segunda-feira, 21 de maio de 2012

01 - Aeroporto Eleitoral / 02 - Lançamento de Livro / 03 - convite para palestra

AEROPORTO ELEITORAL
A farsa circense tenta esconder a incompetência e a falsa informação


SÓ DEPOIS DOS LICENCIAMENTOS AMBIENTAIS


As comadres municipal e estadual viviam o seu devaneio e eram juras de amor para cá e juras de amor eterno para lá. De repente, quando estava tudo já combinado, surge a imposição sobre o município de ter que arcar com alguns custos, entre eles o já combinado do sistema viário mas com a condição de que o DAESP iria fazer as obras e o município iria repassar as verbas.

Logo as juras de amor se transformaram em arrulhos. E logo descambam as acusações, sendo a principal – na verdade uma confissão – de que o Leite Lopes é um aeroporto apenas com objetivos eleitorais.

Quê? Pagar 21 milhões para o Estado fazer o que podemos fazer por 11,9 milhões? Não vamos repassar nada, Nós mesmos vamos fazer. Esta bazófia foi amplamente noticiada na imprensa (16/04/2012), que ficou empolgada,  e, como costumeiramente, se prestou a veicular como se fosse uma demonstração de eficiência administrativa o que não passava de marketing político eleitoreiro. Deixou os SLLQC extasiados com tanta eficiência pro-ativa do puxadinho.

O Movimento Pro Novo Aeroporto, comentou, à época, toda essa fanfarronice, considerando:

O que passou despercebido, no auge dos devaneios poéticos dos defensores incansáveis da ampliação do Leite Lopes, os SLLQC, foram os fatos objetivos: Será que o DAESP não sabe fazer orçamentos de sistemas viários, se faz parte de uma Secretaria Estadual  cuja principal função é trabalhar nessa área? Será que o DAESP está promovendo o superfaturamento de suas obras? Talvez seja uma informação útil a ser fornecida ao Tribunal de Contas.

Mas existe uma segunda alternativa: a execução das obras seriam feitas segundo critérios outros nos quais a qualidade dos serviços não seja o mais importante mas apenas o preço. O que nos reporta para a noticia publicada no Jornal A Cidade de 19/04/2012, relativamente a um comentário do vereador presidente da CPI do asfalto:

“Repito para que ouçam minha voz: R$ 30 milhões jogados no lixo por esse asfalto “porco” e inadequado. Alguém tem que pagar”

Para tirar as dúvidas, o Movimento Pro Novo Aeroporto e o Movimento Pro Moradia e Cidadania deram entrada com um pedido de esclarecimentos técnicos à prefeitura, solicitando, entre outras informações, a planilha de custos. Se ela não fornecer estaremos na presença de crime de responsabilidade. E isso é muito grave.

Para quem quiser conferir, basta acessar o site da prefeitura e pesquisar o processo 02 2012 019555-7. Até agora não veio nenhuma resposta direta, Veio sim, indiretamente:


Uma das justificativas para essa reviravolta, segundo reportagem do Jornal A Cidade do dia 18/05/2012 é que:

Segundo ele [presidente da DERSA], a obra necessária nesse momento é viária e não aeroportuária. “São muitas as conexões de ruas e adequações urbanas para começarmos a acertar o escopo do projeto”.

O Movimento Pro Novo Aeroporto já tinha afirmado isso, inclusive que a pavimentação existente não é adequada ao trafego pesado de acesso a um terminal de cargas e os raios de curvatura e outros parâmetros viários existentes não permitem as necessárias manobras desses veículos.  A prefeitura não sabia disso!  Ela não sabe que para se fazer uma planilha de custos é necessário dispor de um projeto executivo! É inacreditável!

Como sempre, tenta-se impor a utopia da política marqueteira aos parâmetros técnicos. Talvez esteja aqui uma das razões porque Ribeirão é pródiga em buraqueira viária.

Também afirmamos que todas essas modificações viárias por causa do Terminal de Cargas exigem um Estudo de Impacto de Vizinhança que não foi feito. Ou seja, qualquer que possa ser o projeto do Terminal de Cargas da TEAD, ele está irregular. Por isso, o Movimento Pro Novo Aeroporto também denunciou esse fato à Promotoria.

Tudo isso foi devidamente divulgado por este  Informativo do Movimento, que é também distribuído à imprensa. Estranhamente nenhum órgão de imprensa fez esse questionamento à prefeitura. Será que a imprensa, agora está convencida que o Movimento Pro Novo Aeroporto sabe muito bem o que afirma e é muito competente nas suas observações?

Mas o Movimento também afirmou algo mais:

No entanto, outro tema também passou despercebido pela imprensa ao noticiar os devaneios eleitoreiros da prefeitura: como podem ser feitas obras sobre a adequação do sistema viário por causa da ampliação do Leite Lopes, se a obra ainda não foi licenciada e nem mesmo tem um estudo técnico mas apenas palavrório eleitoreiro? 

Já estão convidando para comer o  galeto que vai nascer do ovo que a galinha, que ainda não nasceu, irá botar?

E que o presidente do DERSA confirma:

A previsão do Estado é que o projeto executivo seja concluído dentro de 10 meses. Esse mesmo prazo será necessário para a obtenção dos licenciamentos ambientais.

Ou seja, não vai ter obra nenhuma sem o licenciamento ambiental. Aliás nem mesmo sabem quanto tempo vão precisar, se de 10 meses ou de 15 meses. Tudo o que se tem falado na imprensa, algumas vezes em pomposos Editoriais, não passa de palavrório sem qualquer base objetiva.

É a continuação da enrolação para impedir a construção de um novo aeroporto. Está na hora de reverter esse posicionamento porque pode acontecer que, pela 4ª vez!!!, o tal licenciamento ambiental não seja obtido por total e completa falta de condições técnicas, espaciais, de segurança e de preservação sócio ambientais, deixando a turma das múmias da dinastia dos Degola Ribeirão** a ver navios, digo, aviõezinhos, de novo.

E quando isso acontecer, Ribeirão  Preto vai continuar a ser servido por esse estropício chamado Leite Lopes, vai passar pelo vexame de ser a única cidade do planeta com uma pseudo-elite que briga para não ter um aeroporto novo, ou seja, vai continuar não tendo um aeroporto adequado, moderno e digno, permanecendo refém de grupelhos políticos que há décadas têm a visão míope limitada a mandatos de 4 anos e querem fazer do Leite Lopes um aeroporto eleitoral!!!!

A reversão somente acontecerá com a retirada  definitiva desses grupos das cenas políticas de Ribeirão Preto. Sabendo-se que:

Povo esclarecido jamais será iludido

Então a única alternativa para a cidadania é que

Em 2012 não vote em político de 3ª Linha. Vote em estadista!


Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está. Novo aeroporto já!

* SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

** Degola Ribeirão foi a alcunha que a comunidade do Jardim Aeroporto, no dia da Audiência Pública do EIA-RIMA em 2007, deu ao grupo Decola Ribeirão ligado à administração municipal e a certos setores econômicos locais que insistiam na ampliação do Leite Lopes  e que tinha como símbolo um aviãozinho decolando.


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Convite para evento:

 VOCÊ TEM UM ENCONTRO MARCADO COMIGO NA FEIRA DO LIVRO!
Quero convidá-lo(a) para o lançamento de um dos títulos da Coleção "Nossa História", de minha autoria, durante a 12ª FEIRA DO LIVRO DE RIBEIRÃO PRETO. Esta obra é resultado de pesquisa desenvolvida no nosso Arquivo Público e Histórico e retrata a vida e a obra de um dos personagens mais interessantes nas origens de Ribeirão Preto: Manoel Fernandes do Nascimento.

Mineiro como tantos outros daquela época, sonhou em construir uma cidade num contexto ainda essencialmente rural e para isso resolveu enfrentar os poderosos. Pagou com a vida tal ousadia.

 Venha conhecê-lo. Espero você no dia 25 de maio, sexta-feira, às 18:30 h no Centro Cultural Palace.
 Grande abraço,

Professor Lages

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Convite para Palestra:

O Núcleo de Assessoria Jurídica Popular da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da USP convida a todos e a todas para a palestra sobre:
"Desenvolvimento regional e cooperação intermunicipal: internacionalização do Aeroporto Leite Lopes e o (des)planejamento intramunicipal em Ribeirão Preto", com o Prof. Rodrigo Faria.
 Será amanhã, dia 22/05, às 19h, no anfiteatro da Faculdade de Direito, campus da USP/RP.
 O Prof. Rodrigo Faria é Professor (Adjunto/DE II) do Departamento de Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (DTHFAU-FAU-UNB). Professor e Orientador (Mestrado e Doutorado) no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília. Membro Fundador do Instituto Iberoaméricano de Derecho Local y Municipal.
 A atividade faz parte das ações do NAJURP em favor dos grupos sociais da região organizados em defesa do direito à moradia digna.
 O evento é gratuito. Será emitido certificado de participação.

NAJURP - Núcleo de Assessoria Jurídica Popular de Ribeirão Preto.
Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da USP.

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