O abaixo assinado do Movimento
Pró Novo Aeroporto, as ocupações do
entorno do Leite Lopes, as atividades dos “gatos” e a ampliação das favelas, e
as eleições de 2012.
Caro Jose
Augusto,
Todas as
mensagens recebidas, mesmo as que nos criticam, são sempre bem-vindas porque
assim podemos discutir o aeroporto de Ribeirão e, por tabela, a própria cidade.
Respondemos
dentro de sua mensagem. Com fonte azul o seu texto, fonte preta o nosso.
NÃO POSSO ASSINAR ESSE ABAIXO
ASSINADO, POIS A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO AEROPORTO DEMORARIA ALGUNS ANOS ATÉ SER FINALIZADO.,
RIBEIRÃO NÃO PODE MAIS ESPERAR.
Ribeirão espera a construção de um novo aeroporto faz mais de 15 anos, porque
sempre tem alguém com pressa em inaugurar um aeroporto obsoleto e incapaz de
ser adequado como vetor de desenvolvimento regional. E a pressa nunca tem como
objetivo prover o desenvolvimento de Ribeirão mas sim apoiar a instalação de
interesses econômicos que nem são locais. Foi o caso em 1997/99 e o atual.
Mas, quando se afirma que “Ribeirão não pode mais
esperar”, o que é que significa realmente?
São os interesses de Ribeirão ou apenas os interesses de um grupo
econômico que tem pressa em ganhar dinheiro e por isso não pode mais esperar?
Todos os técnicos ouvidos foram unanimes em afirmar
que o Leite Lopes não é capacitado a nada mais do que ser um aeroporto regional
medíocre, incapaz sequer de agüentar o crescimento da demanda de vôos
domésticos, além dos riscos aeronáuticos
em razão de estar situado em área densamente habitada. A reportagem do Gazeta de Ribeirão de 22/01/2012
é muito clara nisso, quando transcreve a opinião de técnicos especializados.
Ribeirão pode muito bem esperar 3 a 5 anos para ter
um aeroporto novo. Porque esse é o tempo necessário para ser construído. Se em
2008, quando da sentença que impedia a ampliação da pista, tivessem começado as
obras, este ano já estaríamos inaugurando o novo aeroporto, decente e adequado.
Não estamos nesse futuro exatamente porque insistem em não deixar, porque têm
pressa.
AI VEM A PERGUNTA, QUEM ESTAVA
INSTALADO PRIMEIRO, O AEROPORTO OU AS CASAS OU OS CASEBRES QUE INVADIRAM AREAS
PÚBLICAS E PRIVADAS.
O aeroporto só existe a partir de 1984. Até lá era
um campinho de aviação. Não por questões semânticas nem ideológicas mas
simplesmente por definições técnicas. E um campinho de aviação para uso por
aeronaves de pequeno porte de aviação geral não causa nenhum dano ao entorno.
Nessa época poderiam muito bem ter começado a
construir um aeroporto novo mas não o fizeram. Já existiam estudos nesse
sentido. Imaginavam que o leite Lopes poderia continuar pequenininho porque só
atenderia às elites locais. Nunca acreditaram no potencial econômico da região.
E continuam pensando assim mesmo com um movimento de passageiros que este ano
ultrapassou a casa dos 1.300.000!
Os bairros do entorno já existiam desde a década de
50 e os outros, da COHAB foram entregues na década de 70. Todos
com registro em cartório e com habite-se, portanto, não são invasões. As
favelas que já existiam desde a década de 70 tendo aumentado por falta de políticas publicas de habitação
popular.
A propaganda oficial sempre insistiu na falácia de
que a expansão urbana é que estrangulou o Leite Lopes, quando isso não é
verdade. E, o que é pior, insinuando que
essa ocupação foi ilegal, irregular e proveniente de invasões. Lembramos que
desde 1995, por Lei Municipal (Plano Diretor) já se recomendava a saída do
Leite Lopes para local adequado. Portanto, não foi o crescimento urbano que
invadiu o aeroporto mas sim o aeroporto que invadiu comunidades devidamente
instaladas e socialmente consolidadas.
A sua afirmação, aqui comentada e esclarecida,
apenas confirma como essa propaganda oficial foi muito bem feita.
CREIO, JÁ TER PASSADO DA HORA DE
AGIRMOS POR FINALIDADES ELEITORAIS, ÉCHEGADO A HORA DE PENSARMOS MAIS EM
RIBEIRÃO PRETO.
Os principais problemas de Ribeirão Preto devem-se à atuação política
a serviço de interesses econômicos pontuais e dos amigos do rei eleito.
Haja visto o que aconteceu recentemente com a nossa
Câmara Municipal e a pretensa aprovação da nova Lei de Uso e Ocupação do Solo,
que no mesmo dia da votação, conseguiram elaborar um substitutivo e que foi
“aprovado” sem que os vereadores sequer o tivessem lido, muito menos estudado e
entendido uma lei de alta complexidade como essa.
Foi necessária a intervenção do poder judiciário, o
que é uma vergonha para o nosso legislativo e principalmente para o povo de
Ribeirão Preto que vem convivendo com esses políticos de terceira linha faz
décadas.
A questão do Leite Lopes e a construção de um novo
aeroporto é uma questão política, embora não partidária. Ela apenas se
resolverá com a renovação moral da Câmara Municipal deles para que volte a ser
a nossa Câmara Municipal, que Ribeirão Preto precisa e merece.
Por isso o Movimento Pro-Novo Aeroporto também tem
finalidades eleitorais, não eleitoreiras nem partidárias, mas sim cidadãs. Por
isso insistimos que se essa Câmara Municipal tem funcionado dessa forma deve-se
aos políticos que lá colocamos nas últimas décadas. Por isso devemos nos
redimir e
Em 2012 não vote em político de 3ª linha: vote em
estadista
Se a nossa campanha eleitoral for bem sucedida,
teremos uma Câmara Municipal cidadã, um executivo interessado no
desenvolvimento da cidade e não do dos amigos financiadores e, como
consequência óbvia, um novo aeroporto será construído porque esse é o interesse
da cidade e da região.
PARA CONCLUIR, EU GOSTARIA DE QUE QUEM ENCABEÇOU
ESSE ABAIXO ASSINADO PROCURASSE SE INFORMAR MAIS SOBRE A COMISSÃO FORMADA NA
CÂMARA DE VEREADORES QUE DETECTOU QUE A OCUPAÇÃO DAQUELAS ÁREAS NADA MAIS FOI POR
INICIATIVA DE PESSOAS INESCRUPULOSAS QUE AGENCIAVAM TODAS SEMANAS DOIS ÔNIBUS QUE TRAZIAM
MIGRANTES DE VÁRIAS PARTES DO PAÍS COM PROMESSAS DE EMPREGOS E TAMBÉM COM A FINALIDADE DE COMERCIAR BARRACOS
E ÁREAS QUE NÃO LHES PERTENCIAM.
Vários pontos a serem considerados nessa sua
afirmação que é muito importante e pertinente:
O primeiro é que não existe nenhuma relação entre o
abaixo assinado por um novo aeroporto e o sistema fundiário do entorno do Leite
Lopes.
O fato é que se o aeroporto for relocado, a forma
de ocupação poderia ser diferente da que está sendo imposta pela administração
publica e que inclusive teve repercussão negativa pela extrema violência usada.
Como segundo ponto a ser analisado, se vieram
vários ônibus com migrantes com promessas de empregos, certamente que foram
aliciados por “gatos” a serviço de empresas para arrumarem mão de obra não qualificada
e barata.
E isso nada tem a ver com o aeroporto mas sim com
uma política trabalhista de certos setores empresariais que, quando não mais
precisarem desses trabalhadores, os descartam. Na falta de outro emprego e de
alojamento, essas pessoas passarão a inchar favelas ou a construir novas.
Independentemente das razões para essa imigração,
uma parte desses migrantes ocupou espaços vazios ou inchou as favelas mas não
exclusivamente por causa do Leite Lopes mas por falta de emprego e de políticas
publicas nos seus municípios de origem.
Podemos concluir que não existe nenhuma relação de
causa e efeito entre o Leite Lopes, o Movimento pro Novo Aeroporto e seu abaixo assinado e as atividades dos “gatos” e da ampliação
das favelas que ocorreram em todo o município. E se pessoas inescrupulosas
agiram de má fé, isso é caso de policia.
Inclusive devemos lembrar que os governos municipais para
justificarem a desocupação de favelas que atrapalhavam a ampliação do Leite
Lopes, em 2007 fizeram um cadastro para garantirem a seus moradores a
possibilidade de “ganhar uma casa”, frase essa muito divulgada, como meio de
arregimentar simpatia e apoio às pretensões da ampliação, não apenas na
população a ser diretamente atingida mas também para as pessoas bondosas com
preocupações assistenciais, mas ingênuas o suficiente para acreditar nessas
balelas de propaganda política e eleitoreira.
Talvez essas falsas promessas tenham atraído novos
migrantes para “pegarem a boquinha” mas se houve má fé, ela deverá ser
atribuída às autoridades que as divulgaram com a finalidade de alcançarem
objetivos políticos eleitoreiros.
Ninguém ganhou casa. Foram transferidos “na marra”
e ganharam um financiamento para pagar. Conforme foi noticiado, algumas dessas casas já
apresentam grandes problemas estruturais e os bairros totalmente
desestruturados urbanisticamente para atender à nova demanda criada.
Uma completa falta de planejamento, o que nos reporta,
de novo, àquela “aprovação” da nova Lei de Uso e Ocupação do Solo, que chegou a
prever ruas sem pavimentação nos conjuntos habitacionais de interesse social,
ou seja, bairros para amontoar pobre.
Estas propagandas de “ganhar casa” além de todas as
outras artimanhas politico-eleitoreiras, como a velha técnica do sopão, sempre
foram utilizadas com o objetivo de manipulação da opinião pública. É por isso que o Movimento Pro Novo Aeroporto promove
campanhas de esclarecimento porque considera que
O Povo Esclarecido jamais será iludido
FINALIZANDO, ANTES DE EMBARCARMOS EM
MOVIMENTOS É IMPRESCINDÍVEL QUENÃO NOS ALINHEMOS COM NENHUM POLÍTICO OU
PRÉ-CANDIDATO.
JOSÉ AUGUSTO RAVANELI
É
uma recomendação sábia e é um critério que
o Movimento Pro Novo Aeroporto segue à risca desde o seu inicio. O que não podemos é imaginar que este Movimento
Popular possa ser manipulado pelos eventuais pré-candidatos, porque desde 1995
já passaram muitos e os que foram eleitos não só tentam impedir a construção do
aeroporto que Ribeirão Preto precisa, por todos os meios disponíveis, inclusive
usando a mídia como meio de manipulação da opinião pública.
Mas
é indiscutível que existe, por parte do Movimento Pro Novo Aeroporto um viés
político baseado na cidadania.
Não
defendemos nenhum pré- candidato, mas repudiamos todos aqueles que, tendo nas
mãos e na legislação vigente a obrigação de exigirem do Governo do Estado um
novo aeroporto, se submeterem a interesses menores e a campanhas de marketing
político para que o Leite Lopes seja ampliado, temporalmente possível de ser
feito durante o seu mandato.
Repudiamos
também todos aqueles que representam as
oligarquias locais, que sempre praticaram a política baixa, como ficou patente
na forma como tentaram a aprovação da lei de Uso e Ocupação do Solo, e que
conseguiram ser desmascarados por um pequeno grupo de vereadores autênticos com
o recurso do Poder Judiciário.
Mas
essas oligarquias tiveram um mérito: demonstraram como os seus servos agem e
com isso conseguiram a indignação geral do povo ribeirãopretano, indignação
essa que é compartilhada pelo Movimento Pro Novo Aeroporto. São os mesmos que
servem à oligarquia que luta contra o novo aeroporto porque têm pressa em
implantar os seus negócios, mesmo que à custa do futuro de Ribeirão e região.
O
Grupo Gestor
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