domingo, 29 de novembro de 2015

Acorde Ribeirão Preto antes que possa ser tarde demais!


PARA CONHECIMENTO E APOIO DOS PREZADOS LEITORES:

Sobre a longa problemática de duas décadas, do aeroporto "Leite Lopes", com freqüência muitas bobagens tem sido veiculadas por pessoas que desconhecem o assunto, ou por interesses que poderão fugir a normalidade. 
Raramente encontramos opiniões exaradas de forma lúcida e sensata, merecedoras de elogios, como as no anexo apresentadas pelo jornalista Murilo Pinheiro (VOANDO EM CÍRCULOS - REVIDE No. 47 - EDIÇÃO 789 DE 27/11/2015).

Devemos lutar por esta nobre causa, para que tenhamos esta cidade e região amanhã melhor que hoje!  Ideal seria que todos apoiassem a construção de um novo aeroporto regional de passageiros e carga, fora de cidades, mantendo o atual como está, isto é, para o aeroclube, aeronaves de pequeno porte, helicópteros, indústrias de aviônicos e outras atividades.

Assim ninguém precisa ser retirado do seu entorno, evitando uma desumana e brutal violência para com os lá radicados.
Enfim, um aeroporto regional a altura da cidade e região não cabe no atual local, exigindo área oito a dez vezes maior. Deve ser projetado para execução em etapas a medida das crescentes necessidades.

Acorde Ribeirão Preto antes que possa ser tarde demais!

Jorge de Azevedo Pires, professor voltado ao bem comum, autor do livro "Pensando Ribeirão Preto - ontem, hoje e amanhã" - edição do autor, 2011.





terça-feira, 24 de novembro de 2015

Encontro Regional: Movimento Pro Novo Aeroporto faz Manifestação Popular


A Internacionalização do Leite Lopes interessa a quem? Você está por dentro do assunto?


Sem muita pomba e circunstâncias, e com muitos assentos vazios, a Prefeita de Ribeirão Preto promoveu uma reunião ontem de manhã (23/11) para buscar envolver 82 cidades da região no projeto de internacionalização do aeroporto Leite Lopes.

Lá estavam os vereadores governistas, secretários municipais e empresários. Só não tinha uma coisa: povo.
Foto: site da Prefeitura Municipal

Nesta altura do campeonato, com todas as transformações políticas que a sociedade vem exigindo, é lamentável que um assunto tão importante acabe passando ao largo da opinião pública e que a existência de um amplo movimento de oposição à esta obra seja ignorado por muitos.


Como sempre, os representantes do poder público buscam formar parcerias com o 'setor empresarial' e propagandeiam mil maravilhas sobre o projeto. Um certo vereador governista publicou nas redes sociais, todo orgulhoso, que havia participado com '82 cidades' (não tinha meia dúzia de pessoas lá dentro da reunião) da formação da 'mobilização da Alta Mogiana' pela internacionalização do Leite Lopes: "7 mil empregos, 300 milhões em impostos", dispara feliz o edil.

Mas, e aí?, pergunta esse modesto blog. Por que nenhuma palavra sobre os problemas sociais daquela região? Por que nenhuma palavra sobre a necessidade de remoção em massa de famílias que lá vivem, inclusive em dezenas de ocupações por moradia?

Será mesmo que uma administração em fim de mandato em parceria com o 'setor empresarial' e com políticos adesistas pode mesmo decidir sobre um assunto tão sério sem um debate que envolva a população?

No movimento que se opõe à esta obra no Leite Lopes há líderes comunitários, advogados e engenheiros com argumentos sólidos para colocar na mesa de debate. Por que eles não foram convidados para a reunião?

Você já se perguntou sobre o que significa um avião de grande porte sobrevoando, abrindo o trem de pouso sobre casas, pousando e decolando dentro dos limites do município? Você já se perguntou quanto custará o processo de remoção das pessoas que lá habitam e como será feito isso? Ou o povo pobre e trabalhador daquela região não tem direito a falar?

O blog O Calçadão vai buscar se aprofundar neste assunto mas, de imediato, temos a opinião de que é muito bem-vindo um aeroporto internacional que traga empregos e divisas, mas não ali no Leite Lopes. Felicitamos a decisão sensata do Ministério Público Federal de recomendar à União que não coloque mais dinheiro no projeto enquanto as questões judiciais que tramitam não forem resolvidas.

E se realmente há uma mobilização de 82 cidades em torno do assunto, ótimo, tem-se mais força e condições de se buscar um local para construir um aeroporto novo que não impacte a vida de trabalhadores e não coloque em risco toda uma cidade.

É preciso entendermos que vivemos em tempos diferentes. Chega de ficarmos de fora dos debates e nos conformarmos com propagandas pró-forma de políticos profissionais com claras intenções eleitorais.

É muito mais prudente que este assunto fique para ser debatido nas eleições do ano que vem, por uma questão de legitimidade. A população tem o dever de exigir o posicionamento dos candidatos vindouros com relação a esse assunto e não confiar nas palavras, com todo respeito, de uma administração incapaz de resolver os problemas do asfalto e que só faz obras com dinheiro federal.

Aqui deixamos como documentos para consulta os manifestos publicados pelas organizações sociais e de moradia que atuam na região do aeroporto. Voltaremos ao assunto em breve.

O Calçadão

Me chamo Marcos Valério Sérgio , sou líder comunitário no entorno do Aeroporto Leite Lopes  desde 1997 e membro do Movimento Pró Novo Aeroporto para a Região de Ribeirão Preto. Tendo em vista o Encontro Regional proposto pela Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto para pedir apoio político e empresarial na ampliação do aeroporto Leite Lopes , como se essa fosse a única opção, tentando vender a “mercadoria Ribeirão Preto”, é importante ressaltar que a população de nossa cidade é contra e luta pela opção de um aeroporto novo em local adequado e mais seguro que atenda as necessidades presentes e futuras da região Metropolitana de Ribeirão Preto .



Prefeita evita manifestantes contrários às obras no aeroporto

Blog do Galeno
23/11/2015
Moradores contrários à ampliação do Leite Lopes roubaram a cena na reunião convocada pela prefeitura com líderes regionais e estaduais nesta segunda (23/11), no Theatro Pedro II
DSCF1261.JPG
Não só os representantes da prefeitura e do governo estadual e lideranças da cidade e da região estiveram na reunião convocada pela prefeita Dárcy Vera, na manhã desta segunda (23/11), no Theatro Pedro II, para tentar uma acareação entre autoridades federais e estaduais e pressionar pelas obras de ampliação do Aeroporto Leite Lopes. Manifestantes do Movimento Pro Novo Aeroporto, contrários às obras que classificam como "puxadinhos", apareceram meia hora antes da chegada dos convidados e distribuíram panfletos contra a iniciativa, advertindo sobre o risco de "uma nova Congonhas" na zona urbana de Ribeirão.
A ideia do encontro era estipular prazos para os acordos de ampliação do Leite Lopes. A prefeitura tenta iniciar as obras, que se encontra em estágio de pré-projeto, o mais rápido possível, e dentro da atual gestão, que termina em dezembro de 2016. Manifestantes argumentaram que há 20 anos levantam a mesma questão: para eles, o endereço do Leite Lopes não é o melhor lugar de Ribeirão para abrigar um aeroporto internacional.
O convidado de maior destaque à reunião, ministro Eliseu Padilha não esteve presente, como já era esperado. É o chefe da Secretaria da Aviação Civil quem articula com a administração municipal o envio de verbas federais para as obras. Durante o encontro, Dárcy afirmou que irá à Brasília cobrar o ministro na quinta, 26/11. O secretário estadual dos Transportes, Antônio Duarte Nogueira (PSDB), também não compareceu e enviou um representante.
Na semana passada, o Ministério Público Federal emitiu recomendação a Eliseu Padilha para que a Aviação Civil não faça o repasse, conforme noticia antecipada pelo Blog do Galeno Ribeirão. O problema é a tramitação na Justiça de ações contrárias à ampliação. "O investimento federal, se iniciadas as obras, configuraria inadimissível desperdício de dinheiro público", advertiu o procurador André Menzes. Depois do parecer, o ministro ainda não se pronunciou sobre o caso.
Vereadores presentes no evento, como o presidente da Câmara, Walter Gomes (sem partido) e André Luiz (PCdoB), receberam os dois manifestos entregues na entrada - um deles explicava os problemas da ampliação do aeroporto no endereço atual e o outro cobrava direito de moradia às famílias ameaçadas de remoção das comunidades João Pessoa e Nazaré. "Entreguei para o prefeito de Sertãozinho [Zezinho Gimenez - PSDB] e ele concordou que o local do aeroporto tenha que ser debatido com a região e que, no Leite Lopes, é de fato problemático", dizia, satisfeito, um dos manifestantes.
A prefeita Dárcy Vera escolheu uma entrada alternativa e não passou pelos manifestantes, diferente dos outros convidados e membros da comissão mista que discute os processos da internacionalização. Os manifestantes tentaram participar do evento, mas foram barrados. "Disseram que só os convidados podiam entrarm. Mas ninguém apresentou convites na entrada", lamentou um deles.
Além dos moradores da região, outras personalidades e especialistas contrários à ampliação do Leite Lopes e à reintegração de posse de comunidades próximas estiveram presente, como o padre Chico, da Paróquia Santa Terezinha, o líder comunitário José Augusto e o ex-candidato a prefeito Emilson Roveri, entre outros. Moradores das comunidades João Pessoa e Nazaré protestavam contra o pedido de reintegração de posse pedido pela prefeitura. Mais tarde, juntaram-se a eles uma manifestação de seguranças de carros forte.
A prefeitura apresentou diversos números defendendo a ampliação. Já os moradores do entorno do Leite Lopes argumentaram, por sua vez, que, apesar de serem a favor de um aeroporto internacional na cidade, o lugar não tem estrutura para receber pistas e terminais adequados. Temem também a remoção de bairros e casas. As três ações civis públicas contra as obras foram movidas a partir de denúncias do movimento ao Ministério Público. Os promotores entenderam que as mudanças no aeroporto podem causar prejuízos sócio-ambientais para a cidade. 

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Procurador federal recomenda que governo não repasse verbas para Leite Lopes

Procurador federal recomenda que governo não repasse verbas para Leite Lopes

Blog do Galeno
18/11/2015
Procurador federal observa que ampliação do aeroporto ainda pode ser impedida por ações judiciais. Problemas seriam impactos sócio-ambientais da obra. Movimento defende aeroporto em outro local
Enquanto a prefeitura de Ribeirão Preto tenta firmar acordos para ampliar o Leite Lopes, na intenção de transformá-lo em aeroporto internacional, o Ministério Público emitiu um parecer recomendando que o governo federal, por meio da Secretaria de Aviação Civil, não libere recursos para a obra, que pode causar impacto ambiental, urbanístico e social na cidade. As mudanças no Leite Lopes estão em fase de preparação para licitação e o secretário da Aviação Civil, Eliseu Padilha, já se comprometeu em se empenhar pelas obras.

"O investimento federal, se iniciadas as obras, configuraria inadimissível desperdício de dinheiro público", escreveu o procurador federal André Menzes. Ele observa que há três ações judiciais pedindo a não ampliação das pistas tramitando na Justiça. Por isso recomenda que o investimento não seja feito antes da Justiça decidir a respeito. 

As ações civis populares do Ministério Público partiram de denúncias dos moradores do entorno do aeroporto. Desde 1996, quando se planejou a ampliação pela primeira vez, o Movimento Pro Novo Aeroporto luta para que um aeroporto internacional seja construído em outro local da região metropolitana, com menos danos à população e melhores condições para decolagem e pouso. O maior receio da população é a remoção de bairros, além de demais trasntornos causados por um aeroporto internacional no meio da cidade.

"Com a mesma verba que se dispõem a desperdiçar com o Leite Lopes e com o tempo já desperdiçado com essa insistência, já poderíamos ter um aeroporto internacional novo na região metropolitana", afirma Marcos Valério Sérgio, lider comunitário do entorno do aeroporto e do Movimento Pro Novo Aeroporto.

sábado, 14 de novembro de 2015

ÀS NOSSAS CUSTAS MAIS UMA COMISSÃO DOCE FAR NIENTE SLLQC ELEITOREIRA

SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que, há mais de 15 anos, insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve, porque demora 10 anos para construir um novo aeroporto.


A prefeitura municipal de Ribeirão Preto e a Câmara Municipal a seu serviço e dispor, sem duvida estão fazendo história nesta cidade. Pena que o Guiness não disponha de nenhum prêmio para eternizar as maiores canastrices  e mediocridades do planeta.

Não tem dinheiro nem para subsidiar creches e outras entidades para a educação materno-infantil. Em  razão disso a partir do ano que vem, teremos 600 vagas a menos para as creches. Qual é o motivo? Falta de  dinheiro no caixa fraco municipal.

Mas sobra  dinheiro  para sustentar passeios com direito a refeições e hospedagem de uma tal – COMISSÃO MUNICIPAL MISTA DE ACOMPANHAMENTO DOS PROCEDIMENTOS PARA AMPLIAÇÃO E EXECUÇÃO DAS OBRAS DE OPERACIONALIZAÇÃO DO AEROPORTO LEITE LOPES.

Essa comissão mista será constituída por forças realmente representativas  da cidade?

E quem participa dela? Do poder publico municipal 6 membros do executivo e 1 do legislativo e 7 da sociedade civil só para fingir que é uma comissão paritária.
Vejamos quem é ela:

VII - 01 (um) representante da ACIRP - Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto;
VIII - 01 (um) representante do SindusCon - Sindicato da Construção;
IX - 01 (um) representante SINCOVARP - Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto;
X - 01 (um) representante da FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo;
XI - 01 (um) representante do SINDCOMERCIÁRIOS - Sindicato dos Comerciários de Ribeirão Preto;
XII - 01 (um) representante da AMEC - Associação dos Amigos, Moradores e Empresários do Centro;
XIII - 01 (um) representante da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil

Dos sete, 4,5 membros representam apenas o empresariado local, que sabemos não ser muito progressista por ser muito provinciano e garantir o apoio político ao que existe de mais retrogrado no município, promovendo esses  governos ruins  que têm arrastado Ribeirão Preto para o caos que sentimos por toda a cidade.

O sindicato dos comerciários é apenas para fingir que existe a participação de trabalhadores.

O que se estranha é a participação da OAB local,  quando ela sabe que existe uma demanda judicial a respeito da ampliação do Leite Lopes e, por isso, não deveria estar participando dessa comissão, já que conhece muito bem uma sentença judicial que proíbe a ampliação e que sabem que é necessário um EIA-RIMA para derrubar essa sentença.

Mas resta a outra metade da AMEC: Amigos e moradores do centro. Neste caso, não deveria também constar nessa comissão alguma entidade de moradores do entorno do Leite Lopes? Nós, por exemplo, para deixarmos as reuniões dessa comissão  com informações substanciais, que provavelmente a  maioria de seus componentes  não tem.

Afinal de contas, não importa qual o rumo final do Leite Lopes, mas os principais interessados serão sempre os moradores do entorno do Leite Lopes e não os que pensam que vão lucrar com a sua ampliação. E a participação dos Amigos e Moradores do Centro 


dinheiro e as eleições de 2016

Qual a conclusão?

Como sempre, o interesse que norteia todos esses comissionados é o  dinheiro rápido que coletam, porque  os danos socioambientais não fazem parte de seu repertório. Como sempre, sendo pobres os moradores do entorno, isso é apenas um detalhe irrelevante que só atrapalha os negócios. Fosse um bairro nobre, o novo aeroporto já estaria construído faz tempo. Tal qual fez Bauru.

Os políticos que dão todo o apoio à ampliação do Leite Lopes, não o fazem pensando em Ribeirão e muito menos nos interesses da população nem do desenvolvimento futuro da região metropolitana. Pensam apenas nas eleições de 2016.

Por isso esses políticos fingem brigar  uns com os outros só para mostrar serviço e depois se encontram em restaurantes ou se reúnem em comissões oba-oba com despesas por nós custeadas. São apenas populistas. Não agregam nada ao desenvolvimento do município.

Mas vamos dar a má noticia para esses populistas: existe uma ação judicial em curso e sem ela estar conclusa, não existe ampliação nenhuma, porque as verbas vêm da União e só chegarão ao Leite Lopes quando não existir nenhuma pendência. E existe outra pendência: a análise ambiental exigida pela União e que ainda não foi feita, mas que o Movimento Pro Novo Aeroporto já está contestando.

Senhores SLLQC: sejam objetivos!

Se tivessem começado a construir o novo aeroporto em 1995 ou em 2005, já estaríamos com ele pronto e operando com total segurança e nenhuma pendência.  Não deixaram fazer porque disseram que  demoraria 10 anos para construir um aeroporto novo.

A Engenharia Nacional não é incompetente como vocês supõem que seja e por isso não demora tanto tempo assim.

Não compactuamos com a incompetência

Estão tentando aprovar um licenciamento ambiental simplificado para o Leite Lopes, usando de subterfúgios que beiram à irresponsabilidade com a vida alheia. Vejamos, só para não esquecer, alguns resultados dessa irresponsabilidade.

1- O homicídio de cerca de 200 pessoas em 2007, no aeroporto de Congonhas, que foi noticiado como acidente para esconder a verdadeira face de que os interesses  financeiros se sobrepõem aos interesses da segurança das pessoas e,

2- A atual tragédia de SEMARCO, em Mariana, MG, que fez licenciamento simplificado (para que a “burocracia” não atrapalhasse os negócios) e que matou um numero ainda desconhecido de pessoas e animais, além de causar um dano irrecuperável em toda a região até ao Oceano Atlântico, destruindo toda uma região e a história de vida de centenas de famílias.

Lembramos que se os SLLQC, não tivessem optado por impedirem a construção de um novo aeroporto, apenas pela ganância e egoismo de ganhar dinheiro fácil e rapidamente, o novo aeroporto já estaria funcionando e os adeptos do Deus Negócio  faturando. Até nisso os SLLQC vocês são incompetentes.

E como não vão conseguir ampliar o Leite Lopes, vão continuar a desmerecer as bênçãos do deus Negócio.

Em 2016 não vote em político populista
porque
Político Populista tem que ser erradicado da política ribeirão pretana
Aeroporto novo Já
Congonhas em Ribeirão, não!



sábado, 7 de novembro de 2015

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Comentários às críticas de leitor à artigo do Jornalista Júlio Chiavenato

Carta enviado ao Jornal A Cidade:

O leitor Lauro Schimidt, criticando o artigo Pirulito e Peteleco do Julio Chiavenato, externou o que a propaganda midiática defensora da ampliação do Leite Lopes publica para deformar a realidade.

Quando afirma que “Nos primórdios do funcionamento do aeroporto, o seu entorno era um ermo, com apenas algumas chácaras” se esquece que nessa época não existia nenhum aeroporto mas sim um campinho de aviação (aeroclube) que não atrapalhava o entorno nem era por ele prejudicado.

Em 1984, quando se definiu o Zoneamento de Ruido, ficou definido que o entorno é que passou a ser prejudicado pelo Leite Lopes, ou seja, ele foi  o invasor. Em 1995, pelo Plano Diretor a cidade decidiu pela remoção do Leite Lopes para local mais adequado e essa vontade popular não foi atendida pelos políticos.

Portanto, quando afirma que “Os bairros é que foram se aproximando, não o contrário.  Quem foi morar perto dele...sabia o que ia ter sobre sua cabeça. Que direito têm de reclamar?” não tem sentido e todos os bairros residenciais, inclusive os da COHAB, já estavam construídos e consolidados em 1984. Então, os moradores tem sim o direito de reclamar porque foram eles os perturbados e são eles que correm o risco aeronáutico. Ninguém se importou com isso porque são bairros de trabalhadores pobres. Quem se importa com eles, se quem manda é o interesse dos negócios?

Lembramos que em 2005 quando foram feitos os estudos sobre a ampliação do Leite Lopes, ficou demonstrado que essa ampliação não seria possível sob diversos aspectos, além dos sócio ambientais também os técnicos, como por exemplo o comprimento da pista. A recomendação foi a de se construir um novo aeroporto em local adequado.

Essa recomendação não foi aceita porque demoraria “10 anos” para se construir um novo aeroporto (o que não é verdade, pois 3 a 5 anos é suficiente) e, de 2005 a 2015 já se passaram 10 anos, o que comprova e caracteriza a falta de visão das auto-chamadas forças vivas locais, provincianas e por isso incapazes de pensarem uma Ribeirão Preto progressista. Bauru, em 1995, entre muitas outras cidades,  construiu o seu segundo aeroporto. Só Ribeirão Preto não consegue porque essas forças provincianas não deixam. 


Por tudo isso, o artigo do jornalista Julio Chiavenato merece todo o nosso aplauso pela forma como expôs o problema Leite Lopes com toda a clareza.