ter mais de um aeroporto. Não é porque tem um que o outro é desativado.”
O ministro disse que a proposta gaúcha foi trazida pelo próprio governo do Rio Grande do Sul, mas não determinou prazo para o início das obras. “Obviamente tem que haver estudo técnico da melhor localização, que envolve a situação do terreno, questão de mobilidade e até de ventos. Estamos avaliando para saber qual a melhor alternativa. Não temos necessidade de decidir tudo este ano, mas se conseguirmos estocar, desenvolver e preservar a área [do futuro aeroporto] será bom.”
O diretor-presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Marcelo Guaranys, disse que há estimativas de que em apenas cinco anos dobre a movimentação nos aeroportos brasileiros, que hoje é 180 milhões de passageiros embarcados e desembarcados, o que dá uma média de praticamente um bilhete por pessoa, em relação à população.
Segundo ele, há dez anos, a média era apenas 0,3 passageiro por habitante do país, número que passou para 0,6 em 2007 e 0,9 em 2012. Nos Estados Unidos, em nível de comparação, a relação é três passageiros embarcados e desembarcados por habitante. “Nosso mercado cresceu muito nos últimos anos, mas ainda tem espaço para crescer mais”, disse Guaranys.
Durante a operação conjunta, que também teve o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Dcea) e Polícia Federal (PF), foram acompanhados e fiscalizados 1.243 movimentos de aeronaves, com o registro de 3,5% de irregularidades, desde problemas com documentação até falhas em manutenção. As ações ocorreram em sete aeroportos do estado do Rio, envolvendo 220 servidores.

Imprensa – SEESP
Notícia e foto da Agência Brasil