Quando se criticam as iniciativas de
ampliar o Leite Lopes, entre outras razões, por estar dentro de área urbana,
densamente habitada, logo os defensores do puxadinho/puxadão afirmam que essa
situação é comum e até desejada e não tem nenhum problema.
Quando o Movimento Pro Novo Aeroporto
divulga que um aeroporto não demora mais
que três a cinco anos para ser construído, logo “especialistas” como a nossa
atual prefeita, erguem a voz e afirmam
que no mínimo demora 10 anos. Um senhor deputado, potencial candidato à
prefeitura este ano de 2012, conseguiu inflacionar o prazo para 40 anos.
Com a finalidade de manipular a opinião
pública a favor de seus argumentos, utilizam-se do instrumento da chantagem
emocional ao anunciar, com grande espaço na mídia, que ou se faz a ampliação do Leite Lopes ou o
DAESP abandona Ribeirão e não teremos nenhum aeroporto, ao que costumamos
responder que se o DAESP não quer, é um problema dele porque se a iniciativa
privada ou mesmo a prefeitura quiserem podem construir um e muito melhor que os
administrados pelo DAESP. Aí retrucam
com aquele ar de superioridade característico dos grandes conhecedores: Não
pode. Só o DAESP ou a União podem construir aeroportos. E, pronto, “falou tá falado”!
Agora que já passou a fase da histeria do
último espetáculo circense da administração municipal em conjunto com a
estadual sobre o quase inicio das obras de “empurração” da pista e da imediata construção do fenomenal
Terminal de Cargas, podemos voltar à nossa rotina de esclarecimento para
contrabalançar a manipulação midiática.
Em artigos anteriores já mencionamos boas
iniciativas em Baurú , São José do Rio
Preto, São Gonçalo, entre outros.
Agora chegou a vez de falar de Maringá,
cidade com pouco mais da metade da população de Ribeirão Preto. Segundo a
Wikipédia,
Maringá
é um município
brasileiro,
localizado no norte central do estado do Paraná.
É uma cidade média-grande planejada e de urbanização
recente, sendo a terceira maior do estado e a sétima mais populosa da região
sul do Brasil. Destaca-se pela qualidade de vida e por ser um importante
entroncamento rodoviário regional. A cidade é uma
das mais arborizadas do país.
Maringá resolveu
construir um aeroporto internacional com recursos próprios: constituiu a
empresa municipal Terminais
Aéreos Maringá e a construção do Aeroporto Sílvio Name Júnior teve início em
Outubro de 1994 e foi concluída em Julho de 2000, ou seja, demorou 5 anos e 9
meses. É claro que se dispusesse de maior fluxo de caixa, a obra demoraria
menos.
Este
fato contradiz em absoluto o que os nossos “especialistas” e futuros
pré-candidatos à prefeitura[i]
afirmam.
Talvez
um aeroporto possa levar mais de 10 anos, até 40 anos, para ser construído, mas
por causa das diversas paralisações por ordem judicial ou do Tribunal de Contas,
motivadas pelas mais diversas irregularidades. Mas isso é do âmbito policial e
não da engenharia.
No
projeto original já está prevista a próxima ampliação e, note-se, em lugar
daquelas escadinhas ridículas que eles
chamam de rampas, prevêem pontes móveis!
Nessa ampliação, os passageiros não vão
precisar de galochas e guarda chuvas em dia de temporal!
A
localização é em área rural e existe um
plano diretor do entorno para garantir que não hajam problemas futuros com a
expansão urbana!
Agora
algumas fotos para comparar com o Leite Lopes:
Vista
parcial do aeroporto de Maringá, completamente externo à área urbana, podendo
ser ampliado à vontade para atender às futuras demandas. Já estão prevendo a
construção de uma segunda pista.
Vista
interna do Terminal de Passageiros, atualmente com um movimento de 280.000
passageiros/ano, um terço do movimento atual do Leite Lopes.
E o projeto já inclui a futura
ampliação desse terminal de passageiros, para o uso de pontes móveis:
Toda a cidade progressiva em pleno
desenvolvimento deseja e implanta aeroportos decentes e que dignifiquem a
cidade, com respeito aos seus cidadãos. Espontaneamente. Maringá, Bauru, Natal
entre outras.
Só em Ribeirão Preto precisamos organizar
um Movimento Popular para enfrentar um grupinho que faz questão de ampliar o
Leite Lopes para atender aos interesses de uma empresa transportadora que
também poderia construir o seu Terminal de Cargas no aeroporto novo, mas a
ganância do lucro imediato é mais importante do que a cidadania e que as
necessidades de Ribeirão Preto e região.
Todos os projetos de ampliação do Leite
Lopes, inclusive o do Terminal de Passageiros denota a total indiferença dessas
autoridades para com o ribeirão-pretano: em Maringá e em todos os outros existe
arquitetura; no Leite Lopes não passa de um galpão.
Uma cidade do porte de Ribeirão Preto,
apresentar-se com um aeroporto internacional de passageiros como o que eles
querem fazer no Leite Lopes, é simplesmente degradante.
O Leite Lopes internacional não é o
aeroporto que Ribeirão Preto e a região merecem.
Para se recuperar a dignidade da cidadania
perdida nas últimas décadas, com sucessivas administrações a serviço de
negócios e não da cidade, só existe uma alternativa:
Em 2012 não vote em político de 3ª Linha: vote em
Estadista
E porque continuamos na luta
cidadã, exigimos:
Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área
já!
[i]
Ribeirão Preto está muito mal servido de pré-candidatos à prefeitura este ano,
assim como aconteceu em todas as outras
eleições.
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