sábado, 30 de abril de 2011

Movimentos a Nível Nacional - Eventos Importantes


01 - 1ª de Maio no Programa Faixa livre

02 - Manifestação no Rio de Janeiro contra mudanças no Código Florestal é sucesso
http://racismoambiental.net.br/2011/04/manifestacao-no-rio-de-janeiro-contra-mudancas-no-codigo-florestal-e-sucesso/



OBS.  A coalizão SOS Florestas está desenvolvendo uma plataforma digital de engajamento   http://www.sosflorestas.com.br/    com materiais informativos  da  campanha,  além  de  links  para petições, vídeos, cartilhas,roteiros de idéias,modelos  de  cartas, textos para envio à imprensa, convites,               Petição on line:
http://www.avaaz.org/po/peticao_codigo_florestal/?sos

sexta-feira, 29 de abril de 2011

RESENHA DE ABRIL DE 2011


Desvario e Irritação dos SLLQC

Agora o tempo para se construir um aeroporto já foi inflacionado de 10 para 40 anos e a irritação quando se critica o Leite Lopes  meia boca, são alguns posicionamentos daqueles para quem Só o Leite Lopes a  Qualquer Custo (SLLQC) interessa, conforme noticias veiculadas na imprensa local.

A Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto ficou indignada porque um ex-superintendente da ANAC afirmou com a convicção de quem entende, porque é um técnico da área, que  o Leite Lopes não apresenta condições técnicas para operar como aeroporto internacional de cargas.

Operar como aeroporto cargueiro significa ter pista com comprimento suficiente  para operar com segurança. Mesmo que seja feito o tal puxadinho na pista (ampliação de 300 metros), a operação fica restrita a aeronaves com meia carga. Para que serve um aeroporto internacional cargueiro de meia carga, ninguém consegue entender. Só mesmo os SLLQC conseguem tal prodígio.

Como as operações de carga normalmente ocorrem à noite e o Leite Lopes está dentro de área urbana, onde pessoas moram, sabendo-se que aviões cargueiros de médio a grande porte são muito barulhentos a operação noturna vai perturbar o sossego dessas populações.

E as pessoas – segundo os SLLQC, pobre não perde  a mania de achar  que é gente – vão ter a sua qualidade de vida afetada e certamente vão recorrer ao judiciário que, invariavelmente, tem considerado que o direito ao descanso é um direito constitucional, que supera  interesses meramente monetários e vai impedir vôos noturnos. Exemplos? Congonhas, Santos Dumont, entre muitos outros.

Ou seja, para que serve um aeroporto internacional de meia carga com restrições de operação?

Só os SLLQC conseguem ver utilidade nisso. E quando alguém afirma que a política de fazer o puxadinho na pista do Leite Lopes para atender aos interesses de uma empresa transportadora, não tem a menor lógica, logo os SLLQC ficam irritados e desconsolados com tanta incompreensão. 

Não acreditam? Vejam então o que noticiou o Jornal A Cidade de 23/04/2011:

Dárcy criticou o ex-superientendente da Anac, Anderson Correia, que falou, em entrevista ao A Cidade, que o aeroporto Leite Lopes apresenta sérios problemas para operar como aeroporto internacional de cargas.
Através do blog, a prefeita afirmou que a posição dele era contraditória, já que tinha sido superintendente do órgão e nada tinha feito pelo aeroporto.

Se um técnico, ex superintendente da ANAC,  afirma que o Leite Lopes tem sérios problemas para operar como cargueiro internacional, o que é que ele podia fazer por esse aeroporto meia boca? Nada. A não ser recomendar a construção de um aeroporto novo. E foi isso mesmo que ele recomendou na entrevista.

Quando a lógica e o bom senso atrapalham a vontade mimada, logo a birra  se manifesta, primeiro pelo esperneio, seguindo-se  a incompreensão, o desalento e o desânimo provocados pela contrariedade.

Mas não ficou por aí. Um de nossos representantes na Câmara dos Deputados, não se sabe se por ser um SLLQC convicto ou apenas aliado por afinidade e interesse político, afirmou que o Leite Lopes tem que ser ampliado (o tal puxadinho) porque um aeroporto novo demora de 30 a 40 anos para ser construído!!!

Como comentar uma afirmação dessa? Vamos recorrer à pena do Chiavenatto que no dia 19/04/2011 no mesmo jornal A Cidade, publicou:

Por seu lado, o deputado Nogueira diz que um novo aeroporto demora 40 anos para ficar pronto. Ô doutor, a cidade onde o senhor ganha a vida, Brasília, foi construída em cinco anos (com um aeroporto dentro).


O LEITE LOPES FICA COMO ESTÁ e um NOVO AEROPORTO JÁ!



quinta-feira, 28 de abril de 2011

DESVARIOS DOS SLLQC – GOL CONTRA!!!


Eles não se cansam de nos surpreender. Um time formado por alguns vereadores da chamada base de apoio da prefeita organizados vai passear em S. Paulo para conversar com o procurador geral do estado para ensiná-lo como se deve fazer para quebrar um acordo feito voluntariamente entre duas partes legitimas, DAESP e Ministério Público, que foi homologado  por uma sentença judicial.

Como é que se quebra um acordo feito entre as partes que de comum acordo fizeram esse acordo de forma voluntária? Qual será a alegação?

E porquê tanto esforço e tanto neurônio esquentado em reuniões secretas nas antecâmaras do poder político?

Simplesmente porque não querem fazer um aeroporto novo, em local adequado e que possa ser ampliado, futuramente, acompanhando o desenvolvimento da região!

Mas vamos supor que esse acordo possa ser rompido. Logo em seguida começam as obras? É claro que não! Havendo ampliação da pista haverá a necessidade de EIA-RIMA e começa tudo de novo. Voltaremos a 2007!

Julio Chiavenato, na sua crônica do dia 24/02/2011 (jornal A Cidade) foi muito claro e feliz na sua definição de que “o Brasil tem uma visão politico-econômica provinciana que em Ribeirão Preto se manifesta em idiotia paroquial.”

Tentar romper acordos para favorecer interesses imediatistas e oportunistas, fingindo que desconhecem as implicações negativas para o desenvolvimento regional e de Ribeirão Preto, é um gol contra Ribeirão e Região.


Basta de perder tempo

O LEITE LOPES FICA COMO ESTÁ e UM AEROPORTO NOVO JÁ!

domingo, 24 de abril de 2011

Resenha Histórica do Movimento - Câmara Municipal de Ribeirão Preto


Saiu no Gazeta  de 02-4-11 no espaço do leitor – Novo Aeroporto:
“ Mas para completar o raciocínio do leitor, que aponta outras questões, vamos ao Governo Estadual. Ele lembra que o Governador Geraldo Alckmin (PSDB) teve maioria de votos em Ribeirão e o que ele tem para oferecer agora é uma proposta de “ tentar dobrar “ o Ministério Público para reformar o aeroporto velho. E comenta que em 16 anos de gestão tucana, Baurú ganhou um novo aeroporto. O que eles (moradores de Baurú) têm melhor que nós – políticos, questiona.”

        Respondemos a este leitor que lá em Baurú eles não tem os   SLLQC * que infestam todos os meios, e a nossa Câmara Municipal não é  exceção.Desde 1995 nós moradores de Ribeirão temos cobrado nossos políticos, em especial nossos vereadores. Infelizmente uma ínfima minoria tem correspondido. Foram  diversas indas e vindas.

Em 1995, conseguimos a aprovação no Plano Diretor de artigo que previa a relocação do aeroporto externamente ao anel viário, foi  revogado na Gestão Gasparini (2004-2008).

Final da década de 90, atendendo a reivindicação de lideranças comunitárias do Complexo Aeroporto, o Vereador Coraucci Neto chegou a propor um projeto de Lei a favor de um aeroporto internacional para nossa cidade afastado do perímetro urbano, mas o projeto nem sequer chegou a ser votado tendo sido  boicotado pelos seus colegas edis à época, por falta de parecer.

Neste mesmo período (1996-2000) a Câmara aprovou a criação da 1ª CCE  para acompanhar e deliberar sobre a temática do Aeroporto Internacional para Ribeirão Preto e Região face o Aeroporto Leite Lopes ser objeto de estudo de viabilidade pela empresa norte americana TDA  

Embora referido  estudo tenha sido descartado por problemas de ordem jurídica, qual seja, empresa estrangeira não pode deliberar sobre assuntos ambientais no Brasil pois temos legislação própria, tal CCE indicou a ampliação do aeroporto para se tornar internacional.

Foi esta mesma CCE que não questionou a afirmação em depoimento do Secretário Municipal de Planejamento de que o aeroporto não ficava dentro da cidade de Ribeirão Preto (pg abaixo).

No período de 2004 a 2008, destacou-se o Vereador Beto Cangussú que publicamente assumiu a postura a favor da construção de um novo aeroporto em nova área. Chegou a fazer diversas diligências a favor do novo aeroporto mas também sem respaldo junto a maioria dos seus pares.  

Já no atual período (2008-2012), desde o início de  seu mandato o Vereador Maurilio Romano  Machado assumiu clara e publicamente sua postura  a favor do novo aeroporto e defendendo a idéia de  Ribeirão Preto como sede de uma região  metropolitana.

Atualmente temos uma nova  investida de peso e queremos crer  que a Câmara Municipal desta vez a acompanhe -  trata-se da nova CCE do Aeroporto, presidida pelo vereador Jorge Parada (PT)  e como relatora a vereadora Gláucia Berenice (PSDB) e integrada ainda  pelos Vereadores  Capela Novas (PPS), Gilberto Abreu (PV),  André Luiz da Silva (PCdoB), Evaldo Mendonça, o Giló (PR), Maurílio Romano (PP) e  Valdyr Vilela.

Esta  Comissão já anunciou uma série de tratativas a favor do novo aeroporto, sendo que estes vereadores estão dispostos a trabalhar tendo já anunciado uma série de medidas a serem executadas, ao contrário da Prefeita Darcy Vera  que além de querer quebrar o acordo judicial que impede a ampliação do aeroporto, falta com a verdade com a população quando afirma que o novo demoraria 10 anos para ser construído e por tal motivo atrasaria o desenvolvimento de Ribeirão e Região.

As eleições municipais se avizinham e devemos separar o joio do trigo, os políticos sérios dos SLLQCC. 

Caro eleitor, você vai decidir entre os que querem uma Ribeirão em franco desenvolvimento metropolitano e os que querem que permaneça uma “cidade grande do interior”, à mercê de interesses dos caciques que sempre dominaram a política local !!!

Como sempre e já demonstrado desde 1995, o Movimento Pró Novo Aeroporto de Ribeirão Preto não é pára-quedista neste assunto,  e se coloca a disposição da CCE para colaborar no que for preciso para o interesse público da cidade na questão do setor aéreo.
SLLQC -  Só Leite Lopes a Qualquer Custo - É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Quem não cumpre a palavra dada é confiável?

A Prefeita Darcy no final do Encontro realizado pela Convention Bureau  no Hotel JP em 28-2-11,  que debateu  o Setor Aéreo na região  de Ribeirão Preto, montou o seguinte convite:
 “Seria importante Coraucci, daqui a gente sair com uma carta ao governo,  da importância deste debate junto com todas as entidades, sindicato dos hotéis, sindicatos das agências de viagens, representantes, ACIs, sociedade civil como um todo.  A gente fazer uma carta de Ribeirão Preto, com todos assinando, pedindo a solução, o caminho...”
“Ok Coraucci eu vou tentar marcar esta reunião....   Eu acho que não há a necessidade de ficar especificamente só a questão da Prefeita ou da Prefeitura .”
Segundo publicado pelo Jornal Tribuna de 6/4/11 (em anexo):
“ficou decidido que uma comissão formada por vereadores, membros do Convention Bureau e outros setores da sociedade, acompanharia a Prefeita quando ela procurasse o Governo do Estado para pedir providências”
“Na sequência ela foi sozinha falar com o governador {Geraldo Alckmin (PSDB)} e não convidou ninguém. Achei isso um desrespeito ao que havia sido acordado na ocasião. Tudo bem ela é a Prefeita da cidade, só não consideramos uma atitude respeitosa para com aqueles que se dispuseram a ajudar” disse o Vereador Jorge Parada.

Perguntamos :
 Será que foi para evitar a falta de argumentos ao ter que  contraditar o exposto no painel dos técnicos deste encontro,  onde todos defenderam o novo aeroporto ?
Será que não convidou os vereadores para castigá-los porque chegaram à conclusão do óbvio: o Leite Lopes não serve, precisamos de um novo aeroporto? E não conseguiriam pedir que o Governador interferisse a favor do puxadinho Leite Lopes, tentando anular o acordo entre o MP e o DAESP?
Teria  um  acordo com um grupo político-econômico pela ampliação ?
Segundo publicado no jornal Gazeta de 8-4-11, o Prefeito de Serrana, que assistiu ao debate técnico ocorrido no Hotel JP, onde ficou clara a inviabilidade do uso do Leite Lopes para a região,  defende a sua ampliação, manifestando-se  contrário à construção de um novo aeroporto, mesmo que fosse no município de Serrana, simplesmente porque baseia-se na  desculpa da Prefeita Darcy Vera, de que o novo aeroporto atrasaria o desenvolvimento da região, por demorar 10 anos.

Novamente perguntamos: Se o combinado no encontro no Hotel JP não foi levado a sério, numa evidente quebra da palavra dada, como  levar a sério os tais 10 anos de prazo para a construção do novo aeroporto?

E aí, novamente a velha pergunta: qual foi o aeroporto que demorou 10 anos para ser construído?

Já fizemos essa pergunta aos * SLLQC que não conseguem respondê-la.
 Vamos fazê-la de novo mas para o Sr prefeito de Serrana: saberia nos informar  qual foi o aeroporto que demorou 10 anos para ser construído?

SLLQC -  Só Leite Lopes a Qualquer Custo - É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

Aliança do COMAM com os SLLQC


O Movimento Pró Novo Aeroporto tem ganho algumas disputas com os SLLQC. Ganhar algumas partidas não significa ganhar o campeonato mas melhora e muito a probabilidade de ser uma campanha exitosa.

Vencendo a total omissão de parte da imprensa, através de algumas ações de campo e manifestações, a população de Ribeirão e da região tomaram conhecimento de que o puxadinho do Leite Lopes não é uma unanimidade como parecia. 

Ficou claro também que esse inocente puxadinho além de criar alguns problemas ambientais  - que  certos setores acham insignificantes (como por exemplo a poluição sonora que nas orelhas dos outros é sinfonia, principalmente quando os outros são os pobres),- também não permite a operação segura das aeronaves para as quais querem homologar o uso da pista com puxadinho.

Chegam ao ridículo de assegurarem viável economicamente operarem com meia carga, ou seja, frete em dobro. E para esconderem essa anomalia sugerem também a possibilidade de vôos de passageiros intercontinentais. Algumas pessoas imaginam ser possível embarcar do Leite Lopes diretamente para Paris ou para Nova Iorque e que esse é o principal objetivo do tal puxadinho.

Como esses absurdos estão sendo desmentidos pelo Movimento, as antigas alianças estão  se desmanchando e o núcleo central dos SLLQC está ficando isolado e sem rumo.

Mas conseguiram um novo aliado: o tal de COMAM (Consórcio de Municípios da Alta Mogiana) e parece que conseguiram a unanimidade dos representantes desse consórcio municipal quando estavam reunidos em Serrana para pautar os encaminhamentos da reforma do Código Florestal em tramitação no Congresso Nacional.

Os membros do COMAM e os SLLQC têm uma coisa em comum: a obcessão pelo puxadinho. Puxam a área agrícola para cima das APP’s que protegem os nossos rios, lagos e que reduzem as enchentes urbanas; puxam para as APP’s dos morros para as encostas poderem desmoronar com maior facilidade e puxam para cima das Áreas de Reserva Legal de forma a aumentar a produção agricola reduzindo a produção de água.

Então está explicada a adesão de uns com os outros.

Somos obrigados a reconhecer: nesta partida somos os perdedores: pensávamos que iríamos conversar com as elites políticas das cidades do entorno de ribeirão para formarmos um Consórcio Intermunicipal que iria gerenciar a construção do novo aeroporto, contratando uma empresa especializada e buscando financiamento publico ou privado ou numa dessas tais de PPP (Parcerias Publico Privadas):

Então, vamos nos recuperar alterando os nossos objetivos: em lugar de conversarmos com a forças supostamente politicamente pro-ativas da região, vamos falar com o povo desses municípios. Vamos esclarecer a população desses municípios, demonstrando-lhes que políticos eles têm e a que interesses eles estão ligados. Afinal de contas, as eleições são no ano que vem e é bom esclarecer os eleitores  em quem não votar.

Atualmente o Informativo do Movimento alcança um universo de quase  7500 endereços eletrônicos, sendo a maioria relativa a ribeirão-pretanos. Vamos expandir essa atuação dirigindo-nos também e explicitamente às populações  atingidas por esses políticos do COMAM.

Para isso estamos cadastrando novos interessados da macrorregião de Ribeirão Preto para receber os Informativos do Movimento. Enviem-nos as suas listas de contatos.

Para o Movimento pro Novo Aeroporto não é motivo de preocupação com essas adesões do COMAM com os  SLLQC porque ambos os grupos representam exatamente a mesma coisa:  o interesse publico não interessa quando prejudica os negócios.



COMAMConsórcio de Municípios da Alta Mogiana

SLLQC -  Só Leite Lopes a Qualquer Custo - É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A vitória do bom senso

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Um passo firme na direção do novo aeroporto

A Comissão de Estudos Especiais montada pela Câmara de Ribeirão para analisar a situação do Leite Lopes diz que vai lutar em Brasília por um novo terminal na cidade, em vez de insistir na ampliação da pista.

Esta foi a manchete de primeira página do jornal Gazeta de Ribeirão do dia 25/03/2011. Com esta decisão da Comissão Especial de Estudos da Câmara Municipal, o Movimento Pró Novo Aeroporto considera que houve um grande avanço na luta por um aeroporto compatível com as necessidades de Ribeirão Preto e região, derrubando a utopia da ampliação insensata do Leite Lopes, até esta data oficialmente a pretensa única alternativa a ser seguida. Como consequência,

uma comissão irá a Brasília "reivindicar" a construção de um aeroporto internacional e com “fôlego” para atender a demanda aérea ribeirãopretana. "A Própria Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) já declarou que o Leite Lopes é limitado, por isso entendemos que um novo aeroporto é a melhor saída."

Os argumentos técnicos do Movimento, incluindo a palestra do Prof. Dr. Marcelo Pereira de Souza (USP/Ribeirão Preto), além das ações de campo que culminaram com a manifestação pública em apoio ao acordo entre o Ministério Público e o Departamento Aeronáutico da Estado de São Paulo (DAESP) e de repúdio às tentativas daqueles para quem “Só o Leite Lopes a Qualquer Custo (SLLQC)” interessa e que ainda insistem em derrubar o acordo, certamente que também ajudaram essa CEE a tomar essa decisão, que é a expressão do óbvio e da sensatez.

Estão, portanto, de parabéns os membros integrantes da CEE pela corajosa tomada de posição, contrariando interesses muito fortes, e que passamos a nominar:

Jorge Parada (PT) presidente
Gláucia Berenice (PSDB) relatora
Maurílio Romano (PP)
Gilberto Abreu (PV)
André Luiz da Silva (PCdoB)
Evaldo Mendonça, o Giló (PR)
Capela Novas (PPS)

Souberam honrar o seu mandato priorizando o interesse público, o desenvolvimento de Ribeirão Preto e a qualidade de vida e a segurança da comunidade do entorno do aeroporto.

Esperamos que os vereadores restantes também tenham a mesma coragem e sigam os mesmos passos. Se logo após o acordo entre o MP e o DAESP tivessem seguido esse caminho, hoje já estaríamos com um aeroporto novo em operação. Mas, conforme diz o velho ditado, vale mais tarde que nunca.

Que os SLLQC tomem a mesma atitude e se encerre definitivamente esta questão para o bem de Ribeirão e região.

(clique nas imagens para ampliar)
Jornal Gazeta de Ribeirão

Jornal A Cidade - 07/04/2011

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CEE conclui que construção de novo aeroporto é melhor solução

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A Comissão Especial de Estudos (CEE) que acompanha o processo para modernização ou construção de um aeroporto internacional em Ribeirão Preto concluiu que um novo terminal aéreo é a melhor solução.

Agora, as propostas de possíveis áreas e de Parcerias Público-Privadas (PPPs) vão ser discutidas na esfera federal com representantes da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária).

Os integrantes da comissão apresentaram as possíveis soluções para a logística aeroviária na tarde de quinta-feira (24) no salão nobre da Câmara Municipal.

Segundo o presidente da CEE, vereador Jorge Parada (PT), a comissão chegou a esse resultado depois de fazer diversos estudos relacionados e ouvir especialistas no assunto. “Vimos que esse aeroporto pode ser melhorado, mas nunca vai conseguir comportar uma internacionalização”, disse.

Parada falou que os problemas que podem surgir com a internacionalização do Leite Lopes foram levados em conta na decisão (desapropriação, área de risco, ruído). Ele disse que o terminal aeroviário já existente pode atender a voos internacionais desde que sejam em escala menor.

De acordo com os vereadores, a iniciativa não exclui a necessidade de novos investimentos de modernização no aeroporto Leite Lopes.

O relatório final vai ser feito pela vereadora Gláucia Berenice (PSDB), escolhida pela comissão como relatora do projeto. Segundo Parada, ainda não há um prazo para que o relatório seja enviado a Brasília, mas que a CEE quer que seja o mais rápido possível.

Polêmica sobre o caso

Na terça-feira (22), aconteceu uma audiência pública para discutir a proposta de construção de um novo aeroporto na cidade e suspender qualquer ação de modificação da estrutura do Leite Lopes, organizada pelo Movimento Pró-Novo Aeroporto de Ribeirão Preto. O encontro foi no prédio do Ministério Público Estadual (MPE), no bairro Ribeirânia.

Estiveram presentes os promotores do Meio Ambiente, Marcelo Pedroso Goulart, e de Habitação e Urbanismo, Antônio Alberto Machado.

A Prefeitura de Ribeirão Preto pretende entrar na justiça para rever esse acordo, firmado em 2008 pelo Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) e o MPE. A prefeita Dárcy Vera (DEM) busca alternativas jurídicas para resolver o impasse.

Dárcy afirma que a construção de um novo aeroporto demoraria pelo menos dez anos. Por isso, diz que a melhor opção é insistir na ampliação do Leite Lopes.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB), durante visita a Ribeirão, falou que vai apoiar os esforços para a ampliação do aeroporto.


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Resenha de março/2011

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Este mês de março foi muito pródigo em novidades. Todas ruins para os SLLQC*. 

A primeira delas consistiu na manifestação do Movimento Pró Novo Aeroporto feita no saguão da sede do Ministério Público, por falta de espaço para conter os manifestantes no auditório. Foi um manifesto de apoio ao Ministério Público e de repúdio às iniciativas de revogar o acordo assinado entre o MP e o DAESP. 

Como consequência indireta, uma parcela da imprensa, que normalmente tem como política não divulgar a existência do Movimento, teve que noticiá-lo e em condições de manifestação pública. A população de Ribeirão Preto recebeu a informação de que a ampliação do Leite Lopes não é uma unanimidade na cidade e que existe uma oposição que exige a construção de um aeroporto novo. Uma verdadeira desgraça para as tentativas de manipulação da opinião pública por parte da imprensa ligada aos interesses SLLQC. Ponto para Ribeirão e sua luta popular.

A segunda novidade  chegou pela classe política através da Comissão Especial de Estudos sobre o aeroporto, que concluiu pela necessidade de construção de um aeroporto novo. Essa conclusão, ainda em fase de relatoria, dá um golpe profundo na esperança de apoio político irrestrito e fisiológico à insanidade da ampliação do Leite Lopes. Ponto para os vereadores membros da Comissão. Ponto para a cidadania.

Claro que foram esperadas iniciativas que tentariam amenizar essas vitórias de Ribeirão sobre os interesses ligados aos SLLQC. Entre elas, uma certa "Carta Aberta" de apoio à prefeita, que teve a devida avaliação pelo Movimento e foi publicada no nosso Informativo, e apenas serviu para desmascarar a falta de argumentos dos SLLQC. Um verdadeiro gol contra. Mais um ponto para a cidadania.

Durante um certo período, os SLLQC tentaram demonstrar sua grande capacidade de iniciativa e apregoaram aos quatro ventos que moveriam uma ação rescisória para anular o acordo entre o MP e o DAESP. Logo um coro de egrégios juristas lhes deu o maior apoio, afirmando que isso era absolutamente possível de ser feito.  Estufaram o peito e falaram grosso para a mídia, mas não conseguiram encontrar nenhum argumento válido para pedir a revogação do acordo. Afinal de contas, se juridicamente se pode discutir um acordo, o mesmo já não é possível quando se quer revogar as leis da física, em particular a da gravidade e a da inércia. Com isso perderam o fôlego e mandaram o Governo do Estado fazê-lo. Ele também não está conseguindo arrumar argumentos que justifiquem essa iniciativa.

Talvez estejam tentando conseguir argumentos que provem que a revogação do acordo seja do interesse público. Porém, a manifestação demonstrou que esse argumento é falho. A entrega dos abaixo assinados na prefeitura e no DAESP reforça que a manutenção do acordo é de interesse público.

Ficou difícil para eles. Mais difícil ficará se entrarem com a ação rescisória, porque não será uma discussão jurídica entre o MP e o Governo do Estado e/ou Prefeitura Municipal. O Movimento também entrará como parte interessada demonstrando de que lado está o interesse público.

Se isso acontecer, no brilhantismo intelectual dos SLLQC não existe a noção de que tudo continuará como está, sem puxadinho no Leite Lopes, e Ribeirão Preto continuará sem aeroporto.

O Gazeta de Ribeirão de 03/04/2011 (Confidencial de Guto Silveira) reporta que um leitor escreveu uma carta onde “lembra que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) teve maioria de votos em Ribeirão e o que ele tem para oferecer agora é uma proposta de ‘tentar dobrar’ o Ministério Público para reformar o aeroporto velho. E comenta que em 16 anos da gestão tucana, Bauru ganhou um novo aeroporto. ‘O que eles (moradores de Bauru) têm melhor que nós? Políticos?’.

Nós podemos responder. Não é o que Bauru tem que Ribeirão Preto não tem, é exatamente o contrário: Bauru não tem SLLQC.

Mas, com SLLQC ou sem SLLQC,

O LEITE LOPES FICA COMO ESTÁ e um NOVO AEROPORTO JÁ!

SLLQCSó Leite Lopes a Qualquer Custo - É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sim, dois aeroportos, porque não?

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Editorial do Movimento – Análise de
artigo publicado na imprensa
  
O Movimento Pró Novo Aeroporto Regional de Ribeirão Preto tem como uma de suas políticas analisar artigos e notícias sobre o aeroporto e fazer os seus comentários. Esta atitude é necessária para forçar a polêmica e a discussão madura do tema, já que os defensores do Só o Leite Lopes a Qualquer Custo não se interessam pelo diálogo e análise dos diferentes aspectos do aeroporto que é um dos vetores de desenvolvimento da região. Vamos analisar um texto bastante conciliador, publicado no Jornal A Cidade, de 20/03/2011:

Um desses problemas, por certo, é o acanhamento do aeroporto Leite Lopes, aliada à falta de perspectivas concretas de ser construído do dia para a noite um outro complexo aeroportuário.

Um ponto é positivo, quando se reconhece que o Leite Lopes é acanhado. É correto. No Leite Lopes não é possível fazer nada de útil e muito menos de útil para Ribeirão e região, pela simples razão que não cabe. A análise do estudo de sua ampliação foi decisiva na demonstração técnica da sua impossibilidade. O resultado não foi baseado em conceitos filosóficos nem ideológicos. A realidade técnica e científica destruiu a utopia da ampliação.

Também é verdade que não se constrói um aeroporto do dia para a noite. Demora em torno de três anos. Se a análise de engenharia em 2007 determinou que não era possível, de forma objetiva, ampliar o Leite Lopes, o bom senso nos indica que a partir desse instante se deveria ter começado a pensar e a agir na direção da construção de um aeroporto novo. De 2007 a 2011 já se passaram quase cinco anos, tempo mais que suficiente para construir um outro complexo aeroportuário.

Não foi feito porque o bom senso ficou perdido nas elucubrações ideológicas e do dia para a noite perdemos a oportunidade de dispormos de um complexo aeroportuário adequado para atender a região, porque um grupo decidiu, à revelia da lógica, da técnica e do interesse público, que o aeroporto de Ribeirão tinha que ser o Leite Lopes, a Qualquer Custo, contrapondo-se aos conceitos da engenharia, que são baseados nas leis naturais, irrevogáveis e não sujeitas a ações rescisórias.

Duas correntes se digladiam: uma quer o fim do Leite Lopes; outra que ele permaneça onde está, embora não como está, acanhado e ineficaz, despreparado para servir de alavanca do nosso desenvolvimento. Perder tudo que se investiu no Leite Lopes?

O texto já reconhece que existem duas correntes sobre o tema aeroporto. Peca apenas quando afirma que uma delas – presumivelmente o Movimento Pro Novo Aeroporto – quer o fim do Leite Lopes e aí o questionamento: perder todo o investimento já feito nessa estrutura? Não corresponde à verdade. Quando o Movimento se manifesta contra a ampliação do Leite Lopes e exige a construção de um novo, em nenhum momento sequer sugeriu a destruição do Leite Lopes, mas sim que ele seja aproveitado para algo de mais útil do que um elefante branco para cidade e um trambolho para a vizinhança.

A proposta do Movimento consiste que, após se construir o novo aeroporto, o Leite Lopes passe a ser um centro aviônico, com cursos de nível superior de pilotagem de aviões e helicópteros, de preparo de mecânicos de aeronaves e, eventualmente até uma escola de controladores de vôo. Paralelamente a essas atividades, a montagem de oficinas de aeronaves, onde essa mão de obra, bem formada e altamente qualificada, possa servir de ponto de referência pela geração de empregos de qualidade e renda. Para isso temos universidades e centros acadêmicos, uma escola técnica e um SENAI, todos de excelência. Talvez em breve até uma FATEC. Afinal de contas Ribeirão Preto não é apenas um centro de comércio e de prestação de serviços. É também um centro universitário e, talvez, algum dia, um centro cultural.

Com essa atividade, muda a qualificação da pista e ocorre o recuo da curva de ruído, em razão pela qual esse novo centro aeronáutico não irá perturbar a vizinhança nem incorrer em risco aeronáutico. Ninguém precisará de ser expulso de sua casa e de suas raízes para privilegiar a implantação de um empreendimento privado. É importante ressaltar que esta proposta já foi sugerida pelo Conselho Municipal de Urbanismo (COMUR) em 1999/2000. É uma idéia muito bem amadurecida.

Penso que se poderia construir um acordo em que se permitisse a readequação do Leite Lopes, com um pequeno aumento da pista, de modo a possibilitar o funcionamento, logo e pelos próximos cinco ou sete anos, do complexo atual, acrescido do terminal de cargas.

Esta proposta, aparentemente conciliadora, impede a construção do novo aeroporto e a operação segura do Leite Lopes. Para que haja a ampliação da pista, é exigido um Estudo de Impacto Ambiental e, como o aumento da pista serve para a operação de aeronaves mais potentes (estamos falando de equipamentos cargueiros) vai ocorrer a alteração da curva de ruído e somente após a sua validação o Leite Lopes seria homologado para a operação cargueira. Devemos ainda ressaltar que essas aeronaves, a plena carga, requerem pista muito maior do que o puxadinho de 300 metros pretendido. Portanto, só poderão operar aeronaves a meia carga, portanto com frete em dobro. Quem vai usar um terminal de cargas que vai cobrar o dobro dos outros?

E, se não foi possível homologar o estudo de 2007, por razões técnicas porque razão um estudo novo iria superar essa inviabilidade técnica? Em lugar de avançarmos, estaremos andando para trás. Estaremos voltando a 2007, onde o estudo técnico é analisado, discutido e derrubado, após uma audiência pública, sem falar da necessidade de refazimento de nova curva de ruído. Por outro lado, supondo que nessa ampliação sugerida seja instalado o terminal de cargas, quando se construir o novo aeroporto, como ficará esse terminal? Permaneceria no Leite Lopes ou seria transferido para o novo aeroporto? A empresa estaria obrigada a fazer essa transferência cujo custo seria em torno de 16 milhões de reais? E se não fosse, ficaríamos com dois aeroportos internacionais de carga e passageiros?

A sensatez nos sinaliza que devemos parar de discutir o Leite Lopes – até a CEE da Câmara Municipal já chegou nessa conclusão - e passarmos a fazer força, todos, na direção do novo aeroporto. Se forem suspensas todas essas manobras que visam ampliar o Leite Lopes certamente que Ribeirão Preto voltará a ser respeitado e os governos federal e estadual e suas autarquias passarão a dar mais atenção ao problema liberando as verbas necessárias.

Ainda dá tempo até para a Copa, já que verba não falta. Falta projeto e vontade de fazer. Se todos juntos exigirmos a construção de um novo aeroporto, essa obra, com certeza, sairá junto com o terminal de cargas internacional. Não vai demorar dez anos para ser construído nem custará um bilhão de reais, como já andaram falando por aí. Demorará até três anos e sairá por um custo em torno de 120 milhões, quase o valor do atual déficit público do município.

O terminal de cargas pode esperar. Ribeirão não pode mais. Por isso

LEITE LOPES FICA COMO ESTÁ e NOVO AEROPORTO JÁ!

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Contribuição do Padre Chico na audiência do Ministério Público

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Minha contribuição para a Audiência Pública no
Ministério Público – 22/03/2011

Tive a oportunidade de acompanhar de perto durante esses últimos anos a chamada “Novela sobre a eventual e polêmica internacionalização e conseqüente ampliação do atual Aeroporto de nossa cidade”. Fiz isso na qualidade de pastor a serviço do povo da periferia de Ribeirão Preto morando na sua proximidade: seja no Quintino Facci I e no Parque Industrial do Avelino Palma, esses dois bairros pertencendo canonicamente à Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus de que sou Pároco Administrador, seja nos bairros do lado do Jardim Aeroporto onde em tempos passados ajudei a formar as comunidades eclesiais principiantes com o Padre Nilton Elias, de grata memória. Fiz isso o tempo todo ao lado do Marcos, morador já antigo no entorno do Leito Lopes e meu irmão no canto litúrgico e companheiro-articulador de várias iniciativas, como, por exemplo, o plantio de mudas de árvores na Avenida do Jockey Clube, por ocasião de uma Campanha da Fraternidade anterior, quando mobilizamos várias entidades e um grande grupo de jovens no intuito de embelezar uma parte da ‘nossa Ribeirão’ bastante esquecida pela Administração Municipal e querendo dar um exemplo de como a própria população pode dar a sua contribuição na questão ambiental.

Hoje estamos aqui mais uma vez juntos e fico bastante emocionado, pois sinto neste momento que não foi em vão quando partilhamos por repetidas vezes a opinião de que seremos vitoriosos nesta luta. Vitoriosos primeiro porque conseguimos estar acompanhados por muita gente que progressivamente ajudou a formar um Movimento forte e determinado, o Movimento que recusa a implantação na vizinhança de um sério perigo tipo Congonhas e propondo por isso uma alternativa que deve vir ao encontro daquilo que a nossa região precisa e merece, a saber, um novo, amplo, moderno e, especialmente seguro aeroporto. Uniram-se nessa empreitada, graças a Deus, engenheiros, advogados, promotores, favelados, operários, donas de casa, estudantes, líderes populares, centenas de pessoas que se mostram solidárias no empenho coletivo para melhorar a qualidade de vida dos Ribeirão-Pretanos, especialmente de nossos co-cidadãos que carecem de mais respeito e dignidade humanos. Vitoriosos, em segundo lugar, porque essa união tornou-se contagiante em tempos mais recentes como provam as múltiplas ações em discordância frente a maneira de proceder das autoridades locais ao tentar executar o seu projeto de desfavelamento. Temos como ilustração, sobretudo, aquilo que está acontecendo na favela do Brejo e nestas últimas semanas na nova batizada com o nome de favela da Família, localizada na proximidade da Avenida Recife que junta em torno de 200 famílias e fica quase anexada à outra onde provavelmente também haverá problemas, a bem conhecida favela do Leão Leão.

Portanto, o que neste momento está em discussão é toda a política habitacional em relação àquela camada populacional caracterizada por uma situação econômica declaradamente fraca e excluída dos benefícios financeiros que se traduzem num PIB vantajoso na famosa Capital do Agronegócio. O que a gente questiona é que, apesar de não duvidarmos das boas intenções ao tomar conhecimento pelos meios de comunicação de um plano que visa eliminar a necessidade de qualquer núcleo familiar ser obrigado a esconder-se num casebre de papelão e de lata, o que a gente questiona é uma política pública visivelmente mal conduzida porque muitas vezes falta uma assistência social que leva em conta que sem os devidos cuidados pedagógicos a chance, a probabilidade e o risco são grandes de sermos dentro de pouco tempo obrigados a assistir novamente um filme já bem antigo: ‘desfavela aqui e empurra ali para a criação de novos núcleos formados por moradias igualmente desumanas’.

Encerrando a minha contribuição, faço questão de apontar, com o coração repleto de esperança, para mudanças mostrando que no Brasil e também em ‘nossa Ribeirão’ estamos enxergando sinais de nítidos avanços democráticos. Aqui, por ocasião da Audiência Pública sendo realizada nesta hora, quero frisar apenas um, mas que eu considero de importância indiscutível. O povo pobre e tão injustiçado está sendo amparado, está sendo defendido e está sendo promovido em seus direitos através do Ministério Público e da Defensoria Publica, assim como deve acontecer num Estado de Direito. Portanto, nada mais justo do que, por meio da nossa presença e participação, do nosso abaixo-assinado e da nossa certeza compartilhada de vitória, oferecer o nosso respaldo aos Senhores Promotores diante da ameaça por parte do Poder Executivo Municipal de articular uma ação judicial procurando desfazer o acordo selado há mais de dois anos e que assegura a impossibilidade de prejudicar gravemente o interesse público. Fazemos questão que se registre em toda clareza o nosso repúdio diante de uma lamentável iniciativa dessa espécie!

No fundo da consciência, cada um de nós é constantemente convidado a fazer as suas escolhas. Queira Deus que seja em prol da vida, e vida para todos, e vida em plenitude. Rogo a Ele pela intercessão de São Sebastião e na aproximação da festa da Páscoa, para que nos ajude a fazermos a escolha mais correta possível, a saber, aquela feita pelo seu Filho, o Cristo Jesus: a própria vida servindo para superar as forças do mal e assim possibilitando ressuscitar para o bem que liberta! Muito obrigado!

Padre Francisco Vannerom, pároco da Paróquia Santa Teresinha


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