Postado por Marcelo no blog * Congonhas em Ribeirão Não! * em 1 de junho de 2013 19:18
Resposta ao comentário:
Muito importantes os seus esclarecimentos. O nosso púbico leitor, que beira os 13.000, sempre admira o seu conhecimento de pilotagem. E isso é muito relevante, por várias razões: demonstra em primeiro lugar que o sistema aéreo tem que ser enfrentado como coisa muito séria e não se aprende a pilotar lendo manuais mas sim estudando e praticando muito.
A sua descrição das velocidades criticas na hora da decolagem é um bom exemplo. No entanto devemos nos lembrar que essas velocidades são determinadas, calculadas e ensaiadas pelos engenheiros aeronáuticos com muito critério e, a partir dessas definições, informá-las aos pilotos que, de forma muito competente, as colocam em prática.
Essas informações também são muito úteis para que os engenheiros civis, habilitados em aeroportos, possam definir e projetar as pistas e outras instalações. Ou seja, é exigida muita competência desde a formação dos pilotos e dos diversos setores de engenharia para que o transporte aéreo seja o mais seguro de todos os meios de transporte.
Mas, máquina é máquina. E por vezes a máquina falha. Falhou com a aeronave que caiu em Sorocaba.. Erro humano, condições atmosféricas adversas e inesperadas, erro do piloto, etc., podem explicar mas o fato é que o avião da noticia caiu em área urbana porque o aeroporto de Sorocaba é do mesmo padrão do Leite Lopes: está situado em área densamente habitada e também é administrada pela mesma instituição que administra o Leite Lopes.
Como vimos acima, o sistema aeronáutico tem que ser analisado tendo como premissa a competência e a exatidão das operações, garantindo-se a segurança das tripulações e passageiros sem colocar em risco as populações das áreas urbanas. Por isso um aeroporto moderno leva todas essas questões em consideração, impossíveis de serem implantadas no Leite Lopes por estar em área urbana. Por isso é que aeroportos modernos tem que ser pensados com muita competência. Por isso o Leite Lopes não serve.
O avião que caiu em Sorocaba era pequeno. Poderia ser cargueiro, na decolagem, com os tanques cheios. Se fosse, mataria muita gente.
Seria muita irresponsabilidade de nossa parte considerar esse fato como irrelevante.
Se no caso do Leite Lopes, na sua opinião de piloto experiente, durante a decolagem de um cargueiro que sofresse um acidente – máquina é máquina – isso só ocorreria muito longe do Parque de Exposições, se fossem os 5 km como foi em Sorocaba, poderia cair na Lagoinha ou na Ribeirânia, por exemplo.
Na verdade, não nos preocupamos muito com o Parque de Exposições nem com o fato de que a pseudo-área de escape prevista pela ampliação da pista ser muito curta, porque não vai haver ampliação nenhuma, na medida em que já existe uma Ação Civil Pública em andamento no judiciário, na qual muitas dúvidas técnicas são levantadas e na qual são exigidos estudos profissionais sobre essa pretensa obra que, segundo o governador do Estado, que está muito mal assessorado nesse assunto, acha que se trata apenas da curva de ruído deslocada.
Com essa Ação Civil Pública vai ser possível discutir (de novo!) a inviabilidade técnica, operacional e econômica da ampliação do Leite Lopes e mobilizar a sociedade para exigir mais responsabilidade do poder público e começar logo a construção de um novo aeroporto, decente, moderno, seguro de que Ribeirão Preto almeja, precisa e merece. Puxa a vida: faz 18 anos que Ribeirão Preto exige um novo aeroporto!
O Conselho Gestor
Repetindo a última frase dita acima : "Puxa a vida: faz 18 anos que Ribeirão Preto exige um novo aeroporto!" é verdade e com essa intenção de se construir um novo aeroporto AGORA, sabe quando Ribeirão vai ter UM : DAQUI MAIS 18 anos !!
ResponderExcluirEntão gente não atrapalhem o progresso natural.
Vocês sabiam que 93% dos Aeroportos nos USA estão em área densamente povoadas? Pensando assim,também os aviões que levantam de Guarulhos poderão cair em região densamente povoada.