Várias vezes assistimos na TV e lemos noticias de invasões da área interna do Leite Lopes por molecada atrás de pipas perdidas e uma vez até com risco de atropelamento por aeronaves, de furto de fios e inclusive de um sem-noção que tentava furtar bagagem dos passageiros.
A cerca que limita o aeroporto está remendada por todos os lados. Abrem um buraco, a administração do aeroporto vai lá e fecha; logo abrem outro em outro lugar. É assim o tempo todo.
Também é comum que as linhas das pipas sejam atingidas pelas aeronaves.
É claro que nada acontece com elas, a não ser riscos na pintura mas pode acontecer com os “empinadores” porque se a linha se enroscar pode dar um puxão súbito na linha e afetar a mão. E como essas linhas costumam ter cerol, poderão casar sérios danos na mão da petizada, como diriam os gaúchos.
Criança dentro de aeroporto só acontece quando este se localiza em área urbana.
Podemos também incluir os urubus e outras aves que, esses sim, podem causar sérios danos aos aviões ou mesmo acidentes graves, já que invadem o espaço aéreo do Leite Lopes. E áreas urbanas geram lixo que atraem aves.
O Leite Lopes é um aeroporto regional. Querem transformá-lo em internacional de cargas. Carga internacional lembra contrabando e certamente atrairá “potenciais interessados” nas mercadorias em trânsito no Terminal de Cargas sem pagar por elas e muito menos os impostos devidos.
Qualquer um entra na área patrimonial do Leite Lopes. Desde os sem-noção, as crianças e até meros assaltantes.
Também existe o risco de vôo por meio dos projetores de raios laser que podem atingir os olhos dos pilotos já que a pista está ao lado da av, Thomaz Albert Whatelly a escassos 50 metros.
Essas são algumas razões que não recomendam a existência de aeroportos dentro de áreas urbanas, muito menos quando são internacionais, cargueiros e/ou passageiros.
Pior ainda quando a propaganda alardeia inúmeras vantagens para a ampliação do Leite Lopes, querendo convencer as pessoas que não é necessário fazer um aeroporto novo, moderno com condições de segurança adequadas tanto para as operações como para a comunidade do entorno.
Essa propaganda pretende cooptar pessoas e entidades para atuarem como agentes multiplicadores para potencializarem essa propaganda que nós chamamos desde 1997 de Papai Noel Leite Lopes, na condição de partes interessadas no empreendimento.
Tudo isso para justificar um empreendimento que não traz nenhum beneficio para Ribeirão Preto e região mas apenas para uma empresa de cargas aéreas que vai explorar economicamente um nicho no mercado, impossível de ser aplicado num aeroporto novo.
Elaboraram e já colocaram em curso esse programa de cooptação, pomposamente denominado de Plano de Comunicação Social, na tentativa de dourarem a pílula que querem que Ribeirão Preto engula.
Mas o menosprezo do governo do estado, principal interessado em garantir a explorabilidade econômica desse nicho de mercado para com a cidade e a região, não consegue ser escondido.
Sabem como é que pretendem vigiar a área do Leite Lopes, na região das pistas e dos terrenos vazios, onde as invasões são constantes?
Fonte: DERSA
folha 46
Esta é a instalação projetada para fazer a vigilância do Leite Lopes, além da segurança patrimonial e dos usuários (trabalhadores e passageiros) e a segurança das crianças que eventualmente entrem no perímetro para pegar as pipas?
Não existe campanha de manipulação de opinião publica que resista à realidade do completo menosprezo por Ribeirão Preto. Os interesses econômicos interessados na ampliação do Leite Lopes nem são daqui.
Apenas podemos considerar que as pessoas e entidades a serem cooptadas para atuarem como agentes multiplicadores desse empreendimento são facilmente enganadas por serem muito influenciáveis. Caem fácil no conto do vigário ou do bilhete premiado.
Não adianta fazerem estudos caros e bombásticos para nos impingirem esse empreendimento porque
Povo esclarecido jamais será iludido
Congonhas em Ribeirão, Não!
Leite Lopes com outro uso (alternativo) :
sem ampliação e sem desapropriação
Novo aeroporto em nova área já!
Jornal A Cidade 26/07/2011
Acervo do Movimento
22/07/2011
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