SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.
Fase inicial de esclarecimentos pelo Movimento Pró Novo Aeroporto:
Temos assistido a toda uma série de justificativas dos SLLQC para explicarem a necessidade de ampliação de ampliar o Leite Lopes – o tal de puxadinho, ou melhor, do puxadão – em lugar de construir um novo.
Afirmam, com o peito inflado de arrogante onisciência, de que a construção de um aeroporto novo demora dez anos para ser construído - mas não citam nenhum exemplo - e que não há tempo para esperar, porque o crescimento da região depende da tal ampliação.
Que importa a segurança dos passageiros, das tripulações e das comunidades do entorno, se o objetivo é o “progresso” a qualquer custo?
Até agora o Movimento Pro Novo Aeroporto tem-se limitado a esclarecer as pessoas dos problemas técnicos, sócio ambientais e econômicos que recomendam a não ampliação do Leite Lopes mas sim a construção de um aeroporto novo, digno e que seja um vetor de desenvolvimento para a região metropolitana de Ribeirão Preto.
Inclusive temos citado alguns interesses empresariais transvestidos de interesses econômicos de crescimento regional, tais como:
1 A proteção dos interesses de uma única empresa transportadora que se for construído um aeroporto novo, provavelmente perderá a concessão do terminal internacional de cargas; e,
2 A expectativa de alguns empresários, sem noção da realidade imobiliária do entorno dos aeroportos, que acham que essa ampliação – puxadinho/puxadão – vai desencadear um boom imobiliário no entorno, gerando lucros estratosféricos.
Fase atual de esclarecimentos:
A atual Infra Estrutura Aeroportuária baseada na tecnologia do puxadinho: O Caos aeronáutico previsível
Agora estamos iniciando uma nova fase. O Governo do Estado anuncia que vai entrar com uma ação judicial para derrubar o acordo cidadão entre o Ministério Público e o DAESP (órgão do Governo do Estado) que impede a ampliação da pista.
Porquê esse interesse? Só para atender aos SLLQC locais, apoiados pela Prefeitura Municipal, seu braço político? Vamos analisar uma postagem na internet, com base num estudo do IPEA (grifos nossos):
A tendência internacional de expansão da aviação civil também vale para o Brasil, mas o país precisa tomar providências para que a possibilidade de crescimento não dê lugar a um colapso, adverte o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em estudo divulgado hoje (31.mai.2010).
Para o instituto, a infraestrutura aeroportuária brasileira está saturada e impede o setor aéreo nacional de crescer no ritmo da demanda. Mesmo com a crise, cita o estudo, o setor cresceu em 2009. Em outubro, por exemplo, o número de passageiros transportados aumentou 40% com relação ao mesmo mês de 2008. Em novembro, a alta foi de 38,4%.
O estudo explica a tendência de crescimento com fatores como o aprimoramento dos aviões (que levam mais passageiros a um custo menor), gestão mais eficiente das empresas aéreas, aumento da população urbana e inclusão da classe C entre usuários do transporte aéreo, informa o repórter do UOL, Fábio Brandt.
O caos aéreo é previsível porque a infraestrutura aeroportuária está saturada e um dos problemas é que temos aviões maiores, que transportam mais passageiros a um custo menor.
É evidente que se o avião é maior, mais potente, mais pesado, vai precisar de pistas maiores, que não temos. Precisamos de pistas adequadas e não de puxadinhos para atender aos interesses imediatistas de alto lucro das companhias aéreas às custas da segurança das operações.
Aeroportos projetados em décadas anteriores para uso e usufruto apenas das elites (os pobres que viajassem de pau-de-arara) é claro que não podem atender às necessidades presentes em que as classes ditas C e D estão começando a viajar de avião.
O resultado desse descompasso entre investimento e demanda aparece em um dos gráficos incluídos no documento: todos os dias, nos períodos de pico, 10 dos principais aeroportos brasileiros recebem 252 pedidos de pouso e decolagem por hora, mas só conseguem atender a 193.
Essa diferença entre os pedidos de pousos e de decolagens depende da quantidade de terminais de passageiros ou do numero de pistas e de pistas com os comprimentos adequados?
No caso do Leite Lopes, supondo que seja possível operá-lo com uma pistazinha de 2.200 metros, sem áreas de escape, seria possível no futuro abrir uma nova pista? Aonde? Na Anhanguera?
Nossa proposta de modelo de aeroporto:
Não podemos nos contentar com puxadinhos mas sim com um aeroporto novo que já inclua no seu projeto a possibilidade de futuras ampliações tanto no comprimento das pistas como no seu aumento e com área disponível para ampliações de pátios e de terminais de passageiros e cargas. Dessa forma, quando forem necessários, serão construídos sem causar traumas, desapropriações e respectiva expulsão de comunidades estabelecidas, sem incômodos e sem impor riscos aeronáuticos a ninguém.
A política de estado que o Governo do Estado quer impor a Ribeirão Preto:
Confissão dos reais motivos da insistência no Puxadão:
Para terminar, a confissão dos reais motivos porque o Governo do Estado do S. Paulo, que se confundem com os interesses de uma ideologia política neo-liberal, insiste no puxadinho-puxadão Leite Lopes. Os grifos são nossos.
Agravante à situação é que a demanda por pouso e decolagem no Brasil será reforçada pela Copa do Mundo de 2014 e pelos Jogos Olímpicos de 2016. “Presidentes e gestores de empresas aéreas afirmaram, em recente congresso da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar), que após o Brasil sediar os dois eventos, a movimentação nos aeroportos não retornará aos níveis anteriores”, relata o estudo.
O estudo apresenta 5 alternativas para o problema de infraestrutura aeroportuária no Brasil. Mas todas elas já deveriam ter sido tomadas há pelo menos 2 décadas, diz o economista Josef Barat, um dos responsáveis pelo trabalho.
As propostas são:
1) abrir o capital da Infraero para aumentar o controle de auditoria externa nos gastos da empresa e diminuir a influência político-partidária em seu funcionamento;
2) organizar a administração dos aeroportos dividindo-os em “rentáveis” e “não rentáveis” e distribuí-los para novas concessionárias submetidas à Infraero. Assim, pretende-se garantir que o transporte aéreo não estará apenas submetido a fatores de mercado, pois é um serviço publico;
3) transferir a concessão dos poucos aeroportos rentáveis à iniciativa privada. Assim, o Estado se concentra em investir, rapidamente e com segurança, nos aeroportos não rentáveis.
4) construir de novos terminais em aeroportos saturados. A solução pode ser tomada, segundo o Ipea, inclusive, com parcerias público-privadas (PPP).
5) incumbir a iniciativa privada de construir novos aeroportos onde é necessário, via PPP ou concessão simples, para competir com a rede da Infraero e estimular a modernização dos aeroportos brasileiros.
Está feita a confissão. O Leite Lopes é o único aeroporto administrado pelos DAESP que é rentável. Qual é então o objetivo? Fazer o tal de puxadinho/puxadão para atender aos interesses mínimos da aviação comercial, usando o nosso dinheiro, e depois transferir para a iniciativa privada, via concessão ou PPP.
Os interesses de Ribeirão Preto e região não fazem parte do rol de preocupações do governo estadual e, por ser uma política de estado a serviço de uma ideologia partidária, os correligionários locais obedecem às ordens dos chefes e exigem a ampliação em lugar da construção do novo aeroporto. Caso que ficou claro em 2007 com o governo municipal, que era do mesmo partido político, no esforço despendido pela aprovação do Estudo de Impacto Ambiental, que recebeu nota zero por ter sido considerado de má qualidade e que deveria ser refeito.
Qual a fonte usada para embasar este texto? Acesse e tente entender esses SLLQC: porquevotonoserra.blogspot.com (acessado 16/8/2011 10H56)
Já vimos como esse pessoal não tem respeito por nada e ninguém, se não gerar negócios. Eles estão no poder porque, de forma irresponsável, nós os colocamos lá. Mas podemos reverter tudo isso:
Em 2012 não vote em político de 3ª linha: vote em Estadista
E como eles são confessos em usar o nosso dinheiro para fazerem doações à iniciativa privada, então vamos exigir o certo:
O LEITE LOPES FICA COMO ESTÁ! NOVO AEROPORTO JÁ!
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