sábado, 29 de junho de 2013

O Movimento Responde: aeroportos de Uberlândia e São José do Rio Preto

Marcelo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "O Movimento Responde":

"AEROPORTO DE UBERLÂNDIA, TERÁ ATÉ 2029, NOVA PISTA E TERMINAL DE PASSAGEIROS."

"O novo plano diretor de expansão do aeroporto Tenente Coronel Aviador César Bombonato, em Uberlândia, apresentado nesta quinta-feira (23), ainda não tem data para ter sua implementação iniciada, mas a previsão da superintendência local da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) é que todas as melhorias sejam concluídas até 2029.

Entre as mudanças apresentadas no documento estão a construção de uma pista de taxiamento paralela à principal e a instalação de um novo terminal de passageiros. As alterações serão necessárias para comportar, até a data, a expectativa de nove milhões de passageiros utilizando a estrutura por ano.
O plano diretor foi aprovado no fim de abril pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC-PR).

A implementação do plano diretor do aeroporto local está dividida em três fases. A primeira está prevista para ocorrer até 2019. Além da segunda pista de apoio (taxiway), entre as benfeitorias está a implementação a construção do terminal de carga e logística, de uma nova torre de controle, de um hangar para a Polícia Militar (PM), de uma nova estação de energia elétrica e outros. Para isso, o terreno do aeroporto será ampliado com a anexação de um terreno de 210 mil m² que será doado pela Prefeitura de Uberlândia até 2014.

Na segunda etapa, que deve ser concluída até 2022, está somente a expansão das novas instalações previstas na primeira fase. Já na terceira, que deve se concretizar em 2029, a principal mudança se refere à realocação do terminal de passageiros, que hoje é acessado pelo bairro Alto Umuarama, zona leste, para o outro lado do terreno do aeroporto, no bairro Alvorada, também zona leste.
Segundo o superintendente da Infraero em Uberlândia, Sérgio Kennedy, o plano diretor somente é um balizador para a ampliação dos serviços aeroportuários e, para que sejam concretizados conforme as previsões, será necessário captação de recursos com o governo e a ajuda das instituições locais e empresários. “Ao menos, R$ 200 milhões deverão ser investidos em um prazo de dez anos para dar sequência desejada ao planejamento”, afirmou.
ILS

As obras na pista exigidas pela Agência Nacional de Aviação (Anac) para que o Instrument Landing System (ILS), aparelho que auxilia pousos de aeronaves em climas adversos, começasse a funcionar já terminaram. Ainda esta semana, conforme o superintendente da Infraero em Uberlândia, Sérgio Kennedy, um pedido para submeter novamente as condições do aeroporto à análise da agência será feita.
“Há um prazo de 90 a 120 dias para a resposta de liberação ou não”, disse. Paralelamente, explica ainda Kennedy, uma área de segurança também exigida para o funcionamento definitivo do ILS será feita enquanto a pista reformada passa por análise."

fonte:
http://aeroportodeuberlandia.blogspot.com.br/


Vejam, que quem promove a desinformação são vcs mesmos, Uberlândia ainda não cogita novo aeroporto, pelo menos até 2029. O plano diretor lá é outro, a Prefeitura está desapropriando áreas próximas do sítio aeroportuário para então doá-las à INFRAERO para futuras ampliações. S.J. Rio Preto também não tem previsão para novo aeroporto, já que boa parte do dia as instalações atuais ficam subutilizadas, o problema é quando chega 2 ou mais voos no mesmo horário, isso provoca a sensação de que o aeroporto está c/a capacidade esgotada, mas a realidade é outra. Parem de falar inverdades, isso não contribui para um debate saudável. É isso aí !!!


Postado por Marcelo no blog
* Congonhas em Ribeirão Não! * em 22 de junho de 2013 13:35

Muito interessantes os seus comentários, como sempre. Analisando o conteúdo do blog sobre Uberlândia, vários aspectos saltam à vista.

Um aeroporto que não tem pista de taxi certamente que não é um aeroporto vetor de desenvolvimento para uma cidade como Uberlândia que está apresentando um crescimento muito intenso.   Desapropriar uma área de 210.000 m² para construir hangar, torre de controle e terminal de cargas, é muito pouco e Uberlândia merece muito mais do que isso.

Por outro lado, temos as datas chave: 2022 e 2029. É um prazo muito longo para tão poucas melhorias. Na verdade, um verdadeiro menosprezo do Infraero para com uma cidade sede do Triângulo Mineiro. Um atestado de incompetência das administrações municipal e estadual por aceitar uma situação dessas.

Estudos desenvolvidos pelo BNDES (MCKINSEY & COMPANY, 2010) apontam um aumento na demanda por transporte aéreo de aproximadamente 5,1% ao ano até 2030, em um cenário mediano, podendo chegar a até 7,4% ao ano em um cenário otimista. Com o expressivo crescimento projetado para o setor, fica evidente que a continuidade e melhoria das operações aeroviárias dependem da ampliação de sua malha.

Podemos concluir que os projetos da Infraero para o aeroporto de Uberlândia são simplesmente medíocres e apenas reforçam a incapacidade de previsão que sempre caracterizaram as políticas publicas para o setor de transporte aéreo.

Por outro lado, se analisarmos as postagens sobre o Leite Lopes, logo “ficaremos sabendo” que vai haver a ampliação da pista a partir de 2014 a partir das chamadas informações oficiais. No entanto, sabemos que não é verdade porque as obras estão sub-judice e apenas após a elaboração e aprovação de todos os estudos de engenharia e ambientais é que se poderá pensar em qualquer ampliação. Por isso as noticias publicadas nem sempre são de fonte confiável, não por má fé mas por falta de informação.

O aeroporto de Uberlândia situa-se bem pertinho do Alto Umuruama, região até há pouco tempo ainda com uso rural, e que teria permitido a aquisição, ou pelo menos o exercício do direito de preempção, de forma a serem garantidas as expansões futuras  do aeroporto para que sejam atendidas as previsíveis necessidades futuras.

Mas não foi isso que aconteceu  e hoje a área está em plena fase de expansão imobiliária de alto padrão. Pretende-se construir na área Shopping Center e vários “espigões” de alto luxo, além dos loteamentos.

Hoje em dia, como se sabe, as duas maiores atividades econômicas que realmente mandam e desmandam na política são o agronegócio e a construção civil/imobiliário.

Estes empreendimentos, dirigidos para  as classes nobres (classes média alta e alta)  são incompatíveis com aeroportos como seus vizinhos. Isso só é “aceitável” quando  o entorno é ocupado por trabalhadores pobres, como é o caso do Leite Lopes.

Em Bauru, aconteceu exatamente o mesmo: como o entorno do aeroporto era nobre, as classes dominantes locais mandaram retirar o aeroporto e isso foi feito. Em Uberlândia vai acontecer o mesmo porque os interesses imobiliários e de construção civil estão começando a exigir essa mudança.

A relocação do aeroporto  vai acontecer sim, porque quem pode, manda e quem deve, obedece. O poder político é serviçal do poder econômico.

Quanto a Rio Preto a conversa é outra, conforme artigo no jornal Diário de S. Paulo de Rio Preto, no dia 03/12/2010, abaixo transcrito:

Diario S. Paulo 03/12/2010
acessado 12/12/2010 17H08

Economia
Estado escolhe Rio Preto para posto da Zona Franca
Governo cita logística para escolha; prefeito fala em novo aeroporto
Vinícius Marques
Agência BOM DIA


O governo de São Paulo escolheu Rio Preto para receber entreposto da Zona Franca de Manaus. O governador Alberto Goldman (PSDB) assinou nesta quinta (16) com o prefeito de Rio Preto, Valdomiro Lopes (PSB), protoloco de intenções do entreposto.

Goldman afirma que a escolha da cidade foi feita em conjunto com o governo do Amazonas. Apenas duas cidades do país têm entrepostos semelhantes, Uberlândia, em Minas Gerais, e Resende, no Rio de Janeiro.

A logística da cidade, de 419 mil habitantes, localizada no noroeste do estado, a 451  quilômetros da capital, foi citada pelo governo como principal fator para o município receber a "extensão da Zona Franca". "Rio Preto está na região central em relação a toda uma distribuição que as empresas de Manaus têm de fazer. Atende bem a Minas Gerais e ao estado de São Paulo. Resolvemos consolidar Rio Preto para o entreposto", afirmou o governador Goldman.

"Se pegarmos o estado de São Paulo e parte de Minas, correspondem a 50%  das vendas de produtos da Zona Franca de Manaus", disse

Goldman afirmou que o entreposto garante que a cobrança de ICMS, feita atualmente quando os produtos são vendidos em Manaus, só será em Rio Preto. O valor será repassado ao governo de Amazonas. O governo estadual afirma que isso reduz os custos de comercialização.  "Isso mostra a integração entre São Paulo e Amazonas. E diziam que o [José] Serra era contra", disse o
secretário estadual da Fazenda, Mauro Ricardo Machado Costa.

O prefeito Valdomiro disse que estudo detalhado para definir local do entreposto será feito pelo governo de Amazonas.

Afirmou ainda que espera construir um novo aeroporto, que permita transporte de grandes cargas, em aviões de 400 toneladas.

"Vamos desenvolver toda a região".

Goldman diz que ato é resposta a 'calúnia'

Alberto Goldman elevou o tom no discurso na assinatura do entreposto. Ele criticou "opositores" que afirmam que São Paulo é contra o Norte. "Esse ato mostra que é isso é uma mentira, uma calúnia. É uma tradição dos nossos opositores e querem com isso tirar proveito eleitoral". Goldman, que citou José Serra (PSDB) em seu discurso, disse ainda que a meta era assinar o acordo em Amazonas. "Mas não quiseram agora porque estão em campanha". Goldman disse que o ex-governador Eduardo Braga (PMDB) está em campanha ao Senado e seu substituto, Omar Aziz (PMN). vai assinar depois da eleição.

Prefeitura estima R$ 1 bi de investimento mínimo

A Prefeitura de Rio Preto espera investimento de no mínimo R$ 1 bilhão na cidade com a instalação de entreposto  da Zona Franca de Manaus. Segundo técnicos da prefeitura, a estimativa ainda é "conversadora", uma vez que entre as melhorias esperadas com o entreposto estão investimentos na área de transportes, serviço, abertura de empresas e geração de empregos.

"Essa á uma estimativa para de três a cinco anos", afirmou o secretário de Planejamento, Milton Assis. De acordo com o secretário, os custos para a instalação do entreposto ficarão a cargo do governo da Amazônia. A estimativa é de que o entreposto possa ser instalado na cidade em até dois anos.

"Esse estudo vai definir questões como geração de emprego", disse a
secretária da Fazenda, Mary Brito.

De acordo com o prefeito Valdomiro Lopes (PSB), quando o posto for concluído, Rio Preto vai atrair empresas. "É um ganho imenso para o estado, para as empresas e para Rio Preto e região", afirmou.

O prefeito disse que o município vai ajudar a Amazônia "no que for preciso" para a instalação do entreposto. "Os vereadores estão dispostos a ajudar, aprovando leis, compra de áreas".

Outras cidades estavam no páreo, como Campinas, São Paulo e São Sebastião, mas o governo optou por Rio Preto.

As tratativas de Valdomiro com o governo de Amazonas teve início logo depois de ele tomar posse. O prefeito disse que chegou a ir a Manaus para discutir detalhes do acordo, que manteve em sigilo.

"
Falavam que o prefeito era maluco porque contratou empresa para avaliar área para novo aeroporto. Fizemos boca de siri. Rio Preto foi escolhida entre 645 cidades do estado", afirmou.

Valdomiro disse que tenta obter verba do governo federal para fazer contorno ferroviário da cidade também em função da instalação do entreposto.

O prefeito citou participação de José  Serra (PSDB), Aloysio Nunes (PSDB), ex-chefe da Casa Civil, e dos deputados estaduais Rodrigo Garcia (DEM) e Vaz de Lima (PSDB) na aprovação do posto para Rio Preto.

Zona Franca movimenta R$ 48 bi

A expectativa de faturamento das indústrias da  Zona Franca de Manaus para 2010 é de US$ 28 bilhões, (R$ 48,1 bilhões), segundo dados da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), orgão subordinado ao governo federal.

O valor é 10% maior que o somado no final de 2009, que foi de US$ 25 bulhões (R$ 43 bilhões).

"De tudo que a Zona Franca produz, quase metade vem para o estado de São Paulo. Agora esse montante vai vir para Rio Preto", disse ontem o prefeito Valdomiro Lopes (PSB), durante cerimônia de assinatura de intenção de instalação do entreposto.

O BOM DIA pediu detalhes sobre a obra ao governo do Amazonas e à Superintendência da Zona Franca sobre a assinatura do protocolo. Depois de contatos telefônicos e via e-mail, nenhum dos dois órgãos informou prazos e o valor que será investido na obra.


Segundo a noticia, Rio Preto está na lista de  construir um grande aeroporto, para aviões até 400 toneladas, muito maiores, portanto que os pretendidos para operarem no Leite Lopes.

Importante ressaltar, com base na noticia, que o convite foi feito pelo governo do estado, ao qual pertence o DAESP que insiste em gastar o nosso rico dinheirinho com a ampliação do Leite Lopes.

Por que foi então que o DAESP, ou seja, o Governo do Estado, e a própria prefeitura, não se candidataram a receber esse novo aeroporto para Ribeirão Preto, já que não iria requerer numerário nem do estado nem da prefeitura e não causaria mais danos às populações do entorno do Leite Lopes e disponibilizariam uma infraestrutura aeroportuária que o Leite Lopes, mesmo que ampliado, nunca conseguirá igualar?

Seria porque iria gerar uma concorrência a um empreendimento econômico e comercial que depende exclusivamente da ampliação do Leite Lopes? 

Será porque se houvesse um segundo aeroporto na cidade, os interesses ligados à ideologia privacionista do Governo do Estado ficariam prejudicados?

Para finalizar, lembramos que não é nosso habito divulgar inverdades, ou seja, mentir. Essa prática pode ser atribuída às campanhas midiáticas, principalmente aquelas que anunciam, por exemplo, que o Leite Lopes ampliado vai ter voos cargueiros diretos para Miami, várias vezes por semana, com carga paga plena, fato que sabemos (nós e também quem divulga a noticia) que não é verdade, por falta de pista adequada e de cargas.

O Grupo Gestor

3 comentários:

  1. O aeroporto de Uberlândia tem sim pista de táxi, mas somente para uma das cabeceiras, para a outra é usada a própria pista de pouso como pista de táxi,à partir de um certo ponto. Isso é normal e não tira qualquer mérito de qualquer aeroporto no mundo. O que ressalto no entanto, é que vcs afirmaram que UDI teria um novo aeroporto e eu afirmo que até 2029 isso não deve acontecer, baseado na notícia cujo pessoal da INFRAERO participou.

    Quanto ao Leite Lopes, até agora não vi o Governo dizer que não vai aprovar todos os estudos de engenharia e ambientais requeridos no processo de ampliação, vi eles dizerem que tudo será feito dentro da lei vigente, e assim está entendendo a Justiça quando negou provimentos ao MP, inclusive a DERSA está trabalhando nisso atualmente. Fiquem tranquilos, todos os estudos serão feitos e apresentados em sua época certa.

    Vcs afirmaram uma coisa interessante: "O poder político é serviçal do poder econômico." Não preciso falar mais nada, né ???!!!

    Quanto à Rio Preto essa notícia é de 2010, o Governador era o Alberto Goldman; estamos em 2013 indo prá 2014 e algo foi feito até agora ??? Outra afirmação: "De acôrdo com o secretário, os custos para a instalação do entreposto ficarão a cargo do governo da Amazônia." Sabe quando o Governo do Amazonas vai colocar dinheiro nisso ??? Nunca !!! Eles não tem nem prá eles imagine investir em outro Estado. De tudo que vcs falaram de Rio Preto eu só peço uma coisa: me avisem quando tudo estiver pronto, inclusive o aeroporto para aviões de 400 toneladas.

    Outra afirmação: "principalmente aquelas que anunciam, por exemplo, que o Leite Lopes ampliado vai ter voos cargueiros diretos para Miami, várias vezes por semana, com carga paga plena,". Eu fui o primeiro a falar que o aeroporto, muito provavelmente, não teria voos diretos para MIA, disse inclusive que RAO iria se integrar a malha cargueira brasileira, que poderiam chegar voos diretos de qq lugar mas para decolar pesado para lugares muito distantes não seria possível, a menos que o aeroporto se mostrando viável a Justiça libere o aumento real da pista; citei o exemplo de Vitória-ES, que recebe voos diretos de MIA mas não decolam direto de volta pelo fato da pista ser muito curta (1750m). Falta de cargas, não sei, isso quem tem que ver é o explorador do TECA, é responsabilidade dele "garimpar" cargas em Ribeirão e toda a região para embarque no aeroporto. Isso não é problema nosso, não é mesmo ??? Eu já voei várias vezes vazio (pouca carga) para a Europa e EUA, porque lá tinha muita carga prá trazer e quando isso acontece a gente voa vazio mesmo, tá na planilha de custos. É normal isso !!!

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  2. Gostaria de acrescentar que todas essas críticas que vcs fazem com respeito ao aeroporto de Uberlândia, como os 210 mil metros quadrados à serem anexados ao sítio aeroportuário, as datas chaves de 2022 e 2029, as benfeitorias previstas e etc etc etc, que vcs direcionassem essas críticas direto para a Prefeitura de Uberlândia e à INFRAERO. Só falar aqui não adianta, tem que mandar prá lá, ok.

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  3. Quem disse que rico não gosta de ter aeroporto do lado ?

    Atualize-se e veja essa publicação:
    Aviação executiva

    Mesmo com permissão para manejos pontuais de aeronaves comerciais, a natureza do Aeroporto Internacional de São Roque será executiva, com foco em táxi aéreo, serviços especializados e aeronaves de uso privativo. O terminal terá uma pista maior que a de Congonhas, de 2,8 mil metros, além de contar com um shopping center de luxo e um campo de golfe nas proximidades. Tudo pensado para atender o público de alta renda das regiões de Alphaville, Tamboré e condomínios de luxo no interior paulista.
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    Qual vai ser a próxima desculpa ?

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