terça-feira, 20 de novembro de 2012

Estudo recente da USP de São Carlos confirma a inviabilidade da ampliação do Leite Lopes

Estudo recente da USP de São Carlos confirma a inviabilidade da ampliação do Leite Lopes
Esta noticia não foi divulgada na imprensa local. Porque será?

Todos os trabalhos sérios feitos com relação à ampliação e a simples manutenção do Leite Lopes no sitio atual, confirmam o que a cidade decidiu em 1995 na Lei do Plano Diretor: o aeroporto deve ser relocado para fora da área urbana.  Contra os fatos não existem argumentos, apesar dos fiéis e teimosos escudeiros SLLQC que ficam de plantão nos espaços da mídia para leitores. Contra a Ciência e a Técnica não existe possibilidade de controvérsia. Mesmo que isso contrarie interesses econômicos que nem mesmo são os de Ribeirão Preto e região.
 A noticia abaixo foi publicada pelo G1 que é parte do complexo jornalístico da Globo, à qual a EPTV é filiada. Por acaso essa noticia foi divulgada no noticiário da EPTV? E a EPTV não é proprietária do jornal A Cidade? Este jornal publicou alguma coisa a respeito?
 A ausência da informação pode ser considerada como desinformação? Essa noticia não seria do interesse da população de Ribeirão Preto? Porquê então não foi publicada?
 O Movimento Pro Novo Aeroporto sempre defendeu a hipótese de que o tema Novo Aeroporto em lugar do puxadinho é um tema tabú na imprensa local que apenas publica temas  a favor  da ampliação do Leite Lopes, considerando-a como já definitiva  e que nunca noticia as posições do Movimento, como se não existisse oposição séria a esse absurdo do puxadinho. Chamamos esse comportamento sistemático de campanha midiatica de desinformação pública para manipulação da opinião pública.
 O Movimento Pro Novo Aeroporto está errado nesta consideração? Independentemente disso, já que eles não publicam, nós o fazemos agora.
18/11/2012 16h30- Atualizado em 18/11/2012 16h38
Aeroporto de Ribeirão funciona em local inadequado, diz estudo da USP
Entorno limita expansões e sistema viário é restrito, segundo pesquisador.Obras de R$ 170 milhões resolverão problemas, informa Daesp.
Rodolfo Tiengo Do G1 Ribeirão e Franca
Um estudo da USP apontou que o Aeroporto Estadual Leite Lopes, em Ribeirão Preto (SP), funciona em uma área inadequada para suas operações e para receber futuras expansões. A pesquisa desenvolvida pelo estudante Tiago Furlanetto e coordenada pelo professor Marcelo Pereira de Souza, em uma dissertação de mestrado na Escola de Engenharia de São Carlos (SP), concluiu que o complexo, que de janeiro a setembro deste ano recebeu cerca de 830 mil passageiros, tem limitações estruturais em diferentes aspectos e deveria estar localizado em outra área do município.
Segundo Souza, a região do Leite Lopes - instalado na zona Norte da cidade - tem problemas como a falta de controle de emissão de ruídos resultantes da operação aeroviária, além da fragilidade no sistema viário do entorno e na malha urbana para adequações de infraestrutura.
De acordo com o engenheiro, mudanças no Leite Lopes comprometeriam a Avenida Thomaz Alberto Whatelly, único acesso ao aeroporto, e resultariam em um alto custo social, com a necessidade de transferir a população de alguns bairros para outras localidades. “As pessoas teriam que dar uma tremenda volta para chegar ao aeroporto”, afirmou. A área também não é recomendada porque na região há um córrego muito próximo, diz o estudo.
Parâmetros
A pesquisa levou em conta parâmetros ambientais, econômicas e sociais de institutos como a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) e a Organização da Aviação Civil Internacional (Icao), além da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Regras que, segundo Souza, estão obrigatoriamente atreladas a uma constante: “Um aeroporto precisa pensar em futuras expansões. É um empreendimento que gera cicatrizes muito grandes na cidade.”


Acesso viário ao aeroporto de Ribeirão é restrito, diz estudo (Foto: Rodolfo Tiengo/ G1)

As conclusões foram tiradas após dois anos de pesquisas e cálculos em um software com informações geográficas capaz de interpretar variáveis e identificar quais áreas melhor atendem os parâmetros estabelecidos. Em uma escala de viabilidade formada por quatro níveis – inadequado; de baixa suscetibilidade; bom e excelente – o aeroporto de Ribeirão Preto foi classificado no pior patamar. “Digitalizamos as informações para verificar quais áreas seriam adequadas em um raio de 25 km”, disse Souza.
O estudo também sugeriu que algumas áreas na Zona Oeste de Ribeirão e um trecho entre Ribeirão Preto e Pradópolis (SP) são as mais recomendadas para o aeroporto, tendo em vista a relativa distância do centro da cidade, a proximidade de rodovias duplicadas, além de reduzido impacto ambiental e espaço disponível para expansões.
Um aeroporto precisa pensar em futuras expansões. É um empreendimento que gera cicatrizes muito grandes na cidade"
Marcelo Pereira de Souza
Movimento de cargasOs pesquisadores da USP identificaram ainda que o transporte de cargas no aeroporto de Ribeirão Preto é inexpressivo se comparado a de outros aeroportos administrados pelo Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), como o de Araraquara (SP) e o de Bauru (SP). Além disso, representa apenas 0,25% do volume de cargas do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).
Apesar dos números, o coordenador do estudo não conclui que a construção em andamento do terminal alfandegário no Leite Lopes seja desnecessária.
DaespResponsável pela administração do Aeroporto Leite Lopes, o Daesp informou, em nota, que não teve acesso à pesquisa realizada pela USP e que todas as questões mencionadas, como o controle de ruídos e o sistema viário, serão equacionadas com as obras de deslocamento da pista do aeroporto em 500 metros e melhorias no entorno viário.
Segundo o órgão, as obras estão sendo executadas por meio de convênio entre Estado e Prefeitura de Ribeirão Preto, com um valor total de R$ 170 milhões.

5 comentários do leitores da G1


Marcelo Cartolano 5 horas atrás
...na carga aérea RAO depende de melhores condições p/aumentar a tonelagem transportada e isso virá c/as obras previstas e já em andamento no aeroporto.Além disso esse estudo pode,digo pode, estar viciado porque S.Carlos está pleiteando a internacionalização do aeroporto onde existem oficinas de manutenção de uma grande empresa aérea.A prefeitura de S.Carlos alega que a internacionalização do Leite Lopes não vai atrapalhar seu pedido, diz que uma coisa não tem nada com a outra, mas na realidade tem sim,c/RAO internacional difícilmente o Governo Federal vai autorizar internacionalizar S.Carlos.
Marcelo Cartolano 15 horas atrás
Não concordo c/esse estudo porque nada de novo foi apresentado. O entorno do sítio aeroportuário do Leite Lopes vem sofrendo adensamento populacional há anos sem que o poder público fizesse nada.Agora,fazer um estudo e dizer que a Av.Thomáz Alberto será prejudicada alegando que se dará uma volta enorme para se chegar ao aeroporto, isso é mestrado??O acesso ao aeroporto vai continuar o mesmo p/quem vem do centro e dos bairros, o desvio da Avenida será feito no entorno da pista prolongada. Existem dezenas de estudos academicos dizendo exatamente ao contrário desse, questão de ponto de vista, mas...
Marcelo 5 horas atrás
Sei não se esse estudo é viciado. Para esse pessoal de São Carlos citar positivamente Araraquara no estudo é porque deve estar correto!!!rsssss

Almanakut Blogs 15 horas atrás
E já deviam pensar em uma nova rodoviária, ligada à terminal urbano e estação de trem!

Almanakut Blogs 15 horas atrás
Isso aí é o Congonhas do futuro!


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G1 Ribeirão e Franca
03/06/2012 16h00- Atualizado em 03/06/2012 16h00
Aeroporto de Ribeirão, SP, precisa ser quatro vezes maior, aponta estudo
Crescimento de passageiros pede mais investimentos, segundo consultor. Daesp discorda de cálculo e anuncia R$ 9,6 milhões em melhorias.
Rodolfo Tiengo Do G1 Ribeirão e Franca
O Aeroporto Leite Lopes em Ribeirão Preto (SP) precisa ser quatro vezes maior para atender a atual demanda de passageiros, de acordo com pesquisa realizada por uma entidade ligada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). A falta de espaço, segundo a Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE), foi constatada por meio de um índice calculado com base na média anual de passageiros e na área total do terminal do aeroporto.
A unidade de Ribeirão, que no ano passado recebeu quase 1,2 milhão de pessoas, oferece 3 metros quadrados por usuário, quando teria que oferecer quase 12, de acordo com a pesquisa. “A ampliação feita no aeroporto dois anos atrás não adiantou, porque a demanda cresce”, afirmou o consultor aeroportuário Mozart Mascarenhas Alemão, um dos responsáveis pelo levantamento que identificou uma alta de 30% na procura por voos domésticos no Leite Lopes entre 2007 e 2011.
Segundo o consultor, a única maneira de acompanhar esse crescimento é por meio de investimentos da iniciativa privada. Recursos e interesse do poder público, de acordo com Alemão, não são suficientes para garantir melhora no atendimento dentro dos padrões defendidos no estudo. “Mesmo com recursos financeiros e competência, a legislação atual para empresas públicas amarra os investimentos”, disse.
“É um pouco pequeno [o aeroporto], não tem muita infraestrutura”, afirmou Gisele de Oliveira, 53 anos, de São Sebastião do Paraíso (MG), usuária do aeroporto que também reclama da falta de mais lojas e de uma praça de alimentação.
De Brasília (DF), o engenheiro eletricista Winter Andrade Coelho, de 59 anos, que utiliza o terminal duas vezes por mês, se queixa da falta de áreas exclusivas de espera para os clientes das companhias. “Para um padrão de cidade como Ribeirão Preto tem que ter uma boa estrutura”, disse.
Daesp
O Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), que administra o Leite Lopes, informou que o aeroporto de Ribeirão Preto está de acordo com as normas da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, sigla em inglês). “O nível de serviços de um terminal de passageiros é avaliado pelo número de usuários que passam pelo local nos horários de pico e não pelo número de passageiros/ano”, argumentou, em nota.
O órgão também informou que o Estado vai destinar R$ 9,6 milhões para melhorias no terminal até o fim de 2012, o que inclui ampliação no estacionamento, iluminação, instalação de caixas eletrônicos e de máquinas com leitura Raio-X para bagagens e melhorias técnicas na pista de decolagem. Outros R$ 2,3 milhões foram gastos em 2011 com sinalização das pistas e sistema de acesso aos pátios de aeronaves, de acordo com o Daesp.

Um comentário:

  1. Desde que Ribeirão existe, ele nunca teve realmente um aeroporto a sua altura ... exatamente porque todo mundo quer dar o seu conselho ou criticar quando algo se pretende fazer lá e por qualquer intenção melhor que seja ela nunca saiu do papel.
    Justamente agora que estamos conseguindo sair do zero, que vamos carrear muito imposto para a cidade, os altaneiros, os interessados em oferecer novas áreas (evidentemente próximas as de suas propriedades) não se conformam com tão pouco, argumentam ser um novo Congonhas, querem muito mais ( um novo Aeroporto ), quem sabe um maior até que o de Viracopos, infelizmente estes não tem os pés no chão...
    Vamos por partes : primeiro conquistemos o que está ao nosso alcance, ampliação da pista, prédio da alfândega, ampliação do estacionamento, melhoramento no entorno e muitas outras coisas. Daqui a uns 20 anos quem sabe e se as coisas melhorarem, poderemos então pensar num segundo aeroporto. Hoje temos um "Fusca", adoraríamos ter um "Mercedes", porem melhor isso do que nada ... se esses grandes "patriotas de plantão" continuarem com essa ideia chula e megalomaníaca de quererem construir um novo aeroporto em outro lugar, não só vão atrapalhar os convênios já em andamento como poderão interromper o que foi conquistado até hoje; aí sim, continuaremos marcando passo e quem sabe o dinheiro que foi reservado para essas novas conquistas poderá ser desviado para São Carlos ou um outro lugar por um político qualquer.
    Vocês deveriam é agradecer pelo o que está aí, saibam que até "injeção na veia" de garça é bem vindo .

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