quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Moradores lamentam falta de diálogo sobre Leite Lopes

Eles afirmam que não foram consultados sobre a inclusão do Aeroporto em pacote de Governo Federal para ampliação

“Como sempre nós, comunidade local, somos os últimos a saber”, lamenta o secretário da Associação de Moradores do Jardim Aeroporto, Marcos Valério Sérgio, sobre o anuncio do Governo Federal, na última semana, de que o Aeroporto Leite Lopes fará parte do pacote de investimentos do Governo Federal para os aeroportos regionais, em 2017.
Ele aponta que os moradores da região sequer foram questionados sobre o anteprojeto para ampliação do terminal de cargas do aeroporto, para que ele possa ser internacionalizado, além de questionar a viabilidade econômica do programa.
“Parece que o dinheiro destinado ao Leite Lopes representa quase um terço do total disponível para todo o programa dos aeroportos regionais do governo federal. É viável, econômica e politicamente esse programa? Parece que tudo não passa de simples gogó”, questiona Marcos.
Na última sexta-feira, 18, o secretário da Aviação Civil, Dario Rais Lopes, se reuniu com os deputados federais Duarte Nogueira (PSDB), prefeito eleito de Ribeirão Preto, e Baleia Rossi (PMDB), além do deputado estadual Léo Oliveira (PMDB) para pedir a disponibilização de recursos para as obras no terminal.
O Governo Federal pretende aplicar R$ 80 milhões no Leite Lopes, em 2017. A intenção do Governo, com o pacote, é de aplicar R$ 300 milhões em obras em aeroportos espalhados pelo País até 2020, bem menos do que os R$ 1,8 bilhão previsto anteriormente. O projeto do Leite Lopes prevê o investimento de R$ 166 milhões nas obras aeroportuárias, financiados pela União.
“Acreditamos que Ribeirão Preto e região está há 20 anos sem o aeroporto internacional por exclusiva incompetência do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), que somente se interessa pela matéria no tocante a sua privatização e os demais, como o discurso de desenvolvimento da região, é puro discurso de marketing”, acusa o líder comunitário, que questiona as benfeitorias que a área deve receber, e que foram prometidas pelos políticos.