sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O MOVIMENTO RESPONDE: a comentários feitos nos artigos Aeroporto Internacional: Agora ou nunca e suposta supervalorização do entorno do aeroporto Leite Lopes

Caro Mario

Atrasamos um pouco na resposta, por isso vamos fazê-lo por atacado a todos os seus últimos comentários, este com relação à postagem

“AEROPORTO INTERNACIONAL: AGORA OU NUNCA!”

Acredito que o amigo Ricardo Corona é que está agonizando, a notícia que ele leu não é bem essa, aqui transcrevo os principais tópicos:
[...]
Aeroportos locais entram em pacote de 'privatização':
Leite Lopes, de Ribeirão, é apontado como um dos mais interessantes para investidores,Terminais de Franca, Barretos, São Carlos e Araraquara também são analisados para concessões até 2014
[...]

Quanto à questão privatização  do Leite Lopes de todos os aeroportos sob a administração do DAESP não é novidade, porque é política pública e ideológica do governo de S. Paulo.

Essas intenções foram retratadas e descritas no livro Privataria Tucana.

A licitação do Terminal de Cargas do Leite Lopes foi o inicio da implantação dessa política já em 2002.

Pelos mais diversos motivos não conseguiram até agora, talvez pela mais absoluta falta de interessados. Mas é a insistência nessa ideologia política que tem impedido que Ribeirão Preto tenha um aeroporto novo.

Dentro desse conceito, que não é exclusivo da ideologia tucana, remenda-se o Leite Lopes, com o nosso rico dinheirinho suado dos impostos pagos e se entrega, de mão beijada, para a tal iniciativa privada através de licitação, concessão, privatização, PPP, etc.

Dessa forma a iniciativa privada pode explorar e ganhar dinheiro sem nenhum proveito para a população que fica à mercê de incômodos e riscos diversos e de perda de qualidade de vida.

Algumas pessoas chamam a isso de crescimento econômico. Nós damos outro nome: a onipotência do deus Negócio, desde que dê lucro.

Continuamos preferindo que seja construído um novo aeroporto, que possa receber ampliações futuras que acompanhem as necessidades de desenvolvimento regional e darmos outra utilização econômica ao Leite Lopes.

Se esse novo aeroporto for construído pelo governo do estado ou pela iniciativa privada, para o Movimento, tanto faz. Talvez seja até interessante que seja feito com investimentos privados porque assim tiraríamos da jogada o DAESP, que conseguiu regredir com os aeroportos do estado e agora quer se livrar deles, numa confissão de incompetência total.

Com a abertura recente da possibilidade de serem construídos aeroportos privados (antigamente aeroporto tinha que ser público) será muito difícil de encontrar investidores que se interessem por um Leite Lopes, tacanho, impossível de ser ampliado, com fortes problemas sócio-ambientais e judiciais e com possibilidades  futuras de uso restrito no horário noturno.

Vão se interessar é por um aeroporto novo, bem feito, porque eles sabem que dinheiro privado não é capim, não dá em arvore nem cai do céu, ao contrário do poder público que não precisa ter esse cuidado porque os nossos impostos caem no caixa do governo todo o dia e não depende de boa gestão.

Os dois projetos privados de aeroportos planejados pela iniciativa privada, apenas para aviação executiva, são muito maiores que o Leite Lopes. Imagine, então, se eles quiserem construir um aeroporto com pista cargueira a sério.

No que se refere aos seus comentários sobre a nossa postagem

A TAL SUPERVALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA”

Porque foi desconsiderada a reportagem que descrevia a valorização dos imóveis no entorno do Leite Lopes ? Existe até um mapa indicando o aeroporto com uma flecha sobre ele dizendo quanto era e quanto está o m2 na região. Fora isso é só consultar as imobiliárias de renome da cidade para comprovar esse valor; o resto é conversa para boi dormir. Eu falo com provas, vocês ficam no desvaneio político.

A reportagem não foi desconsiderada mas analisada com base em dados objetivos.

1       Demonstramos que entorno do Leite Lopes não está entre  2 km e 5 km e que no entorno real existe a desvalorização  dos imóveis;
2       Demonstramos, com base em dados oficiais dos Cartórios de Registro de Imóveis que existe uma valorização geral em razão da grande demanda/oferta de imóveis, ou seja, a valorização não se deve ao Leite Lopes porque é geral em toda a cidade;
3       Demonstramos que o uso das marginais à rodovia Anhanguera é comercial/industrial por lei e só lá se podem construir esses galpões logísticos e que o Leite Lopes não é o vetor que incentiva esse tipo de investimento mas sim o entroncamento rodoviário;
4       Demonstramos que todo o movimento de cargas previsto para o Leite Lopes é muito pequeno em relação ao total transportado e distribuído na região, portanto não irá influenciar os investimentos no setor logístico, ou seja, em nada irá influenciar no caso de valorização imobiliária.

Agora querer considerar uma arte gráfica de uma reportagem como demonstração de uma tese, ultrapassa a nossa capacidade de entendimento mas aproveitamos para reproduzir esse tal mapa, onde sinalizamos com uma seta vermelha o seguinte sub-titulo: No entorno de 5 km do Leite Lopes.





Gostaríamos de lembrar que o centro da cidade está a 5 km do Leite Lopes e certamente não pode ser considerado como fazendo parte do entorno.

Uma estimativa do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) divulgada na última quinta-feira (19) aponta que o terminal de cargas do aeroporto Leite Lopes em Ribeirão Preto deve movimentar anualmente o correspondente a U$ 1 bilhão em transações comerciais pelos próximos cinco anos.
Mesmo com o valores levantados, muitos empresários estão preocupados com o andamento das obras no aeroporto, e de acordo com o Ciesp é necessário que o cronograma não seja afetado por conta do período eleitoral. “Nosso objetivo é que o cronograma seja cumprido e a licitação da obra seja feita ainda este ano. Desta maneira, seriam evitados atrasos e prejuízos aos empresários, que dependem da decisão para investimentos logísticos, inclusive na montagem de seus galpões alfandegários”, disse o diretor Guilherme Feitosa.

A movimentação de cargas não é vetor de valorização imobiliária. Quanto aos tais 1 bilhão de US$/ano não tem nenhum significado objetivo.  
Se considerarmos a previsão oficial para 2015 de cargas no Leite Lopes ampliado é de 3.000 toneladas/ano (hoje não passa de 600 toneladas/ano incluindo as domésticas e as importadas/exportadas) teremos o faturamento de cerca de US$330 por quilo transportado  o que nos parece um faturamento muito exagerado.
Uma das características desse tipo de  instituições de classe empresarial é o exagero, sendo que uma delas, na audiência pública em 2007 “garantiu” que o Leite Lopes ampliado geraria 10.000 empregos!!!
Esses números são sempre um “pouco” aumentados para deixarem os defensores do Leite Lopes ampliado em estado de êxtase.  Números soltos, sem demonstração não passam de ficção, esquecendo a CIESP que a ampliação desejada está sob judice e pode não ocorrer.

Sabemos que deve girar em torno de 400 milhões de Reais/ano, o que já é um valor bastante razoável, conforme foi explicitado durante declarações à CPI do Apagão no dia 16/08/2007 pelo brigadeiro José Carlos Pereira, ex-presidente da INFRAERO:


(Relatório na integra da CPI do Apagão Aéreo)

De qualquer forma, se tivermos um aeroporto novo, com pista cargueira adequada e operacional sem restrições, essa movimentação de cargas também ocorrerá e com fortes probabilidades de ser muito maior.

Para o empreendimento terminal de cargas no Leite Lopes, pode ser que esse valor seja suficiente para garantir os seus lucros mas para Ribeirão Preto o objetivo é muito maior que os lucros de uma empresa privada cujos interesses poderão bloquear o desenvolvimento regional pelo menos por 30 anos.

Que sejam muito mais que os tais 1 bi de US$/ano mas num aeroporto novo.

O Grupo Gestor

3 comentários:

  1. Editorias \ Economia
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    Sábado, 19 de Janeiro de 2013 - 20h56


    Galpões disputam entorno do aeroporto de Ribeirão Preto
    De olho no projeto de internacionalização do Leite Lopes, empresas se instalam na vizinhança

    Luciene Garcia

    Enquanto o poder público dá mil voltas com vistas à internacionalização do aeroporto Leite Lopes, em uma discussão que se arrasta há mais de uma década, a iniciativa privada "põe a mão na massa", literalmente, em Ribeirão Preto.
    Por conta disso, segundo empreendedores, a cotação da área construída está cotada na faixa de R$ 2 mil o metro quadrado do galpão para logística.
    A valorização ficou mais evidente nos últimos dois anos. Nas zonas leste e norte de Ribeirão Preto, por exemplo, o metro quadrado de área construída na categoria econômica está cotado, na média, de R$ 2,5 mil a R$ 3 mil. Em regiões mais valorizadas na construção padrão o metro quadrado custa de R$ 5 mil a R$ 6 mil.
    O preço do terreno também foi nas alturas. Nos últimos dois anos, o metro quadrado saltou de R$ 130 para R$ 500. Na famosa lei da oferta e da procura, a que rege a economia e que encarece qualquer produto ou serviço que não atenda a demanda, os terrenos são cotados.
    Ao longo de mais ou menos 7 quilômetros da Rodovia Anhanguera, nas duas pistas laterais, faixas e cartazes oferecem glebas para comercializar. Há procura.
    Alexandre Leão anuncia a venda de uma área de 4,2 mil metros quadrados e pede R$ 2,8 milhões no negócio.
    "Já fui procurado por investidores de duas redes de hotéis, uma de Portugal e outra da Espanha, duas indústrias e uma incorporadora para fazer condomínio residencial", diz. Pelo que ele pede para área dele na Thomaz Alberto Whately, o metro quadrado sai a R$ 670.

    Anhanguera e Leite Lopes geram a ‘corrida’ logística
    O avanço nos negócios de logística tem uma explicação: o futuro esperado para o Leite Lopes e a Rodovia Anhanguera. Do ponto de vista da logística, Ribeirão Preto está conectado com um sistema rodoviário cujo tronco é a Anhanguera, que fica entremeada por aeroportos regionais (Uberaba, Araraquara e Franca são alguns deles).
    O polo regional com população estimada de consumo de 3,5 milhões de pessoas, com economia em expansão, referência em comércio e prestação de serviços, além de passageiros está mais do que apta a transportar cargas, considerando o volume de empresas importadoras e exportadoras da região.
    Uma das avenidas mais importantes da região, a Thomaz Alberto Whately, no Jardim Jóquei Clube, que corta a Anhanguera na perpendicular e que dá acesso ao aeroporto ribeirão-pretano, tem vários estabelecimentos de comércio.
    Os galpões de armazenagem ficam em vários bairros como o Parque Industrial Quito Junqueira, Jardim Paschoal Innecchi e Jardim Porto Seguro. A Rua Orestes Lopes de Camargo tem pelo menos três galpões NOVOS, que passam próximo do Parque Permanente de Exposições (Feapam), que, por sua vez, dá ligação com o aeroporto.

    Público exigente
    A caracterização de região economicamente forte, devido à somatória de empresas agrícolas, industriais, de comércio e de serviços, que exige mecanismos de apoio logístico nos transportes, segurança e comunicações, atrai um público exigente.
    "Os galpões não são como antes e precisam estar equipados com infraestrutura, água, luz, segurança e de bom acabamento, senão eles encalham", explica João Paulo Fortes Guimarães, diretor da Imobiliária Fortes Guimarães.
    Caso da CLB Ribeirão Preto, um condomínio logístico e industrial que fica no km 317,5 da Anhanguera, a 2 quilômetros do aeroporto. A área construída é de 65 mil metros quadrados e 34 mil metros quadrados foram entregues em setembro de 2012. Os investimentos, segundo a empresa, foram de R$ 100 milhões. Na primeira fase ainda há locação de 1 mil metros quadrados.
    "O projeto incorporou tecnologias e recursos adotados pelos principais operadores logísticos do mundo," observa Arnaldo Halpern, diretor de empresa sócia do condomínio.

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  2. Aeroporto vai mudar perfil de bairro em Ribeirão
    cópia de artigo publicado

    Anúncio do Terminal Alfandegário de Cargas no Leite Lopes já gera especulação imobiliária no Jardim Aeroporto.A implantação do Terminal Alfandegário de Cargas no aeroporto Leite Lopes, de Ribeirão Preto, tornando-se efetivamente internacional, vai mudar o perfil imobiliário do Jardim Aeroporto, na zona Norte.

    É o que apontam especialistas ouvidos pelo jornal A Cidade. Eles afirmam que o bairro deixará de ser basicamente residencial para receber novas empresas e galpões de carga, com a especulação imobiliária consequente. Para o mercado imobiliário, o valor do terreno no entorno do Leite Lopes terá grande valorização para construção de galpões e para implantação de novos empreendimentos industriais .

    Segundo o professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA), Marcos Fávero, o entorno do aeroporto tende a se tornar um megacomplexo aeroportuário. "A construção do Terminal Alfandegário é uma notícia que chega com 10 anos de atraso e, mesmo assim, temos que comemorar. As áreas no entorno do Leite Lopes tendem a valorizar consideravelmente", afirmou. O Daesp anunciou nesta segunda-feira (9) que o aeroporto de Ribeirão passa a operar três voos de cargas para Miami até 2014.

    Visibilidade

    Segundo Fávero, além de toda a especulação imobiliária, Ribeirão ganha visibilidade internacional. Com a internacionalização do aeroporto, ele avalia que haverá o fortalecimento da infraestrutura logística para as empresas. Isso porque, além de poder importar e exportar produtos, com a rodovia Anhanguera (SP-330) e com o ramal ferroviário a poucos metros, a distribuição dos produtos será mais rápida e otimizada.Já o presidente da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), José Carlos Carvalho, afirma que a internacionalização do Leite Lopes beneficiará a cadeia produtiva das indústrias. "As exportações e importações poderão ser feitas diretamente de Ribeirão", afirma. Segundo ele, o terminal atrairá novas empresas que atuam no ramo do comércio exterior, além do de serviço. A expectativa de especialistas é de maior oferta de emprego para a população.
    Fonte: Jornal A Cidade

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