SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que
insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que
entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve
Os urubus, desde 1997, rodam o Leite Lopes. Um dos
tipos dessa ave é a própria: os urubus de penas são atraidos por terrenos
vazios onde pessoas sem qualquer tipo de escrúpulo, verdadeiros sem-noção de
cidadania e de higiene, depositam lixo e animais mortos, promovendo um “bom
prato” aviário.
Quando ocorre perto de uma pista de aeroporto,
constitui o chamado risco aviário para
aviões e helicopteros.
Uma prefeitura inábil que não consegue fiscalizar esses
desmandos nem a de assumir as suas responsabilidades de implantar um Programa
Municipal de Destinação de Residuos Sólidos, também tem a sua quota parte como
partícipe-mor dessa irresponsabilidade social.
Uma prefeitura inábil que não consegue nem tem o
interesse em desenvolver campanhas midiáticas para esclarecimento desses
deseducados cidadãos, embora as verbas de propaganda gastas pela Prefeitura
sejam bastante elevadas mas que ninguém
vê exatamente com o que é gasto.
Durante décadas, terrenos que estavam às moscas, abandonados
e sem cumprirem a função social da propriedade, como manda a Constituição, foram paulatinamente ocupados
por familias de sem teto, por falta de politicas públicas de moradia popular.
De repente, outro tipo de urubu surge, atraído não pela
carniça mas sim pelos negócios de um certo empreendimento a ser implantado no
Leite Lopes.
É o urubu da especie SLLQC que impede a construção de
um aeroporto novo, decente e que possa atender às necessidades presentes e
futuras do desenvolvimebto regional.
Aquelas familias que ocuparam esses terrenos que
estavam disponíveis fisicamente, sem o uso de sua função social (portanto passíveis
legalmente de ocupação) e que foi feita sem violência, de repente viraram alvo
dos interesses dessa nova leva de urubus.
Essas familias foram expulsas, muitas sob extrema
violência, para liberar as áreas legitimamente ocupadas, para garantir os
interesses economicos e corporativos ligados exclusivamente à expansão do Leite
Lopes.
Essas famílias foram expulsas, os seus barracos
derrubados, virando entulhos criadouros
de pestes urbanas e depósito de lixo para alimentação dos outros urubus,
daqueles que voam. Aqueles urubus que têm uma função ecológica muito importante
que é a de manter limpos os terrenos de carniça.
Essas aves não geram carniça. As outras geram carniça social sem qualquer dó
desde que consigam implantar os seus negócios e obter um bom lucro.
Areas que tiveram a limpeza social executada para
atender às imaginárias obras imediatas de ampliação do Leite Lopes,
empreendimento que já supunham aprovado na sua tentativa de enganar o
judiciário e a cidade de que não haverá ampliação da pista – proibida por
sentença judicial e que tecnicamente foi considerada como inadequada – mas
apenas uma pequena adaptação através de um projetinho ajeitado para fazer uma
tal de Regularização Ambiental (RRA).
Não conseguiram – mais uma vez[i]-
e tudo lá está vazio, com escombros, carniça e pestes urbanas. Um risco para a
população residente no entorno e um risco aviário para as operações do
aeroporto.
O número de desalojados nesta cidade é muito grande. As
diferenças sociais são gritantes e as familias de baixa renda – que são constituidas por cidadãos que têm o
direito a moradia – não dispõem de políticas públicas de moradia popular.
A prefeitura deveria definir essas políticas públicas e
dispõe de uma empresa municipal
encarregada de implantar essas politicas
e cujo superintendente é também o
presidente do Conselho Municipal de Moradia Popular, que não se reune para
formatizar as diretrizes das políticas públicas.
Os sem teto já entenderam porque é que Ribeirão Preto
não tem políticas públicas para a moradia popular. Não é por falta de vontade
politica: é porque a ausência de politicas públicas é a politica pública.
Recentemente
um grupo de 180 famílias de sem teto ocupou uma dessas áreas
disponíveis e que estava a serviço dos urubus sem penas e de restaurante para os urubus que voam.
Entram as pessoas e a área não fica disponível para os
urubus que voam.
Desta forma se melhora a segurança nas operações do
Leite Lopes por redução do risco aviário e se faz uma área urbana começar a
cumprir a sua função social.
Surgiu uma nova comunidade: a Nova Esperança – Nelson
Mandela
Veja o vídeo:
E contra esta comunidade os urubus sem penas não vão poder agir
com a mesma violência que usaram para
com as anteriores, dentre elas, a Favela da Familia[i], de triste memória.
Porque o Movimento Pró Moradia e Cidadania, o Movimento
Pro Novo Aeroporto, a União dos Movimentos de Moradia, a Central de Movimentos
Populares e todos os cidadãos dignos desta cidade não vão deixar
MORADIA RESPEITO DIGNIDADE
OCUPAÇÃO NÃO É INVASÃO
VIOLÊNCIA NEM POR SENTENÇA
O Povo Unido e bem orientado, não será molestado nem
enganado
[i] Favela da Família em
julho de 2011 forças policiais invadiram a comunidade com grande violência
através de cavalaria, cães, bombas,
tiros de bala de borracha, não respeitando mulheres grávidas, idosos e sequer
advogados da OAB que buscavam pacificar a ação. Ver filme em: http://www.youtube.com/watch?v=jgTN7mpPZeA
[i] Gente persistente: em 1997, em 2005,
em 2008 e agora em 2011, até hoje. Se tivessem construído o novo aeroporto, em
local adequado, como mandava a lei mnicipal, ele já estaria em operação sem causar nenhum
impacto sócio ambiental e urbanístico e o entorno do Leite Lopes estaria seguro
para as comunidades lá residentes faz
décadas.
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