segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O TUNEL DA AMPLIAÇÃO DO AEROPORTO LEITE LOPES

SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que, há mais de 15 anos, insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto porque demoraria 10 anos para ser construído e que, por isso,  entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

No projeto de ampliação do Leite Lopes (que os SLLQC, para não parecerem que querem descumprir uma sentença judicial, ironicamente chamam de deslocamento de pista), a Av. Thomaz Albert Whatelly seria relocada, gerando todo um remanejamento viário no cruzamento da Av. Recife, caracterizando uma verdadeira asneira urbanística.

Essa aberração urbanística colocaria toda a circulação de pedestres, ciclistas e veículos em grave risco de segurança não apenas sujeitando-os aos empuxos das turbinas na operação de decolagem dos aviões na cabeceira mas também aos gases da combustão e gradientes térmicos.

Em um determinado trecho da pista de taxiamento, caso o avião derrapasse por qualquer motivo (chuva, por exemplo) a ponta da asa poderia atingir a calçada.

Era um projeto que merecia apenas o epíteto de bobagem urbanística e de engenharia mas que foi corajosamente apresentado ao órgão licenciador para análise e aprovação de um tal Relatório de Regularização Ambiental.

É claro que o Movimento Pro Novo Aeroporto logo denunciou essa aberração e a parvoíce ficou patente e resolveram mudar o projeto.

Antes de fazer essa reestruturação viária, pensaram na utilização de um tal viaduto aeroportuário, esquecendo-se que esse tipo de estrutura não pode ser utilizado para pista operacional mas apenas para taxiamento.

Novamente o Movimento Pro Novo Aeroporto deu-se ao luxo de demonstrar essa aberração em termos de engenharia aeroportuária e, felizmente, essa ideia foi arquivada e esquecida.

Mais uma joia da tecnologia SLLQC foi para o cesto do lixo.

O tal túnel: gerador de insegurança e verdadeiro piscinão

Alguém, certamente muito viajado, descobriu que na França, sob uma das  pistas do aeroporto Charles De Gaulle passava uma rodovia, através de um túnel.  Ideia simplesmente genial que até o governador do estado a citou pomposamente em uma de suas aparições por estas bandas da republica dos canaviais.

Pronto: mesmo sem mudar o Relatório de Regularização Ambiental começam a fazer o tal projeto que,  “de tão bom” , até hoje ninguém viu nem consta no plano viário do entorno do Leite Lopes e nem mesmo foi apresentado em audiência pública.

Como sempre, quando o intere$$e do capital  canta mais alto, a legislação costuma ser esquecida: não fizeram nem mesmo um simples Estudo de Impacto de Vizinhança para ser discutido pelos outros interessados, ou seja, a população de Ribeirão Preto e em especial os moradores do entorno do Leite Lopes que usam a avenida Thomaz Albert Whatelly nos seus deslocamentos diários.

Mas quem se importa com isso? Afinal de contas para os SLLQC esses moradores são apenas trabalhadores e pobres.

Mas também sabem de outro risco: o que esse plano genial não seja aprovado por ninguém!

Esqueceram-se que o tal túnel francês existe numa rodovia, sem rebaixamento de via  e no Leite Lopes seria dentro de uma área urbana  e o seu comprimento seria em torno de 600 metros (6 quarteirões) e a avenida Antonio Albert Whatelly teria que ser rebaixada e muito para permitir a execução desse túnel.

Dessa forma criar-se-ia um perigo à segurança de pedestres[i], ciclistas e outros usuários além de ser uma verdadeira cisterna em dia de chuva e as bombas de recalque não funcionem. Sim, porque normalmente elas não funcionam ou não funcionam direito.

Tuneis urbanos com rebaixamento da via não são bons exemplos de engenharia

Os túneis rodoviários já construídos, mesmo os de pequena extensão, quando rebaixados em relação à via costumam ficar inundados sempre que chove um pouquinho mais:

Todo o ano[ii], no túnel do Anhangabaú, em S. Paulo, ocorre esse evento. Em muitas outras cidades também.







Mas já que os experts insistem em fazer esse túnel, segue uma sugestão de estrutura para secagem dos pedestres, bicicleteiros, motoqueiros e motociclistas após resgate do piscinão Leite Lopes:

Vamos lá, teimosinhos SLLQC, um pouco de bom senso nesta terra administrada por uma “elite” provinciana e canavieira é preciso!

Vamos construir um aeroporto novo, pelo mesmo custo do puxadinho Leite Lopes com um projeto aeroportuário de verdade, projetado por quem realmente entende do assunto, em conjunto com a prefeitura para adequação do Uso do Solo.

E, para atender a interesses outros que não os de Ribeirão Preto, o Governo do Estado pode decretar que os convênios firmados para o Leite Lopes continuem valendo para o novo aeroporto.

Sabem porquê? Porque

Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área


[i] Quem se candidata a super herói para transitar a pé ou de bicicleta num túnel de 600 metros à noite, voltando do serviço ou de madrugada indo para o serviço?
[ii] O último foi no dia 08/01/2015

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

OIA NÓIS AQUI TRAVEZ

SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que, há mais de 15 anos, insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto porque demoraria 10 anos para se construído e que, por isso,  entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.


Tínhamos resolvido dar uma trégua de Natal e Ano Novo aos SLLQC.  Íamos esperar até ao fim do Carnaval mas consideramos que seria muita maldade de nossa parte: os SLLQC poderiam achar que estamos bravos com eles. Não estamos.

A falta de argumentos razoáveis e a desesperança de conseguirem ampliar o Leite Lopes em lugar de se construir o aeroporto que Ribeirão Preto e região precisam e merecem, levou os SLLQC a orquestrarem, novamente, uma campanha midiática do tipo DECOLA RIBEIRÃO, já ultrapassada desde 2005.

É a Fenix renascendo das cinzas mas com as penas chamuscadas

Tentam renovar a  já desgastada estratégia de manipulação da opinião publica para enganá-la com a reconstrução do marketing Papai Noel Leite Lopes Internacional e suas maravilhas idílicas.

Até mobilizaram a Câmara Municipal com uma nova CEE[i] (que nem sabemos se foi implantada ou não) após uma campanha midiática que incluiu as declarações de “personalidades” diversas e seus argumentos “irrefutáveis”.

Argumentos irrefutáveis sim, quando enquadrados no conceito de que a região precisa de um aeroporto internacional. Esta proposição sempre foi a linha de frente da nossa campanha por um aeroporto novo. O que falha na opinião dessas “personalidades bem informadas” é que esse tal aeroporto internacional, de cargas, não cabe no Leite Lopes. Por isso esse aeroporto internacional tem que ser construído em outro lugar.

É só esse pequeno “probleminha”: Falta de espaço. Por isso, todo o arcabouço argumentativo pela ampliação do Leite Lopes tropeça na simples realidade física do espaço disponível. É chato mas a realidade não convive com utopias.

A realidade desconstrói a fantasia

E o argumento de que demora muito tempo para construir um aeroporto novo também já foi para o espaço porque todo esse tempo já passou faz tempo (desde 1995). Mesmo que eles tivessem razão – e nunca tiveram -  já poderíamos estar a operar um aeroporto adequado, já com dez aninhos de vida.

Enquanto isso,  outro municípios já começaram a preparar a implantação de seus aeroportos novinhos em folha, operacionais e com capacidade de ampliação sem riscos socioambientais e dessa forma Ribeirão Preto fica para trás, porque as nossas elites já demonstraram que não têm competência para absolutamente nada.

Incompetência na água e no ar

A prefeitura de Ribeirão Preto está um caos. Algumas prefeituras vizinhas, cujas administrações passadas  apoiavam as pretensões do Leite Lopes ampliado a qualquer custo, também estão um caos.

Administrações incompetentes só podem defender projetos desse padrão.

Precisamos falar do governo estadual e da falta de água para as populações, por descaso durante décadas de enfrentar esse problema anunciado faz tempo?

Administração que não consegue fornecer água à população tem competência para fazer o quê? Ora, é simples, só tem capacidade  para querer ampliar o Leite Lopes, gastando quase o mesmo que gastaria se fosse construir um aeroporto novo.

A capacidade chutemétrica dos “experts”

E o pessoal que afirma aos quatro ventos que Ribeirão está perdendo um bilhão de Reais por ano por falta da internacionalização do Leite Lopes?

Como é que eles chegaram nessa conclusão? Fizeram cálculos matemáticos e altamente científicos? Tem algum memorial de cálculo a respeito? Consultaram algum vidente? Ou foi revelação divina?

Outro dia eles disseram como chegaram nesse valor mágico: supuseram que pelo Leite Lopes seriam exportados 2% das cargas aéreas do Estado de S. Paulo! E como foi que eles chegaram nesse percentual? Chutemetria completa. Nós achamos que eles estão errados porque se fosse um aeroporto decente e apto a receber cargas aéreas, certamente que seria muito mais do que isso.

De qualquer forma, não importa o valor chutado. O valor de um bi de Reais seria para Ribeirão Preto ou seria o movimento geral de cargas e o lucro apenas para os empresários do ramo, que estão pouco se lixando para a cidade e seus habitantes – que somos nós?

Eles teriam o lucro e nós os custos socioambientais e urbanos desse empreendimento.

Para eles um excelente negócio, desde que seja no Leite Lopes. Num aeroporto novo, o lucro não seria para eles mas sim para quem ganhasse uma licitação com mais do que um concorrente.

Pelo menos um tema eles pararam de citar, com base nos “experts em negócios imobiliários”: a tal demanda extraordinária por galpões logísticos não está acontecendo e quem entrou nessa, está se dando mal.

Nem os terrenos públicos do entorno do Leite Lopes colocados á venda pela prefeitura por precinhos de pai para filho atraíram os interessados. É coisa para profissionais e não para “experts”.

  


Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área




[i] CEE Comissão Especial de Estudos