quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A NOVA FASE DO CONFRONTO

Temos tido um grande vazio de noticias sobre o Leite Lopes. A imprensa não fala mais nada sobre a ampliação. A prefeitura foi jogada para escanteio e o Governo do Estado passou a assumir a função do braço político dos SLLQC ou seja daqueles grupos de pessoas e entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

No caso do Governo do Estado, o principal objetivo não é colocar em operação um aeroporto inadequado para satisfazer alguns interesses econômicos locais. O interesse principal é colocar em prática a ideologia de um partido político que se encontra no poder.

O que lhe interessa é fazer uma maquiagem no Leite Lopes, com o dinheiro público, para depois o entregar à iniciativa privada para explorá-lo, porque de todos os aeroportos sob administração do Governo do Estado (DAESP), só o Leite Lopes é lucrativo e potencialmente mais lucrativo ainda sob administração privada.

Estudos elaborados pelo IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) na tentativa de conseguir definir quais as políticas publicas a serem assumidas para evitar o caos aeronáutico, chegaram à conclusão que um dos meios será  transferir a concessão dos poucos aeroportos rentáveis à iniciativa privada. Assim, o Estado se concentra em investir, rapidamente e com segurança, nos aeroportos não rentáveis.

Com base nesses estudos o Governo do Estado considerando que os outros aeroportos sob sua administração, não  têm potencial de lucratividade que interesse à tal iniciativa privada, continuarão sendo mantidos com o dinheiro público.  

Traduzindo: privatiza-se o  lucro e socializa-se o prejuízo, tese básica que embasa o neoliberalismo.

Por isso, o confronto agora deixa de ser contra meia dúzia de pequenos interessados locais em ganhar dinheiro à custa da tranquilidade e da qualidade de vida das populações do entorno e da insegurança permanente para a cidade (Novo Congonhas), com a abertura de uma meia dúzia de lojinhas dentro do terminal e no surto imobiliário bombástico que alguns mal informados imaginam que vá ocorrer no entorno do Leite Lopes ampliado.

Passa a ser contra grupos econômicos não locais, fortemente poderosos, que engolirão os pequenos interessados locais e representados pelo Governo Estadual ideologicamente impondo uma Política de Estado de arrasa quarteirão, sobrepondo esses interesses econômicos do grande capital aos interesses da região.

Esta nova  fase do confronto terá inicio no judiciário, quando o governo do estado, seguindo a sua política de estado ideologicamente já definido,  irá tentar a liberação da ampliação do Leite Lopes, com base num estudo irrelevante (Plano de Zoneamento de Ruído) e sem cumprir a exigência legal de um Estudo de Impacto Ambiental prévio que contenha um Estudo de Impacto de Vizinhança.

Mas o Movimento Pró Novo Aeroporto está atento. Todas as alternativas jurídicas a que o poder do estado possa tentar recorrer já estão previstas e devidamente analisadas e para cada uma haverá a imediata resposta.

Mas existe um fator extra judicial com o qual o Movimento tem uma grande esperança e que pode matar no ninho essas manobras de políticas ideológicas mascaradas de políticas de estado: a magistratura! A maioria dos magistrados já está esclarecida da importância da preservação ambiental e não caem mais na esparrela de que a proteção ao meio ambiente não pode prejudicar os negócios.

A magistratura já sabe que, se um empreendimento não consegue ser harmonioso ambientalmente, então é de baixa qualidade. E, por isso, não merece guarida.

Esse é o viés jurídico da questão. Existem outros, que analisaremos oportunamente: o viés político e o do movimento de massas.

Povo esclarecido jamais será iludido

Para isso continuamos com as nossas ações de esclarecimento publico e na campanha de conscientizar a população de que se temos maus políticos é porque nós os colocamos lá e, portanto, a responsabilidade é exclusivamente nossa. Mas podemos reverter isso:

Em 2012 não vote em político de 3ª Linha. Vote em estadista!

E, como sempre

Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área já!

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