Desvario e Irritação dos SLLQC
Agora o tempo para se construir um aeroporto já foi inflacionado de 10 para 40 anos e a irritação quando se critica o Leite Lopes meia boca, são alguns posicionamentos daqueles para quem Só o Leite Lopes a Qualquer Custo (SLLQC) interessa, conforme noticias veiculadas na imprensa local.
A Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto ficou indignada porque um ex-superintendente da ANAC afirmou com a convicção de quem entende, porque é um técnico da área, que o Leite Lopes não apresenta condições técnicas para operar como aeroporto internacional de cargas.
Operar como aeroporto cargueiro significa ter pista com comprimento suficiente para operar com segurança. Mesmo que seja feito o tal puxadinho na pista (ampliação de 300 metros), a operação fica restrita a aeronaves com meia carga. Para que serve um aeroporto internacional cargueiro de meia carga, ninguém consegue entender. Só mesmo os SLLQC conseguem tal prodígio.
Como as operações de carga normalmente ocorrem à noite e o Leite Lopes está dentro de área urbana, onde pessoas moram, sabendo-se que aviões cargueiros de médio a grande porte são muito barulhentos a operação noturna vai perturbar o sossego dessas populações.
E as pessoas – segundo os SLLQC, pobre não perde a mania de achar que é gente – vão ter a sua qualidade de vida afetada e certamente vão recorrer ao judiciário que, invariavelmente, tem considerado que o direito ao descanso é um direito constitucional, que supera interesses meramente monetários e vai impedir vôos noturnos. Exemplos? Congonhas, Santos Dumont, entre muitos outros.
Ou seja, para que serve um aeroporto internacional de meia carga com restrições de operação?
Só os SLLQC conseguem ver utilidade nisso. E quando alguém afirma que a política de fazer o puxadinho na pista do Leite Lopes para atender aos interesses de uma empresa transportadora, não tem a menor lógica, logo os SLLQC ficam irritados e desconsolados com tanta incompreensão.
Não acreditam? Vejam então o que noticiou o Jornal A Cidade de 23/04/2011:
Dárcy criticou o ex-superientendente da Anac, Anderson Correia, que falou, em entrevista ao A Cidade, que o aeroporto Leite Lopes apresenta sérios problemas para operar como aeroporto internacional de cargas.
Através do blog, a prefeita afirmou que a posição dele era contraditória, já que tinha sido superintendente do órgão e nada tinha feito pelo aeroporto.
Se um técnico, ex superintendente da ANAC, afirma que o Leite Lopes tem sérios problemas para operar como cargueiro internacional, o que é que ele podia fazer por esse aeroporto meia boca? Nada. A não ser recomendar a construção de um aeroporto novo. E foi isso mesmo que ele recomendou na entrevista.
Quando a lógica e o bom senso atrapalham a vontade mimada, logo a birra se manifesta, primeiro pelo esperneio, seguindo-se a incompreensão, o desalento e o desânimo provocados pela contrariedade.
Mas não ficou por aí. Um de nossos representantes na Câmara dos Deputados, não se sabe se por ser um SLLQC convicto ou apenas aliado por afinidade e interesse político, afirmou que o Leite Lopes tem que ser ampliado (o tal puxadinho) porque um aeroporto novo demora de 30 a 40 anos para ser construído!!!
Como comentar uma afirmação dessa? Vamos recorrer à pena do Chiavenatto que no dia 19/04/2011 no mesmo jornal A Cidade, publicou:
Por seu lado, o deputado Nogueira diz que um novo aeroporto demora 40 anos para ficar pronto. Ô doutor, a cidade onde o senhor ganha a vida, Brasília, foi construída em cinco anos (com um aeroporto dentro).
O LEITE LOPES FICA COMO ESTÁ e um NOVO AEROPORTO JÁ!
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