terça-feira, 20 de março de 2012

Puxadinho “meia boca” no Leite Lopes acirra briga entre Estado e Prefeitura


OS SLLQC ESTÃO TRISTINHOS, MAGOADOS E EM FASE DE DEPRESSÃO

SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

Toda a euforia circense gerada pela propaganda de marketing político que se referia à pretensa imediata ampliação tipo puxadinho meia boca no Leite Lopes recebeu um golpe profundo. Um verdadeiro balde de água fria. Como a toda euforia provocada pelo uso de drogas psicotrópicas, logo depois vem a tristeza e a depressão.

Num dos editoriais pode-se ler: Parecia que não ia acontecer, mas eis que a novela em torno da internacionalização do Aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, ganhou ontem mais um capítulo.

Para o Movimento Pro Novo Aeroporto não é nenhuma novidade e sem dúvida que era esperado. Mas o importante é que “quando se zangam as comadres, se descobrem as verdades” como diz o velho ditado popular.

O que foi que aconteceu? As partes intervenientes brigaram para saberem quem vai expulsar  as famílias que ocupam a área de exclusão de ruído para a ampliação do Leite Lopes instaladas em áreas particulares.

Mas essa expulsão tem um ônus muito maior que o monetário. Afinal de contas, não importa quem vai pagar porque quando o assunto é saúde e educação, alegam não ter dinheiro para melhorar salários de professores e médicos, mas quando existem interesses corporativos por detrás, acabam usando o nosso rico dinheirinho, proveniente dos impostos que pagamos. Para eles sempre sai de graça.

Para os moradores do entorno, que estão sujeitos a serem expulsos por um aeroporto que poderia ser construído em outro lugar, sobra uma expectativa sem fim. É tortura psicológica: de um lado ameaça de desapropriações, de outro  a incerteza para onde ir. Alguém vai pagar caro essa conta!!!

Por isso, o custo político dessa pendenga entre comadres será só deles. Tivemos em Ribeirão Preto – ônus municipal – o caso da violência contra a favela da Família originada pelos despejados da favela Itápolis; em S. José dos Campos – ônus estadual – o caso do Pinheirinho.

Por isso a  Prefeitura diz que a  responsabilidade pela expulsão dessas comunidades deverá ser do Estado. O Estado diz que é da Prefeitura. E diz mais: é assim que vai ser ou não vai haver ampliação da pista. E partem do principio que essa ampliação é possível, já que vão conseguir driblar a sentença judicial com o tal deslocamento da pista proposto.

Estão pressupondo que o Movimento Pro Novo Aeroporto, o Ministério Público e o  Judiciário são uns debiloides passiveis de serem driblados por um estudozinho ambiental.

Como o projeto “ampliação meia boca” do Leite Lopes tem suporte apenas para fazer marketing político, coincidindo com o mandato do executivo municipal, e não contem nenhuma motivação com o  progresso socioeconômico da região mas apenas o interesse econômico dos chamados amigos do rei, muito mais  interessados em ganhar dinheiro rapidamente, através da exploração de um terminal de cargas, do que  preocupados com os danos irreversíveis que seriam causados a Ribeirão Preto pela ampliação do Leite Lopes operando com carga reduzida em pista curta.

Os SLLQC são contra a  construção de um aeroporto novo, em local adequado, com um terminal de passageiros digno,  e com pista cargueira adequada porque iria prejudicar o Leite Lopes já que  os seus fretes seriam mais caros (porque se é de meia carga então é de frete em dobro) e os passageiros iriam embarcar/desembarcar sem o abrigo das pontes móveis.

Com o novo aeroporto construído, quem iria usar o Leite Lopes para cargas ou passageiros?

Por isso, as forças que insistem na ampliação do Leite Lopes não vão permitir a construção de um novo aeroporto, concorrendo com qualidade ao Terminal Internacional instalado no Leite Lopes.

Portanto, qual será o prejuízo para Ribeirão se o Leite Lopes permanecer como está e se começar a construir um novo aeroporto? Absolutamente nenhum.

Mas o prejuízo será muito grande para os donos do Terminal cuja expectativa de receita, segundo noticias veiculadas à época da CPI do apagão aéreo era da ordem de 400 milhões de Reais por ano!

E muito prejuízo também para certos políticos imediatistas e sem interesse  de elaborar projetos de médio e longo prazo que, nos últimos mandatos,  nada fizeram de extraordinário pelo município, tanto na esfera municipal como na estadual e que querem mostrar serviço já que são (ou terão) candidatos nas próximas eleições.

Esquecem-se os editorialistas de analisar com um pouco mais de bom senso a problemática do Leite Lopes: supondo que consigam aumentar a pista, mesmo assim ela será curta e não permitirá a operação com carga plena, estará inserido dentro de área urbana gerando sérios problemas de saúde pública pelo excesso de ruído e de poluição atmosférica, além do excesso de trânsito numa região que foi planejada para atender áreas residenciais e de uso misto de pequenas industrias/comércio. Vai exigir grandes alterações viárias no seu entorno, potencializando grave risco à população nele residente.

A que preço? Todas essas obras vão custar quase 180 milhões de Reais, sem contar com a reconstrução da torre de controle, ampliação de áreas de patios e transferência e reconstrução do sistema de abastecimento das aeronaves, além de muitas outras coisas que já foram feitas, como a ampliação subdimensionada do terminal de passageiros, a remodelação das pistas (em 2006, ao custo de 33 milhões) e os custos para a reintegração, remoção e expulsão de moradores.

Somando-se tudo, o custo total superaria os 250 milhões de Reais, para termos um aeroporto remendado e com pista curta, inadequada.  E o que é pior, todo esse gasto de dinheiro público para atender aos negócios de uma empresa privada que quer instalar um terminal de cargas! E que ganhou uma licitação que já está vencida!

Além dos custos financeiros, como quantificar monetariamente o custo social?

Sabem quanto custaria um aeroporto novo?

Em torno de 200 milhões de Reais, já com terminal de passageiros com pontes de embarque e pista com 3300 metros e em região sem restrições operacionais. E com área disponível para futuras ampliações tanto no numero de pistas como no seu comprimento.

E quais seriam os prejuízos sócio-ambientais de um aeroporto novo?

Seriam basicamente dois: por necessitar de uma área mínima de 1500 ha, teria que ser localizado na área rural. A área a ser desapropriada estará arrendada para o plantio de cana cujos proprietários vivem dessa renda. Se forem desapropriados terão que reinvestir o dinheiro e, quem sabe, passar a trabalhar em nova atividade, essa produtiva.

O segundo prejuízo seria a impossibilidade daqui a alguns anos, depois de viver de rendas, de poder lotear a área para as futuras expansões das áreas urbanas.

Já imaginaram? Tirar a renda de alguns senhores feudais locais, obrigá-los a trabalhar e depois impedir que essa área esteja à disposição do crescimento do segundo empreendedorismo na cidade: o setor imobiliário?

Quanta maldade da nossa parte de querermos tudo isso só para termos um aeroporto novo, com capacidade de vetorizar o desenvolvimento regional!

Um aeroporto digno, onde os passageiros possam embarca/desembarcar em dia de chuva sem a necessidade de galocha e guarda chuva.

Qual a alternativa preferida pelos governos municipal e estadual? Se para atender aos interesses de marketing político para mostrar serviço for necessário  expulsar comunidades inteiras para o outro lado da cidade e deixar as remanescentes sujeitas a todos os riscos aeronáuticos, ambientais e de saúde pública, não tem nenhum problema. São todos pobres e trabalhadores. Quem se importa?

O Movimento Pro Novo Aeroporto se importa sim.  Importa-se também em garantir que nada impeça a construção do aeroporto que Ribeirão Preto e a região merecem e precisam. O Movimento continua atento e atuante.

Como já era de se esperar, e principalmente em ano eleitoral, como é costumeiro, a questão era política de quem não tem nenhuma. Mas podemos resolver essa questão:


Povo esclarecido jamais será iludido

E por isso

Em 2012 não vote em político de 3ª linha: vote em estadista

E, como sempre

Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área já!

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