ACIDENTES NÃO ACONTECEM POR FATALIDADE OU POR CAUSAS FORTUITAS
No dia 15/11/2011 aconteceu uma quase tragédia no pouso de um avião no aeroporto de Uberlândia.
Um avião da Companhia Passaredo saiu da pista e avançou cerca de 500 m no início da madrugada desta terça-feira no aeroporto de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Para evitar a colisão com um muro que fica após a área de escape, o piloto foi obrigado a fazer uma manobra lateral.
Passageiros e funcionários do terminal relataram ao Corpo de Bombeiros que a aeronave chegou a arremeter uma vez antes do pouso forçado. O avião levava 27 passageiros e decolou do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, por volta de 0h.
Chovia forte na hora do incidente e pouco tempo antes o aeroporto de Uberlândia chegou a ficar fechado devido ao mau tempo. "Em São Paulo o voo atrasou esperando o aeroporto aqui reabrir. O voo todo foi de turbulência, nunca pegamos tanta turbulência como pegamos desta vez. Normalmente quando um avião pousa, ele dá um baque no chão e começa a parar. Ele não fez isso, só derrapou".
De quem foi a culpa? A pesquisa na internet, feita de forma informal, resumiu as causas do quase acidente a três “irresponsáveis”: a torre que autorizou o pouso, o piloto que pousou com a pista molhada e, como não poderia deixar de ser, porque chovia e a pista estava molhada.
Ninguém se referiu a que a pista é curta e imprópria para uso por essas aeronaves, que aliás é de médio porte. A pista tem quase 1800 metros mas está à altitude de cerca de 940 metros. O Leite Lopes tem uma pista operacional de 1800 metros mas à altitude de 560 metros. Embora à primeira vista as pistas tenham o mesmo comprimento, o fato é que a de Uberlândia é menor por causa do fator altitude. No entanto esse aeroporto ocupa uma área de 217 ha e o Leite Lopes apenas 170 ha.
Acidentes aéreos não acontecem por fatalidade ou por causas fortuitas. Normalmente é por cupidez onde o interesse econômico supera o interesse pela segurança, permitindo pousos de aeronaves em pistas inadequadas, porque sabemos que na época das chuvas, sempre vai chover e as pistas vão ficar molhadas. Portanto, para o caso de força maior que impeça o aparelho de pousar nas condições normais de segurança, as pistas devem ter áreas de escape que detenham o seu rolamento, sem causar traumas e vítimas nos passageiros e tripulantes.
Mas, se o fato tivesse acontecido no Leite Lopes, teríamos pessoas atropeladas na Av. Thomaz Alberto Whately ou o avião teria entrado em alguma casa no Quintino.
Continuando a pesquisa, verificamos que Uberlândia, cidade com 600.000 habitantes, com um desempenho econômico semelhante ao de Ribeirão, líder regional em serviços e comércio e que está se tornando uma cidade universitária, consegue ter um aeroporto tão ruim quanto ao de Ribeirão Preto.
Mas tem uma pequena diferença, diferença essa que mostra porque é que essa cidade cresce a um ritmo muito mais rápido que Ribeirão Preto e de forma mais consolidada: as forças realmente vivas dessa cidade têm neurônios. Vejamos porquê, numa citação do Wikipédia:
Aeroporto de Uberlândia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O aeroporto tem acompanhado o crescimento da aviação regional e do pólo industrial da região. O movimento de aeronaves e passageiros tem apresentado um expressivo crescimento, principalmente a partir de 1997.
Foi anunciada para breve a assinatura de um Termo de Convênio entre a Infraero, o Governo de Minas Gerais e a Prefeitura de Uberlândia para a construção de um novo aeroporto. A expectativa é que o terminal atenda a 1,5 milhões de passageiros, demanda prevista para 2010
Num aeroporto com uma área quase 30% maior que o Leite Lopes, prevendo uma demanda de 1,5 milhões de passageiros/ano para 2010, qual é o enfoque das forças vivas locais? Ampliar o aeroporto? Não! Construir um aeroporto novo. Prefeitura e Governo do Estado juntos. Certamente que todas as entidades da Sociedade Civil também devem estar engajadas nesse projeto.
E em Ribeirão Preto? O equivalente a essas forças, apoiando a governo do estado e a prefeitura local, batendo o pé igual a crianças birrentas, impedem a construção de um aeroporto novo e exigem a ampliação do Leite Lopes.
Esta é a grande desvantagem de Ribeirão Preto em relação a todas as cidades de porte médio que tem aeroportos pequenos dentro da área urbana: nós temos os SLLQC (Só Leite Lopes a Qualquer Custo ), verdadeiros trava desenvolvimento.
Precisamos de reverter este quadro e estamos no caminho de consegui-lo:
a) duas vezes, este ano, a Câmara Municipal opta pela construção de um aeroporto novo;
b) mesmo com o poder da mídia a serviço dos SLLQC e de todo o poder do estado, o Movimento Pro Novo Aeroporto tem conseguido esclarecer a população de quais os interesses que estão por trás da insistência da ampliação-puxadão do Leite Lopes;
c) Nas eleições do ano 2000 conseguimos adesões de candidatos a prefeito mas que não incluíram esse tema nas respectivas campanhas, mas este ano, já temos o tema novo aeroporto como tema central de campanha de futuros candidatos, porque o tema foi incluído no seu programa partidário.
Estão aparecendo estadistas como candidatos e esperamos que a safra seja boa para Ribeirão Preto poder se desenvolver. Mas para isso precisamos ser responsáveis nas próximas eleições. Por isso,
Em 2012 não vote em político de 3ª linha: vote em estadista
E, como sempre
Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área já!
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