SLLQC É o grupo de pessoas e
de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para
Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.
A ação judicial
Recentemente
o Ministério Público entrou no Judiciário questionando o projeto de ampliação
do Leite Lopes, sob a alegação de que existe uma decisão judicial, desde 2007,
que a impede. É algo bem simples assim: se não se pode fazer, então não se faz.
É evidente
e toda a lógica nos sinaliza que, se não é possível ampliar o aeroporto e a
região de Ribeirão Preto necessita de um aeroporto que possa atendê-la
devidamente, então a única alternativa está em construir outro aeroporto, em outro
local adequado.
Sob o ponto
de vista exclusivamente financeiro, a construção do novo aeroporto sairia por
um valor próximo ao da ampliação.
E se as forças
retrógradas que ainda imperam em nossa cidade tivessem entendido que a única
alternativa é a construção do novo aeroporto - exigência de Ribeirão Preto
desde 1995 - esse aeroporto já estaria
pronto e em operação segura. Seria até um exemplo de sensatez e sinalizaria um
amadurecimento nas políticas públicas do setor aeroviário, que está um verdadeiro
caos[i].
Mas os
SLLQC não entendem assim. Insistem na ampliação. Devem ter os seus motivos para
isso.
Desmascarando a
tentativa de manipulação da verdade:
As áreas das curvas de
ruídos não está liberada
Como a ação
judicial vai criar entraves à ampliação, pelas razões do óbvio ululante, os
SLLQC logo ficaram com as choraminguices próprias de crianças mimadas
contrariadas e reclamaram do Ministério Público e do Movimento Pro Novo
Aeroporto[ii].
Nesse meio
tempo, parte da Favela da João Pessoa é inserida num dos programas Minha Casa
Minha Vida, do governo federal e logo os SLLQC levantam a cabeça, limpam as
lágrimas e saem, todos ufanos, cantando em coro: agora acabaram-se as favelas
do entorno do aeroporto e podemos internacionalizar o Leite Lopes.
E a mídia,
usando os mesmos termos nas reportagens, divulga essas noticias como se fossem
verdadeiras, embora só na João Pessoa
ainda “sobraram” 60 famílias.
Vamos
voltar à realidade dos fatos, para tristeza dos defensores da ampliação do
Leite Lopes.
Em 1984 o
Leite Lopes teve o seu Plano de Zoneamento de Ruídos aprovado. No zoneamento de ruídos existe a chamada zona
1 dentro da qual não é permitido nenhum
uso urbano industrial, residencial, hospitalar, etc.
Para
garantir a segurança das operações de pouso e decolagem, na atual configuração
do Leite Lopes existem obstáculos tais como a atual cerca e os postes de
iluminação nas ruas paralelas à pista de operação e à de taxi que têm que ser
removidas.
Para que o
Leite Lopes se adequasse às exigências de segurança, optaram que toda a área
definida pela zona 1 ficasse integralmente incorporada ao sitio aeroportuário.
Nada a ver
com a ampliação da pista, com o deslocamento da pista (que é a mesma coisa) nem
com a tal internacionalização do Leite Lopes porque já está outorgado desde
2002.
Só não
opera diretamente porque não tem pista e mesmo com a tal ampliação vai continuar
não tendo, embora dê para quebrar o galho dos interesses econômicos ligados não
à exportação, mas sim à importação.
As favelas
que se encontravam localizadas nessa zona 1 foram removidas mas, é importante frisar, só a parte que se localizava dentro dessa zona 1.
Por
isso, quando lemos manchetes propaladas pela mídia de que “Prefeitura de Ribeirão remove última favela na região do aeroporto[iii] Com a retirada das 53 famílias, obras de ampliação e deslocamento da
pista já podem ter início; [...] e “Prefeitura conclui
liberação de área PREFEITURA
JÁ ENVIOU OFÍCIO AO GOVERNO ESTADUAL informando que a área da curva de ruído do
Leite Lopes já está liberada[iv]. “
Então
vamos esclarecer aquilo que a mídia já sabe muito bem mas parece não se
interessar em divulgar direito:
O
zoneamento de ruído liberado foi a zona 1. A zona 2 permanece ocupada com
residências, postos de saúde, escolas, etc., que é um uso urbano incompatível
com esse nível de ruído.
Portanto,
afirmar que a curva de ruído do Leite Lopes
já está liberada é uma grande mentira e demonstra que o recado dado à
mídia foi propositadamente deturpado para alterar a realidade, dando a
impressão de que tudo vai bem para os SLLQC.
A
mídia não deveria entrar de alegre nessa
desinformação porque conhece muito bem o que é zoneamento de ruído.
A
área liberada e que será incorporada ao patrimônio do Leite Lopes, junto com
outras áreas particulares que serão em breve desapropriadas com esse objetivo
(e os proprietários ainda não foram
avisados disso, embora constem no RRA[v])
não tem nada a ver com o tal deslocamento da pista mas sim com a segurança ao
voo do Leite Lopes na configuração atual.
Comunidade
João Pessoa: A favela não foi removida
Mais
uma vez a desinformação programada e
divulgada pela mídia é a política de comunicação dos SLLQC, visando manipular a opinião pública.
Quanto
à afirmação “Prefeitura de Ribeirão remove última favela na
região do aeroporto” essa então ultrapassa o limite do ridículo.
Foram removidas algumas famílias da Favela da João Pessoa, apenas as que
estavam na zona 1 de ruído.
As outras 60 famílias permanecem
no local. É só olhar a foto do que sobrou para se constatar que essa noticia é
falaciosa já que, logo depois dos escombros [2], permanecem de pé [1] as outras
construções da comunidade que estão localizadas fora da zona 1 de ruído.
Devemos ressaltar que o
desfavelamento está sendo organizado de uma forma mais técnica porque tanto o
Movimento Pro Novo Aeroporto quanto o Movimento Pro Moradia e Cidadania têm
interferido impedindo que o desfecho da Favela da Familia se repetisse e estão
fiscalizando, junto com as comunidades removidas, as condições das novas
moradias, lembrando que as verbas são do governo federal e não do governo do estado
e muito menos do governo municipal.
É muito ruim quando a
tentativa de mostrar serviço e fingir que os seus objetivos estão sendo
atingidos se baseia em divulgar falsas informações.
No futuro próximo vai
ficar difícil de defender todo esse ufanismo quando chegar a hora de fazer as
desapropriações das áreas não faveladas e ocupadas por moradores radicados faz
décadas.
Estes moradores que nem
sabem ainda o que os espera, vão protestar pois irão receber indenizações
ínfimas baseadas em critérios próprios do Governo do Estado[i],
conforme descritas no RRA e que não seguem integralmente as normas da ABNT, que são de uso obrigatório
nas desapropriações.
Documento a esse respeito
será emitido pelo Movimento e encaminhado, oportunamente, a quem de Direito.
Apenas para fechar este
assunto, lembramos que se tivéssemos um novo aeroporto e o Leite Lopes tivesse
outra configuração e com uso alternativo gerador de renda, o zoneamento de
ruído seria outro e muitos problemas sociais, inclusive os de moradores não
favelados do entorno, simplesmente não existiriam.
PELA CORRETA INFORMAÇÃO NA MÍDIA
CHORAMINGUICE E UFANISMO AQUI NÃO PEGA
Congonhas em Ribeirão,
Não!
Leite Lopes com outro uso
(alternativo)
sem ampliação, sem
desapropriação
Novo aeroporto em nova
área já!
[i] Recentemente, mais uma vez, num voo de Brasília para
Congonhas, o comandante solicitou o desembarque voluntário de passageiros
porque estava chovendo em Congonhas e a ordem era reduzir o peso da aeronave
para um pouso seguro.
[ii] Como os SLLQC insistem em esconder da
população que existe um Movimento que exige a construção de um novo aeroporto e
uma destinação adequada para o Leite Lopes, eles “atacam” um dos signatários,
participante do Movimento, que é a Associação dos Moradores do Jardim
Aeroporto.
[iii]http://www.jornalacidade.com.br/noticias/cidades/NOT,2,2,897270,Prefeitura+de+Ribeirao+remove+ultima+favela+na+regiao+do+aeroporto.aspx
[iv] Jornal A Tribuna de 06/11/20013
[v] RRA Relatório de Regularização Ambiental
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