1997
Através de um estudo financiado a fundo perdido pela Trade Development Agency (TDA), órgão dependente do Departamento de Estado do governo dos USA, uma empresa norteamericana desenvolve um projeto de viabilidade de ampliação do Leite Lopes;
· A “Califórnia Brasileira, Capital do Agronegócio” agora seria elevada a categoria de sermos “Internacionais”
· A prefeitura municipal, na administração Jabali (PSDB), aprova essa ampliação, sem se preocupar com a legislação municipal , que deveria implantar e defender (Plano Diretor - LC 501/95);
· Tais estudos “internacionais” foram rechaçados pelo Ministério Público por ignorar a legislação brasileira referente a obrigatoriedade do EIA RIMA.
A Câmara Municipal de Ribeirão Preto constitui uma Comissão Especial de Estudos (Resolução 43/97) para análise do projeto e aprova a ampliação do Leite Lopes;
· A Comissão não questionou à época depoimento de Secretário Municipal de Planejamento de que não considerava o aeroporto dentro da cidade.
2001
· licitação para o terminal de cargas internacional sem que o Leite Lopes o fosse. Depois se lembraram disso e pediram a outorga
· Área prevista para o terminal de Cargas (5.000 m² ) menor que muitos depósitos de rede de lojas , quando aeroportos como Cumbica e Viracopos tem terminais de 97.800 e 81.000 m² respectivamente. Supondo que esse terminal estivesse construído, a área total disponível para carhas internacionais no estado de S. Paulo seria de 183.800 m² e o Leite Lopes teria disponível, para garantir o desenvolvimento regional, pujantes 2,7% da capacidade total instalada!
2005
Os favoráveis a ampliação criam o Movimento Decola Ribeirão mas criticados como “Degola Ribeirão“ são obrigados a elaborar o EIA-RIMA.
· A área onde se situa o Leite Lopes é a pior entre as 7 áreas estudas para sediar o aeroporto, mas através da manipulação dos dados apontam no EIA RIMA como sendo a melhor.
· Negam o risco aviário e a presença de urubus no aeroporto, todavia estas aves para reafirmar sua presença originam a posteriori 06 acidentes em aeronaves.
· Nem mesmo citam o risco para as crianças do entorno urbano do aeroporto que se divertem empinando pipas e que podem ser empurradas pelo vento paras as cabeceiras ou para a própria pista. Este é um risco inerente, exclusivo, para aeroportos situados dentro de áreas urbanas.
2007
AGOSTO DAESP arquiva e desiste do EIA-RIMA. Por incrível que pareça, momento histórico da vitoria do bom senso:
· Inicio das conversações entre o MP e o DAESP para o acordo judicial onde se formaliza o compromisso da não ampliação do Leite Lopes
2011
FEVEREIRO A prefeitura municipal, o braço político dos SLLQC locais, insiste não apenas na ampliação da pista do Leite Lopes em 300 metros, o tal de puxadinho, mas ainda arrogantemente afirma que irá entrar no Judiciário para anular o tal de TAC entre o Governo do Estado e o Ministério Público que impedia a ampliação da pista. Em entrevista para a Clube no dia 12, o Governador do Estado. afirma que vai falar com o Ministério Público pra rever o TAC.
· O governador desconhece de que não existe nenhum TAC impedindo a ampliação do Leite Lopes. pois ele só fala o que a assessoria o informa. Existe uma sentença judicial validando um acordo entre o MP e o DAESP da impossibilidade técnica de ampliação. Se o governador está mal informado, deve-se certamente a sua assessoria ou outras fontes das pérolas canavieiras
· Argumentam que puxar esses 300 metros operacionais não representa ampliar a pista .....
A semana de 6 a 12 fevereiro de 2011 foi profícua na falta de bom senso dos SLLQC. O festival de besteirol ultrapassou os limites. Vamos ver porquê:
· A Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto apresentou, finalmente, o grande projeto do puxadinho da pista. Não vai precisar de túnel nem de viaduto.
· Perceberem que era um bobagem. Vão apenas empurrar a av. Thomas Albert Watelly para a frente. Será uma alteração significativa de todo o sistema viário do entorno do Leite Lopes. É claro que isso requer um EIA-RIMA, mesmo que simplificado, no mínimo um RARAM** ou pelo menos um Estudozinho de Impacto de Vizinhança.
· Esses procedimentos já deveriam estar junto com o projeto básico. Não vieram. Devem ter esquecido. Empurraram o projeto executivo para o DAESP.
· A falta de definições políticas quanto ao Novo Aeroporto para Ribeirão Preto, tem ocasionado sugestões que vão do esdrúxulo ao ridículo.
· Renomado jornalista local publica matéria na Gazeta, dia 7 de fevereiro, na base da pilhéria, que se o DAESP ou Infraero optassem em colocar um aeroporto rapidinho para a nossa metrópole canavieira, uma solução seria comprar o porta-aviões John Fitzgerald Kennedy, dos EUA, aposentado operacionalmente, e colocá-lo no rio Pardo.
MARÇO Internauta envia e-mail afirmando que o novo aeroporto têm que ficar dentro de Ribeirão Preto
· É uma preocupação muito comum mas a nossa pergunta é simples: essa preocupação é tributária? O interesse patrimonial do poder publico não pode se sobrepor ao interesse público. Se não é, qual a motivação dessa exigência? Bairrismo? Não é assim que se estudam os sítios aeroportuários principalmente para os de grande porte.
ABRIL
· O Governo do Estado doou para si mesmo, ou seja, para o DAESP, um terreno ao lado do Leite Lopes para a futura ampliação. É um terreno tão grande que nem o DAESP sabe o que fazer com ele. Provavelmente vai ter que contratar consultoria especializada para elaborar o projeto pra o seu uso maximizado. Qual é a área? Portentosos 300 m² !!! Agora sim, a ampliação do Leite Lopes está garantida, sem necessidade de desapropriação.
· E depois de todas estas auspiciosas noticias SLLQCianas, lembra-nos o esgoto. Sem segundas intenções ou ilações entre os temas. Esgoto mesmo. O Leite Lopes, esse extraordinário aeroporto, que já é internacional de cargas, não está ligado à rede de esgotos? Ainda usa fossa. Aliás, várias. E quando chove algumas extravasam. E, é claro, deixam o seu odor característico. E isso nos lembra que Ribeirão Preto tem quase 100% de esgoto tratado. Não é isso que as autoridades municipais alardeiam aos sete ventos?
MAIO Saiu na imprensa (TV Record) –
“ Muita sujeira no Aeroporto Leite Lopes em Ribeirão Preto. Além do mato alto e água parada, o lixo das aeronaves está causando transtornos para quem trabalha no local.”
“O Governador Geraldo Alckmin em visita a região em 02/05/11 , na entrevista de abertura da Agrishow afirmou que vai a justiça levar a proposta da ampliação (puxadinho) dentro do novo estudo de zoneamento de ruídos e que com isso preserva a qualidade de vida das pessoas”
· O Governador está muito mal assessorado pois a sua informação a respeito de qualidade de vida contrasta com a ignorância em saber o nome correto dos bairros onde residem esses mesmos moradores, como o Bairro Quintino Facci I citado na entrevista como Quirilo.
· Não bastasse a falta de informação em relação ao nome correto dos bairros, acrescente-se a situação vergonhosa do acúmulo do lixo no aeroporto, sem mencionar que o aeroporto nem rede de esgoto canalizada tem
· É tecnicamente impossível fazer a demonstração de que a Curva de Ruído permite a ampliação da pista preservando a qualidade de vida das populações.
· O Estudo de Zoneamento de Ruído não exclui o Estudo de Impacto Ambiental, já que é apenas um de seus muitos aspetos a serem analisados. A desinformação do Sr. Governador já se tornou proverbial.
JUNHO Saiu na imprensa (EPTV) : Veja o caso da família de um agricultor (Gelfuso) que luta há 50 anos para que a Justiça julgue a ação de reconhecimento das terras onde atualmente está o Aeroporto Leite Lopes.
· Principalmente nos anos eleitorais os candidatos SLLQC se justificam para o eleitorado no entorno do aeroporto que além da ampliação gerar empregos para os pobres das imediações, nas desapropriações ninguém é prejudicado pois paga-se o (baixissimo) “preço de mercado da área“
JULHO Saiu na imprensa (Jornal A Cidade)
Pipas fecham Leite Lopes e atrasam vôos em 1h30
· Mas poderia sair com a seguinte manchete: “ Avião em vôo internacional teve o seu pouso no Leite Lopes cancelado porque tinha crianças empinando pipa perto da cabeceira.”
AGOSTO Anunciam a proposta de ampliação do Puxadão.
· O puxadão representa a proposta de um novo Congonhas para a cidade de Ribeirão Preto e permitirá a sua inclusão no Livro do Guinnes – como o menor e pior Aeroporto Internacional de Cargas do planeta.
· A Prefeitura Municipal adianta-se ao Governo do Estado e já coloca na revisão da Lei do uso e Parcelamento do Solo as áreas a serem desocupadas de residências para se tornarem industriais ou comerciais, com base no tal Estudo de Zoneamento de Ruído que nem aprovado foi pela ANAC.