sábado, 28 de julho de 2012

DESPREPARO E A ARROGÂNCIA DOS DEFENSORES DO PUXADINHO DO LEITE LOPES


No dia 17/05/2012 a Câmara Municipal de Ribeirão Preto aprovou a instalação de uma Comissão Especial de Estudos (CEE), sob a presidência do vereador CAPELA NOVAS, para analisar os impasses que impedem a construção do Terminal Alfandegado da TEAD, que após ter vencido uma licitação faz muito anos, ainda não houvera começado as obras, gerando um mal estar na administração municipal e na sua imagem marqueteira eleitoral. 

Esse Terminal é da responsabilidade de uma empresa privada que tem por único e exclusivo objetivo ganhar dinheiro. Ou, como se fala no popular, faturar.

E alguns vereadores, adeptos do puxadinho Leite Lopes, ficaram preocupadíssimos que essa empresa privada parecia não estar muito empenhada em faturar, prejudicando, assim o marketing eleitoral de uma administração que até agora não conseguiu mostrar a que veio. Tanto assim é que tem 41% de rejeição por parte da população.

Como as estratégias de uma empresa privada em faturar não são da alçada nem da responsabilidade da Câmara Municipal, para disfarçar essa preocupação, tentam transformar a falta de faturamento da empresa em redução de uma receita tributária e econômica para a região e, para isso organizaram essa CEE que na primeira reunião, no dia 24, formalizam a desculpa quando o seu presidente pomposamente afirma “É prejuízo para Ribeirão não ter terminal. As nossas produções estão indo para outros terminais, como Uberlândia” (Gazeta de Ribeirão).

Qual é o prejuízo? Se a produção local está sendo exportada, onde está o entrave para a industria local? E qual é o prejuízo, se os impostos são recolhidos no município de origem (onde foi produzido) e não do de onde é exportada?

Como essa CEE, além de inútil e sem qualquer sentido objetivo e prático, a não ser o de criar um fato jornalístico para manter o espetáculo circense de marketing eleitoral, nada conseguiu de espetacular, no dia 31/05/2012 o presidente da CEE afirmou, em entrevista na TV Clube, que a não operacionalização do terminal da TEAD  trouxe prejuízo a Ribeirão Preto da ordem de 85 milhões de Reais.

O Movimento Pro Novo Aeroporto não conhece como esse prejuízo possa ter ocorrido. E, quando o aluno ignorante tem dificuldades de entendimento, tem o direito de perguntar ao Mestre que esclareça melhor a matéria, principalmente quando a afirmação é feita por um agente publico, não só na função de vereança como também na de presidente de uma CEE. E foi isso que o Movimento Pro Novo Aeroporto fez no dia 07/06/2012, através de um oficio pedindo alguns esclarecimentos, tais como:

a)            sabendo-se que esse tipo de informação apenas tem como objetivo a tentativa de justificar a ampliação do Leite Lopes em lugar de se construir o novo aeroporto que Ribeirão Preto merece e necessita para seu desenvolvimento;

b)         Sabendo-se que os tributos são pagos no município de origem e não no do embarque;

Face ao exposto, solicitam-se as seguintes informações, devidamente justificadas e com as respectivas planilhas demonstrativas:

1)    Quais os tributos que deixaram de ser arrecadados pelo município e sobre quais produtos, em razão da falta de um terminal alfandegado no Leite Lopes?

2)    Quais as outras eventuais receitas que não foram auferidas no município e sobre quais produtos ou atividades econômicas?

3)    Quais são os produtos exportáveis via aérea e que são produzidos na região e respectivos quantitativos?

4)    Caso se amplie o Leite Lopes, com pista curta (pista com 2.100 metros quando o mínimo operacional é de 3300 metros) em que apenas poderão operar aeronaves cargueiras com meia carga, poderemos supor que o frete será o dobro do normalmente praticado no mercado?

5)    Caso se amplie o Leite Lopes com o terminal alfandegado para posteriormente se construir um novo aeroporto, este terá também um novo terminal de cargas alfandegado ou o terminal do Leite Lopes será desmobilizado para ser transferido para o novo aeroporto?

6)    Ou a empresa vai desperdiçar 25 milhões de Reais, desativando o terminal do Leite Lopes para construir outro no novo aeroporto?

7)    Ou Ribeirão Preto disporá de dois terminais de carga internacionais, um com pista curta e outro com pista adequada?

8)    Tendo ficado demonstrado em 2007 e em 2008 a inviabilidade técnica da ampliação do Leite Lopes e sabendo-se que existem financiamentos e incentivos especiais para a construção de novos aeroportos incluindo-se as chamadas Parcerias Público Privadas ou a simples iniciativa privada, porque se continua insistindo na ampliação do Leite Lopes impedindo o desenvolvimento de Ribeirão e região em lugar de se trabalhar para a construção de um novo aeroporto, quie já poderia estar em operação se não fosse a obcessão pela ampliação do Leite Lopes?

Para quem afirma, de forma incisiva, dos prejuízos para Ribeirão causados pela falta de um Terminal Alfandegado no Leite  Lopes, as perguntas feitas deveriam ter a resposta na ponta da língua. As respostas nem precisariam do prazo legal de 20 dias para serem respondidas. Quem sabe, responde na hora.

Sabem quais foram esclarecimentos do senhor presidente da CEE, vereador CAPELA NOVAS, às duvidas apresentadas?

NENHUMA RESPOSTA FOI DADA!

Podemos admitir diversas razões para essa falta de resposta:

1             A autoridade não pode ser questionada pela plebe ignara, logo não se pode rebaixar respondendo;
2             Não sabe a resposta porque fez afirmações não fundamentadas em fatos.

A falta de resposta no prazo incide em crime de responsabilidade e poderia ser exigida diretamente no Judiciário ou por intermédio do Ministério Público.

Não é necessário exigir a resposta oficial do senhor vereador presidente da CEE porque ela já foi dada, exatamente pela sua ausência:

Não respondendo apenas confessa  que todas as afirmações feitas não têm fundamento, são propaganda enganosa e que não conseguem justificar a “pressa” em fazer o puxadinho em lugar de se exigir a construção de um novo aeroporto.  É apenas fogo fátuo de demagogia barata.

Precisamos de mais engenharia e de menos demagogia.

As afirmações feitas pelo presidente dessa CEE apenas refletem e engrossam o folclore de uma pretensa “elite” que acha que ainda vivemos numa cidadezinha grande do interior e não na sede de uma região metropolitana.

É claro que a ausência da resposta ainda reflete um outro viés: a falta de consideração para com a comunidade, já que o Movimento Pro Novo Aeroporto é um movimento popular que merece respeito.

É o sinal padrão da arrogância dos representantes das “elites canavieiras”  quando se trata de discutir as soluções para os problemas de Ribeirão Preto.  

Exemplos? A votação da Lei de Uso e Ocupação do Solo. A aprovação servil dos vetos da administração municipal às emendas ao Plano  Municipal de Resíduos Sólidos. O aumento dos “salários” dos vereadores que provocou a repulsa cidadã e originou o Movimento do Panelaço. E muitos outros...

Mas tudo isso tem solução.
Como

Povo esclarecido jamais será iludido

então

Em 2012 não vote em político de 3ª Linha. Vote em estadista!

Congonhas em Ribeirão Não!
Leite Lopes com outro uso (alternativo) :
sem ampliação e sem desapropriação
Novo aeroporto em nova área já!

domingo, 22 de julho de 2012

Aniversário de Morte: LEMBREMOS OS MARTIRES DE CONGONHAS DE 2007

17/07/2007. Data em que  199 pessoas morrem numa tragédia já anunciada fazia muito tempo.

Dizem que foi um acidente aéreo. Não foi. Foi negligência dolosa abalizada pela ganância do lucro da exploração de um aeroporto que não tem condições operacionais de garantir o pouso de aviões do porte de um A320.

A culpa já foi dada: o piloto puxou a manete errada no momento inadequado, o reverso de um dos motores não funcionou, a chuva estava forte e a pista molhada e escorregadia por falta do tal de grooving. 

Ninguém culpou aquele que licenciou a pista, curta e sem área de escape, para operação daquele tipo de aeronave. Oportuno lembrar a gestão de Denise Abreu frente à  ANAC na época e que para culminar também com sua irresponsabilidade administrativa, aprovou também logo no ano seguinte (2008) um novo zoneamento de ruídos (PEZR) para o Leite Lopes, mesmo havendo claras irregularidades apontados pelo Ministério Público Estadual. Tanto assim é que o PEZR que está valendo é o de 1984!

Os maus políticos que elegemos foram  os grandes responsáveis pelo crise
Aérea.  E comumente quando da ocorrência de tragédias anunciadas, de forma hipócrita se dizem solidários e prestam condolências aos familiares das vítimas.

Existe um Movimento popular forte em Congonhas que tenta impedir que esse tipo de operação prossiga. Os familiares das vítimas dessa tragédia constituíram um Movimento exigindo justiça.  Mas esses Movimentos não se conversam, para juntos lutarem realmente por Justiça.

É necessária a união de todos os movimentos populares para poderemos reverter o caos aéreo e eliminarmos  todos os aeroportos inseguros que as autoridades aeronáuticas insistem em manter em operação. E o que é pior, algumas vezes insistem em ampliá-los, aumentando a insegurança e avançando de forma truculenta – mas dentro dos ditames da lei, eles dizem - em cima das comunidades estabelecidas no entorno de antigos aeroportos e aeródromos que nunca previram a necessidade de manter sob reserva área suficiente para as futuras expansões que as demandas futuras exigiriam. Pensavam duas coisas: o transporte aéreo era só para as elites, portanto não haveria necessidade de expansão; e, caso houvesse, bastaria usar do recurso legal da desapropriação por interesse público.

Desapropria, paga abaixo do justo e para quem não quiser sair, será “convencido”  na borracha, do cassete ou da bala. De forma cruel, injusta, imoral, mas tudo, absolutamente, dentro da Lei. A Favela da Família que o diga.

Exatamente o que tentam fazer em Ribeirão Preto mas não conseguem. Já usaram de toda a violência legal para expulsar famílias que estavam ocupando áreas que impediriam a ampliação do Leite Lopes.  Os escombros dessas ocupações ainda estão lá, representando o esqueleto de uma política pública já ultrapassada a serviço dos negócios e não a serviço das pessoas, principalmente quando são pobres.

Em defesa dessas comunidades, em defesa dos interesses maiores de Ribeirão Preto, em memória das vitimas de Congonhas, não deixaremos que o mesmo venha a acontecer em Ribeirão Preto.

Em 2007 como em 2012, a palavra de ordem do Movimento Pro Novo Aeroporto era

Congonhas em Ribeirão Não!
Leite Lopes com outro uso (alternativo) :
sem ampliação e sem desapropriação
Novo aeroporto em nova área já!

Como

Povo esclarecido jamais será iludido

então

Nestas eleições não vote em político de 3ª Linha.

Vote em estadista!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O TERMINAL ALFANDEGADO, AS PIPAS, OS URUBUS E O LEITE LOPES

Reportagem do Gazeta de Ribeirão do dia 14/07/2012 é altamente sugestiva não apenas pelo fato relatado mas também e principalmente por suas implicações:

Daesp pede ‘socorro’ a Conselho Tutelar

Órgão quer que menores parem de invadir e soltar pipas no Aeroporto Leite Lopes O Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) protocolou ontem um ofício no Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente de Ribeirão Preto advertindo que menores de idade estão invadindo a área do Aeroporto Leite Lopes nos últimos meses para recuperar pipas ou para depredar o patrimônio público.

Em nota enviada pela assessoria de imprensa, o Daesp ainda explanou no ofício que os adolescentes também estão retirando as balizas luminosas para pousos e decolagens noturnas,  com objetivo de fabricar cerol.
[...]
O Conselho Tutelar I, que recebeu o ofício, porém, informou que não pode fazer nada com relação ao comunicado do Daesp pois não é da competência do órgão “fiscalizar se menores estão invadindo o Leite Lopes”.

A análise dos fatos relatados parece indicar que a moçada constitui um bando de “menores infratores” que soltam pipas perto do Leite Lopes. Pior: com cerol que fabricam a partir das balizas luminosas.

Existe um risco à navegação aérea, em particular, aos helicópteros porque a linha pode se enrolar nos rotores causando o desbalanceamento  e potencializando um eventual acidente, se houver massa de linha suficiente para isso. Nos aviões não causa nada, a não ser risquinhos na fuselagem.

Mas para os “menores infratores” existe um risco muito grave: o enroscamento da linha num hélice pode ocasionar um “puxão” forte e repentino na linha, causando danos físicos graves por ferimentos nas mãos, pescoço ou cabeça além de outros traumas nos membros. Felizmente  nada disso ainda aconteceu.

O nome para isso é risco aeronáutico e deriva não de ação de menores infratores e malfeitores mas de outro crime maior: a existência esdrúxula de um aeroporto em área urbana densamente habitada.

Sem dúvida que essa molecada é “sem noção” do perigo que corre, não só por empinar pipas perto da pista, localizada ao lado da área  urbana, mas também porque também fazem isso perto da rede elétrica. Esta “sem noção” deve-se à ausência da secretaria da educação em esclarecer os riscos dessa pratica na Escola Pública e de falta (ou omissão) da administração municipal em prover as comunidades de espaços de lazer onde a pratica de empinar pipas possa ser feita em segurança, entre muitas outras atividades físicas e de recreação, principalmente para esses “malfeitores” em época de férias escolares.

Se pulam a cerca é porque ela não é segura. Se entram na área interna do Leite Lopes é porque o acesso é fácil e sem vigilância adequada. Se danificam patrimônio público é porque este não está seguro. E depois querem mobilizar o Conselho Tutelar para fazer o que não conseguem?

Já imaginaram toda essa capacidade de segurança que não consegue segurar crianças do lado de fora se lá dentro existir um Terminal de Cargas Alfandegado?

Para fazer contrabando não precisa nem de quadrilha especializada nem de fazer viagens longas para atravessar fronteiras. Basta atravessar a cerca e se abastecer no Terminal “à lá vonté”!

Não são capazes de fazer a segurança de um sitio aeroportuário e querem operar um aeroporto internacional?

Quanto aos urubus, risco aeronáutico grave, o problema é a completa falta de ação da administração pública municipal.

Durante décadas essa administração deixou ao léu toda a região do entorno do Leite Lopes. A política pública estava baseada num conceito há muito superado mas infelizmente ainda inserido na cultura administrativa pública: deixar ao abandono as áreas onde ocorrerão, no futuro, desapropriações para torná-las mais baratas, na base do tal Valor de Mercado, prática impedida pela Norma da ABNT de Avaliações.

Áreas particulares e públicas ficaram abandonadas e foram ocupadas por famílias que precisavam de abrigo, fazendo na pratica o que o Poder Público tinha a obrigação de fazer e não fez: cumprir  o função social da terra urbana nos termos da Constituição.  De ocupantes passam a ser considerados como invasores, não só pela administração publica mas também pelo judiciário.

Outras áreas particulares, inicialmente por falta de demanda e depois das benesses descritas pelo Papai Noel Leite Lopes, continuaram de pousio aguardando uma hipotética valorização imobiliária. Na verdade ficaram de pousio para urubu bem alimentado pelos resíduos neles lançados por alguns Porcolinos Urbanos.

Oportuno lembrar que a legislação municipal obriga a várias coisas: em primeiro lugar a que o proprietário execute as calçadas e faça uma mureta. Esses terrenos não cumprem essa simples exigência e a prefeitura que deveria multar e mandar fazer, ou ela mesmo fazer e depois cobrar (como manda a legislação) nem se dá ao luxo de fiscalizar os Porcolinos mas envia máquinas e caminhões para fazer a limpeza gratuita desses terrenos quando os urubus voltam a prejudicar as operações aeronáuticas.

E porque é que esses Porcolinos agem dessa forma? Primeiro porque são isso mesmo: Porcolinos. Em segundo lugar porque não existe no município um Plano de Resíduos Sólidos. É um município que tem sido administrado apenas para favorecer negócios e por isso faz questão em que as coisas não aconteçam a menos quando favorecerem os Amigos do Rei. É o caso recente do Plano de Resíduos Sólidos que teve  o mérito de revelar a Câmara Municipal servil que a cidade dispõe e que originou diversos panelaços, inclusive para obrigar a administração a rever esse Plano. Cabe aqui considerar que o panelaço organizado no dia 06/07/2012, formado por uns 25 a 30 manifestantes conseguiram fazer o que os 20 vereadores não conseguiram (mas que era a sua obrigação constitucional fazer): obrigar a rever a Lei e a discuti-la com a Sociedade Civil.

Todas essas situações têm solução. O município tem sido sistematicamente administrada por síndicos de um conjunto de interesses meramente econômicos, visando a ampliar negócios e não a prover qualidade de vida a seus cidadãos.

Basta trocar esses síndicos de interesses privados por administradores  com visão de estado, capazes de implantar políticas públicas sérias.  Um novo aeroporto em nova área será uma dessas políticas. Aí não haverá risco aeronáutico com pipas. Implantar uma política séria de resíduos sólidos e não haverá mais “lixões” na cidade.

Por isso não devemos votar à toa nas próximas eleições. Política não é profissão.

Povo esclarecido jamais será iludido

Em 2012 não vote em político de 3ª Linha. Vote em estadista!

Congonhas em Ribeirão Não!
Leite Lopes com outro uso (alternativo) :
sem ampliação e sem desapropriação
Novo aeroporto em nova área já!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

AMPLIAÇÃO DO LEITE LOPES – O PUXADINHO ELEITOREIRO

Faz um tempinho atrás ocorreu uma briga entre as comadres municipal e estadual por causa dos custos do tal puxadinho a ser feito no Leite Lopes, cujo real objetivo é o de  atender aos interesses econômicos de uma empresa privada, que irá operar o ínfimo Terminal de Cargas, usando dinheiro público e ao mesmo tempo servir de trampolim para o marketing político de ambos os atuais opositores eleitoreiros.

Essa briga inicialmente visava apenas demonstrar uma suposta capacidade extraordinária de atuação da atual administração municipal em prol do crescimento da cidade. Virou briga de comadres e descobriram-se algumas verdades e demonstrou não apenas o viés eleitoreiro mas também a incompetência da atual administração municipal em desenvolver projetos de qualidade.

Essa incompetência está claramente expressa na reportagem do jornal A Cidade do dia 29/06/2012:

Prefeitura refaz cálculos e terá gasto maior com malha viária do aeroporto



A prefeitura faria as obras de readequação viária por 12 milhões de Reais em lugar dos 21 milhões pedidos pelo governo do estado. Agora não é nem um nem outro. São 26 milhões!!!!

E existe um prazo para a assinatura do contrato entre a prefeitura e o DERSA por causa do período eleitoral.

A máquina do marketing marqueteiro já começou a se movimentar. No mesmo dia, o site da prefeitura divulga foto em que a administração municipal está reunida para formular o projeto de readequação viária.

O Movimento Pro Novo Aeroporto já havia demonstrado com a antecedência necessária que haveria a necessidade de fazer uma grande readequação viária porque o pavimento existente não apresenta condições de suporte para um transito pesado de acesso ao tal terminal de cargas. Também não apresenta s raios mínimos de curvatura para que os caminhões de carga  possam manobrar para acessar o tal terminal.

Alertou também para a falta de uma ciclovia além de outros melhoramentos públicos, inclusive o esgoto do próprio Leite Lopes e a ausência de iluminação viária na cabeceira junto à Av. Thomaz Albert Whately, por exigência do DAESP.

Em razão disso e em fase das declarações pomposas da administração municipal, solicitou, nos termos da lei, o memorial descritivo e a planilha de custos com o qual o município afirmava poder executar as obras por 11,5 milhões de Reais.

A prefeitura não cumpriu com a exigência de responder porque percebeu que estava simplesmente falando bobagem. Não dispõe de uma equipe técnica habilitada para fazer um projeto desse porte em cima de uma área já densamente ocupada.

Lembramos que a falta de resposta, só por si já é  uma confissão de incompetência, reforçada pelo valor declarado agora e que confessou ser maior que o dobro do que foi divulgado na ênfase de maquiagem política de eficiência.

Certamente que os custos do puxadinho do Leite Lopes serão muito maiores do que o que tem sido divulgado. Certamente que serão muito maiores do que construir um aeroporto novo.

Mas continuam tendo o mesmo impasse original: para que essas obras comecem é necessário um Estudo de Impacto Ambiental que tem que ser aprovado após uma série de exigências que tem que ser cumpridas legalmente e que nem  mesmo ainda começou a ser feito.

Em Abril passado, em nosso comentário  ZANGAM-SE AS COMADRES, DESCOBREM-SE AS VERDADES – parte 2, o Movimento Pro Novo Aeroporto alertava:

No entanto, outro tema também passou despercebido pela imprensa ao noticiar os devaneios eleitoreiros da prefeitura: como podem ser feitas obras sobre a adequação do sistema viário por causa da ampliação do Leite Lopes, se a obra ainda não foi licenciada e nem mesmo tem um estudo técnico mas apenas palavrório eleitoreiro? 

Já estão convidando para comer o  galeto que vai nascer do ovo que a galinha, que ainda não nasceu, irá botar?

As divulgações marqueteiras de maquiagem política sobre os frutos do marketing eleitoreiro de ambas as comadres sobre o Leite Lopes e o seu puxadinho têm uma data limite: 6 de Junho próximo.

A data limite se aproxima e as noticias para deixar os SLLQC eufóricos logo são divulgadas. O Gazeta de Ribeirão do dia 04/07/2012 publica:

O Leite Lopes, enfim

A prefeita Dárcy Vera (PSD) assina amanhã à tarde, em São Paulo, como governador Geraldo Alckmin (PSDB), o convênio que irá permitir a ampliação da pista do Aeroporto Leite Lopes e a sua transformação em internacional de cargas e passageiros. A realização das obras vão significar o investimento de cerca de R$ 170 milhões em Ribeirão Preto, sendo R$ 25,836 milhões da Prefeitura e o restante do governo estadual. Os recursos do município, no entanto, só sairão dos cofres em 2014 e 2015. A prefeita comemorou a conquista depois de anos de luta, com uma publicação em seu blog. “Quero aqui registrar meus agradecimentos à todas as pessoas que me ajudaram a conquistar os merecidos investimentos”, escreveu. Não foi a única. O deputado federal e candidato a prefeito de Ribeirão, Duarte Nogueira (PSDB), também usou ontem as redes sociais para falar da “excelente notícia” para Ribeirão Preto.

E prossegue:

AVENIDAS
As obras do Aeroporto Leite Lopes vão permitir melhorias não apenas na Avenida Thomaz Alberto Whately, mas também na Americana e Pouso Alegre. As vias vão receber recapeamento e uma camada mais espessa de asfalto, para resistir ao tráfego de veículos pesados.

CICLOVIA
Também as ciclovias serão beneficiadas. Por uma emenda do deputado Nelson Marquezelli, serão investidos R$ 1 milhão para levar a ciclovia do aeroporto até a ligação com a da Via Norte, de forma a levar a pista até as proximidades da Rotatória Amin Calil.

Realmente são boas noticias. A informação que o Movimento Pro Novo Aeroporto de que é necessário reforçar o pavimento (asfalto) do acesso viário foi finalmente entendido pela administração municipal. O acesso ao Terminal de Cargas tem que ser bem feito. Não pode seguir os parâmetros usualmente adotados pela administração municipal quando executa a pavimentação viária em Ribeirão, que em pouco tempo está cheia de buracos e solapamentos. Até o Dersa sabe disso e insistiu que o projeto tem que ser deles. Tem que ser um projeto bem feito.  

De aeroportos o DERSA não entende nada mas de pavimentação viária entende sim. E os técnicos do Movimento também. Por isso, os custos apropriados pela prefeitura “voaram” de 12 milhões para “apenas” 26 milhões de Reais.  Dá para perceber a forma como a cidade é administrada!
Explicado porque é que a prefeitura não respondeu ao nosso questionamento.

A outra boa noticia é que vai ser feita uma ciclovia – com dinheiro do governo federal, que fique bem claro – o que é uma obrigação que deveria ter sido cumprida desde 1995 como  determinava o Plano Diretor, que previa a necessidade de implantação de ciclovias.

Devemos deixar claro que ciclovia não é aquilo que foi feito na Via Norte onde o ciclista deve usar colete salva-vidas pelo risco de que, se se desequilibrar, cairá no ribeirão Preto. E ciclovia em Área de Preservação Permanente (APP)  é o cumulo da desfaçatez. Só uma administração como a que temos seria capaz de uma proeza dessas.

E para terminar as boas notícias, essa tal revitalização viária somente irá ocorrer a partir de 2014! Ou seja, o Terminal de Cargas só irá operar a partir dessa data, após o puxadinho, que só será executado após a sua liberação que deverá ser  precedida por um estudo Ambiental que deverá ser aprovado.

Como não existe nenhum estudo e muito menos a aprovação para o quer que seja então só temos palavrório eleitoreiro.

Não só da atual administração municipal que pleiteia se reeleger como também de seu oponente, igualmente candidato, que acha que um aeroporto novo demora 40 anos para ser construído. É claro que pode até demorar mais, se existirem intervenções do Tribunal de Contas ou de ações judiciais para impedirem certas libertinagens financeiras.

Se tiver um bom projeto e tudo corra normalmente, o prazo para construir um novo aeroporto padrão regional é de 3 a 5 anos a um custo semelhante ao do puxadinho pretendido.  

Felizmente o prazo para que se possam distribuir noticias desse jaez termina breve.

Fora isso, só no horário eleitoral, onde deverá ocorrer o verdadeiro debate entre os candidatos a respeito do aeroporto de Ribeirão Preto, porque não podemos continuar a permitir que essa questão dependa exclusivamente de
políticos sem política pública. Temos que reverter isso em Outubro.

Por isso não devemos votar à toa nas próximas eleições. Política não é profissão.

Povo esclarecido jamais será iludido

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Congonhas em Ribeirão Não!
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sexta-feira, 6 de julho de 2012

LEITE LOPES E A POLITICA DOS RESIDUOS SÓLIDOS DE RIBEIRÃO PRETO

A cada dia que passa mais nos desencantamos  com os rumos das políticas públicas de Ribeirão Preto. Essas políticas públicas na verdade não passam de ações pontuais de favorecimento de interesses espúrios e para isso se podam quaisquer tentativas de serem implantadas políticas públicas de verdade, que atendam às necessidades objetivas do município, de forma a se garantir às futuras gerações que possam vir a ter um futuro.

A atuação da Câmara Municipal em franca subserviência aos desmandos do executivo, mostra até que ponto Ribeirão Preto está acéfala,  no sentido de ausência total de um cérebro pensante administrando o município, tendo como objetivo construir uma cidade sustentável e cidadã.

A prefeitura envia para a Câmara um projeto de lei para instituir o Plano Municipal de Resíduos Sólidos. Os vereadores incluem diversas emendas, entre elas, a obrigação de inclusão das cooperativas de coletores de recicláveis (obrigação pelo Plano Nacional), a possibilidade de uso de outras alternativas tecnológicas para a destinação desses resíduos. Essas emendas foram vetadas pelo executivo o que levantou a indignação dos vereadores.

Iriam votar contras os vetos. Todos. Sem exceção. Mostravam uma garra fenomenal em enfrentar os interesses ligados ao executivo. Pela defesa dos interesses do município para os próximos 20 anos!!

No dia da votação aconteceu aquilo que os Movimentos Populares já sabiam que iria acontecer: votaram a favor dos vetos do executivo.

Acordos politiqueiros para garantir tempo de audiência no programa político da TV geram toda essas politicocanastrices. Os acordos das coligações a isso obrigaram.

Ribeirão Preto perde. A politiquice se emociona nos seus discursos justificando adesões simplesmente incompreensíveis para o eleitor comum, pouco afeito a esses acordos de bastidor, onde o futuro governo municipal será rateado entre os diversos coligados.

A incongruência assume perspectivas irônicas. Um dos participantes é defensor do Novo Aeroporto e contra a ampliação do Leite  Lopes mas se coliga, juntando esforços para ajudar a eleger quem defende o Puxadinho.

No outro grupo, aparentemente antagônico, mas na verdade com a mesma vertente ideológica de que  o capital é preponderante sobre a qualidade de vida, a coligação com os abraços e os Hurra! do costume, junta-se quem defende o Novo Aeroporto com quem originou todo o atual problema com o Leite Lopes e afirma que a construção de um novo aeroporto demora 40 anos!

Pior ainda. Um dos coligados que defendeu o Veto Total ao Código Florestal do Agronegócio Predador está abraçado com um dos que mais lutou para que esse código desflorestador fosse aprovado no Congresso Nacional. Tudo para garantir o comando de uma secretaria.

Outro coligado, herdeiro de uma história gloriosa na luta contra a ditadura, em lugar de militar em prol dos interesses maiores do povo e dos trabalhadores, junta-se a uma sigla cuja única preocupação é gerar negócios.

Há quem diga que os partidos perderam a vergonha na cara. Não é verdade porque ninguém perde o que não tem. Perderam apenas a sua condição primeira para justificar a sua existência: a ideologia. Partidos políticos sem ideologia não são Partidos, mas apenas siglas sem cara.

Por isso políticos que querem um aeroporto novo, quando se coligam com siglas a serviços de outros interesses que não os da cidadania, votam pelo Puxadinho. Votam para que não tenhamos Planos de Resíduos Sólidos. Não exigem do executivo Planos de Sistema Viário nem do Transporte Público que inclua o sistema metroviário. Não se insurgem com a forma como tem sido feito o desfavelamento em torno do aeroporto para facilitar o puxadinho.

São esses políticos que aprovam leis para que Ribeirão Preto seja uma cidade sem lei. Não são confiáveis. Aumentam os seus “salários” quando querem e sem qualquer constrangimento. Quando a população se revolta e se organiza  exigindo  respeito, logo é chamada de arruaceira.

Por isso não devemos votar à toa nas próximas eleições. Política não é profissão.

Povo esclarecido jamais será iludido

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Congonhas em Ribeirão Não!
Leite Lopes com outro uso (alternativo) :
sem ampliação e sem desapropriação
Novo aeroporto em nova área já!





segunda-feira, 2 de julho de 2012

1 ano da reintegração de posse na Favela da Família

Vinícius Barros vmbarros85@gmail.com

1 ano da reintegração de posse na Favela da Família

Há exatos 12 meses um acontecimento abalou Ribeirão Preto trazendo dor e medo a algumas famílias locais. Naquela ocasião, o Poder Público pouco fez para ajudar as pessoas que viriam a passar por momentos de angústia e sensação de impotência, frente a truculência do aparato militar do Estado. Você sabe do que estamos falando? Muitos nunca souberam do acontecimento, outros já esqueceram devido ao excesso de informações a que somos submetidos.
No dia 5 de julho de 2011 ocorreu uma reintegração de posse em Ribeirão Preto fazendo com que dezenas de famílias, que já viviam em condições sub-humanas, passassem a ter a rua como o seu lar. O episódio Favela da Família, do qual estamos tratando, ocorreu pela incapacidade do governo Dárcy Vera em negociar uma moradia digna para essas pessoas.
O episódio vem compor um cenário de extrema desigualdade social, do qual nós, ribeirãopretanos, infelizmente fazemos parte. No dia 5 de julho de 2011 a polícia militar chegou até mesmo a dar uma chance aos moradores, que por sua vez solicitavam a presença de um representante da prefeitura, mas foi em vão. Nenhum representante foi enviado ao local para convencer os moradores de que não deviam resistir ao despejo, muito menos para oferecer uma saída, uma moradia digna.
Enfim, a Polícia Militar, numa ação de terrível violência, expulsou do terreno, com balas de borracha e bombas, senhores, senhoras, adultos e crianças de todas as idades. Você pode se perguntar: Por que botar na rua violentamente famílias que vivem em estado precário sem oferecer uma saída? O que podemos, infelizmente, constatar é que na zona norte de Ribeirão Preto os interesses de ampliação do aeroporto são mais importantes que a dignidade humana.
Esta data serve para rememorarmos o fato e para refletirmos sobre a cidade que queremos.
Nossos lamentos!

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=jgTN7mpPZeA