SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve
O Governo do Estado anunciou: vai pegar o Estudo da Curva de Ruídos que o IPT finalmente conseguiu terminar, depois de várias contestações, e aumentar a pista do Leite Lopes. Não mais um puxadinho de 300 metros . Agora um verdadeiro puxadão com 400 ou 500 metros !!
Os SLLQC estavam meio murchos e até se aventuravam a aventar a hipótese de um aeroporto novo. Agora, com essa auspiciosa noticia, a crista arribou e novamente falam da internacionalização do Leite Lopes como fato consumado ou a ser consumado e alegam um montão de justificativas, todas verdadeiras é claro se forem referentes a um aeroporto novo, capacitado, projetado e construído para ter todas essas vantagens. É claro que não no Leite Lopes, porque isso não será viável técnica, ambiental, urbanística e socialmente.
Vivem a utopia de que é possível transformar um fusquinha 66 numa Ferrari. Qual o motivo? Porque pegar um fusquinha 66 é mais rápido do que encomendar uma Ferrari e vai melhorando até chegar lá.
É uma ilusão. Nunca vai deixar de ser um fusquinha, modificado e adaptado, e vai custar mais caro que a Ferrari.
A necessidade de ter um aeroporto internacional de cargas e de passageiros é uma prioridade por causa da globalização, para que ela seja feita de dentro para fora e não ao contrário e num ambiente de competitividade. “Precisamos estabelecer concorrência entre aeroportos para os custos diminuírem. Precisamos instaurar em termos definitivos, pelo menos a competição entre o Leite Lopes, o Viracopos, Cumbica, Congonhas e outros também. (Vicente Golfeto – TV Clube 26/7/11)”.
Verdade inquestionável se nos referirmos a um aeroporto novo. Mas com o Leite Lopes vai ser um pouco difícil. Para termos competitividade precisamos de pista, tanto no que se refere ao comprimento quanto ao numero e também para a área disponível para o terminal de cargas. Para ser aeroporto cargueiro de verdade, o Leite Lopes teria que ter pelo menos uma pista com 3300 metros (preferencialmente 3920 metros ) mais a área de escape, mas com esse puxadão extraordinário teria apenas 2200 metros , tendo como área de escape a área urbanizada, de um lado, ou uma universidade do outro.
Só por esse fato se comprova a impossibilidade objetiva e física de que o Leite Lopes possa ser pensado como uma alternativa viável economicamente para ser competitivo. Mas, voltando ao planeta Terra, saindo da utopia SLLQCiana, vamos comparar com os aeroportos citados, com os quais o Leite Lopes supostamente ampliado, poderia concorrer:
Aeroporto
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Nº de pistas
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Comprimento das pistas (m)
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Área do Terminal de cargas (m²)
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% ao total disponivel no estado
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CUMBICA
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2
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3.700
3.000
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97.800
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53,2
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VIRACOPOS
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1
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3.240
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81.000
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44,1
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LEITE LOPES
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1
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atual 1.800
com o Puxadão 2.200
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5.000
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2,7
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Onde estaria a capacidade competitiva do Leite Lopes em relação ao comprimento das pistas, já que é nelas que operam os aviões cargueiros?
Sem pista adequada, sem cargueiro com capacidade de carga competitiva
E quanto à capacidade de armazenamento de cargas? 5.000 metros quadrados para o Leite Lopes competir com os outros com um total de 178.800 m² , míseros 2,7% da capacidade instalada, já incluindo o terminal de cargas previsto no Leite Lopes?
É o mesmo que afirmar que uma vendinha de esquina tem capacidade de competição com uma rede de hipermercados.
Sem pista, sem capacidade de carga e sem capacidade de armazenagem, onde está a possibilidade de competitividade?
A maior justificativa dada para se optar pela ampliação do Leite Lopes em lugar de um aeroporto novo está no vetor tempo. A necessidade de que a globalização seja daqui para o exterior e não o inverso. É uma questão de tempo disponível. É a pressa! “A variável tempo acaba impondo o seu domínio sobre a variável espaço, que é mais constante.” (Vicente Golfeto – TV Clube 26/7/11).
De novo a utopia querendo derrubar o vetor realidade. Já vimos que o Leite Lopes, mesmo ampliado, não tem nenhuma condição de competitividade, porque como aeroporto do porte necessário para atender a região é absolutamente imprestável.
E se demorar muito para começar a construir o novo – puxa, já estamos discutindo isso desde 1995! - o espaço que hoje está disponível, no futuro próximo pode não estar mais. Já pode estar ocupado por loteamentos porque a especulação imobiliária em Ribeirão não pára e um local bom para se construir um aeroporto é melhor ainda para ser loteado.
E se o espaço não existir mais – o problema que S. Paulo enfrenta hoje – vamos nos contentar com um aeroportozinho, meia boca, sem nenhuma competitividade. A pressa sempre foi má conselheira.
E aí ficaremos com um fusquinha 66 transvestido de qualquer coisa, simulacro de Ferrari, sem estrutura para receber um motor mais potente do que apenas o motorzinho de fusca. E precisando de manutenção constante. Que nem o Leite Lopes. Sabiam que a torre de controle está caindo de madura e irão construir outra? Inúmeras outras obras estão sendo planejadas para remendar um aeroporto sem conserto! Seria mais barato construir um novo.
Se quiser assistir à integra da entrevista, acesse
Só mesmo os SLLQC para insistirem na ampliação do Leite Lopes. E faz 15 anos que insistem em não deixar construir um aeroporto novo que demora no máximo 5 anos para ser construído e licenciado.
E é por isso que insistimos:
CONGONHAS EM RIBEIRÃO NÃO !
O LEITE LOPES FICA COMO ESTÁ e um NOVO AEROPORTO JÁ!
E como a situação presente deve-se a uma série consecutiva de administrações municipais que querem a ampliação do Leite Lopes como meio de promoção de marketing político, vamos aproveitar e mudar isso em 2012:
Não vote em político de 3ª Linha. Vote em Estadista!
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