domingo, 27 de janeiro de 2013

O MOVIMENTO RESPONDE:

Caro Mario

O Movimento Pro Novo Aeroporto considera sempre muito importante a opinião dos leitores do seu Informativo. Sempre levamos em conta e respondemos como uma política de esclarecimento, sem qualquer tipo de discriminação, quer seja cultural, social ou política.

No entanto, os defensores da ampliação tipo puxadinho do Leite Lopes  sempre manifestam de forma clara de que só eles e mais ninguém conhece sobre aeroportos. Alguns são até pilotos que acham que aeroporto é apenas uma pista, um pátio e um terminal de passageiros. Outros, esses sim, absolutamente leigos, manifestam opiniões baseadas nos “altos conhecimentos” adquiridos desde o portão de entrada, ao portão de embarque passando pelo check-in.

Como Ribeirão Preto é a sede de uma região metropolitana (se atende ou não a a todos os requesitos legais, é mera questão administrativa) necessita de um aeroporto decente, apto a acompanhar o desenvolvimento regional. O sitio aeroportuário tem que ter área suficiente  para permitir futuras ampliações no comprimento das pistas para adequá-las  às futuras demandas cargueiras e uma eventual segunda pista (é inimaginável, hoje em dia, que se projete  um aeroporto regional metropolitano com  apenas uma pista, como seria o caso do Leite Lopes ampliado!).

Um aeroporto desse tipo não cabe no Leite Lopes, que hoje tem 170 ha de área patrimonial e com o puxadinho não passará de 340 ha, quando o mínimo recomendável é de 1200 a 1700 ha.

Estes fatos tornam irrelevantes as opiniões dos  “especialistas” que afirmam que o Leite Lopes possa ser esse aeroporto.  Por isso  é indispensável a construção de um novo aeroporto e essa realidade já foi expressa em legislação municipal desde 1995.   

Os estudos feitos afirmam que Ribeirão Preto  necessita de um grande aeroporto regional mas não localizado no Leite Lopes, pois, como todos sabem, não tem área para comportar um aeroporto desse porte. Além de muitos outros fatores bem conhecidos mas sempre esquecidos pelos defensores do puxadinho.   

A insistência de certos setores pelo puxadinho deve-se não a questões técnicas e estudos elaborados mas sim a interesses vinculados a investimentos corporativos que não levam em conta os interesses regionais. Por isso são contrários à construção do novo aeroporto que Ribeirão Preto precisa e exige. E não apenas são do contra. Lutam ferozmente  contra o segundo  aeroporto de Ribeirão, ao contrário de outros município, muito menores, como Bauru, S. Jose do Rio Preto, para não sairmos da nossa vizinhança.

Certamente que o interesse do governo do estado pelo puxadinho não é pelos lindos olhos da prefeita porque, infelizmente, ela não conhece nada sobre aeroportos como demonstrou publicamente ao confessar que não sabia que um terminal de cargas aéreas internacionais só pode funcionar  se existir uma pista onde os cargueiros possam operar.  Este é o padrão normal de conhecimento dos defensores do puxadinho. E a prefeita já é carta descartada no processo.

Quanto a Congonhas, não existe muito o que comentar. É um aeroporto que só  deveria operar com aeronaves de pequeno porte, aviação executiva. Haja visto que existem acidentes continuamente nesse aeroporto, alguns só anunciados quando é inevitável como por exemplo o acidente ocorrido no dia 12/11/2012 com um Leader Jet  que, por pouco, não atropelou carros na avenida Bandeirantes. Se esse é o aeroporto  dos sonhos de quem quer que seja, a realidade nos mostra que é um exemplo que não pode nem deve ser seguido.

Se esse incidente tivesse ocorrido no Leite Lopes iria atropelar gente na Av. Thomaz Alberto Whatelly. Nós não queremos isso.

Dizem que acidentes acontecem. Pura filosofia. O acidente só acontece quando falha a prevenção.

Todo o sistema de transporte aéreo nacional  foi dimensionado para atender a uma demanda baseada em discriminação  social: avião para as elites que estudaram em escolas particulares e pau de arara para os que não nasceram em berço de ouro e para alguns privilegiados que  conseguiram fazer Madureza.

Deu no que deu:  O caos aéreo como resultado óbvio de falta de planejamento.

Agora com o projeto do governo federal de que nenhuma cidade com mais de 100.000 habitantes possa ficar distante mais que 60 km de um aeroporto regional e que a viabilidade econômica desse projeto será garantida por financiamento público, a demanda no  transporte aéreo vai alcançar níveis nunca antes vistos neste país.   Até uma reportagem publicada no jornal  Gazeta de Ribeirão (20/01/2013) confirma que

 “Nunca foi tão barato viajar de avião. Considerado em passado recente um luxo para poucos, as viagens aéreas se popularizam e atualmente os brasileiros estão pagando pouco menos da metade do valor que pagavam há dez anos para cruzar o Brasil mais rápido.[...]”

Contra fatos não há argumentos. A demanda pelo transporte aéreo regional vai aumentar e muito e principalmente nos aeroportos-sede das regiões metropolitanas. O Leite Lopes não comportará essa demanda. Nem a demanda atual está conseguindo atender porque o TPS foi subdimensionado.  

Se o Leite Lopes for ampliado, para atender aos interesses corporativos de um simples Terminal de Cargas que vai ter a concessão por 30 anos, significa que Ribeirão Preto perderá a possibilidade de ter um aeroporto decente. Por várias razões e uma muito simples: falta de espaço para operar a totalidade da carga paga e incapacidade física de atender a um fluxo anual de passageiros em voos regionais que vai superar a casa de 1.000.000.

Temos que parar de achar que Ribeirão Preto é uma cidadezinha grande do interior que vive no século 19. Precisamos de um aeroporto novo. Basta de subdimensionarmos as nossas necessidades futuras! Basta de pensar pequeno!

Vamos projetar Ribeirão Preto como sede de uma região metropolitana com visão de século 21!

Embora o nosso chavão seja ainda do século passado, continua muito atualizado. Basta ver o resultado das eleições: se o Povo fosse esclarecido não terias sido iludido e não  estaria agora reclamando do aumento inexplicável do IPTU, do aumento das passagens de ônibus urbano nem do futuro aumento das tarifas de água e esgoto.  

·         Mario I.
Para
·         leniosgarcia@yahoo.com.br
Mario I. deixou um novo comentário sobre a sua postagem "O Movimento Responde":

Prezado amigo,

Gostaria de ressaltar ao ilustre colega que opiniões leigas são todas aquelas alencadas nos pseudos-estudos que o amigo aqui discriminou e dizer também que quando a gente não sabe com quem está falando a gente não deve dizer que a pessoa é leiga. Realmente não cursei a Madureza período da noite de Ribeirão, mas posso lhe garantir que tenho muito gabarito para lhe falar com maestria.
Basta dizer a você que o Governo do Estado depois de anos de estudo optou por expandir esse Aeroporto, não foi pelos “olhos verdes” da Prefeita, foi porque ele se baseou em estudos técnicos lastreados pelo IPT, pela Secretaria dos Transportes, DAESP, Ministério da Aeronáutica e tantos outros que não vou perder o meu tempo enumerando-os.
Quanto a sua opinião sobre o Aeroporto de Congonhas eu respeito porque se vê que faz anos que não pisa lá; em resumo convido a todos os seus leitores que peguem um avião em Congonhas com destino a Ribeirão e quando aqui chegarem que me respondam a seguinte pergunta: “Vocês gostariam de ter em Ribeirão um aeroporto igual ao de Congonhas? “
Quem ainda usa chavões do século passado do tipo : “Povo esclarecido jamais será iludido”
Me poupe !!



Postado por Mario I. no blog
* Congonhas em Ribeirão Não! * em 18 de janeiro de 2013 13:38

2 comentários:

  1. R.Preto, 04 de fevereiro de 2013
    Prezado amigo,

    Concordo com você em todos os seus argumentos seja em gênero, numero e grau, porem cabe aqui lembrar que o Aeroporto Leite Lopes não é um aeroporto novo, ele foi inaugurado no dia 2 de abril de 1939 e a ampliação da sua pista foi realizada logo em seguida, ou seja, ainda na década de 1940, porem a partir daí ele fora completamente esquecido pelas autoridades e por segmentos da sociedade; ninguém mais se lembrou dele.
    Antes largado, o tempo foi passando, ficou em total degradação, o seu entorno então foi sendo invadido por favelas aos olhos das antigas Administrações Municipais, o Joquey Clube esquecido e inoperante; enquanto isso Ribeirão só crescia para o outro lado, com a construção de grandes Shoppings e outros empreendimentos imobiliários; a partir da linha férrea tudo para cima era lixo...
    Finalmente só em 1996 é que lembraram dele; fizeram então uma bela reforma; veja você, foi preciso passarem 57 anos, repito cinquenta e sete anos sem que ninguém tivesse feito absolutamente nada por ali para então só depois lembrarem dele outra vez.
    Com a cooperação da Prefeitura de Ribeirão Preto, do Ministério da Aeronáutica e do DAESP (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), a pista de pouso passou de 1.800 m para 2.100 m e a de taxiamento de 730 m para 2.100 m.
    O novo pátio de estacionamento com uma área total de 27.600 metros quadrados pode receber simultaneamente oito aeronaves Fokker F-100 ( jato de porte médio, com capacidade para 108 passageiros ) ou Boeings B-737 e para uma maior proteção e segurança nas operações noturnas de pouso e decolagem foi instalada uma nova cabina de força recuperando todo o seu sistema elétrico; finalmente fizeram o balizamento das pistas e implantaram uma nova iluminação nos pátios.
    Em resumo, o que eu quero dizer é : Porque só agora, “na altura do campeonato”, apareceram os “patriotas” de primeira ocasião exigindo um Aeroporto maior e melhor, porque não fizeram isso muito antes, porque não esclareceram ainda em tempo (e olha que houve muito tempo para isso) o povo da nossa cidade de que aquele aeroporto já estava obsoleto, que Ribeirão merecia coisa bem melhor e que como você diz com o seu brado : “povo esclarecido jamais será vencido” ?
    Deveriam sim ter lutado naquela época para conseguirem junto ao Governo Estadual e Federal uma verba necessária para poderem realizar tal intento e não agora que “o prato está feito” vão querer tumultuar, politizaR e discriminar tudo o que está por vir,jogando é claro e como sempre para as elites toda a culpa pelo mal que hoje não conquistaram.
    (CONTINUA)

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  2. (CONTINUAÇÃO DO COMENTÁRIO ANTERIOR)
    Ribeirão Preto, 04 de fevereiro de 2013

    Agora meu amigo “Inês é morta”, tarde demais para qualquer tipo de manifestação, não adianta mais derramarem “lágrimas de crocodilo”; na atual conjuntura o ” trem já passou”,“ficaram a ver navios”, vão continuar brandando em vão, infelizmente não tem mais volta para tal reivindicação e pelo “andar da carruagem” essa luta de vocês agora ficou irreversível; o que está faltando mesmo é um pouco mais de bom senso e "mea-culpa".
    Para terminar, quero lembrá-lo que uma segunda pista no local não é tão necessária assim como parece, necessário seria triplicarmos a área do terminal de passageiros imediatamente para darmos maior vazão a essa demanda que hoje já está reprimida e para o suporte que é necessário para uma futura e grande operação de carga no local, pode deixar que isso com o tempo irá surgir; com certeza novos empreendimentos nas suas cercanias vão suprir dando suporte a infraestrutura que hoje é também necessária.
    Veja você que Congonhas e Viracopos operam ainda hoje com uma única pista nos seus Aeroportos e nem por isso deixaram de funcionar a contento.

    Está tudo acabado? O que poderemos fazer então? :

    Reivindicar junto aos nobres Vereadores da Cidade, que elaborem um projeto de lei exigindo da Prefeitura uma reserva em dinheiro estipulando um certo percentual sobre o montante total a ser cobrado com a nova arrecadação que se dará através dos pagamentos de taxas e impostos e que irão recair sobre essa nova movimentação de carga gerada com a implantação desse Aeroporto Internacional.
    A Prefeitura por sua vez poderá ir fazendo um caixa e sem depender de ninguém, aos poucos, terá tempo para definir um local mais distante e apropriado para realizar essa tão sonhada e desejada conquista - Ribeirão Preto merece.

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