quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Túnel do Tempo - Caipirices, desvarios e “jóias” da Tecnologia SLLQC

1997
Através de um estudo financiado a fundo perdido  pela Trade Development Agency (TDA), órgão dependente do Departamento de Estado  do governo dos USA, uma empresa norteamericana desenvolve um projeto de viabilidade de ampliação do Leite Lopes;
·                    A “Califórnia Brasileira, Capital do Agronegócio” agora seria elevada a categoria de sermos “Internacionais”
·                    A prefeitura municipal, na  administração Jabali (PSDB), aprova essa ampliação, sem se preocupar com a legislação municipal , que deveria implantar e defender (Plano Diretor - LC 501/95);
·                    Tais estudos “internacionais” foram rechaçados pelo Ministério Público por ignorar a legislação brasileira referente a obrigatoriedade do EIA RIMA.

A Câmara Municipal de Ribeirão Preto constitui uma Comissão Especial  de Estudos (Resolução 43/97) para análise do projeto e aprova a ampliação do Leite Lopes;
·                A Comissão não questionou à época depoimento de Secretário Municipal de Planejamento de que não considerava o aeroporto dentro da cidade.

2001

·         licitação  para o terminal de cargas internacional sem que o Leite Lopes o fosse.  Depois se lembraram disso e pediram a outorga

·         Área prevista para o terminal de Cargas (5.000 m² )  menor que muitos depósitos de rede de lojas , quando aeroportos como Cumbica e Viracopos tem terminais de 97.800 e 81.000 m² respectivamente. Supondo que esse terminal estivesse construído, a área total disponível para carhas internacionais no estado de S. Paulo seria de 183.800 m² e o Leite Lopes teria disponível, para garantir o desenvolvimento regional, pujantes 2,7% da capacidade total instalada!

2005
Os favoráveis a ampliação criam o Movimento Decola Ribeirão mas criticados como “Degola Ribeirão“ são obrigados a elaborar o EIA-RIMA.
·         A área onde se situa o Leite Lopes é a pior entre as 7 áreas estudas para sediar o aeroporto, mas através da manipulação dos dados apontam no EIA RIMA  como sendo a melhor.
·         Negam o risco aviário e a presença de urubus no aeroporto, todavia estas aves para reafirmar sua presença originam a posteriori 06 acidentes em aeronaves.
·         Nem mesmo citam o risco para as crianças do entorno urbano do aeroporto que se divertem empinando pipas e que podem  ser empurradas pelo vento paras as cabeceiras ou para a própria pista. Este é um risco inerente, exclusivo, para aeroportos situados dentro de áreas urbanas.

2007
AGOSTO            DAESP arquiva e desiste do EIA-RIMA. Por incrível que pareça, momento histórico da vitoria do bom senso:
·      Inicio das conversações entre o MP e o DAESP para o acordo judicial onde se formaliza o compromisso da não ampliação do Leite Lopes

2011
FEVEREIRO         A  prefeitura municipal, o braço político dos SLLQC locais, insiste não apenas na ampliação da pista  do Leite Lopes em 300 metros, o tal de puxadinho, mas ainda arrogantemente afirma que irá entrar no Judiciário para anular o  tal de TAC entre o Governo do Estado e o Ministério Público que impedia a ampliação da pista. Em  entrevista para a Clube no dia 12, o Governador do Estado. afirma que vai falar com o Ministério Público pra rever o TAC.

·      O governador desconhece de que não existe nenhum TAC impedindo a ampliação do Leite Lopes. pois ele só fala o que a assessoria o informa. Existe uma sentença  judicial validando um acordo entre o MP e o DAESP da impossibilidade técnica de ampliação. Se o governador está mal informado, deve-se certamente a sua assessoria ou outras fontes das pérolas canavieiras
·         Argumentam que puxar esses 300 metros operacionais não representa ampliar a pista .....


A semana de 6 a 12 fevereiro de 2011 foi profícua na falta de bom senso dos SLLQC. O festival de besteirol ultrapassou os limites. Vamos ver porquê:

·      A Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto apresentou, finalmente, o grande projeto do puxadinho da pista. Não vai precisar de túnel nem de viaduto.
·      Perceberem que era um bobagem.  Vão apenas empurrar a av. Thomas Albert Watelly para a frente. Será  uma alteração significativa de todo o sistema viário do entorno do Leite Lopes. É claro que isso requer  um EIA-RIMA, mesmo que simplificado, no mínimo um RARAM**  ou pelo menos um Estudozinho de Impacto de Vizinhança.
·                    Esses procedimentos já deveriam estar junto com o projeto básico. Não vieram. Devem ter esquecido. Empurraram o projeto executivo para o DAESP.

·           A falta de definições políticas quanto ao Novo Aeroporto para Ribeirão Preto, tem ocasionado sugestões que vão do esdrúxulo ao ridículo.

·           Renomado jornalista local  publica matéria na Gazeta, dia 7 de fevereiro, na base da pilhéria, que se o DAESP ou Infraero optassem em colocar um aeroporto rapidinho para a nossa metrópole canavieira, uma solução seria comprar o porta-aviões John Fitzgerald Kennedy, dos EUA, aposentado operacionalmente, e colocá-lo no rio Pardo.


MARÇO               Internauta envia e-mail afirmando que o  novo aeroporto têm que ficar dentro de Ribeirão Preto
·      É uma preocupação muito comum mas a nossa pergunta é simples: essa preocupação é tributária? O interesse patrimonial do poder publico não pode se sobrepor ao interesse público.  Se não é, qual a motivação dessa exigência? Bairrismo? Não é assim que se estudam os sítios aeroportuários principalmente para os de grande porte.

ABRIL
·      O Governo do Estado doou para si mesmo, ou seja, para o DAESP, um terreno ao lado do Leite Lopes para a futura ampliação.   É um terreno tão grande que nem o DAESP sabe o que fazer com ele. Provavelmente vai ter que contratar consultoria especializada para elaborar o projeto pra o seu uso maximizado.  Qual é a área? Portentosos 300 m² !!! Agora sim, a ampliação do Leite Lopes está garantida, sem necessidade de desapropriação.
·         E depois de todas estas auspiciosas noticias SLLQCianas, lembra-nos o esgoto. Sem segundas intenções ou ilações entre os temas. Esgoto mesmo. O Leite Lopes, esse extraordinário aeroporto, que já é internacional de cargas,  não está ligado à rede de esgotos? Ainda usa fossa. Aliás, várias. E quando chove algumas extravasam. E, é claro, deixam o seu odor característico. E isso nos lembra que  Ribeirão Preto tem quase 100% de esgoto tratado. Não é isso que as autoridades municipais alardeiam aos sete ventos?


MAIO                Saiu na imprensa (TV Record) –

 Muita sujeira no Aeroporto Leite Lopes em Ribeirão Preto. Além do mato alto e água parada, o lixo das aeronaves está causando transtornos para quem trabalha no local.”
“O Governador Geraldo Alckmin em visita a região em 02/05/11 , na entrevista de abertura da Agrishow  afirmou que vai a justiça levar a proposta da ampliação (puxadinho) dentro do novo  estudo de zoneamento de ruídos  e que com isso preserva  a qualidade de vida das pessoas”
·         O Governador está muito mal assessorado pois a sua informação a  respeito de qualidade de vida contrasta com a ignorância em saber o nome correto  dos bairros onde residem esses mesmos moradores, como o Bairro Quintino Facci I citado  na entrevista  como Quirilo.
·         Não bastasse a falta de informação  em relação ao nome correto dos bairros, acrescente-se  a situação vergonhosa do acúmulo  do lixo no aeroporto, sem mencionar que o aeroporto nem rede de esgoto canalizada  tem
·         É tecnicamente impossível fazer a demonstração de que a Curva de Ruído permite a ampliação da pista preservando a qualidade de vida das populações.
·         O Estudo de Zoneamento de Ruído não exclui o Estudo de Impacto Ambiental, já que é apenas um de seus muitos  aspetos a serem analisados. A desinformação do Sr.  Governador já se tornou proverbial.
JUNHO              Saiu na imprensa (EPTV) : Veja o caso da família de um agricultor (Gelfuso) que luta há 50 anos para que a Justiça julgue a ação de reconhecimento das terras onde atualmente está o Aeroporto Leite Lopes.
·         Principalmente nos anos eleitorais os candidatos SLLQC se justificam para o eleitorado no entorno do aeroporto que além da ampliação gerar empregos para os pobres das imediações, nas desapropriações ninguém é prejudicado pois paga-se o (baixissimo)  “preço de mercado da área“

JULHO               Saiu na imprensa (Jornal A Cidade)
Pipas fecham Leite Lopes e atrasam vôos em 1h30
·         Mas poderia sair com a seguinte manchete:  Avião em vôo internacional teve o seu pouso no Leite Lopes cancelado porque tinha crianças empinando pipa perto da cabeceira.”

AGOSTO            Anunciam a proposta de ampliação do Puxadão.

·       O puxadão representa a proposta de um novo Congonhas para a  cidade de Ribeirão Preto e permitirá a  sua inclusão no Livro do Guinnes – como o menor e pior Aeroporto Internacional de Cargas do planeta.

·       A Prefeitura Municipal adianta-se ao Governo do Estado e já coloca na revisão da Lei do uso e Parcelamento do  Solo as áreas a serem desocupadas de residências para se tornarem industriais ou comerciais, com base no tal Estudo de Zoneamento de Ruído que  nem aprovado foi pela ANAC.

Leite Lopes terá espaço publicitário - Gazeta_27-11-11

domingo, 27 de novembro de 2011

Blog do Márcio


 O DEPUTADO CARA DE PAU RAFAEL SILVA PDT= Poxa Dilma Tiamo

1-PAI DE SANTO DERRUBA DARCY VERA,A PREFEITA SEM VERGONHA DE RIBEIRAO PRETO.

                                O BLOG DE MARCIO FRANCISCO
             A prefeita de Ribeirão Preto disse que Foi Tiradentes que gritou independencia ou morte
                                       www.marciofrancisco.blogspot.com
                                              
                    Vejam meu outro blog de videos e politica
                     www.atrombetadopovo.wordpress.com

 Sou o Jornalista que junto com o jornal Correio Braziliense descobriu e denunciou o jatinho de U$$ 7 milhões que derrubou o Ministro Wagner Rossi.Ajudei o Brasil.
                                        

Proposta de alteração da Lei de Uso e Ocupação do Solo


Audiência Pública para discussão do Projeto de Lei para alteração da Lei de Uso e Ocupação do Solo


Local - Câmara Municipal de Ribeirão Preto
Data – 30 de novembro
Horário – 19:00 hs


O Movimento Pro Novo Aeroporto de Ribeirão Preto apresenta sua proposta para alteração dos artigos a seguir indicados, com as respectivas justificativas:

Seção II

Das Áreas Especiais


Art. 6º. São Áreas Especiais:
X – Área Especial do Aeroporto (AEA) – é a área abrangida pelo Aeroporto Luis Leite Lopes e pelo Plano Específico de Zoneamento de Ruído do mesmo, sujeita às restrições específicas ditadas pelos órgãos da aeronáutica.

a)          Esta redação implica que necessariamente Ribeirão Preto apenas poderá dispor de um aeroporto – que é citado nominalmente, o que não corresponde à verdade, já que existe interesse público consagrado na construção de um novo aeroporto;

b)          Quando define a área abrangida pelo aeroporto e pelo Plano Especifico de Zoneamento de Ruído e que fica sujeita às restrições impostas pelos órgãos da aeronáutica, ou se trata de um pleonasmo ou pode ser entendida que outros planos de segurança não sejam atendidos.


Redação proposta:

X - Área Especial de Aeroportos (AEA) -  área patrimonial dos sítios aeroportuários e de seu entorno que atenda às exigências das Zonas de Proteção e Área de Segurança Aeroportuária definidas pelas autoridades aeronáuticas, assim como a Área de Segurança Aeroportuária, nos termos do art. 1º da Resolução CONAMA 04/1995 e que atenda às restrições impostas pelo art. 46 da portaria 1141/GM5

Art. 12. As áreas destinadas aos usos industriais, comerciais e de prestação de serviços, com risco ambiental, conforme os Anexos VI e VII, serão classificadas nas seguintes categorias, compatibilizando as atividades com a proteção ambiental:
III– Área de Uso Industrial III (AID-3) – destina-se, sem prejuízo à instalação de estabelecimentos de menor potencial poluidor, à implantação de atividades industriais, comerciais e de prestação de serviços, classificadas com índice ambiental até 2,0 (dois), exceto aquelas que possam causar infiltração de efluentes no subsolo, atingindo o lençol freático ou o Aquífero Guarani,que produzam efluentes gasosos, nocivos à saúde e bem estar das populações , ou que possam influir nas operações do aeroporto;

“[...] ou que possam influir nas operações do aeroporto” é uma redação que não caracteriza nada, já que não são citadas quais são as operações afetáveis.

Para resolver essa  questão, o CONAMA emitiu uma Resolução (04 de 09/10/1995)  que visa disciplinar o Uso do Solo nas áreas do entorno dos aeroportos, a partir do centro geométrico do aeródromo, num raio que varia de 20 km para aeródromos que operam com IFR  a um raio de 13 km para os restantes aeródromos.

Também a Portaria 1141/GM5/87 do Ministério da Aeronáutica (cap. XI art.46) determina atividades não permitidas nas áreas de Aproximação e Áreas de Transição dos aeródromos e helipontos.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   
Redação proposta

Retirada do item a frase citada e que seja incluída uma nova área denominada Área de Segurança Aeroportuária onde todas essas exigências sejam devidamente descritas e definidas planimetricamente.

Ribeirão Preto, 24 de Novembro de 2011

sábado, 26 de novembro de 2011

Aeroporto Leite Lopes - histórico de riscos e acidentes



Acidentes aéreos são mais freqüentes próximo aos aeroportos

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Críticas ao Movimento Pró Novo Aeroporto Regional de Ribeirão Preto

O bom da crítica é que ela nos obriga a refletir. Os leitores do Informativo do Movimento Novo Aeroporto de Ribeirão Preto e Região costumam interagir de forma significativa. Uma dessas intervenções foi muito importante porque levantou um problema: porque é que o Informativo relatou o acidente recente ocorrido na Escócia? Na opinião desse leitor, acidentes acontecem e na maioria das vezes nos aeroportos e querer relacionar isso com o Leite Lopes apenas nos conduz ao descrédito.

É evidente que a maioria dos acidentes aeronáuticos ocorrem nos aeroportos, porque se o avião não explodir no ar, o desastre, necessariamente ocorrerá no aeroporto ou perto dele, ou seja, no chão (ou no mar). Aí nos lembramos da tragédia do avião da TAM em Congonhas, em 2007. Más condições de tempo, falha nos motores, erro dos pilotos, pista curta, sem grooving*, sem área de escape, mais isto e menos aquilo. E pronto, foi um acidente, ou seja, um acontecimento casual, imprevisto ou fortuito (segundo o Dicionário Aurélio).

De tudo o que aconteceu, se a pista tivesse comprimento adequado e área de escape em condições de segurar a aeronave em risco, teria acontecido um acidente sim, mas apenas isso, com pessoas  que iriam ter alguma coisa para contar para os seus netos. Estaríamos na presença de uma aviação segura (que nós temos) operando em estruturas aeroportuárias seguras (o que nós não temos).

Logo, em Congonhas não aconteceu um acidente porque, em operação nas condições limites, não reuniu uma situação mínima de segurança. Não ocorreram as circunstâncias de ser casual, imprevisível ou fortuita, porque era previsível que acontecesse.  Foi uma catástrofe ocorrida por negligência dolosa, porque era sabido dos riscos inerentes a uma operação insegura numa pista curta e sem área de escape.

Aqueles que não foram atingidos pela tragédia lamentam o incidente e resolvem tudo pela palavra mágica "acidente".  Se houvesse a possibilidade de perguntar aos ditos "acidentados" o que eles acharam disto, talvez não pudéssemos transcrever a conversa por estarem usando um vocabulário impróprio para publicação.

Por isso, por dois motivos principais, citamos os acidentes ocorridos em aeroportos:
- primeiro, para deixar claro que acidentes acontecem com aviões também. Tem muito passageiro que não tem a menor noção de risco porque lhes dizem que o avião é o meio de transporte mais seguro que existe. Não lhes dizem que nem todo o aeroporto é seguro.
- segundo, quando o aeroporto é adequado e possui total controle dos riscos, com pista adequada e com área de escape eficiente, os acidentes ocorrem dentro da área do aeroporto e com poucos danos aos passageiros e tripulantes.

O Leite Lopes não é seguro. Já ocorreram acidentes com pessoas mortas atingidas por aviões de médio porte que atravessaram a avenida Thomaz Alberto Whately. Agora querem fazer um "puxadinho" de 300 metros para operarem aviões de maior porte numa pista que continuará curta, sem área de escape e sem condições de operação segura nas condições limites, permanecendo ao lado da avenida.

A Engenharia é coisa séria. Não podemos nos permitir à irresponsabilidade de aprovarmos como eficiente e seguro um aeroporto que sabemos não o ser.  É nossa responsabilidade profissional garantirmos a incolumidade pública. Os interesses econômicos e os políticos só podem ser atendidos quando essa condição incolumidade pública estiver presente e garantida.


*Grooving - ranhuras feitas na pista com o objetivo de aumentar o atrito das rodas do trem de pouso e reduzir as possibilidades de aquaplanagem.

Foto: Internet
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Desvarios dos SLLQC

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Esta semana que passou (de 6 a 12 fevereiro de 2011) foi profícua na falta de bom senso dos SLLQC*. O festival de "besteirol" ultrapassou os limites. Vamos ver o porquê.

A Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto apresentou, finalmente, o grande projeto do "puxadinho" da pista. Não vai precisar de túnel nem de viaduto, perceberam que era um bobagem. Vão apenas empurrar a avenida Thomaz Alberto Whately para a frente e colocar um paramento protegendo a avenida das puxadas de motor na cabeceira. Vai gerar uma alteração significativa de todo o sistema viário do entorno do Leite Lopes. É claro que isso requere um EIA-RIMA, mesmo que simplificado, no mínimo um RARAM** ou, pelo menos, um "Estudozinho de Impacto de Vizinhança". Esses procedimentos já deveriam estar junto com o projeto básico. Não vieram, devem ter esquecido. Empurraram o projeto executivo para o DAESP. E essa do paramento é uma verdadeira inovação técnica. Esqueceram de avaliar o custo dessa "obrinha", com mais de 12 metros de altura, que deve resistir a ventinhos, simples brisas, de 250 a 300 quilômetros por hora.

Essa "reformulaçãozinha" requere, em desapropriações, cerca de 19 milhões de reais tomando como base o valor venal, segundo os experts municipais.

A prefeitura de Ribeirão Preto não é obrigada a ter especialistas em aeroportos para projetar "puxadinhos". Portanto, todas essas iniciativas podem ser relevadas porque são oriundas de inocentes leigos. Na área de avaliação de custos por desapropriação isso já não pode, é obrigada a ter. E deveria saber que as desapropriações têm que ser pagas não pelo valor venal nem pelo valor de mercado, mas sim pelo valor de reposição do bem. Ou seja, não basta pagar a uma indústria o valor venal do terreno e dos custos das instalações depreciadas pela idade, tem que pagar por uma indústria novinha em folha em local equivalente. Além de todos esses custos, deve incluir também o tempo parado, além de outras condições. É norma. É obrigatório, é lei. Com as casas também, comércio idem, incluindo o fundo de comércio (ponto para os íntimos). Podemos, portanto, estimar que esse custo seja perto do triplo, ou seja, o custo das desapropriações para fazer um "puxadinho" pagaria um aeroporto novinho em folha.

Mas vamos nos ater aos 19 milhões. Esse valor daria para comprar 345 hectares para construir um aeroporto novo. Sabe qual é a área do Leite Lopes? 170 hectares. Gastar uma área com o dobro do Leite Lopes só para que possa fazer um "puxadinho" é normal? E só para um que vale 15% do mínimo da pista que eles propõem que seja feito? Se somarmos todos esses valores aos que foram gastos para termos um aeroporto "meia boca", já foram despendidos recursos para construir um aeroporto novo num período de tempo que daria para ter construído pelo menos cinco. Esses projetos são um desvario e o pior é que tem gente que ainda consegue apoiar uma aberração desse tipo!

Coitados dos diretores do DAESP que são obrigados por função a aguentar essas atitudes. Coitados dos diretores da Infraero que são os próximos da fila e nem senha tiraram.

Mas os desvarios não terminam aí.

No jornal A Tribuna de 12/02/2011, o Ministério Público informa o óbvio: o "puxadinho" é ampliação e ampliações não são permitidas. Nem podem sê-lo, porque já ficou demonstrado pelo EIA-RIMA da total impossibilidade técnica e física de que o Leite Lopes possa ser maior do que um aeroporto para aviação executiva e de teco-teco excelente para uma cidade do interior. Porém, não para Ribeirão Preto e região.

O Leite Lopes nunca terá condições de ser o aeroporto que a região precisa e merece. Precisamos de um aeroporto novo. Essa percepção já existe desde 1995, mas fomos surpreendidos com uma entrevista do governador do estado para a TV Clube, no dia 12. Nela, o governador afirmou que vai falar com o Ministério Público pra rever o TAC. Temos aqui outro grave problema. O governador desconhece que não existe nenhum TAC impedindo a ampliação do Leite Lopes, pois ele fala o que a assessoria informa. Existe uma sentença judicial validando um acordo entre o Ministério Público e o DAESP sobre a  impossibilidade técnica de ampliação. Se o governador está mal informado, deve-se certamente à sua assessoria ou outras fontes das pérolas canavieiras.

O problema do tal "TACzinho" dos SLLQC já é assunto superado e deveria estar enterrado. Isso nos leva a imaginar que ainda existam múmias circulando, que perderam o rumo e não conseguem voltar aos sarcófagos.

O LEITE LOPES FICA COMO ESTÁ e um AEROPORTO NOVO JÁ!


*SLLQC É o grupo de pessoas e entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

**RARAM Estudo de Impacto Ambiental exigido pelo município.



Acidentes em aeroportos sempre acontecem e podem ocorrer fora das pistas.
Se existirem áreas de escape adequadas, esses acidentes apenas farão parte do anedotário aeroportuário. Quando não têm áreas de escape e o acidente se propaga a áreas habitadas temos os chamados acidentes com vitimas. Não serão parte do anedotário mas do obituário.
É isso que não queremos em Ribeirão Preto. E alguns já aconteceram com aeronaves de pequeno porte. O que poderá ocorrer se forem de médio a grande porte?

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O TEMA NOVO AEROPORTO NA CAMPANHA POLITICA 2012

A campanha política para 2012 já começou. Acreditamos que começou quando o Movimento Pro Novo Aeroporto reconhece que muitos dos políticos que estão na ativa foram colocados por todos nós, de forma irresponsável, e que só existe uma forma de nos redimirmos dessa irresponsabilidade :

Em 2012 não vote em político de 3ª linha: vote em estadista

Independentemente da coloração política partidária, o fato é que  certos setores que dominam a sociedade  ribeirão-pretana, são sempre hegemônicos, independentemente do partido que ganha as eleições municipais.

Politicamente Ribeirão Preto tem sido uma sociedade administrada por uma oligarquia ( poder político  concentrado num pequeno número de pessoas ) a serviço do poder econômico, ou seja, uma classe política caduca que apenas rege a cidade para beneficiar os mais ricos e seus interesses, mesmo que em prejuízo dos interesses locais. O Leite Lopes é um exemplo claro disso e o Movimento Pro Novo Aeroporto sempre denunciou.

Essa oligarquia a serviço do poder econômico só se mantém graças a dois fatores principais:

Primeiro implantando-se uma política de estado para manter uma educação  pública de má qualidade para as camadas populares mas que privilegie a subserviência ao mercado e que em nada conduza à educação integral do individuo, garantindo a formação de cidadãos individualistas  e voltados somente para si mesmos, incapazes de ações coletivas.

Um exemplo para Ribeirão Preto: Coloca-se no currículo escolar a divulgação ideológica do agronegócio predador como se fosse benéfico à sociedade mas não se produz um ensino crítico, laico, humanístico e dialético, base para se formar uma sociedade moderna , que inclua a todos de forma abrangente. Talvez esteja aí uma das explicações para a violência, e em particular para a violência doméstica e escolar.

No entanto, implantar no currículo  escolar uma matéria que é obrigatória por lei, qual seja a Educação Ambiental, é muito difícil e até agora consiste numa meta inalcançável

O segundo fator para manter essa educação de não-formação, a própria mídia se encarrega de manter as camadas populares desinformadas e, quando necessário, recorrendo às técnicas mais rebuscadas de manipulação da opinião pública.

Basta lembrarmos as maravilhas anunciadas pelo Papai Noel Leite Lopes da Internacionalização e do Puxadinho.

Nas eleições de 2012 determinados temas serão uma excelente oportunidade para o eleitorado  diferenciar  o verdadeiro estadista do falso, que são os políticos de 3ª linha que o marketing midiático tenta travesti-los de estadistas.  Dentre estes temas está exatamente a novela aeroporto, em que denominamos estes 3ª linha de SLLQC (Só Leite Lopes a Qualquer Custo) que a décadas são reeleitos e travam o progresso da nossa cidade .

Por tudo isso, o Movimento Pro Novo Aeroporto também luta pelas melhorias da educação popular, da saúde pública,  das condições de moradia e  de desfavelamento, assim como das condições de saneamento básico que deveriam estar disponíveis para todos e não estão, embora sejam regiamente pagos por todos, inclusive os mais pobres.

Embora na campanha de 2000 alguns candidatos tenham hipotecado o seu apoio a este Movimento  esse apoio não fez parte do programa de governo. No entanto, este  ano, alguns partidos já estão incluindo a discussão do Novo Aeroporto como programático.

Esses partidos estão, portanto, de parabéns.  E o Movimento Pro Novo Aeroporto se dispõe a fornecer toda a colaboração necessária para que consolidem essa posição.


Insistir no Leite Lopes é dar murro em ponta de faca, ou como a Prefeita concluiu, somente depois de tantos anos, que   a discussão sobre o Leite Lopes já cansou!



Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área já!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

BLOG DE MARCIO

POVO QUER PREFEITA DE RIB.PRETO NA CADEIA
Leitores da folha de Sp querem prefeita de Ribeirão Preto na cadeia

                                O BLOG DE MARCIO FRANCISCO
             A prefeita de Ribeirao Preto disse que Foi Tiradentes que gritou independencia ou morte

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Sou o Jornalista que junto com o jornal Correio Braziliense descobriu e denunciou o jatinho de U$$ 7 milhões que derrubou o Ministro Wagner Rossi.Ajudei o Brasil.

Acidentes não Acontecem por Fatalidade

ACIDENTES NÃO ACONTECEM POR FATALIDADE OU POR CAUSAS FORTUITAS

No dia 15/11/2011 aconteceu uma quase tragédia no pouso de um avião no aeroporto de Uberlândia.

Um avião da Companhia Passaredo saiu da pista e avançou cerca de 500 m no início da madrugada desta terça-feira no aeroporto de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Para evitar a colisão com um muro que fica após a área de escape, o piloto foi obrigado a fazer uma manobra lateral.
Passageiros e funcionários do terminal relataram ao Corpo de Bombeiros que a aeronave chegou a arremeter uma vez antes do pouso forçado. O avião levava 27 passageiros e decolou do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, por volta de 0h.
Chovia forte na hora do incidente e pouco tempo antes o aeroporto de Uberlândia chegou a ficar fechado devido ao mau tempo. "Em São Paulo o voo atrasou esperando o aeroporto aqui reabrir. O voo todo foi de turbulência, nunca pegamos tanta turbulência como pegamos desta vez. Normalmente quando um avião pousa, ele dá um baque no chão e começa a parar. Ele não fez isso, só derrapou".

De quem foi a culpa? A pesquisa na internet, feita de forma informal, resumiu as causas do quase acidente a três “irresponsáveis”: a torre que autorizou o pouso, o piloto que pousou com a pista molhada e, como não poderia deixar de ser, porque chovia e a pista estava molhada.

Ninguém se referiu a que a pista é curta e imprópria para uso por essas aeronaves, que aliás é de médio porte. A pista tem quase 1800 metros mas está à altitude de cerca de 940 metros. O Leite Lopes tem uma pista operacional de 1800 metros mas à altitude de 560 metros.  Embora à primeira vista as pistas tenham o mesmo comprimento, o fato é que a de Uberlândia é menor por causa do fator altitude.  No entanto esse aeroporto ocupa uma área de 217 ha e o Leite Lopes apenas 170 ha.

Acidentes aéreos não acontecem por fatalidade ou por causas fortuitas. Normalmente é por cupidez onde o interesse econômico supera o interesse pela segurança,   permitindo pousos de aeronaves em pistas inadequadas, porque sabemos que na época das chuvas, sempre vai chover e as pistas vão ficar molhadas. Portanto, para o caso de força maior que impeça o aparelho de pousar nas condições normais de segurança, as pistas devem ter áreas de escape que detenham o seu rolamento, sem causar traumas e vítimas nos passageiros e  tripulantes.

Mas, se o fato tivesse acontecido no Leite Lopes, teríamos pessoas atropeladas na Av. Thomaz Alberto Whately ou o avião teria entrado em alguma casa no Quintino.

Continuando a pesquisa, verificamos que Uberlândia, cidade com 600.000 habitantes, com um desempenho econômico semelhante ao de Ribeirão, líder regional em serviços e comércio e que está se tornando uma cidade universitária, consegue ter um aeroporto tão ruim quanto ao de Ribeirão Preto.

Mas tem uma pequena diferença, diferença essa que mostra porque é que essa cidade cresce a um ritmo muito mais rápido que Ribeirão Preto e de forma mais consolidada: as forças realmente vivas dessa cidade têm neurônios. Vejamos porquê, numa citação do Wikipédia:

Aeroporto de Uberlândia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O aeroporto tem acompanhado o crescimento da aviação regional e do pólo industrial da região. O movimento de aeronaves e passageiros tem apresentado um expressivo crescimento, principalmente a partir de 1997.
Foi anunciada para breve a assinatura de um Termo de Convênio entre a Infraero, o Governo de Minas Gerais e a Prefeitura de Uberlândia para a construção de um novo aeroporto. A expectativa é que o terminal atenda a 1,5 milhões de passageiros, demanda prevista para 2010

Num aeroporto com uma área quase 30% maior que o Leite Lopes, prevendo uma demanda de 1,5 milhões de passageiros/ano para 2010, qual é o enfoque das forças vivas locais? Ampliar o aeroporto? Não! Construir um aeroporto novo. Prefeitura e Governo do Estado juntos. Certamente que todas as entidades da Sociedade Civil também devem estar engajadas nesse projeto.

E em Ribeirão Preto? O equivalente a essas forças, apoiando a governo do estado e a prefeitura local, batendo o pé igual a crianças birrentas, impedem a construção de um aeroporto novo e exigem  a ampliação do Leite Lopes.

Esta é a grande desvantagem de Ribeirão Preto em relação a todas as cidades de porte médio que tem aeroportos pequenos dentro da área urbana: nós temos os SLLQC (Só Leite Lopes a Qualquer Custo ), verdadeiros trava desenvolvimento.

Precisamos de reverter este quadro e estamos no caminho de consegui-lo:

a)      duas vezes, este ano, a Câmara Municipal opta pela construção de um aeroporto novo;
b)      mesmo com o poder da mídia a serviço dos SLLQC e de todo o poder do estado, o Movimento Pro Novo  Aeroporto tem conseguido esclarecer a população de quais os interesses que estão por trás da insistência da ampliação-puxadão do Leite Lopes;
c)       Nas eleições do ano 2000 conseguimos adesões de candidatos a prefeito mas que não incluíram esse tema nas respectivas campanhas,  mas este ano, já temos o tema novo aeroporto como tema central de campanha de futuros candidatos, porque  o tema foi incluído no seu programa partidário.

Estão aparecendo estadistas como candidatos e esperamos que a safra seja boa para Ribeirão Preto poder se desenvolver. Mas para isso precisamos ser responsáveis nas próximas eleições. Por isso,

Em 2012 não vote em político de 3ª linha: vote em estadista

E, como sempre

Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área já!