A ingenuidade dos inocentes
O Movimento Pro Novo Aeroporto já sabia que após as eleições o tema da vez seria o tal Terminal Internacional de Cargas que insistem em construir no Leite Lopes em lugar de fazê-lo num aeroporto novo e adequado para receber essa estrutura.
Essa insistência, aparentemente cidadã e preocupada com o futuro de Ribeirão, esconde apenas a defesa de interesses corporativos.
O Movimento Pro Novo Aeroporto sempre necessitou de enfrentar pseudo especialistas e outros cooptados por esses interesses corporativos que tentam provar que o Terminal de Cargas no Leite Lopes é a melhor solução para Ribeirão, se arrogando nos píncaros de seus altos conhecimentos.
A noticia publicada no jornal A CIDADE (01/12/2012) e recortada abaixo, é a confissão do nível de conhecimento que os defensores do puxadinho Leite Lopes têm sobre esse assunto, que é fundamental para o futuro de Ribeirão e região. Demonstram que o nível de conhecimento que têm é absolutamente nenhum.
Um trecho é realmente inusitado e surpreendente quando o presidente da empresa TEAD Brasil informa a prefeita que só poderá operar o Terminal de Cargas depois da ampliação da pista
A prefeita Darcy Vera (PSD) disse que ficou surpresa ao saber do caso.
Inimaginável tanta inocência e ignorância vinda de quem já sobrevoou a zona sul para informar, fantasiada de “especialista em aeroportos”, onde seria um bom lugar para construir um novo aeroporto (só para assustar os especuladores imobiliários da zona sul) e que sempre afirmou que o Terminal seria a salvação da capital dos canaviais.
Ficou surpresa em saber que um Terminal de Cargas alfandegado (internacional) só tem sentido em existir se o aeroporto tiver uma pista homologada como internacional?
É a confissão de total ignorância sobre um projeto que tanto defende mas que não entende do que está defendendo.
Este é o padrão de conhecimento dos SLLQC sobre o tema aeroporto de Ribeirão Preto.
E a noticia prossegue:
Bastante irritada, ela disse ainda que o DAESP (Departamento Aeroviário do Estado de S. Paulo) não teria explicado que a operação do terminal estava diretamente condicionada à ampliação da pista.
E precisaria ser explicado? Não é o óbvio? Sem pista para pouso de aeronaves cargueiras para que serve um terminal de cargas dentro do aeroporto?
O empreendedor sabe muito bem que a obra de ampliação da pista depende de um licenciamento – coisa séria – e não de um mero protocolo de intenções, como o tal convênio assinado em Junho deste ano entre os governos municipal e o estadual, apenas mais um desde 1997 e que se só serviram para papel para rascunho, depois de garantirem o marketing político eleitoreiro.
Quais são as lições que podemos tirar desta noticia?
a) Tem gente falando grosso sobre as maravilhas em torno da figura mitológica do “Grandioso” Terminal Internacional de “Cargas”, que tem que ser localizado no Leite Lopes, mas na verdade nem sabe direito do que está falando;
b) No terminal de cargas da TEAD provavelmente só vai ter construída a estrutura do galpão no prazo previsto (janeiro de 2013) mas não vai colocar o mobiliário e os equipamentos de operação de capatazia e armazenagem porque são muito caros, sem ter a certeza de que a pista será efetivamente ampliada;
c) Como os projetos dessa pretensa ampliação, baseados em simples protocolos de intenções, só estão previstos para 2015, todos os equipamentos colocados no Terminal, teriam os prazos de validade vencidos antes de entrarem em operação. Isso é possível de acontecer na administração pública. Na administração privada, certamente que não. Na administração publica leva bronca do Tribunal de Contas. Na atividade privada é sumariamente despedido.
d) Pelo menos ambos – administração municipal e empresarial – confirmam que não existe o tal redirecionamento da pista mas sim a sua ampliação, que está impedida por sentença judicial.
e) A TEAD Brasil, de modo muito precavido e sensato, duvida que a pista venha a ser ampliada. Por isso, antes de levar mais bronca da administração municipal de que não constrói o terminal, já vai avisando que é importante que ela – administração municipal – volte a perturbar o DAESP com esse problema. Se nada for feito, então não perturbe o empreendedor. É um bom recado.
E para finalizar o chiste final:
”estou esperando que o senhor não construa uma gaiola mas um terminal alfandegário”
Ribeirão Preto e região é que não estão dispostos a terem o seu desenvolvimento cerceado para atender aos interesses de um empreendimento privado e muito menos ser objeto de sonhos e devaneios encastelados em prol da ingenuidade dos inocentes.
A proposta do Movimento Pro Novo Aeroporto não muda: A TEAD participa da licitação para a exploração econômica do Terminal de Cargas Alfandegado a ser construído no Novo Aeroporto; a administração municipal assume que não sabe do que está fazendo (acabou de confessar na noticia publicada) e passa a exigir imediatamente a construção do Novo Aeroporto e Já! Com novo uso para o Leite Lopes, para não perturbar esta nossa sofrida cidade, órfã de estadistas.
Em razão de todos estes fatos, vamos iniciar uma serie de artigos sobre o tal Terminal de Cargas, o Milagreiro, que a administração municipal tanto pleiteia mas que nem sabe direito do que se trata.
Povo esclarecido jamais será iludido
Congonhas em Ribeirão, Não!
Leite Lopes com outro uso (alternativo)
sem ampliação e sem desapropriação
Novo aeroporto em nova área já!
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