segunda-feira, 20 de julho de 2015

O Movimento responde

“ O aeroporto de Viracopos está dentro do perímetro urbano e sua gigantesca ampliação está sendo Um sucesso . Fica mais barato a desapropriação de ambas as cabeceiras do leite Lopes para ampliar a pista do que partir para uma nova obra que custara muito mais caro .
Conheço o Leite Lopes desde que era operado pelo saudoso  D C 3 com 28 poltronas e o ronco dos seus dois motores que toda a população de Rib Preto ouvia quando decolava na pista de Chão batido e poeirenta  .”

 Antonio  José

Caro Antonio José
Lamentamos não concordar com as suas afirmações. O aeroporto  de Viracopos está numa situação de segurança muito melhor que o Leite Lopes na medida em que tanto a cabeceira 15 quanto a 35 estão  livres e desimpedidas de áreas habitadas, assim como nas  áreas laterais as casas estão distantes da pista. 

No Leite Lopes, na cabeceira 18 temos uma área densamente povoada (Quintino Facci I, II, entre outros bairros) e com a ampliação, na cabeceira 36 um Parque de Exposições onde ocorrem eventos que concentram milhares de jovens. Tudo bem no alinhamento do cone de aproximação. As laterais do Leite Lopes estão ocupadas por bairros residenciais também densamente habitados.

Portanto, se compararmos os dois aeroportos, sem duvida que o entorno de Viracopos é muito mais seguro que o do Leite Lopes.

Outra restrição explicita do Leite Lopes está na sua impossibilidade física de ampliação quando for necessária para atender às necessidades regionais de desenvolvimento. Basta lembrar que Viracopos tem pista cargueira com mais de 3000 metros e o Leite Lopes apenas 2100 metros, insuficiente para transito de aeronaves cargueiras de verdade.

Outro ponto importante a ser considerado consiste na questão do ruído que em excesso se torna um problema de saúde publica, gerador de problemas graves na população atingida e que não se restringe apenas à perda da acuidade acústica das pessoas mas também a sérios problemas de ordem psicossomática nas populações.

Também não podemos esquecer que as obras viárias para acondicionar o puxadinho pretendido irão prejudicar a mobilidade dos bairros do entorno e da própria cidade.


Quanto ao custo de um aeroporto novo comparado com a reforminha do puxadinho que eles querem fazer no Leite Lopes, temos que levar em conta duas coisas: em primeiro lugar com os custos desse puxadinho se construiria um aeroporto novinho em folha igualzinho ao Leite Lopes que eles pretendem. Mas, mesmo que não acredite e a construção de um aeroporto novo possa ser mais caro, a pergunta que fazemos é: Ribeirão Preto não merece um aeroporto decente que não cause problemas e que possa acompanhar o desenvolvimento econômico da região metropolitana? Nós achamos que merece sim.

A sua comparação do Leite Lopes com Viracopos representa o conceito que internacionalmente já está obsoleto e todas as entidades de aeronáutica se posicionam contra: não a aeroportos dentro de área urbana. E isso só será possível de ser feito em áreas que permitam uma política de Uso e Ocupação do Solo que impeça a urbanização no seu entorno e nas faixas de aproximação.

No caso de Ribeirão Preto apenas será possível com a construção de um novo aeroporto. Bauru já fez a sua lição de casa e tem o seu, conservando o anterior para aviões de pequeno porte. Em Bauru todas as elites locais pressionaram o DAESP para construir um aeroporto novo. Ribeirão e a única cidade do planeta que briga para continuar tendo um aeroporto insuficiente e obsoleto.

Núcleo Gestor




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