OS SLLQC ESTÃO TRISTINHOS, MAGOADOS
E EM FASE DE DEPRESSÃO
SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar
construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite
Lopes a Qualquer
Custo lhes serve.
Toda a euforia circense gerada pela propaganda
de marketing político que se referia à pretensa imediata ampliação tipo puxadinho meia boca no Leite
Lopes recebeu um golpe profundo. Um verdadeiro balde de água fria. Como a toda euforia provocada pelo uso de drogas psicotrópicas, logo depois vem a
tristeza e a depressão.
Num dos editoriais pode-se ler: Parecia que não ia acontecer, mas eis que a
novela em torno da internacionalização do Aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão
Preto, ganhou ontem mais um capítulo.
Para o Movimento Pro Novo Aeroporto não é
nenhuma novidade e sem dúvida que era esperado. Mas o importante é que “quando
se zangam as comadres, se descobrem as verdades” como diz o velho ditado
popular.
O que foi que aconteceu? As partes
intervenientes brigaram para saberem quem vai expulsar as famílias que ocupam a área de exclusão de
ruído para a ampliação do Leite Lopes instaladas em áreas particulares.
Mas essa expulsão tem um ônus muito maior que
o monetário. Afinal de contas, não importa quem vai pagar porque quando o
assunto é saúde e educação, alegam não ter dinheiro
para melhorar salários de professores e médicos, mas quando existem interesses
corporativos por detrás, acabam usando o nosso rico dinheirinho,
proveniente dos impostos que pagamos. Para eles sempre sai de graça.
Para
os moradores do entorno, que estão sujeitos a serem expulsos por um aeroporto
que poderia ser construído em outro lugar, sobra uma expectativa sem fim.
É tortura psicológica: de um lado
ameaça de desapropriações, de outro a
incerteza para onde ir. Alguém vai pagar caro essa conta!!!
Por isso, o custo político dessa pendenga
entre comadres será só deles. Tivemos em Ribeirão Preto – ônus municipal – o
caso da violência contra a favela da Família originada pelos despejados da
favela Itápolis; em S. José dos Campos – ônus estadual – o caso do Pinheirinho.
Por isso a Prefeitura diz que a responsabilidade pela expulsão dessas
comunidades deverá ser do Estado. O Estado diz que é da Prefeitura. E diz mais:
é assim que vai ser ou não vai haver ampliação da pista. E partem do principio
que essa ampliação é possível, já que vão conseguir driblar a sentença judicial
com o tal deslocamento da pista proposto.
Estão pressupondo que o Movimento Pro Novo Aeroporto, o Ministério
Público e o Judiciário são uns
debiloides passiveis de serem driblados por um estudozinho ambiental.
Como o projeto “ampliação
meia boca” do Leite Lopes tem suporte apenas para fazer marketing
político, coincidindo com o mandato do executivo municipal, e não contem
nenhuma motivação com o progresso socioeconômico
da região mas apenas o interesse econômico dos chamados amigos do rei, muito
mais interessados em ganhar dinheiro
rapidamente, através da exploração de um terminal de cargas, do que preocupados com os danos irreversíveis que
seriam causados a Ribeirão Preto pela ampliação do Leite Lopes operando com
carga reduzida em pista curta.
Os SLLQC são contra a construção de um aeroporto novo, em local adequado,
com um terminal de passageiros digno, e
com pista cargueira adequada porque iria prejudicar o Leite Lopes já que os seus fretes seriam mais caros (porque se é
de meia carga então é de frete em dobro) e os passageiros iriam
embarcar/desembarcar sem o abrigo das pontes móveis.
Com o novo aeroporto construído, quem iria usar o Leite Lopes para
cargas ou passageiros?
Por isso, as forças que insistem na
ampliação do Leite Lopes não vão permitir a construção de um novo aeroporto, concorrendo
com qualidade ao Terminal Internacional instalado no Leite Lopes.
Portanto, qual será o prejuízo para Ribeirão
se o Leite Lopes permanecer como está e se começar a construir um novo
aeroporto? Absolutamente nenhum.
Mas o prejuízo será muito grande para os donos
do Terminal cuja expectativa de receita, segundo noticias veiculadas à época da
CPI do apagão aéreo era da ordem de 400 milhões de Reais por ano!
E muito prejuízo também para certos políticos imediatistas
e sem interesse de elaborar projetos de
médio e longo prazo que, nos últimos mandatos, nada fizeram de extraordinário pelo município,
tanto na esfera municipal como na estadual e que querem mostrar serviço já que
são (ou terão) candidatos nas próximas eleições.
Esquecem-se os editorialistas de analisar com
um pouco mais de bom senso a problemática do Leite Lopes: supondo que consigam
aumentar a pista, mesmo assim ela será curta e não permitirá a operação com
carga plena, estará inserido dentro de área urbana gerando sérios problemas de
saúde pública pelo excesso de ruído e de poluição atmosférica, além do excesso
de trânsito numa região que foi planejada para atender áreas residenciais e de
uso misto de pequenas industrias/comércio. Vai exigir grandes alterações
viárias no seu entorno, potencializando grave risco à população nele residente.
A que preço? Todas essas obras vão custar
quase 180 milhões de Reais, sem contar com a reconstrução da torre de controle,
ampliação de áreas de patios e transferência e reconstrução do sistema de
abastecimento das aeronaves, além de muitas outras coisas que já foram feitas,
como a ampliação subdimensionada do terminal de passageiros, a remodelação das
pistas (em 2006, ao custo de 33 milhões) e os custos para a reintegração,
remoção e expulsão de moradores.
Somando-se tudo, o
custo total superaria os 250 milhões de Reais,
para termos um aeroporto remendado e com pista curta, inadequada. E o que é pior, todo esse gasto de dinheiro
público para atender aos negócios de uma empresa
privada que quer instalar um terminal de cargas! E que ganhou uma
licitação que já está vencida!
Além dos custos financeiros, como quantificar
monetariamente o custo social?
Sabem quanto custaria um aeroporto novo?
Em torno de 200 milhões de Reais, já com
terminal de passageiros com pontes de embarque e pista com 3300 metros e em
região sem restrições operacionais. E com área disponível para futuras
ampliações tanto no numero de pistas como no seu comprimento.
E quais seriam os prejuízos sócio-ambientais de um aeroporto novo?
Seriam basicamente dois: por necessitar de uma
área mínima de 1500 ha, teria que ser localizado na área rural. A área a ser
desapropriada estará arrendada para o plantio de cana cujos proprietários vivem
dessa renda. Se forem desapropriados terão que reinvestir o dinheiro e, quem
sabe, passar a trabalhar em nova atividade, essa produtiva.
O segundo prejuízo seria a impossibilidade
daqui a alguns anos, depois de viver de rendas, de poder lotear a área para as
futuras expansões das áreas urbanas.
Já imaginaram? Tirar a renda de alguns
senhores feudais locais, obrigá-los a trabalhar e depois impedir que essa área
esteja à disposição do crescimento do segundo empreendedorismo na cidade: o setor
imobiliário?
Quanta maldade da nossa parte de querermos
tudo isso só para termos um aeroporto novo, com capacidade de vetorizar o
desenvolvimento regional!
Um aeroporto digno, onde os passageiros
possam embarca/desembarcar em dia de chuva sem a necessidade de galocha e
guarda chuva.
Qual a alternativa preferida pelos governos
municipal e estadual? Se para atender aos interesses de marketing político para
mostrar serviço for necessário expulsar
comunidades inteiras para o outro lado da cidade e deixar as remanescentes
sujeitas a todos os riscos aeronáuticos, ambientais e de saúde pública, não tem
nenhum problema. São todos pobres e trabalhadores. Quem se importa?
O Movimento Pro Novo Aeroporto se importa
sim. Importa-se também em garantir que
nada impeça a construção do aeroporto que Ribeirão Preto e a região merecem e
precisam. O Movimento continua atento e atuante.
Como já era de se esperar, e principalmente em
ano eleitoral, como é costumeiro, a questão era política de quem não tem
nenhuma. Mas podemos resolver essa questão:
Povo esclarecido jamais será iludido
E por
isso
Em 2012 não vote em político de 3ª linha: vote em estadista
E,
como sempre
Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área
já!