terça-feira, 27 de novembro de 2012

O Movimento Responde

 
Leitor defende Puxadinho e o compara a um Fusca
 


Segunda-feira, 26 de Novembro de 2012 12:41

Mario I. deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Derrapagens em pistas sem áreas de escape ...":

“ Desde que Ribeirão existe, ele nunca teve realmente um aeroporto a sua altura ... exatamente porque todo mundo quer dar o seu palpite e criticar quando algo se pretende fazer lá e por qualquer intenção, melhor que seja, ela nunca saiu do papel. Justamente agora que estamos conseguindo sair do zero, que vamos carrear muito imposto para a cidade, os altaneiros, os interessados em oferecer novas áreas (evidentemente próximas as de suas propriedades) não se conformam com tão pouco, argumentam que vai ser um novo Congonhas, por isso querem muito mais ( um novo Aeroporto ), quem sabe maior até que o de Viracopos, infelizmente estes não teem os pés no chão.

Vamos por partes minha gente : primeiro conquistemos o que está ao nosso alcance, ampliação da pista, prédio da alfândega, ampliação do estacionamento, melhoramentos no entorno e muitas outras coisas. Daqui a uns 20 anos quem sabe e se as coisas melhorarem, poderemos então pensar num segundo aeroporto. Hoje temos um "Fusca", adoraríamos ter um "Mercedes", porem melhor isso do que nada ... se esses grandes "patriotas de plantão" continuarem com essa ideia chula e megalomaníaca de querer construir um novo aeroporto em outro lugar, não só vão atrapalhar os convênios já em andamento como poderão interromper o que já foi conquistado até agora; aí sim, continuaremos marcando passo e quem sabe o dinheiro que foi reservado para essas novas conquistas poderá ser desviado para São Carlos ou outro lugar por um político de qualquer cidade.

Vocês deveriam é agradecer pelo o que está aí, saibam que até "injeção na veia" e de graça é sempre bem vindo. “


Postado por Mario I. no blog
* Congonhas em Ribeirão Não! * em 26 de novembro de 2012 12:41





Caro Mario

É sempre muito gratificante para o Movimento Pro Novo Aeroporto receber contribuições aos nossos artigos no blog. E quando contrariam os nossos objetivos é melhor ainda, porque nos permite discutir a cidade e o aeroporto que ela necessita. Uma estrutura desse porte não pode ser imposta a Ribeirão Preto por uma decisão palaciana e aí tanto faz se o endereço é em S. Paulo ou no  Palácio Rio Branco.

Lemos com bastante atenção as suas criticas e verificamos que elas são o resultado de uma desinformação midiática que bombardeia a comunidade ribeirão-pretana com a finalidade de se “aprovar” a tal ampliação da pista do Leite Lopes, tornando-o internacional.

O Leite Lopes está licenciado para operar como internacional de cargas. A manipulação midiática sugere que o Leite Lopes vai ter operações diretas para o resto do mundo. Isso não é verdadeiro. A região não tem movimento de passageiros para esse tipo de viagens.

 O máximo que pode ser é operar como “hub”, recolhendo os passageiros internacionais e concentrando-os num internacional de passageiros: Cumbica ou Viracopos. Mas isso ele já faz há muito tempo e não precisa ser internacional.

O problema está concentrado na pista, mesmo supondo-a já ampliada para 2.100 metros operacionais. É este o problema que parece ser difícil das pessoas entenderem. Então vamos responder aos seus questionamentos baseados apenas neste tema.

Quando um avião é projetado e construído, existem algumas características de fabricação inerentes ao modelo. O fabricante informa no seu manual que a aeronave para carga plena (peso das mercadorias, dos passageiros e do combustível), para uma temperatura padrão e à altitude zero (nível do mar) necessita de  um certo comprimento mínimo  de pista para pouso e para decolagem.

Quando se projeta a pista, essas informações são corrigidas para a altitude, temperatura e alguns outros fatores técnicos, muito complexos que não estão sujeitos nem a vontades nem a palpites de leigos no assunto.

Para o Leite Lopes, essa correção indica que a pista deverá ter 3.290 metros de comprimento para operações seguras com o B-767 e 3.913 metros para o B-747. A pista ampliada terá 2.100 metros. A pergunta é simples: poderão ocorrer operações seguras de decolagem de aeronaves cargueiras com carga plena nessa pista de apenas 2.100 metros, extraordinariamente curta?

A menos que queiram contrariar as leis da física, só poderão fazer isso com carga muito reduzida. E ¿se a carga for muito reduzida irá ocorrer o aumento do custo do frete? E ¿se o frete for mais caro do que os outros, quem estará interessado em usar o Leite Lopes?

Quem não quiser aceitar essas dimensões mínimas de pista porque atrapalham os seus devaneios, deverá reclamar diretamente junto ao fabricante dessas aeronaves, mas não poderá afirmar que a ampliação do Leite Lopes vai transformá-lo num aeroporto de cargas internacional.

Se achar que então se faz a pista com 3.900  metros mais as áreas de escape, também não vai  cumprir com as suas  fantasias porque não cabe no espaço disponível a menos que empurre a rodovia Anhanguera, sem entrar no mérito de que teria que relocar mais de 20.000 pessoas para isso.

As forças vivas e atuantes de Bauru acharam que eles mereciam um aeroporto novo decente. Conseguiram. Rio Preto vai construir o seu aeroporto novo. Só Ribeirão se contenta com o Leite Lopes ampliado.

Existe explicação para isso? Medo de perder uma verba? A prefeitura de Marília construiu um, em 5 anos, com recursos próprios.  Será que Ribeirão precisa mais de verba que Marília? Talvez seja menos competente. Talvez a diferença esteja nas forças vivas de Marília, Rio Preto e Bauru, que não se submeteram a interesses eleitoreiros e exigiram o que têm direito.

Também não entendemos porque é que Ribeirão deva se contentar com pouco se a construção de um novo aeroporto será sempre pago com o nosso dinheirinho. Será que Ribeirão Preto não merece um aeroporto decente? Sabe desde quando Ribeirão pleiteia esse aeroporto novo? Desde 1995, faz 17 anos.

Apenas para uma última  reflexão é importante citarmos dois fatos interessantes: o custo da ampliação do Leite Lopes, prejudicando a cidade e toda a comunidade do entorno é o mesmo que a construção de um novo em área rural com pista cargueira de 3300 metros.

E não devemos nos esquecer de que os recursos financeiros aqui investidos, quer de origem municipal, estadual ou federal, não caem do céu, saem dos nossos bolsos através dos impostos cobrados, e por isso mesmo devem ser bem aplicados em infraestrutura que traga reais benefícios coletivos, não como no caso do Leite Lopes que está prestigiando um terminal de cargas de empresa particular.


Analise essas questões e depois nos diga se acha que Ribeirão Preto precisa de um aeroporto a sério ou um de brincadeirinha, meia boca.

Consideramos o diálogo sempre  muito importante e é o que falta na discussão do tema aeroporto. Agradecemos muito a sua participação e gostaríamos que continuasse.

O grupo gestor

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