SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.
O Movimento pro Novo Aeroporto está iniciando uma nova fase de ações decorrentes da complexa ofensiva que obrigou a turma dos SLLQC locais a se retirarem da contenda, deixando o espaço para ser disputado apenas com o Governo do Estado. Já nos referimos a esta nova fase que será travada em três frentes principais: a jurídica, a política e a de mobilização popular. As duas primeiras já foram abordadas em textos anteriores[i]. Passemos agora à terceira frente.
O destaque de uma reportagem do Jornal A Gazeta de Ribeirão do dia 30/08/2011, chamou a nossa atenção sobre um encontro patrocinado pelo Ribeirão Preto e Região Convention & Visitors Bureau que reuniu várias personalidades e entidades da sociedade civil (nós não fomos convidados) para discutirem a implantação de uma Universidade Federal em Ribeirão Preto:
O que era uma discussão sobre universidade federal acabou esbarrando no assunto aeroporto internacional. A discussão consumiu cerca de 30% do tempo do debate. O assunto foi citado inicialmente foi citado pelo deputado Welson Gasparini. Depois, o ex-prefeito Gilberto Maggioni citou a disputa pelo aeroporto como um exemplo, para afirmar que ele é, sim, internacional. Só falta ser operado como tal. Era para ser apenas um exemplo de falta de união, como citou outros, mas o assunto tomou conta do encontro. Gasparini disse que estava tudo certo para a ampliação da pista, mas que apareceu um movimento contrário que se juntou ao ministério público, o que teria feito o ex-governador José Serra (PSDB) recuar. Foi o bastante para Maggioni afirmar que com o Serra o assunto não caminhou mesmo. E até da platéia vieram opiniões, críticas e cobranças para que o assunto se resolva. (grifos nossos)
À época, a imprensa de um modo geral e a televisiva em particular, fazia questão de não mostrar à população a existência de um movimento que era contrário à ampliação do Leite Lopes, por três motivos básicos: (1) não queria que um novo Congonhas, caipira, se instalasse na cidade; (2) que Ribeirão Preto e região mereciam um novo aeroporto decente e apropriado que pudesse servir de base para alavancar o desenvolvimento regional; e (3) que o Leite Lopes, ampliado ou não, seria em estropício, dada a sua área e a sua configuração aeroportuária e fundiária.
Não existiam discussões nem debates sobre o assunto por decisão de um grupo que se considera o dono da cidade. Era considerado tema fechado e determinado: amplia-se o Leite Lopes e pronto! Mesmo passando por cima da legislação que exigia a remoção do Leite Lopes para local adequado.
No texto da noticia em análise vários comportamentos ainda são resquícios de um autoritarismo caipira, como vamos ver:
Era para ser apenas um exemplo de falta de união
Não foi falta de união dos membros desse grupo que acha que manda na cidade que impediu a ampliação do Leite Lopes. Foi a mobilização popular juntamente com a exigência de cumprimento da legislação através de ação destemida e cidadã do Ministério Publico e dos setores técnicos que demonstraram cientificamente a total inviabilidade da ampliação.
Foi através da mobilização popular e das ações de esclarecimento promovidas pelo Movimento que as forças ativas da cidade retiraram o apoio a esse grupo, infelizmente ainda dominante hoje em dia, derrubando esse desvario alucinado criado por um marketing a serviço de outros interesses econômicos, de grupos não locais e muito poderosos.
Gasparini disse que estava tudo certo para a ampliação da pista.
Errou. Estava certo apenas para esse grupo que age na cidade como se ainda vivêssemos no tempo dos coronéis e dos reizinhos do café ou dos canaviais. Estavam convencidos que conseguiriam enganar a população e contavam com a falta de capacidade de mobilização popular principalmente com o boicote imposto à divulgação das noticias que citassem a existência de um Movimento sério, com base técnico-cientifica, que se opunha a essa ampliação impedindo que a cidade se degradasse para atender a interesses de grupos econômicos sem escrúpulos em desalojar populações e submeter as remanescentes a altos riscos aeronáuticos e ambientais graves.
A capacidade de mobilização popular do Movimento Pro Novo Aeroporto continua e mais ampla, porque sendo um movimento popular tem a engrossar os seus quadros todos aqueles moradores de favelas do entorno que foram expulsos de suas casas, sob a promessa e a propaganda de que iriam “ganhar uma casa” e a única coisa que ganharam foi um dívida, falta de escola para os filhos, falta de posto de saúde além de que, na pressa de “entregar” as casas como manobra política, elas estão se esfarelando.
Essas manobras típicas de uma velha prática de politicagem que a população não aceita mais, está se virando contra os seus autores e ensinando essas pessoas a não acreditarem mais em promessas, sorrisos, sopinhas e muita bondade explícita.
Povo esclarecido jamais será iludido
E por isso
Em 2012 não vote em político de 3ª linha: vote em estadista
E, como sempre
Congonhas em Ribeirão Não!
Novo aeroporto em nova área já!
Como o próprio nome indica, o Movimento Pro Novo Aeroporto, mobilizou-se e desencadeou diversos eventos, incluindo várias passeatas e a sua existência não pôde mais ser ignorada, nem mesmo pelo governador da época José Serra.
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