Versão que o site da Prefeitura não mostrou
A Favela Itápolis teve 160 famílias transferidas e 59 expulsas através de ações de despejo. É a segunda a ser retirada do entorno do Aeroporto Leite Lopes. Em dezembro, 81 famílias foram retiradas da Favela Adamantina, sendo que 20 foram expulsas através de ações de despejo. Moradores com inscrição na COHAB (Companhia Habitacional de Ribeirão Preto) desde 1998 estavam entre os despejados que vão para o CETREM (Central de Triagem e Encaminhamento ao Migrante), casas de parentes ou para a nova área ocupada denominada Favela da Família, onde já se abrigam moradores que foram igualmente despejados da Favela Adamantina. Nesta nova favela, os mesmos estão passíveis de expulsão por ação de reintegração de posse, com prazo que vence em 28 de fevereiro próximo.
Salienta-se que estes eleitores cidadãos que, na eleição municipal de 2008, foram alvo de intenso assistencialismo, sofreriam a segunda expulsão em curto intervalo de tempo. Diferente das outras favelas em que a tática do dividir para conquistar prevaleceu (casas “bonitas” para uns e despejo para outros), na Favela Adamantina todos estão numa mesma situação. Visualizamos um cenário que se aproxima de maior tensão social.
Dois pesos e duas medidas – No desfavelamento a ser executado na Favela do Brejo se dispunha de um cadastro de alguns anos atrás, mas optou-se por fazer um mais recente, em agosto de 2010, para que fosse incluída a comunidade como um todo. Mas no entorno do aeroporto Leite Lopes, a postura foi diferente, permanecendo o cadastro antigo.
"Acompanhei toda a ação que aconteceu desde às 6h e às 18h. Felizmente não teve conflitos, afirma o Secretário da Casa Civil” (Jornal A Cidade 19/02/2011). Houve sim, muito choro e infelicidade. 59 famílias expulsas frente a um batalhão de 300 policiais, guardas e agentes de trânsito.
Foto: Jornal A Cidade |
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