22/10/2013 - 04h39
Relatório ambiental é novo impasse em obras do
aeroporto de Ribeirão Preto
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ISABELA PALHARES
DE RIBEIRÃO PRETO
DE RIBEIRÃO PRETO
A
realização de um estudo de impacto ambiental antes da ampliação da pista do
aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), tornou-se um
novo impasse para as obras.
O
Gaema (Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente), do Ministério Público, e a
Associação de Moradores do Jardim Aeroporto querem uma EIA-Rima (Estudo de
Impacto Ambiental - Relatório de Impacto Ambiental). Mas o governo do Estado
diz que apenas um RRA (Relatório de Regularização Ambiental) é suficiente.
O
EIA-Rima é considerado um estudo mais aprofundado e oferece também condições
para a implantação das obras. Já o RRA é um estudo mais simples, segundo o
promotor Cláudio José Batista Morelli, autor de uma ação que pede o fim das
obras.
Márcia Ribeiro - 19.dez.12/Folhapress
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Avião após pouso em pista do aeroporto Leite Lopes de Ribeirão Preto
(SP); impasse ameaça internacionalização
A alteração da pista é
defendida pelo governo do Estado e pela Prefeitura de Ribeirão para viabilizar
a internacionalização do Leite Lopes, projeto que se arrasta há anos. Há quem
defenda, porém, a escolha de outra área para receber um aeroporto desse porte.
Os moradores do bairro
dizem que as obras vão invadir oito áreas verdes da região, de 113,5 mil m².
Outra ação da Promotoria
pede a realização de novos estudos sobre a curva de ruído e o impacto de
vizinhança. "As questões ambientais e urbanísticas estão interligadas. É
uma área de alcance muito grande, com escolas, casas", afirmou Morelli.
O Daesp (Departamento
Aeroviário do Estado de São Paulo) informou que a análise das obras no âmbito
do processo de regularização ambiental foi estabelecida pela Cetesb. Sobre a
curva de ruído, disse que será deslocada para dentro do sítio aeroportuário,
"não atingindo as moradias do entorno".
Comentários:
Importante a
reportagem porque levanta alguns questionamentos interessantes que devem ser
esclarecidos.
O Governo do
Estado não se interessa por um EIA-RIMA pela simples razão de que sabe que será
derrubado tecnicamente (pela quarta vez) e, por isso, insiste no recurso ao
Relatório de Regularização Ambiental (RRA) que é um procedimento válido quando
se trata de adequar um empreendimento às condições ambientais exigíveis mas
apenas sobre regularização de algo que está em operação.
No caso do Leite
Lopes, o RRA argumenta que a principal regularização consiste apenas em
deslocar a pista 500 metros na direção do Joquei Clube.
No entanto, a
análise desse RRA sinaliza que existe
uma ampliação disfarçada já que o deslocamento da cabeceira do lado do Quintino
será apenas na pintura na pista e o Governo do Estado se recusa a demolir o
excesso “sem uso”, alegando segurança na operação, o que não corresponde à
realidade porque a área de escape deve ser em material que freie a aeronave e
isso só pode acontecer com material de baixa capacidade de suporte, ou seja,
por exemplo, um campo gramado.
Também faz reforma
da alça de acesso à atual cabeceira com aumento dos raios de curvatura para
permitir o uso de aeronaves de maior porte em lugar de fazer isso na alça de
acesso à “futura” cabeceira deslocada.
Só estes dois
fatos caracterizam ampliação e não deslocamento da pista, conforme alegado no
RRA. Por isso exigível o Estudo de Impacto Ambiental.
Também esse RRA se
“esqueceu” de enumerar as áreas verdes que serão invadidas pelo tal
deslocamento de pista, informando que não existe nenhuma área com restrições
ambientais e área verde é uma área com restrições legais muito importantes e
todas elas constam nos mapas da prefeitura, portanto não se pode alegar
desconhecimento por falta de informação adequada.
Quanto à tal curva
de ruído que será incorporada ao sitio aeroportuário refere-se apenas à Curva
de Ruído 1 que é excludente de qualquer
atividade econômica urbana. Mas a área
de ruído 2, que é excludente de uso habitacional, escolar, etc., é externa ao sitio aeroportuário e alcança
áreas hoje ocupadas desde décadas passadas.
No entanto, quando
o RRA estuda o zoneamento de ruído aeronáutico “esquece-se” também de que, pelo
fato do Leite Lopes estar inserido em área urbana com uso predominantemente
habitacional, o zoneamento de ruído deve seguir as normas referentes ao ruído
urbano que são independentes das normas de ruído aeronáutico, limitando a
intensidade sonora a 40 dB noturno. Acima desse valor é perturbação do sossego
publico que consiste uma contravenção penal, bem definida na legislação
apropriada e, se ultrapassar certos limites acima desse valor, passa a ser
crime ambiental.
O Governo do Estado,
infelizmente, insiste na ampliação do Leite Lopes, de forma imperial, sem levar em conta as necessidades de
desenvolvimento de Ribeirão Preto e região que só disporia de um aeroporto pequeno
e inseguro, incapaz de quaisquer ampliações futuras que, sem causar danos sócio
ambientais e urbanísticos, possa atender
às necessidades regionais.
Essas
condições somente serão possíveis de
serem atendidas com um aeroporto novo, moderno e adequado, e dando-se outra destinação economica ao Leite Lopes.
Porque é que Ribeirão Preto, sede de uma futura Região
Metropolitana, não pode ter 2 aeroportos?
Só para exemplo,
Bauru tem dois, porque lá as forças políticas exigiram e o governo do estado
atendeu.
Porque é que
Ribeirão Preto não tem as suas aspirações legitimas atendidas pelo Governo do
Estado?
O Grupo Gestor
Concordamos plenamente que Ribeirão Preto venha ter dois Aeroportos, mesmo porque hoje só temos meio Aeroporto, então vamos concluir esse primeiro, dar a ele todas as condições de uso e de funcionamento para que possa se tornar eficiente no transporte de cargas e também no de passageiros; depois sim, vamos começar a reivindicar a construção desse segundo Aeroporto sem falta.
ResponderExcluirSe tivermos bastante sorte e com ajuda de Deus, através das políticas Públicas, conseguiremos a liberação de verbas governamentais necessárias para a realização desse nosso sonho.
Como bom brasileiro e sendo bastante otimista, quem sabe o realizaremos dentro de uns 20 anos ...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMario I., essa também é minha linha de pensamento, inclusive cheguei a mencionar isso em comentários anteriores, vamos garantir essa internacionalização para Ribeirão Preto através do Leite Lopes, depois se constrói um novo, é só transferir as operações para o novo, mas a internacionalização estará garantida, porque S.Carlos, Araraquara, S.J.Rio Preto, Uberlândia, Bauru, todas essas cidades querem o que Ribeirão já possui, que é a habilitação para tráfego internacional de cargas, nenhuma delas possui isso, mas precisamos efetivar através dessas obras. Sabemos que a política no Brasil é muito instável, e quando aparece um querendo fazer precisamos apoiar. Políticos não costumam continuar obras iniciadas por outros antecessores, então precisamos de um que comece e termine. Veja Bauru, começou no início da década de 1980 e foi inaugurado, se não me engano, em 2005; 25 anos prá se fazer um aeroporto meia boca que existe lá, pista menor que 2100m, pistas de táxi com 15m de largura, somente a central tem 23m, PCN baixo, não tem Torre de Controle, somente Rádio (AFIS), e outras coisas. Apoiado Mario I.
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