quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

OS BONS EXEMPLOS DE AEROPORTOS NACIONAIS


Quando se criticam as iniciativas de ampliar o Leite Lopes, entre outras razões, por estar dentro de área urbana, densamente habitada, logo os defensores do puxadinho/puxadão afirmam que essa situação é comum e até desejada e não tem nenhum problema.

Quando o Movimento Pro Novo Aeroporto divulga  que um aeroporto não demora mais que três a cinco anos para ser construído, logo “especialistas” como a nossa atual  prefeita, erguem a voz e afirmam que no mínimo demora 10 anos. Um senhor deputado, potencial candidato à prefeitura este ano de 2012, conseguiu inflacionar o prazo para 40 anos.

Com a finalidade de manipular a opinião pública a favor de seus argumentos, utilizam-se do instrumento da chantagem emocional ao anunciar, com grande espaço na mídia,  que ou se faz a ampliação do Leite Lopes ou o DAESP abandona Ribeirão e não teremos nenhum aeroporto, ao que costumamos responder que se o DAESP não quer, é um problema dele porque se a iniciativa privada ou mesmo a prefeitura quiserem podem construir um e muito melhor que os administrados pelo DAESP.  Aí retrucam com aquele ar de superioridade característico dos grandes conhecedores: Não pode. Só o DAESP ou a União podem construir aeroportos.  E, pronto, “falou tá falado”!

Agora que já passou a fase da histeria do último espetáculo circense da administração municipal em conjunto com a estadual sobre o quase inicio das obras de “empurração” da pista  e da imediata construção do fenomenal Terminal de Cargas, podemos voltar à nossa rotina de esclarecimento para contrabalançar a manipulação midiática.

Em artigos anteriores já mencionamos boas iniciativas em Baurú ,  São José do Rio Preto, São Gonçalo, entre outros.

Agora chegou a vez de falar de Maringá, cidade com pouco mais da metade da população de Ribeirão Preto. Segundo a Wikipédia,

Maringá é um município brasileiro, localizado no norte central do estado do Paraná. É uma cidade média-grande planejada e de urbanização recente, sendo a terceira maior do estado e a sétima mais populosa da região sul do Brasil. Destaca-se pela qualidade de vida e por ser um importante entroncamento rodoviário regional. A cidade é uma das mais arborizadas do país.
De acordo com o IBGE, Maringá possui uma população de 357.117 habitantes.

Maringá resolveu construir um aeroporto internacional com recursos próprios: constituiu a empresa municipal Terminais Aéreos Maringá e a construção do Aeroporto Sílvio Name Júnior teve início em Outubro de 1994 e foi concluída em Julho de 2000, ou seja, demorou 5 anos e 9 meses. É claro que se dispusesse de maior fluxo de caixa, a obra demoraria menos.
Este fato contradiz em absoluto o que os  nossos “especialistas” e futuros pré-candidatos à prefeitura[i] afirmam.

Talvez um aeroporto possa levar mais de 10 anos, até 40 anos, para ser construído, mas por causa das diversas paralisações por ordem judicial ou do Tribunal de Contas, motivadas pelas mais diversas irregularidades. Mas isso é do âmbito policial e não da engenharia.

No projeto original já está prevista a próxima ampliação e, note-se, em lugar daquelas escadinhas ridículas que  eles chamam de rampas, prevêem  pontes móveis!  Nessa ampliação, os passageiros não vão precisar de galochas e guarda chuvas em dia de temporal!

A localização é em área  rural e existe um plano diretor do entorno para garantir que não hajam problemas futuros com a expansão urbana!

Agora algumas fotos para comparar com o Leite Lopes:



Vista parcial do aeroporto de Maringá, completamente externo à área urbana, podendo ser ampliado à vontade para atender às futuras demandas. Já estão prevendo a construção de uma segunda pista.





Vista interna do Terminal de Passageiros, atualmente com um movimento de 280.000 passageiros/ano, um terço do movimento atual do Leite Lopes.

E o projeto já inclui a futura ampliação desse terminal de passageiros, para o uso de pontes móveis:



Toda a cidade progressiva em pleno desenvolvimento deseja e implanta aeroportos decentes e que dignifiquem a cidade, com respeito aos seus cidadãos. Espontaneamente. Maringá, Bauru, Natal entre outras.

Só em Ribeirão Preto precisamos organizar um Movimento Popular para enfrentar um grupinho que faz questão de ampliar o Leite Lopes para atender aos interesses de uma empresa transportadora que também poderia construir o seu Terminal de Cargas no aeroporto novo, mas a ganância do lucro imediato é mais importante do que a cidadania e que as necessidades de Ribeirão Preto e região.

Todos os projetos de ampliação do Leite Lopes, inclusive o do Terminal de Passageiros denota a total indiferença dessas autoridades para com o ribeirão-pretano: em Maringá e em todos os outros existe arquitetura; no Leite Lopes não passa de um galpão.

Uma cidade do porte de Ribeirão Preto, apresentar-se com um aeroporto internacional de passageiros como o que eles querem fazer no Leite Lopes, é simplesmente degradante.

O Leite Lopes internacional não é o aeroporto que Ribeirão Preto e a região merecem.

Para se recuperar a dignidade da cidadania perdida nas últimas décadas, com sucessivas administrações a serviço de negócios e não da cidade, só existe uma alternativa:

Em 2012 não vote em político de 3ª Linha: vote em Estadista

E porque continuamos na luta cidadã, exigimos:
Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área já!




[i] Ribeirão Preto está muito mal servido de pré-candidatos à prefeitura este ano, assim como aconteceu  em todas as outras eleições. 

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