segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Comentários às críticas de leitor à artigo do Jornalista Júlio Chiavenato

Carta enviado ao Jornal A Cidade:

O leitor Lauro Schimidt, criticando o artigo Pirulito e Peteleco do Julio Chiavenato, externou o que a propaganda midiática defensora da ampliação do Leite Lopes publica para deformar a realidade.

Quando afirma que “Nos primórdios do funcionamento do aeroporto, o seu entorno era um ermo, com apenas algumas chácaras” se esquece que nessa época não existia nenhum aeroporto mas sim um campinho de aviação (aeroclube) que não atrapalhava o entorno nem era por ele prejudicado.

Em 1984, quando se definiu o Zoneamento de Ruido, ficou definido que o entorno é que passou a ser prejudicado pelo Leite Lopes, ou seja, ele foi  o invasor. Em 1995, pelo Plano Diretor a cidade decidiu pela remoção do Leite Lopes para local mais adequado e essa vontade popular não foi atendida pelos políticos.

Portanto, quando afirma que “Os bairros é que foram se aproximando, não o contrário.  Quem foi morar perto dele...sabia o que ia ter sobre sua cabeça. Que direito têm de reclamar?” não tem sentido e todos os bairros residenciais, inclusive os da COHAB, já estavam construídos e consolidados em 1984. Então, os moradores tem sim o direito de reclamar porque foram eles os perturbados e são eles que correm o risco aeronáutico. Ninguém se importou com isso porque são bairros de trabalhadores pobres. Quem se importa com eles, se quem manda é o interesse dos negócios?

Lembramos que em 2005 quando foram feitos os estudos sobre a ampliação do Leite Lopes, ficou demonstrado que essa ampliação não seria possível sob diversos aspectos, além dos sócio ambientais também os técnicos, como por exemplo o comprimento da pista. A recomendação foi a de se construir um novo aeroporto em local adequado.

Essa recomendação não foi aceita porque demoraria “10 anos” para se construir um novo aeroporto (o que não é verdade, pois 3 a 5 anos é suficiente) e, de 2005 a 2015 já se passaram 10 anos, o que comprova e caracteriza a falta de visão das auto-chamadas forças vivas locais, provincianas e por isso incapazes de pensarem uma Ribeirão Preto progressista. Bauru, em 1995, entre muitas outras cidades,  construiu o seu segundo aeroporto. Só Ribeirão Preto não consegue porque essas forças provincianas não deixam. 


Por tudo isso, o artigo do jornalista Julio Chiavenato merece todo o nosso aplauso pela forma como expôs o problema Leite Lopes com toda a clareza.

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