17/07/2007. Data em que 199 pessoas morrem numa tragédia já anunciada fazia muito tempo.
Dizem que foi um acidente aéreo. Não foi. Foi negligência dolosa abalizada pela ganância do lucro da exploração de um aeroporto que não tem condições operacionais de garantir o pouso de aviões do porte de um A320.
A culpa já foi dada: o piloto puxou a manete errada no momento inadequado, o reverso de um dos motores não funcionou, a chuva estava forte e a pista molhada e escorregadia por falta do tal de grooving.
Ninguém culpou aquele que licenciou a pista, curta e sem área de escape, para operação daquele tipo de aeronave. Oportuno lembrar a gestão de Denise Abreu frente à ANAC na época e que para culminar também com sua irresponsabilidade administrativa, aprovou também logo no ano seguinte (2008) um novo zoneamento de ruídos (PEZR) para o Leite Lopes, mesmo havendo claras irregularidades apontados pelo Ministério Público Estadual. Tanto assim é que o PEZR que está valendo é o de 1984!
Os maus políticos que elegemos foram os grandes responsáveis pelo crise
Aérea. E comumente quando da ocorrência de tragédias anunciadas, de forma hipócrita se dizem solidários e prestam condolências aos familiares das vítimas.
Existe um Movimento popular forte em Congonhas que tenta impedir que esse tipo de operação prossiga. Os familiares das vítimas dessa tragédia constituíram um Movimento exigindo justiça. Mas esses Movimentos não se conversam, para juntos lutarem realmente por Justiça.
É necessária a união de todos os movimentos populares para poderemos reverter o caos aéreo e eliminarmos todos os aeroportos inseguros que as autoridades aeronáuticas insistem em manter em operação. E o que é pior, algumas vezes insistem em ampliá-los, aumentando a insegurança e avançando de forma truculenta – mas dentro dos ditames da lei, eles dizem - em cima das comunidades estabelecidas no entorno de antigos aeroportos e aeródromos que nunca previram a necessidade de manter sob reserva área suficiente para as futuras expansões que as demandas futuras exigiriam. Pensavam duas coisas: o transporte aéreo era só para as elites, portanto não haveria necessidade de expansão; e, caso houvesse, bastaria usar do recurso legal da desapropriação por interesse público.
Desapropria, paga abaixo do justo e para quem não quiser sair, será “convencido” na borracha, do cassete ou da bala. De forma cruel, injusta, imoral, mas tudo, absolutamente, dentro da Lei. A Favela da Família que o diga.
Exatamente o que tentam fazer em Ribeirão Preto mas não conseguem. Já usaram de toda a violência legal para expulsar famílias que estavam ocupando áreas que impediriam a ampliação do Leite Lopes. Os escombros dessas ocupações ainda estão lá, representando o esqueleto de uma política pública já ultrapassada a serviço dos negócios e não a serviço das pessoas, principalmente quando são pobres.
Em defesa dessas comunidades, em defesa dos interesses maiores de Ribeirão Preto, em memória das vitimas de Congonhas, não deixaremos que o mesmo venha a acontecer em Ribeirão Preto.
Em 2007 como em 2012, a palavra de ordem do Movimento Pro Novo Aeroporto era
Congonhas em Ribeirão Não!
Leite Lopes com outro uso (alternativo) :
sem ampliação e sem desapropriação
Novo aeroporto em nova área já!
Como
Povo esclarecido jamais será iludido
então
Nestas eleições não vote em político de 3ª Linha.
Vote em estadista!
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