SLLQC É o grupo de
pessoas e de entidades que, há mais de 15 anos, insistem em não deixar
construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite
Lopes a Qualquer Custo lhes serve, porque na opinião deles, demora 10 anos para
construir um novo aeroporto.
Volta e meia recordamos algumas jóias
da preciosidade SLLQC nas reportagens de nossa imprensa tão solícita em
divulgar os interesses ligados à ampliação (proibida por razões técnicas e de sentença
judicial) do Leite Lopes.
Essa imprensa recusa-se
sistematicamente em discutir o assunto com
a sociedade ribeirão-pretana, como se ela fosse composta apenas pelo lado provinciano que, por
enquanto, ainda manda nesta cidade, capital oligárquica dos verdes canaviais.
Uma dessas preciosidades, apenas como exemplo, foi a série de entrevistas no dia 09/01/2015[i],
que a seguir transcrevemos e comentamos:
PREFEITA
COMEÇA COBRAR DO ESTADO AÇÕES URGENTES PARA AMPLIAR O AEROPORTO
(Apresentador)
A administração também chama para o diálogo as entidades interessadas no desenvolvimento econômico do
município.
Nós, o Movimento Pro Novo Aeroporto,
também estamos interessados no desenvolvimento econômico do município e da sua
região metropolitana mas não fomos chamados, o que deixa a afirmação “dialogo”
sob suspeita.
Insinuam que o aumento de passageiros no Leite Lopes é um
fenômeno pontual e que depende da sua internacionalização.
Esquecem-se de informar que a internacionalização é de
cargas.
(Repórter)
O movimento no aeroporto alcançou vôos mais altos e durante o ano passado cerca
de 02 milhões de pessoas passaram pelo terminal. O número de embarques e
desembarques aumentou e a necessidade de melhorias também, mas as ações para
ampliação e a internacionalização do local não acompanharam este ritmo de
crescimento, algo que preocupa quem tem interesse no desenvolvimento econômico
do município.
(Guilherme
Feitosa – diretor regional do CIESP/FIESP) Sabemos que o momento hoje, é um
momento de ajustes de uma maneira geral na economia brasileira. O próprio
governo revendo seus os gastos, mas já tá mais que na hora de Ribeirão Preto e
região ganhar este aeroporto e ele começar operar o quanto antes e que venha a
internacionalização do aeroporto Leite Lopes.
O aumento do numero de passageiros
tem aumentado, não apenas no Leite Lopes
mas como um todo nacional porque o modal aéreo deixou de ser uma
exclusividade das elites.
O aumento da demanda e uma melhoria
nos ganhos dos trabalhadores, provocou uma proletarização no uso do modal
aéreo, e isso até espantou as nossas elites, excludentes e mal habituadas, que
têm reclamado disso nas redes sociais.
Migrantes que antigamente visitavam
os familiares viajando em ônibus, durante vários dias, por uma pequena diferença
nos custos, poderiam ir de avião com muito mais conforto e segurança.
Por outro lado, a internacionalização
do Leite Lopes é uma falácia porque se trata de internacionalização de cargas e
não dispõe de pista para permitir a decolagem de equipamentos cargueiros a plena carga paga. Isso só será
possível com um aeroporto novo, decente. Permitir a ampliação do Leite Lopes é impor a Ribeirão
Preto e à sua futura região metropolitana a impossibilidade de vir a ter um
aeroporto de verdade que atenda às futuras necessidades regionais de
desenvolvimento.
A falácia de que a internacionalização de cargas no Leite
Lopes será uma porta de entrada para empresas novas
(José
Carlos Carvalho – vice presidente da ACI) Agora inclusive que estamos entrando,
2015 será um ano difícil e a gente pode se recuperar em 2016 é hora da gente
fazer uma força muito grande para viabilizar isso. Isso é uma porta de entrada
para empresas novas, para alavancar mais a economia de Ribeirão Preto.
Desde quando a internacionalização
de um aeroporto vai atrair novas empresas? No Leite Lopes já existe uma empresa
instalada, que irá operar com exclusividade, em cujo galpão se concentrarão
todas as entradas e saídas de mercadorias em transito internacional. Quais
seriam essas empresas que seriam atraídas? E qual seria a relevância econômica
dessas empresas para, por si sós, alavancarem a economia de Ribeirão Preto?
As empresas são atraídas para uma
cidade quando ela dispõe de meios que facilitem e impulsionem as suas
atividades, tais como, mão de obra bem
qualificada – para isso requer um sistema educacional formal e técnico de boa
qualidade (temos?); um sistema de mobilidade urbana com disponibilidade de
transporte urbano de qualidade conforto,
preço e velocidade e vias urbanas sem buracos e outros obstáculos (temos?); um
sistema de saúde pública de qualidade (temos?).
O exemplo do Distrito Industrial e
seu fraco desempenho, demonstra que Ribeirão Preto, com ou sem aeroporto, não
constitui um polo atrativo de empresas de qualidade.
(repórter)
O Deputado Federal Duarte Nogueira recebeu oficialmente na quarta feira o cargo
de Secretário Estadual de Transportes e junto com a nova função uma lista de
pedidos do governo municipal. A Prefeita cobra um novo cronograma de obras já
que o município ficou responsável pela malha viária do entorno
O atual Secretário Estadual de
Transportes entende muito pouco de aeroportos já que, numa declaração há algum
tempo atrás, dizia que para se construir um aeroporto demorava 40 anos. Como
remendar pode ser mais difícil que
fazer novo....
(Prefeita
Darcy Vera) A minha preocupação é que temos hoje 135 empresas. Há uma briga
entre cidades para poder atrair empresas. Temos uma infra estrutura para
atender esta grande demanda. Atender toda nossa região, todo o entorno e isto
está indo pela Rodovia Anhanguera ou até para Uberlândia e não tem ficado em
Ribeirão Preto.
A declaração da prefeita apenas
confirma o que afirmamos um pouco atrás. Ribeirão Preto não tem nenhuma
infraestrutura que possa atrair empresas importantes que possam fazer a
diferença econômica para Ribeirão Preto.
Não será um aeroporto limitado e
senil que irá contribuir alguma coisa para mudar isso. Pode ajudar sim mas
apenas em campanhas eleitoreiras.
Apenas através de uma grande reforma
política da cidade, com a exclusão de nossas elites provincianas e incompetentes
e implantarmos politicas publicas de verdade, poderemos voltar a ser um centro
econômico apto a ser a capital de uma
região metropolitana progressista.
Falta de noção quanto ao processo de refavelização do
entorno do Leite Lopes e dos danos à cidade causados pelas alterações propostas
para a malha viária
(repórter)
A principal ação do estado e talvez a mais urgente é a desapropriação desta
área que voltou a ser ocupada, hoje com 200 construções é um entrave na
internacionalização do terminal do Leite Lopes, terá um custo de 413 milhões de
reais. A maior parte vem do governo federal. São Paulo deverá arcar com 40
milhões. Ribeirão com 25, mas para este ano estão previstos no orçamento apenas
8% deste valor, porém Darcy Vera garante que não haverá prejuízo para o
andamento das obras.
“Desapropriação da área que voltou a
ser ocupada” é o indicativo de que a reportagem não faz a menor ideia do que
está ocorrendo no entorno do Leite Lopes e muito menos do que está falando,
característica do papelão que a nossa
imprensa sem noção promove quando o assunto é o Leite Lopes.
Se a área voltou a ser ocupada, é
óbvio que se que se trata de
refavelização e sabemos que favela é dsimplesmente
espejada sem direito a indenização.
Indenização refere-se apenas a
imóveis legalmente registrados no competente cartório, por constituírem parte
de loteamentos devidamente aprovados e que foram implantados muito antes do
Leite Lopes, que era um campinho de aviação, ter virado uma amostra de
aeroporto.
(Prefeita
Darcy Vera) Assim que eles fizerem a adequação, o cronograma e fizerem para
gente como será a malha viária, nós teríamos condições de licitar. Caso haja
necessidade, também temos uma estrutura que eu já deixei montada para que haja
remanejamento e a Prefeitura cumpra com a sua parte
Agora a prefeita falou a realidade:
quando eles (o governo do estado) informarem como será a adequação, então a
prefeitura poderá fazer a licitação e cumprir a sua parte. O problema é esse
mesmo: eles não sabem o que vão fazer nem como.
Aprovaram um desvio da avenida
Thomaz Albert Whatelly, depois perceberam a canastrice viária proposta e
mudaram para um tunel e agora tentam resolver esse mergulhão
(rebaixamento) no leito da avenida e se
recusam a mostrar o projeto e a discuti-lo com a comunidade.
Não querem cumprir com a obrigação
de fazer o Estudo de Impacto de Vizinhança porque sabem que além do ridículo
que vão passar, ninguém poderá aprovar um túnel desse porte (cerca de 700
metros) em área urbana, para passagem de pedestres e ciclistas.
Apenas entidades corporativas da área econômica são
citadas como se fossem representantes
legitimas da sociedade civil organizada
(repórter)
O executivo quer a participação da sociedade civil organizada. As entidades
mostram otimistas com o dialogo, mas esperam vontade política de ambas as
partes.
(Guilherme
Feitosa – diretor regional do CIESP/FIESP) Nós estamos dispostos a formar
parceria com o poder público, não só municipal como estadual na busca do
caminho e do cronograma mais ágil possível
para que isto aconteça.
Eu
acho que agora nós temos que nos unir, juntar todo mundo. Não é só as entidades
não, temos que pegar os deputados estaduais, câmara de vereadores, a
Prefeitura, todos, os deputados federais, todos que podem realmente nos ajudar
a viabilizar esta idéia. Isto faz uma falta tremenda para a economia de
Ribeirão Preto.
Se estes são os exemplos de
sociedade civil organizada apta a discutir o Leite Lopes e o aeroporto
internacional de Ribeirão Preto, podemos dizer, convictos, que estamos muito
mal servidos.
Falta mesmo a verdadeira sociedade
civil organizada e não os remanescentes provincianos de entidades herdeiras da
república dos verdes canaviais.
Não é à toa que Ribeirão Preto
atravessa uma das suas piores fases – senão a pior – de administração municipal, com uma base aliada oriunda dessas entidadezinhas provincianas.
Congonhas em Ribeirão Não!
Leite
Lopes ampliado = mais favelas
e
maior risco de acidentes.
Novo
aeroporto e
Nenhum comentário:
Postar um comentário