sábado, 1 de junho de 2013

Acidentes aéreos em áreas urbanas

Nos aeroportos situadas em áreas urbanas
 a gravidade dos acidentes tem  uma amplitude sempre maior

O acidente na cidade de Sorocaba no dia 29/05/2013 ocorreu a 5 km da cabeceira e caiu sobre casas.
E se fosse um cargueiro aqui no Leite Lopes ampliado ?
E se fosse em cima do Parque Permanente de Exposições, que está muito perto da cabeceira que “eles” querem ampliar (310 mts) , com 20 mil pessoas assistindo a um evento ?
Este projeto de ampliação de pista no Leite Lopes por acaso se preocupa com a segurança das pessoas, ou é apenas para viabilizar um negocio privado (Terminal de Cargas).
Abaixo a notícia do Acidente em Sorocaba e imagine se fosse em Ribeirão Preto com aviões cargueiros ?

Avião cai sobre casas na Zona Norte de Sorocaba, SP
G1 Notícias - Sorocaba e Jundiaí  - 29/05/2013
Acidente foi na tarde desta quarta-feira (29).
Corpo de Bombeiros confirmou duas mortes no acidente
Avião cai sobre casas na Zona Norte em Sorocaba (Foto: Arquivo Pessoal/Júlio Leite)

Um avião de pequeno porte caiu no bairro São Guilherme, Zona Norte de Sorocaba(SP), na tarde desta quarta-feira (29). Segundo o Corpo de Bombeiros, duas pessoas morreram no acidente, o piloto e co-piloto. Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, o avião atingiu duas árvores e caiu sobre duas casas do bairro.

Além dos bombeiros, Polícia Militar, helicóptero Águia, Guarda Civil Municipal e Samu foram ao local. As autoridades ainda não têm informações sobre a causa do acidente.




Segundo a assessoria de imprensa da Força Aérea Brasileira (FAB), o avião envolvido no acidente era uma aeranove experimental. Ainda de acordo com a FAB, aviões deste tipo não precisam passar por investigação após acidentes, mas o órgão não descarta a possibilidade.

Moradores relataram às autoridades que viram o momento em que a aeronave rodopiou no ar, e que houve a tentativa de pousar em um terreno baldio que fica ao lado de onde caiu. O dono de uma das residências onde o avião caiu informou que não havia ninguém no local no momento da queda.

Em nota, o Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) informa que "um avião anfíbio, que saiu do aeroporto de Sorocaba, às 15h26, com destino a Jundiaí (SP) caiu logo após a decolagem no bairro de São Guilherme, zona Norte de Sorocaba. A investigação das causas do acidente será realizada pela Aeronáutica".

Um morador do bairro registrou o acidente, momentos depois do impacto, quando a aeronave ainda estava em chamas. Veja abaixo o vídeo:

http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2013/05/video-mostra-rua-em-chamas-apos-queda-de-aviao-no-interior-de-sp.html

2 comentários:

  1. Bom, vcs poderiam citar outro local porque pela geometria da coisa o Parque Permanente de Exposições, dificilmente seria afetado por um acidente aéreo, com aviões grandes, e isso só com decolagens da cabeceira 18; na 36 nada haver. Na 18 quando um avião estiver atingindo a V1(velocidade de decisão, o piloto não rejeita mais a decolagem mesmo com falha ou fogo no motor), e logo em seguida a VR (velocidade de rotação, momento em que o piloto "roda" o avião, ou seja, coloca-o em posição prá sair do chão), o Parque Permanente de Exposições já ficou prá trás, então solicito que cite outro local, além do mais a própria Prefeitura verá a necessidade de tirar o PPE daquele local, portanto não se preocupem.

    ResponderExcluir
  2. Resposta ao comentário do Marcelo:

    Muito importantes os seus esclarecimentos. O nosso púbico leitor, que beira os 13.000, sempre admira o seu conhecimento de pilotagem. E isso é muito relevante, por várias razões: demonstra em primeiro lugar que o sistema aéreo tem que ser enfrentado como coisa muito séria e não se aprende a pilotar lendo manuais mas sim estudando e praticando muito.

    A sua descrição das velocidades criticas na hora da decolagem é um bom exemplo. No entanto devemos nos lembrar que essas velocidades são determinadas, calculadas e ensaiadas pelos engenheiros aeronáuticos com muito critério e, a partir dessas definições, informá-las aos pilotos que, de forma muito competente, as colocam em prática.

    Essas informações também são muito úteis para que os engenheiros civis, habilitados em aeroportos, possam definir e projetar as pistas e outras instalações. Ou seja, é exigida muita competência desde a formação dos pilotos e dos diversos setores de engenharia para que o transporte aéreo seja o mais seguro de todos os meios de transporte.

    Mas, máquina é máquina. E por vezes a máquina falha. Falhou com a aeronave que caiu em Sorocaba.. Erro humano, condições atmosféricas adversas e inesperadas, erro do piloto, etc., podem explicar mas o fato é que o avião da noticia caiu em área urbana porque o aeroporto de Sorocaba é do mesmo padrão do Leite Lopes: está situado em área densamente habitada e também é administrada pela mesma instituição que administra o Leite Lopes.

    Como vimos acima, o sistema aeronáutico tem que ser analisado tendo como premissa a competência e a exatidão das operações, garantindo-se a segurança das tripulações e passageiros sem colocar em risco as populações das áreas urbanas. Por isso um aeroporto moderno leva todas essas questões em consideração, impossíveis de serem implantadas no Leite Lopes por estar em área urbana. Por isso é que aeroportos modernos tem que ser pensados com muita competência. Por isso o Leite Lopes não serve.

    O avião que caiu em Sorocaba era pequeno. Poderia ser cargueiro, na decolagem, com os tanques cheios. Se fosse, mataria muita gente.
    Seria muita irresponsabilidade de nossa parte considerar esse fato como irrelevante.

    Se no caso do Leite Lopes, na sua opinião de piloto experiente, durante a decolagem de um cargueiro que sofresse um acidente – máquina é máquina – isso só ocorreria muito longe do Parque de Exposições, se fossem os 5 km como foi em Sorocaba, poderia cair na Lagoinha ou na Ribeirânia, por exemplo.

    Na verdade, não nos preocupamos muito com o Parque de Exposições nem com o fato de que a pseudo-área de escape prevista pela ampliação da pista ser muito curta, porque não vai haver ampliação nenhuma, na medida em que já existe uma Ação Civil Pública em andamento no judiciário, na qual muitas dúvidas técnicas são levantadas e na qual são exigidos estudos profissionais sobre essa pretensa obra que, segundo o governador do Estado, que está muito mal assessorado nesse assunto, acha que se trata apenas da curva de ruído deslocada.

    Com essa Ação Civil Pública vai ser possível discutir (de novo!) a inviabilidade técnica, operacional e econômica da ampliação do Leite Lopes e mobilizar a sociedade para exigir mais responsabilidade do poder público e começar logo a construção de um novo aeroporto, decente, moderno, seguro de que Ribeirão Preto almeja, precisa e merece. Puxa a vida: faz 18 anos que Ribeirão Preto exige um novo aeroporto!

    O Conselho Gestor

    ResponderExcluir