segunda-feira, 28 de maio de 2012

Convite para palestra

Palestrante - Ivan Santana , expert em assuntos de aeronáutica

Tema : Salão de idéias sobre obras publicadas.

Livros - Caixa Preta e Perda Total versam sobre acidentes aéreos.

Local - XII Feira do Livro ( Auditório Palace)

Data - 31/05/2012 (quarta feira) às 10:30 hs.

Ao final da palestra, espaço para perguntas e debate.


Pergunta-se - Que avaliação o eminente escritor faz do histórico de acidentes no Aeroporto Leite Lopes e da anunciada ampliação tipo Puxadinho  ?

sábado, 26 de maio de 2012

O LEITE LOPES, A INSEGURANÇA E A ESCURIDÃO

A população absolutamente desprotegida


Saiu publicado no Gazeta de Ribeirão (22/05/2012) uma reportagem sobre a falta de segurança no entorno do Leite Lopes sendo que uma das causas seria a falta de iluminação no entorno da pista do Leite Lopes. A reportagem não fez qualquer  tipo de comentário sobre as razões da ausência de iluminação pública. Já que não o fizeram, nós fazemos. O importante é deixarmos todo o mundo às claras – inclusive a imprensa – conhecendo certos fatos bem obscuros que obrigam a essa escuridão toda:

NO ESCURO
Moradores se queixam
A falta de segurança no entorno do Aeroporto Leite Lopes, na Zona Norte de Ribeirão, também atinge os moradores da Vila Brasil. As famílias vivem a 10 metros do muro do terminal e reclamam da falta de iluminação. “Somos privados de infraestrutura. A situação é calamitosa”, afirmou o líder comunitário do bairro, Joel Ludovico Romualdo. As ruas Barretos —até a Avenida Thomaz Alberto Whately—, Tambaú e Pouso Alegre, que passa ao lado do aeroporto, ficam às escuras. “A criminalidade toma conta da região por causa da falta de iluminação”, contou a diarista Cícera Souza Silva, 31 anos. “Nós nem saímos à noite para evitar assaltos”, disse a dona de casa Maria Freitas, 41. (LC)

A Av. Thomaz Alberto Wately e outras que envolvem a pista do Leite Lopes não têm iluminação pública e viária porque o DAESP não permite, alegando questões de segurança aos procedimentos de aproximação podendo as luzes viárias confundirem os pilotos com as luzes de pista.  É simples assim.

Todo esse sistema viário sem ciclovia e sem calçada obriga as pessoas a trafegarem no leito carroçável, em plena escuridão,. De vez em quando um ou outro pedestre ou ciclista é atropelado. Há décadas são registrados Boletins de Ocorrências de atropelamentos e mortes principalmente na av. Thomaz Alberto Wately.  

Esses acontecimentos deveriam merecer alguma atenção oficial pela sua  importância? O importante é não tirar o aeroporto de dentro da área urbana. E se alguém morrer ou ficar acidentado, que importância isso tem? Desde quando os interesse econômicos e políticos podem depender ou ficar à mercê da segurança de pobres?

Por isso os defensores do Leite Lopes como aeroporto regional (ou internacional como alguns imaginam que possa vir a ser) nem se preocupam com isso e muito menos a prefeitura municipal. A avenida já existe lá desde muito antes de se pensar em puxadinhos e a calçada nem a ciclovia foram construídos, embora obrigatórios pela legislação municipal desde 1983 e 1995 respectivamente.

Mas em todo este tempo o Governo do Estado  gastou milhões em reforma da pista, do terminal de passageiros, estacionamento e outros melhoramentos mas nunca se preocupou com a segurança da população do entorno. Gente se machucou e vai continuar a se acidentar pela omissão criminosa do poder público.

Mas esse problema pode ser agravado de modo significativo no caso do tal puxadinho. Se a pista for ampliada, naquele projeto portentoso de transformar o Leite Lopes no mais ridículo aeroporto cargueiro do planeta, a av. Thomaz Albert Watelly terá o seu trajeto modificado para contornar a pista.

Vamos analisar o projeto – aquela enorme folha de papel  que a administração municipal sempre abre em cima da mesa durante  as coletivas de imprensa – e ver o que acontece com o desvio da av. Tomaz Albert Wately  para atender ao puxadinho?

Fonte: jornal A Cidade 12/02/2011

Se olharem a figura acima, a av. Thomaz Albert Whately está indicada em cor de rosa e entre os riscos pretos (de nossa autoria) é a faixa da avenida que está sem iluminação. Sem calçada. Sem ciclovia. O desvio dessa avenida proposto nesse fantástico projeto está na cor cinza. E o trecho na escuridão será muito maior do que está hoje, ampliando com todos esses problemas de insegurança viária e de bandidagem gerados pela simples existência de um aeroporto dentro de área urbana.

Mas tem mais um outro senão: esse desvio vai passar bem na frente do Parque de Exposições. Será que as luzes do Parque vão ficar acesas durante os eventos, causando problemas aos pilotos ou também vai ter as luzes apagadas?  Quem sabe coloca-se um funcionário junto a um interruptor: quando um avião se aproxima, apaga as luzes.

Este é um dos muitos problemas de urbanismo que esse mega-super- estrambólico projeto do puxadinho no Leite Lopes causará a Ribeirão. Esse é um dos motivos porque aeroportos de médio a grande porte não podem mais estar situados em área urbana. Mesmo que os SLLQC façam beicinho de criança mimada e contrariada. Não pode nem deve acontecer. Seria um desperdício de dinheiro público contra o bem estar e a segurança da população desprezando a sua obrigação de preservar a incolumidade  pública.

A irresponsabilidade da falta de iluminação viária nunca é citada pela mídia local, que se limita a veicular, como se fosse uma verdade bíblica, apenas o marketing enganoso e eleitoreiro dos SLLQC, colaborando ativamente na tentativa de manipulação da opinião pública. Ribeirão Preto merece respeito. Por isso, esse puxadinho não pode acontecer.

Vamos dar-lhe um aeroporto decente, digno, seguro, sem zonas escuras, onde se possa embarcar/desembarcar sem necessitar de guarda-chuva, que não coloque em risco a sua população – mesmo que seja a população pobre – e que não possa servir de chacota internacional porque é ridículo em pleno sec. 21 que alguém ainda pense em ampliar esse Leite Lopes.

Como a questão tem um viés político – é uma administração municipal submissa aos interesses econômicos privados e corporativos que determinam à administração estadual a insistência  desse puxadinho - devemos começar a pensar melhor em quem estaremos elegendo em Outubro. Se o candidato tentar impingir ao eleitor a maravilha do Papai Noel Puxadinho Leite Lopes, então o eleitor já deve saber em quem não votar.



Povo esclarecido jamais será iludido

Então a única alternativa para a cidadania é que

Em 2012 não vote em político de 3ª Linha. Vote em estadista!


Congonhas em Ribeirão Não!

Leite Lopes com outro uso (alternativo) :
sem ampliação e com o entorno iluminado.

Novo aeroporto já!

* SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

O Movimento Responde / XII Feira do Livro

Meus amigos na qualidade de Corretor de imóveis conheço os quatros cantos desta cidade. E concordo plenamente com o movimento Ribeirão precisa de um Novo Aeroporto já.
Date: Sun, 13 May 2012 21:23:55 -0300

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O apoio ao Movimento Pro Novo  Aeroporto cresce de forma significativa  graças à conscientização e à desmistificação da manipulação da opinião publica.

Agradecemos pelo seu apoio e incentivo

Núcleo Gestor

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From: reinaldo romero <rtromero@hotmail.com>

Subject: FW: [Sessão de autógrafos do livro: “O Brasil fugiu da escola: motivação, criatividade e sentido para a...
Obaaa!
Convite...

Olá amigos (as) neste sábado dia (26) as 11h e 30 na Feira do Livro o Prof. Sergio Kodato fará uma seção de autografos do livro recem lançado: O Brasil fugiu da escola: motivação, criatividade e sentido para a vida escolar apareça.
rei

quarta-feira, 23 de maio de 2012

MURAIS PINTADOS E SLLQC OURIÇADOS

Movimento questiona em mural o marketing do
Papai Noel do Puxadinho Leite Lopes


O Movimento Pro Novo Aeroporto realizou pinturas com o objetivo de alertar a população  de que a pretendida ampliação do leite Lopes é uma grande mentira no que se refere a melhoria e valorização do entorno. Foram pintados para alertar a população cumprindo a função cidadã do Movimento. Já que a mídia transmite apenas a versão oficial, o Movimento optou por essa mídia alternativa.
                                
Num evento ocorrido na Favela do Núcleo da Avenida João Pessoa, um jornalista do jornal A Cidade viu um pintura em mural nas proximidades, fotografou, entrevistou várias pessoas e publicou a noticia no dia 31/03/2012 sob o titulo “Vizinhos reclamam da ampliação do aeroporto Leite Lopes” onde foram considerados três  pontos fundamentais: aumento da pista = aumento de risco aeronáutico; no caso de desapropriação os moradores desapropriados sairão perdendo economicamente, ao contrário da propaganda oficial; e que um aeroporto novo sairá pelo mesmo custo da ampliação (cerca de 177 milhões de Reais) conforme os dados oficiais.



Nesse mesmo dia três leitores postaram comentários, que transcrevemos (omitindo os nomes):
 A.M.fº Em Ibiuna, a 73 quilômetros da capital, a iniciativa privada irá construir um aeroporto. R$ 500 milhões de investimentos. Em São Roque, a 62 quilômetros da capital, a iniciativa privada irá construir um aeroporto. R$ 400 milhões de investimentos.
Em Bananílha, o aeroporto fica entravada por causa de reclamações de indivíduos em terrenos ocupados ilegalmente.
O pessoal não desconfiou, nem a prefeita, que os aviões voam próximos a velocidade do som, muito além da velocidade do populismo e da burocracia.

Os comentários são muito interessantes e conclusivos.  Cita dois municípios, muito menores que Ribeirão Preto em população e em importância econômica, que vão ter aeroportos novos e que não estarão localizados dentro da área urbana. Se o custo deles é da ordem das centenas de milhões de Reais, ótimo para eles, porque se com 180 milhões já é possível fazer um bom aeroporto, isso significa que eles estão pensando no futuro de suas cidades, ao contrário de Ribeirão Preto.  E nem precisaram pedir nada ao DAESP: eles mesmos fizeram.  Não são submissos!

E se um novo aeroporto para Ribeirão Preto também custar 400 ou 500 milhões de Reais? Ribeirão Preto não merece?  600.000 habitantes e mais de 1 milhão de passageiros/ano não  merecem um aeroporto decente e adequado mas apenas um puxadinho espremido dentro da área urbana? Para os SLLQC,  Bananilha não merece mas Ibiúna e S. Roque merecem.

Comentários deste tipo apenas demonstram como Ribeirão Preto é sempre menosprezada pelos SLLQC, e que na sua incompetência são incapazes de visualizar a possibilidade de termos um aeroporto novo, digno e seguro contentando-se com um aeroporto medíocre, um Congonhas Caipira, e no cenário internacional ganhar o titulo no Guiness de “o menor e pior aeroporto de cargas internacional do mundo”, onde um avião cargueiro não consegue decolar com carga plena por falta de pista.
Quanto ao de Bananilha, nome de fantasia que o autor dedicou para Ribeirão Preto, refere-se ao que a propaganda oficial e oficiosa sempre se refere aos moradores do entorno como sendo invasores ilegais, o que não é verdade, porque apenas uma ínfima minoria é composta por  favelas e a maior parte são legítimos proprietários que têm registro em cartório, têm habite-se e a maior parte das residências foram construídas pelo poder público. E não são apenas os moradores que são contra o puxadinho Leite Lopes mas sim um movimento popular desde 1995. Esta ignorância deve-se à falta de informação, inclusive responsabilidade da imprensa que sempre se negou de citar a existência do Movimento Pro Novo Aeroporto, a menos de fatos que a obriguem a citá-lo.

M.C Vcs todos falam coisas sem qualquer embasamento técnico. Viracopos, que é um dos maiores aeroportos cargueiros do Brasil, quantos acidentes tivemos lá? Nenhum, e a pista tem 3.240 mts de comprimento, ou seja, quando temos qualquer problema que coloque em risco o pouso procuramos sempre as maiores pistas como Viracopos, Galeão, Guarulhos etc. Pista maior significa segurança, e o interesse individual não pode se sobrepor ao interesse coletivo da cidade, Ribeirão e região tem interesse neste aeroporto intl.

Este comentário se repetirá em outras oportunidades. O autor é  piloto e deve saber bem o que está afirmando:  uma pista maior é sempre mais segura. Se tiver áreas de escape será muito melhor e se estiver fora da área urbana será muito melhor ainda. Usa como exemplo Viracopos com uma pista de 3240 metros de comprimento contra uma de 2.100 metros (Leite Lopes com puxadinho) e sem área de escape, ou melhor, com área de escape nas casas do Quintino ou no Parque Permanente de Exposições, eventualmente com algum evento ocorrendo.

Outra verdade indiscutível é que o interesse individual não pode se sobrepor ao coletivo. Só que o interesse individual é o de uma empresa privada para explorar um Terminal de Cargas no Leite Lopes porque ganhou uma licitação especifica e que se for construído um novo aeroporto essa licitação perderá o valor. E o interesse coletivo é o da população do entorno e a própria cidade que sofrerá grandes perturbações urbanísticas se ocorrer essa ampliação.

E está corretíssimo quando afirma que Ribeirão e a região têm interesse no aeroporto internacional só que não será no  Leite Lopes mas sim num sítio adequado onde se possa construir um, decente e digno para Ribeirão Preto.

Tivemos um terceiro comentarista:

D.J.J Como um “viajante do mundo”, reitero minha opinião: é dinheiro jogado fora investir neste local do aeroporto. É preciso pensar grande: 5,m 10 milhões de passageiros/ano. Vamos construir um novo e entrar no mapa mundial. “Puxadinhos” é dinheiro jogado fora a longo prazo. Ribeirão tem inúmeras áreas boas. É só ter vontade política. Eu fico triste quando administrações públicas só olham para o seu umbigo – aqui e agora

Bom exemplo de bom senso. É preciso pensar grande. A mensagem dada é que não podemos ficar na estagnação da mediocridade imediatista e do conformismo.

Este embate com os desinformados defensores Só o Leite Lopes a Qualquer Custo (SLLQC) vai prosseguir através da coluna do leitor do jornal A Cidade nos dias seguintes.


Por isso, não percam os próximos e emocionantes episódios do duelo Movimento x SLLQC. 


Papai Noel do Puxadinho Leite Lopes é enganação
Mas, Novo Aeroporto em Nova área, sim é inovação

segunda-feira, 21 de maio de 2012

01 - Aeroporto Eleitoral / 02 - Lançamento de Livro / 03 - convite para palestra

AEROPORTO ELEITORAL
A farsa circense tenta esconder a incompetência e a falsa informação


SÓ DEPOIS DOS LICENCIAMENTOS AMBIENTAIS


As comadres municipal e estadual viviam o seu devaneio e eram juras de amor para cá e juras de amor eterno para lá. De repente, quando estava tudo já combinado, surge a imposição sobre o município de ter que arcar com alguns custos, entre eles o já combinado do sistema viário mas com a condição de que o DAESP iria fazer as obras e o município iria repassar as verbas.

Logo as juras de amor se transformaram em arrulhos. E logo descambam as acusações, sendo a principal – na verdade uma confissão – de que o Leite Lopes é um aeroporto apenas com objetivos eleitorais.

Quê? Pagar 21 milhões para o Estado fazer o que podemos fazer por 11,9 milhões? Não vamos repassar nada, Nós mesmos vamos fazer. Esta bazófia foi amplamente noticiada na imprensa (16/04/2012), que ficou empolgada,  e, como costumeiramente, se prestou a veicular como se fosse uma demonstração de eficiência administrativa o que não passava de marketing político eleitoreiro. Deixou os SLLQC extasiados com tanta eficiência pro-ativa do puxadinho.

O Movimento Pro Novo Aeroporto, comentou, à época, toda essa fanfarronice, considerando:

O que passou despercebido, no auge dos devaneios poéticos dos defensores incansáveis da ampliação do Leite Lopes, os SLLQC, foram os fatos objetivos: Será que o DAESP não sabe fazer orçamentos de sistemas viários, se faz parte de uma Secretaria Estadual  cuja principal função é trabalhar nessa área? Será que o DAESP está promovendo o superfaturamento de suas obras? Talvez seja uma informação útil a ser fornecida ao Tribunal de Contas.

Mas existe uma segunda alternativa: a execução das obras seriam feitas segundo critérios outros nos quais a qualidade dos serviços não seja o mais importante mas apenas o preço. O que nos reporta para a noticia publicada no Jornal A Cidade de 19/04/2012, relativamente a um comentário do vereador presidente da CPI do asfalto:

“Repito para que ouçam minha voz: R$ 30 milhões jogados no lixo por esse asfalto “porco” e inadequado. Alguém tem que pagar”

Para tirar as dúvidas, o Movimento Pro Novo Aeroporto e o Movimento Pro Moradia e Cidadania deram entrada com um pedido de esclarecimentos técnicos à prefeitura, solicitando, entre outras informações, a planilha de custos. Se ela não fornecer estaremos na presença de crime de responsabilidade. E isso é muito grave.

Para quem quiser conferir, basta acessar o site da prefeitura e pesquisar o processo 02 2012 019555-7. Até agora não veio nenhuma resposta direta, Veio sim, indiretamente:


Uma das justificativas para essa reviravolta, segundo reportagem do Jornal A Cidade do dia 18/05/2012 é que:

Segundo ele [presidente da DERSA], a obra necessária nesse momento é viária e não aeroportuária. “São muitas as conexões de ruas e adequações urbanas para começarmos a acertar o escopo do projeto”.

O Movimento Pro Novo Aeroporto já tinha afirmado isso, inclusive que a pavimentação existente não é adequada ao trafego pesado de acesso a um terminal de cargas e os raios de curvatura e outros parâmetros viários existentes não permitem as necessárias manobras desses veículos.  A prefeitura não sabia disso!  Ela não sabe que para se fazer uma planilha de custos é necessário dispor de um projeto executivo! É inacreditável!

Como sempre, tenta-se impor a utopia da política marqueteira aos parâmetros técnicos. Talvez esteja aqui uma das razões porque Ribeirão é pródiga em buraqueira viária.

Também afirmamos que todas essas modificações viárias por causa do Terminal de Cargas exigem um Estudo de Impacto de Vizinhança que não foi feito. Ou seja, qualquer que possa ser o projeto do Terminal de Cargas da TEAD, ele está irregular. Por isso, o Movimento Pro Novo Aeroporto também denunciou esse fato à Promotoria.

Tudo isso foi devidamente divulgado por este  Informativo do Movimento, que é também distribuído à imprensa. Estranhamente nenhum órgão de imprensa fez esse questionamento à prefeitura. Será que a imprensa, agora está convencida que o Movimento Pro Novo Aeroporto sabe muito bem o que afirma e é muito competente nas suas observações?

Mas o Movimento também afirmou algo mais:

No entanto, outro tema também passou despercebido pela imprensa ao noticiar os devaneios eleitoreiros da prefeitura: como podem ser feitas obras sobre a adequação do sistema viário por causa da ampliação do Leite Lopes, se a obra ainda não foi licenciada e nem mesmo tem um estudo técnico mas apenas palavrório eleitoreiro? 

Já estão convidando para comer o  galeto que vai nascer do ovo que a galinha, que ainda não nasceu, irá botar?

E que o presidente do DERSA confirma:

A previsão do Estado é que o projeto executivo seja concluído dentro de 10 meses. Esse mesmo prazo será necessário para a obtenção dos licenciamentos ambientais.

Ou seja, não vai ter obra nenhuma sem o licenciamento ambiental. Aliás nem mesmo sabem quanto tempo vão precisar, se de 10 meses ou de 15 meses. Tudo o que se tem falado na imprensa, algumas vezes em pomposos Editoriais, não passa de palavrório sem qualquer base objetiva.

É a continuação da enrolação para impedir a construção de um novo aeroporto. Está na hora de reverter esse posicionamento porque pode acontecer que, pela 4ª vez!!!, o tal licenciamento ambiental não seja obtido por total e completa falta de condições técnicas, espaciais, de segurança e de preservação sócio ambientais, deixando a turma das múmias da dinastia dos Degola Ribeirão** a ver navios, digo, aviõezinhos, de novo.

E quando isso acontecer, Ribeirão  Preto vai continuar a ser servido por esse estropício chamado Leite Lopes, vai passar pelo vexame de ser a única cidade do planeta com uma pseudo-elite que briga para não ter um aeroporto novo, ou seja, vai continuar não tendo um aeroporto adequado, moderno e digno, permanecendo refém de grupelhos políticos que há décadas têm a visão míope limitada a mandatos de 4 anos e querem fazer do Leite Lopes um aeroporto eleitoral!!!!

A reversão somente acontecerá com a retirada  definitiva desses grupos das cenas políticas de Ribeirão Preto. Sabendo-se que:

Povo esclarecido jamais será iludido

Então a única alternativa para a cidadania é que

Em 2012 não vote em político de 3ª Linha. Vote em estadista!


Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está. Novo aeroporto já!

* SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

** Degola Ribeirão foi a alcunha que a comunidade do Jardim Aeroporto, no dia da Audiência Pública do EIA-RIMA em 2007, deu ao grupo Decola Ribeirão ligado à administração municipal e a certos setores econômicos locais que insistiam na ampliação do Leite Lopes  e que tinha como símbolo um aviãozinho decolando.


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Convite para evento:

 VOCÊ TEM UM ENCONTRO MARCADO COMIGO NA FEIRA DO LIVRO!
Quero convidá-lo(a) para o lançamento de um dos títulos da Coleção "Nossa História", de minha autoria, durante a 12ª FEIRA DO LIVRO DE RIBEIRÃO PRETO. Esta obra é resultado de pesquisa desenvolvida no nosso Arquivo Público e Histórico e retrata a vida e a obra de um dos personagens mais interessantes nas origens de Ribeirão Preto: Manoel Fernandes do Nascimento.

Mineiro como tantos outros daquela época, sonhou em construir uma cidade num contexto ainda essencialmente rural e para isso resolveu enfrentar os poderosos. Pagou com a vida tal ousadia.

 Venha conhecê-lo. Espero você no dia 25 de maio, sexta-feira, às 18:30 h no Centro Cultural Palace.
 Grande abraço,

Professor Lages

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Convite para Palestra:

O Núcleo de Assessoria Jurídica Popular da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da USP convida a todos e a todas para a palestra sobre:
"Desenvolvimento regional e cooperação intermunicipal: internacionalização do Aeroporto Leite Lopes e o (des)planejamento intramunicipal em Ribeirão Preto", com o Prof. Rodrigo Faria.
 Será amanhã, dia 22/05, às 19h, no anfiteatro da Faculdade de Direito, campus da USP/RP.
 O Prof. Rodrigo Faria é Professor (Adjunto/DE II) do Departamento de Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (DTHFAU-FAU-UNB). Professor e Orientador (Mestrado e Doutorado) no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília. Membro Fundador do Instituto Iberoaméricano de Derecho Local y Municipal.
 A atividade faz parte das ações do NAJURP em favor dos grupos sociais da região organizados em defesa do direito à moradia digna.
 O evento é gratuito. Será emitido certificado de participação.

NAJURP - Núcleo de Assessoria Jurídica Popular de Ribeirão Preto.
Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da USP.

sábado, 19 de maio de 2012

O AEROPORTO ELEITORAL E OS DEVANEIOS DOS SLLQC - Parte 2

As noticias sobre o puxadinho Leite Lopes sempre se superam. As comadres fizeram as pazes. Já acertaram os ponteiros e cada uma das partes tem bem definida a sua responsabilidade nas tarefas e no uso do dinheiro público. Estranhamente tudo só para daqui a 15 meses, se obtiverem a licença ambiental.

Segundo a comadre estadual é necessário expulsar, perdão, remover cerca de 300 famílias; já a comadre municipal, sempre mais econômica nos seus desempenhos administrativos, afirma que são apenas 150. Segundo as comadres, a área dentro das curvas de ruído não pode ter uso de solo residencial, entre outros. É necessário também um pequeno ajuste viário para permitir o deslocamento da cerca do Leite Lopes e por essa razão, essas famílias deverão ser removidas.

Se essas famílias não saírem por bem, enganadas pelo argumento que a desapropriação será bem paga e que não irá prejudicá-las, ainda existe o velho recurso de saírem na borracha, porque são malfeitores que querem atrapalhar o crescimento da cidade. Tudo no mais perfeito Estado do Direito.

Mas existe um pequeno problema.

Essa curva de ruído que tem que ser desocupada é definida por um Plano de Zoneamento de Ruído (PZR), plano esse que tem que estar homologado pela ANAC. E o plano que está em vigor, devidamente homologado, é o de 1984, quando a pista era menor que os 2.100 metros de hoje. Quem afirma isso? A ANAC, é claro.

E segundo os dados fornecidos pela Prefeitura Municipal em 2001, os lotes atingidos pela curva de ruído dentro PZR em vigor, são cerca de  6.600. Não é erro de digitação: são 6.600 famílias atingidas.

Não é estranho? 6.600 em 2001 e apenas 150 em 2012!

Porquê isso? Porque “descobriram” que um tal deslocamento da pista pode ser considerado que não é ampliação (é o que eles dizem! Mas não é verdade) e que por isso não precisa reverter a sentença judicial que impede a ampliação, desenvolvendo uma nova curva de ruído que não foi homologada por ninguém com base de um projeto de engenharia que não existe e que ainda vai ser contratado por uma empresa estatal que é especialista apenas em rodovias, subcontratada pelo DAESP que só entende  de aeroportos.

Traduzindo: não existe nenhum projeto aprovado. E sem projeto como é possível haver obra? E se não tem projeto e não tem um PZR novo aprovado e homologado, como descobriram que em lugar de 6600 familias são apenas 150?

Não descobriram nada porque não vão fazer nada por falta de aprovações, homologações e será difícil de explicar à população que prometeram o que não poderiam fazer, sabendo disso muito bem, desde o início. A sentença que impedia a ampliação da pista foi dada em 2008 e as fanfarronadas eleitoreiras continuam ainda em 2012.  

É claro que surge um outro personagem em toda essa história: A empresa que vai explorar o Terminal de Cargas Internacionais, que ganhou a licitação em 2003 e até agora só construiu um tapume, que a imprensa logo apresentou como sendo o inicio das obras tão  decantadas em prosa e em verso.  Como explicar isso? Como explicar que todas essas atividades eleitoreiras são para a internacionalização do Leite Lopes como cargueiro e que para isso tem que ter um Terminal e este não é construído?

Porque a empresa que ganhou a licitação não vai gastar R$ 25 milhões sem ter a certeza que essa pista vai ser ampliada, como lhes prometeram, porque sem esse mínimo de todos os mínimos não é possível fingir que o Leite Lopes vai ser um aeroporto internacional de cargas.

Em Janeiro deste ano as comadres fizeram um grande auê com direito a coletiva de imprensa, mapa enorme sobre a mesa e pomposos discursos para comunicarem que “desta vez sai”, liberando a empresa que vai construir o Terminal para iniciar as obras.

Enquanto isso o Movimento pro Novo Aeroporto denunciou ao Ministério Publico esse contrato de licitação que misteriosamente ainda está em vigor. A denúncia foi aceite e está em Inquérito Civil e a promotoria não descarta uma ação civil pública para anular o contrato.

Qual a reação imediata? A empresa não inicia as obras. A comadre municipal, vendo a sua base de marketing eleitoral indo por água abaixo, começa a vociferar contra a empresa que não inicia as obras. Até uma CCE é montada só para mostrar serviço e que acreditam que essa obra vai sair.  

A empresa alega falta de licença ambiental da prefeitura e logo, milagrosa,mente, uma licença aparece e é dada. A empresa – que não está para desperdiçar o seu rico dinheirinho para fazer uma administração municipal feliz – entra com um pedido ao DAESP: prorrogação do contrato, com data base a partir da data em que o Leite Lopes tenha liberada a obra do puxadinho. Liberada de verdade não no gogó.

Adianta também que houve alteração do projeto em razão do aumento da área a ser utilizada e por isso não começa as obras enquanto que as entidades publicas federais que lidam com os aeroportos internacionais não aprovarem esse novo projeto.

Na verdade sábias palavras.

Só que existe um outro pequeno problema que eles devem ter esquecido. Para que se construa o tal Terminal de Cargas, esse empreendimento quando estiver em funcionamento irá provocar impactos na vizinhança, logo, conforme determina a legislação, é necessário que seja feito um Estudo de Impacto de Vizinhança e esse laudo ainda não foi feito e requere consulta pública.

Sabendo disso, o Movimento Pro Novo Aeroporto também denunciou esse fato ao Ministério Público que está analisando o processo.

O pior de tudo é que as comadres estadual e municipal tem o total conhecimento da impossibilidade de ampliar o Leite Lopes mas insistem nessa obra apenas para manterem um apelo de marketing eleitoreiro, tentando convencer a população que “ agora, finalmente, o puxadinho sai “.  Há tempos atrás eram aliados. Nestas eleições não serão mais.

E Ribeirão continua sem aeroporto, porque aquilo que está no Leite Lopes é apenas um campinho de aviação melhorado e o desenvolvimento regional  está à mercê de grupinhos políticos que insistem em não fazer um novo aeroporto.

Mas o Movimento Pro Novo Aeroporto não desiste e vamos, junto com os outros movimentos populares de Ribeirão Preto, dar a devida resposta em Outubro:

Em 2012 não vote em político de 3ª Linha: vote em Estadista


Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área já!

* SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

terça-feira, 15 de maio de 2012

RIBEIRÃO PRETO, A SUA INTEGRAÇÃO REGIONAL E O AEROPORTO

Palestra proferida pelo Prof. Dr. Rodrigo Faria da Universidade de Brasilia
10/05/2012 no auditório do Sindicato dos Servidores Municipais

As forças que tentam obrigar Ribeirão Preto a engolir um aeroporto ridículo, incapaz de atender às futuras demandas  do desenvolvimento regional decidem as suas políticas de ações nos cafofos escuros e embolorados do poder político a serviço da parcela mais retrógrada do poder econômico local, infelizmente ainda hegemônica.

As forças progressistas de Ribeirão e região agem de forma diferente: Promovem seminários, palestras, encontros e outros modelos de exposição de suas ideias, de forma pública e transparente, abertos a todos, inclusive aos defensores do puxadinho do Leite Lopes.

O Sindicato dos  Arquitetos  em Ribeirão Preto organizou uma palestra com o Prof. Dr. Rodrigo Faria, docente da Universidade de Brasília, sobre Ribeirão Preto  como parte integrante no contexto regional incluindo o Triangulo Mineiro. Aconteceu no dia 10/05/2012 no auditório do Sindicato dos Servidores Municipais.

Presentes profissionais da área de urbanismo e de engenharia e de outras áreas profissionais, estudantes, professores universitários, lideres comunitários, ambientalistas entre muitos outros, todos cidadãos  engajados em discutir os problemas do município. É claro que a imprensa, estava ausente, como sempre acontece quando um dos temas é novo aeroporto.   Parece ser assunto tabu e proibido de ser divulgado.

Impossível discutir os problemas atuais de Ribeirão sem se recorrer ao seu histórico de padrão de crescimento e desenvolvimento econômico dentre o contexto mais amplo das forças dominantes desde a década de 40.

Nessa retrospectiva foi citado o Eng. Oliveira Reis que já em 1945 elaborou um plano diretor com as diretrizes de expansão urbana na direção oposta à do Leite Lopes, que ficaria dessa forma longe da cidade e que deveria ter a sua área patrimonial ampliada de tal forma que pudesse conter uma pista de 3.000 metros. Não existiam jatos e muito menos os cargueiros de hoje.
Impressionante a capacidade de visão desse técnico. Impressionante a capacidade do poder político local em arquivar projetos que possam desenvolver o município de forma independente dos donos do poder.

Discorrendo esse tema, ficou claro a falta de visão em se pretender ampliar o Leite Lopes ou de restringir a sua localização ao município, com exclusão de qualquer outro, numa comprovação de falta de visão estratégica regional de cooperação entre municípios, por uma falta de preparo entre os gestores públicos.

Uma das causas dessa falta de cooperação deve-se a que as elites detentoras do poder econômico – e portanto dominantes no poder político – sentem-se ameaçadas com os interesses regionais. Dentro desta linha está o aeroporto Leite Lopes. Foi feita uma análise e uma discussão com os presentes sobre uma fala do Prof Golfeto num programa de TV sobre a pretensa inserção de Ribeirão Preto na globalização por causa da internacionalização do Leite Lopes. Ficou claro que essa pretensa globalização e seus milagreiros efeitos econômicos são equivocados porque o Leite Lopes, mesmo que ampliado, não tem capacidade física de promover essa integração. É limitado.

Ocorrendo essa ampliação ficaria eternizado um grave problema urbano na cidade, sem solução. Seria transformar o Leite Lopes em um novo Congonhas.

Outros assuntos foram tratados como a falta de um sistema público de transportes adequado e decente, a falta de um plano especifico que lhe defina as diretrizes; a falta de um novo PoupaTempo porque o único – distante da massa populacional– já está com a sua capacidade de atendimento esgotada.

O arquiteto Mauro Freitas,  membro do Conselho Municipal de Urbanismo, citou o embróglio em que se tornou a Lei de Uso e Ocupação do Solo, feita sem atender os pareceres do  Conselho para atender a interesses emergenciais da administração municipal  e dos interesses da especulação imobiliária.

A comunidade do Jardim Aeroporto representada pelo Marcos Valério referiu-se ao  COMAM (Consórcio Inter Municípios da Alta Mogiana) e a tentativa já no ano de 2000, através do intermédio da EPTV de se formar uma Agência Regional de Desenvolvimento formada pelo tripé – Ribeirão Preto, Barretos e Franca.

Lembrou também que  a avenida fronteira à cabeceira da pista tem uma grande extensão sem iluminação publica por causa do aeroporto, tendo sido causadora de inúmeros acidentes graves com pedestres e ciclistas que nela transitam (nem calçada tem) e  que a ampliação da pista sobre essa avenida, obrigando-a a contornar, essa zona de escuridão irá ser aumentada e em pontos com curvas, tornando a circulação muito mais perigosa.

Outro fato é que a comunidade ficará espremida entre a rodovia Anhanguera e a pretensa pista ampliada, com a sua mobilidade reduzida e prejudicada no acesso ao resto da cidade.

O eng Lenio informou que se a pista pretendida para a ampliação do Leite Lopes é curta para os cargueiros que a propaganda oficial afirma que irão  operar. Então  não poderão ter carga plena (tanque cheio mais mercadorias transportadas) e por isso a tal internacionalização do aeroporto não é verdadeira, não passando de um aeroporto de conexão.

Outro fato a considerar é que  a região não produz mercadorias na quantidade suficiente para atingir carga plena  especificamente para os voos diretos Ribeirão  Preto -  Miami.

Como sempre, o Movimento Pro Novo Aeroporto estava lá representado pela sua faixa emblemática.

Foi uma verdadeira aula, não apenas de geopolítica mas também de cidadania, porque os problemas da cidade devem ser discutidos de forma ampla e aberta e não impostos por interesses outros.




 

domingo, 13 de maio de 2012

O AEROPORTO ELEITORAL E OS DEVANEIOS DOS SLLQC



As comadres se zangam e logo se conhecem as verdades.  A administrações municipal e estadual  começaram a discutir de quem é a paternidade, ou melhor, a maternidade da obra supostamente fantástica e fenomenal do puxadão Leite Lopes.

Até colocaram no meio a única empresa beneficiada por essa obra magistral para explorar um minúsculo Terminal de Cargas, que logo deu sapatada e mostrou que sabe muito bem o que está fazendo e também quem manda no pedaço e restaurou a ordem no galinheiro.

Logo depois as comadres voltam às juras de eterno amor e decidem: está tudo negociado. As obras logo vão começar.   A imprensa dá a noticia de tal forma que até parece que as máquinas já estão trabalhando e logo mais tudo estará prontinho para a grande inauguração.

O problema é que não é verdade. A imprensa deveria incluir também as informações vindas do outro lado, no caso presente, do Movimento Pro Novo Aeroporto, que teria o maior prazer em explicar que tudo isso é apenas campanha eleitoral de quem sabe que não pode fazer nenhuma ampliação no Leite Lopes mas precisa fingir que vai fazer, só para tentar não perder votos nas próximas eleições. Prometeram o que sabiam não poder cumprir.

Vamos analisar as noticias publicadas por um dos mais importantes jornais da cidade, o Gazeta de Ribeirão de 10/05/2012, começando pelo Editorial:      

O governo do Estado parece ter recuado da decisão de não mais arcar com os custos para a remoção das famílias que são o principal obstáculo para a ampliação da pista do Aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto. A novela já se estende desde o ano passado, quando o plano de “deslocar” a pista sobre a Avenida Thomaz Alberto Whatelly conseguiu derrubar os efeitos de um acordo judicial de 2008 que impedia qualquer reforma estrutural na pista do terminal.

Vamos esclarecer: “o citado plano de “deslocar” a pista sobre a avenida [...] conseguiu derrubar os efeitos de um acordo judicial de 2008 que impedia qualquer reforma estrutural na pista do terminal.” consiste numa informação sem qualquer fundamento e inclusive é contraditória em si mesma.

Se existia um acordo que impedia qualquer reforma estrutural na pista, deslocá-la não seria uma reforma estrutural? É claro que seria, por isso a contradição e a incoerência da afirmação.

Por outro lado, o tal deslocamento, a menos de critérios meramente semânticos com base em argumentos vazios,  é uma ampliação e, portanto, está impedida de ser feita.

Para terminar de analisar o absurdo, devemos sempre nos lembrar que não houve apenas um acordo judicial mas sim um acordo judicial com força de sentença. E para se derrubar uma sentença, apenas com outra que é exclusividade do poder judiciário.  E para isso é necessário promover uma ação judicial e não apenas chegar e dizer que tudo está resolvido. Porque não está nada resolvido. 

O mesmo Editorial prossegue, concluindo pelo óbvio:

Concluir, ou iniciar a obra, será um grande feito para a autoridade que dela souber se apropriar (independente de seus reais efeitos para a população de Ribeirão). O partido da prefeita e do governador saberão colher, e muito bem, os louros da conquista.

E como fica Ribeirão? À mercê de comadres em busca de votos? É isso que Ribeirão merece? Insistem em querer que Ribeirão tenha um aeroporto ridículo e inadequado apenas para terem votos, em lugar de se mostrarem estadistas o suficiente para brigarem por um novo aeroporto, adequado, moderno, decente, que permita sustentar o futuro desenvolvimento da região?

Ribeirão Preto já decidiu em 1995 por um novo aeroporto, inclusive por lei municipal com o apoio total da sociedade civil, do executivo municipal e do legislativo. 

Recentemente a Câmara Municipal aprovou o relatório da CEE que concluiu pela necessidade de um aeroporto novo e a mesma proposta foi aprovada por unanimidade no evento Ribeirão Preto 2021, também promovido pela Câmara Municipal e que a imprensa se esqueceu de noticiar.

E depois de tudo isso ainda cantam hosanas ao puxadinho do Leite Lopes?

E ainda se dão ao luxo de desejarem ansiosamente por essa anomalia para Ribeirão Preto, principalmente quando sabem que não é possível tecnicamente e nem interessante para a região?

Traduzindo: Ainda insistem naquilo que sabem que não pode ocorrer e dessa forma continuam atrasando a construção do novo aeroporto que precisamos e queremos?

Saindo do Editorial, entramos agora no corpo das noticias:

Além de definir o montante que será investido por cada órgão, o corpo técnico (do Dersa) também deve avaliar as áreas que serão desapropriadas e quantas famílias serão removidas durante a execução do projeto. Um levantamento feito pela Prefeitura este mês mostra que 150 famílias devem ser removidas, ante 322, segundo levantamento estadual.

Quais são os critérios antagônicos utilizados? O estado diz que são 322 famílias e o município, como é bem mais econômico quando se trata de comunidades pobres, afirma que são apenas 150. Um deles, ou ambos, está falando bobagem.

Vamos por partes. Em primeiro lugar estamos falando de famílias não de números. Deslocar, remover, expulsar ou qualquer que possa ser a denominação dessa intenção, devemos nos lembrar que são pessoas, são cidadãos que têm direitos. Não se “limpa a área” para um aeroporto impossível de ser feito apenas para atender aos interesses de uma empresa de carga aérea e de eleitorices terceiro-mundistas. Repetimos, para ficar bem gravado: estamos falando de pessoas, não de coisas ou números abstratos.

A administração municipal e sua comadre estadual, já reconciliadas, afirmam que essas remoções tem o objetivo de cumprir as exigências do zoneamento de ruído definidas pela legislação aeronáutica. Mas de qual zoneamento de ruído estão falando? A ANAC aprovou três, mas na verdade só um está valendo, o de 1984 e neste zoneamento a pista do Leite Lopes tinha (salvo erro) apenas 1800 metros. E segundo este zoneamento de ruídos, o único em vigor, as famílias a serem removidas são cerca de 6.600. Isso mesmo. Não é erro de digitação: são seis mil e seiscentas famílias. Quem fez esse levantamento? A Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto em 2001!

Segundo o Estado, paralelo às definições do cronograma, a Dersa —empresa estadual responsável pela obra— está contratando os projetos executivos e a viabilização dos Estudos de Impacto Ambiental, a pedido do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp). [...] A expectativa da Secretaria de Estado de Transportes é que as obras sejam licitadas em um prazo de 15 meses.

Essa tal de contratação já foi citada várias vezes como já iniciada. É impressionante que o DAESP, órgão que só entende de aeroportos, contrate uma empresa que só entende de rodovias para que esta tente contratar uma empresa com coragem suficiente para elaborar o Estudo Ambiental que de antemão irá comprovar que não é possível ampliar o Leite Lopes.  Já ficou demonstrado em 2007. Precisamos demonstrar de novo em 2013?

Quando será que Ribeirão Peto vai conseguir se libertar dessas forças terceiro-mundistas que apenas visam eleições e começar os estudos e a construção do novo aeroporto exigido desde 1995?

Quando começaremos a cuidar do aeroporto de Ribeirão com seriedade, a começar pela imprensa?

Uma outra noticia do mesmo jornal nos dá a resposta (grifo nosso):

O juiz aposentado e pré-candidato a prefeito pelo PT, juiz aposentado João Gandini, visitou ontem a Redação da Gazeta de Ribeirão. Ele falou da disputa eleitoral e comentou assuntos da Administração Municipal, como a “briga” pela reforma e ampliação do Aeroporto Leite Lopes, que acabou se transformando embandeira política do PSD e do PSDB. “Se a intenção é pensar pequeno, a solução é reformar. Se a Administração quiser pensar grande, o ideal é construir um novo aeroporto, fora da cidade”, disse.

Falou tudo o que era para ser dito. E esperamos que outros pré candidatos também pensem e ajam dessa forma.

Com as administrações municipal e estadual dominadas por grupos mercantilistas que pensam pequeno, e que ficam felizes  e satisfeitos com um puxadinho, Ribeirão Preto precisa se unir e se libertar desses grupos que, até hoje, ainda são politicamente dominantes. Essa verdadeira revolução deverá ser feita agora em 2012.

Em 2012 não vote em político de 3ª linha. Vote em estadista!


CONGONHAS EM RIBEIRÃO, NÃO!!!

Por isso

O LEITE LOPES FICA COMO ESTÁ
NOVO AEROPORTO, EM NOVA ÁREA, JÁ!