SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que, há
mais de 15 anos, insistem em não deixar construir um aeroporto novo para
Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes
serve, porque demora 10 anos para construir um novo aeroporto.
Mais uma novidade do Papai Noel Leite Lopes
para alimentar as eternas e reiteradas falsas expectativas
No dia 5/3/2014, o Movimento Pro Novo
Aeroporto ficou enternecido com a fantástica noticia[i]
de que a Prefeitura de Ribeirão vai criar uma Zona Aeroportuária,
após receber sugestões de
entidades, como o Ciesp, e que o Executivo municipal discutirá essa proposta em
audiência.
E
qual é a proposta sugerida por essas diversas entidades?
A Prefeitura de Ribeirão Preto discutirá em audiência pública a
transformação do entorno do aeroporto Leite Lopes, na zona Norte, em uma região
aeroportuária. Caso ocorra a mudança, a região passa a atender negócios ligados
à aviação, com a viabilização de uma estrutura mais ampla.
Desde 2012, a região é de uso industrial, comercial e de prestação de
serviço e não mais misto (quando eram permitidas residências).
A possível criação da nova área é sugestão do setor empresarial, como do
Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), para que seja incluída no
Plano Diretor.
A
notícia já informa que a região do entorno é industrial/comercial e é proibido
o uso residencial. Qual seria o novo uso?
Para o diretor titular Ciesp-Ribeirão, Guilherme Feitosa, a
transformação do entorno do Leite Lopes em área aeroportuária é de extrema
importância para alavancar o desenvolvimento econômico.
“Se teremos um aeroporto internacional, é preciso ter um conjunto de
equipamentos, como construção de centros de distribuição, áreas de carga e
descarga de caminhões, além de galpões e escritórios.”
Segundo ele, não basta apenas ter pista para os aviões, mas uma boa
estrutura paralela para assegurar a competitividade dos negócios.
Nesta
argumentação fica clara a falta de preparo dos SLLQC em três pontos principais:
Em
primeiro lugar onde se lê “para
alavancar o desenvolvimento econômico”
leia-se “para que os interesses
corporativos possam lucrar bastante” e
quem mora no entorno faz décadas pode ir embora porque atrapalha os lucros. Para eles pobre é descartável: chuta que é
bicho.
Ou
em outra versão do mesmo tema, consideram que só os interesses deles prevalecem
sobre os interesses de Ribeirão Preto e região.
Continuam
com a visionária ilusão de que o Leite Lopes ampliado vai exigir a “construção de centros de
distribuição, área de carga e descarga”
como se existissem cargas aéreas em quantidade suficiente para promover todo
esse “desenvolvimento” ou que um Terminal Alfandegado produzisse o milagre da multiplicação das
cargas.
Mas supondo que isso fosse
verdade, onde iriam ser construídas todas essas obras?
Em cima das residências que
passaram a ser irregulares, por um ato
de magia legal que “Desde 2012,
a região é de uso industrial, comercial e de prestação de serviço e não mais
misto (quando eram permitidas residências).” ?
Ou
seriam construídos nas áreas disponíveis dos antigos loteamentos industriais
que já existiam, antes de 2012, ao longo da rodovia Anhanguera?
Neste
caso para que seria necessário transformar todo o entorno em industrial/comercial
se já se dispunha de áreas livres, disponíveis, para essa atividade, sem a
necessidade de expulsar ninguém de suas casas?
E,
se vai ocorrer toda essa movimentação fantasmagórica de cargas internacionais,
o sistema viário existente é formado por ruas com gabarito inadequado para
veículos de carga pesados, com raios de curvatura incompatíveis com esse
trafego e com pavimentação sem a necessária capacidade de suporte.
Este
é um aspecto técnico que tem que ser levado em conta. Não basta olhar a planta
da cidade e agir nela como se fosse abrir uma lojinha de secos e molhados. A
menos, é claro, que se refaça todo o entorno do Leite Lopes.
É
um assunto técnico de Engenharia que não permite “parpites” de leigos. Os SLLQC
deveriam ser mais comedidos em suas alucinações.
E
terminam com a frase mestra “não basta
apenas ter pista para os aviões”:
Mas
de que pista estão falando? Para movimentação de grandes quantidades de cargas
aéreas é necessária uma pista cargueira e o Leite Lopes não tem essa pista nem
pode tê-la por sentença judicial.
E
a tentativa de ter essa pista através de um estudozinho ajeitado chamado
Relatório de Regularização Ambiental (RRA) onde se esconde a tentativa de
aumentar a pista sob a denominação de deslocamento de pista, já está descartada
e inclusive está sob judice.
O
problema todo consiste em que essa insistência
de usarem o Leite Lopes como aeroporto internacional, impedindo a toda a
forra a construção de um novo aeroporto, adequado e que garanta a
infraestrutura para as futuras ampliações que o desenvolvimento regional vai exigir, está demandando energias e desperdiçando tempo.
Já
podíamos ter um novo aeroporto em operação mesmo atendendo o prazo que os SLLQC
dizem ser necessário para construir um novo aeroporto: 10 anos e que não se
podia esperar todo esse tempo[ii]!
Evento milagroso:
multiplicação das cargas
O
Movimento Pro Novo Aeroporto já desconfiava de que alguma joia de sabedoria e
de tecnologia SLLQC iria despontar quando a mídia publicou um artigo sobre o
fenomenal aumento das cargas no Leite Lopes com comentários sui-generis[iii].
Segundo
essa reportagem, o Leite Lopes teve um aumento significativo nas cargas
transportadas: 62 toneladas em Janeiro de 2014 contra 47 toneladas em 2013!
Aumentou um caminhão cargueiro!
Em
termos de carga por operação, conforme os estudos no tal RRA acima citado, a
“tonelagem” por operação é de mais ou menos 30 kg por pouso/decolagem! Um pouco
mais que a bagagem de mão de qualquer passageiro.
Tudo
isso só para justificar a futura proposta (ainda indefinida) de criar um
zoneamento aeronáutico em cima de um zoneamento industrial.
E
temos ainda um outro evento milagroso:
De
62 toneladas/mês que representa 744 toneladas/ano, milagrosamente passarão a
6.480 toneladas/ano só porque o Terminal Alfandegado entrará em operação! E
isso numa pista onde não podem decolar aeronaves cargueiras com carga paga
completa!
É o Milagre
da Multiplicação das Cargas!
POVO ESCLARECIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO
Diga Sim
a revogação da Lei do Uso do Solo
Diga Não
à ampliação do Aeroporto e desvalorização das casas
Nas eleições de 2014 e 2016:
Diga Não aos
candidatos que “vendem” o Papai Noel Leite Lopes
[i]http://www.jornalacidade.com.br/politica/NOT,2,2,930699,Prefeitura+de+Ribeirao+discute+zona+aeroportuaria.aspx-
[ii]
4 anos da gestão Gasparini e mais 6 da atual administração, ambas remando
contra a obrigação legal de construir um novo aeroporto desde 1995, num total
de 19 anos!.
[iii] Jornal
A CIDADE 15/02/2014
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