segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Artigo do Professor Jorge de Azevedo Pires

AEROPORTO “LEITE LOPES”: DESCULPEM PELA REDUNDÂNCIA!


Jorge de Azevedo Pires*


Ao assistir o programa “A GRANDE ENTREVISTA” no dia 22/08/2014, vemos o entrevistador, Prof. Antonio Cassoni indagar ao Promotor de Justiça, Dr. Antonio Alberto Machado, como se encontra a questão do Aeroporto Leite Lopes. Estavam presentes também, os arquitetos Sílvio Contar e William Fagiolo.

Com minhas palavras, dentre várias colocações, disse o entrevistado que ninguém é contra um aeroporto internacional de carga para Ribeirão Preto, aliás, há muito tempo ele está com a habilitação formalizada para o transporte de carga.

Simplesmente, o aeroporto que querem, não cabe no espaço disponível, e muito menos se fosse ampliada a pista para 3.000 metros conforme pretensão dos governos municipal e estadual. Inúmeros problemas persistiriam e/ou se agravariam, além do elevado custo.

Em contato com pessoas da aeronáutica, em Brasília, soube-se que o COMAR, filiado ao Ministério da Aeronáutica, nem quer ouvir falar sobre aumento da pista, da qual apenas 1.700 dos 2.100 metros podem ser utilizados, conforme TAC assinado no DAESP há anos - dificilmente aprovariam aumento da pista.

Surgem problemas viários, técnicos e jurídicos a cada momento, sem se falar nos de ordem social e segurança, nas inúmeras e onerosas desapropriações no seu entorno, constituindo numa enorme violência contra os cidadãos, habitantes da região.

Como bem afirmou o Promotor Machado, não podemos ter um aeroporto para só atender ao presente, com prazo de validade!

O Ministério Público e todos querem um aeroporto para passageiros e carga, fora da cidade, definitivo, servindo à cidade e toda região - visão de longo prazo, de estadista, deve ser comprometida com um aeroporto novo, maior, em outro lugar, que não só atenda ao presente, mas ao futuro da cidade e região – que seja digno para Ribeirão Preto!

Façamos como Bauru que construiu seu novo aeroporto a duas dezenas de quilômetros do centro urbano, em grande área, viabilizando futuras ampliações.

O Arq. Sílvio Contart afirma, e indagando diz que independente do que se faça, nesse aeroporto, um novo aeroporto será necessário.

O acima explanado já foi dito e escrito, em várias oportunidades, constituindo, portanto, para muitos, em verdadeira redundância!

Quanto tempo perdido! Há cidades bem acordadas tratando do assunto! Deixemos o atual como está e todos lutemos pelo novo! Acordemos antes que seja tarde demais! Chega de mediocridade!

*Jorge de Azevedo Pires, professor voltado às questões relativas ao bem comum e, autor do livro “Pensando Ribeirão Preto – ontem, hoje e amanhã” – edição do autor - 2011.



Ribeirão Preto, 31/08/2014.


Link da entrevista