terça-feira, 9 de abril de 2013

O MITO DO “GRANDIOSO” TERMINAL INTERNACIONAL DE “CARGAS”

Parte IVQUAIS OS INTERESSES  EM JOGO (2)?

SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.


O milagre milagroso

Desenvolvemos uma série de artigos sobre o histórico  desse tal Terminal de Cargas que estão construindo no Leite Lopes.

Desde 2005 que toda a propaganda tenta convencer Ribeirão Preto de que esse Terminal de Cargas Alfandegado será a salvação de Ribeirão Preto, como se fosse o marco divisório entre o antes e o depois,  verdadeiro  divisor de águas do desenvolvimento econômico da cidade.

Essa propaganda chega aos limites do hilário, principalmente quando a administração municipal, braço político dos SLLQC, tenta justificar a importância, a relevância e a sua inevitabilidade.

Inicialmente fingiram concordar que era necessário construir um aeroporto novo mas, como isso “demoraria 10 anos”, então amplia-se o Leite Lopes hoje, constrói-se o Terminal e depois se vê o que se pode fazer.

Agentes a serviço da desinformação e altamente histéricos pelas promessas feitas das migalhas que cairiam do banquete do empreendimento, apresentaram-se na Audiência Pública em 2007 e, rompido o dique das asneiras,  vertendo   do pináculo  de seus “altos conhecimentos”, afirmando que essa ampliação (entenda-se Terminal de Cargas) iria gerar mais de 10.000 empregos permanentes!

Chegaram à fantástica descoberta de que o potencial exportador de Ribeirão e região é de cerca de 7% de tudo o que é exportado pelo Brasil Logo, toda essa exportação sairia a bordo de portentosas aeronaves cargueiras depois de despachadas no posto aduaneiro desse milagroso Terminal de Cargas.

Como nos produtos de exportação da região temos, no seu maior volume métrico e financeiro, as comodoties canavieiras, então para os “especialistas” SLLQC etanol, açúcar, soja etc. são exportáveis via aérea.
E que tudo isso pagará muitos impostos no Leite Lopes, estufando o cofre da prefeitura de tanta grana que vai entrar.

Tanto assim é que na gestão passada até foi aberta uma Comissão Especial de Estudos na Câmara Municipal para estudar a demora na TEAD em terminar as obras, porque estaria dando um prejuízo de milhões de Reais em impostos não coletados.

Essa CEE começou com muito foguetório na mídia mas depois que o Movimento Pro Novo Aeroporto exigiu que as declarações do presidente da CEE fossem demonstradas, sem, lero-lero, incluindo os produtos que seriam exportáveis e seus valores, essa CEE sumiu da mídia e nunca mais se falou dela.

As defesas dos  SLLQC chegam ao limiar do hilário.


A valentia midiática da administração,
típica dos políticos de 3ª linha

As necessidades de mídia para garantir o marketing eleitoreiro para as eleições de 2012, levou a administração municipal aos píncaros das afirmações ridículas: começou uma tentativa de tentar mostrar uma suposta valentia em “brigar” por Ribeirão  começando a exigir da empresa responsável pelo Terminal o termino rápido da obra.

Como resposta o dono da empresa foi obrigado  a explicar  à prefeitura que um Terminal de Cargas Aéreas Internacionais só pode funcionar se o Leite Lopes tivesse pista para pouso dos aviões cargueiros. Como a ampliação da pista não estava feita (o tal puxadinho) nada haveria para fazer.

A administração municipal ficou espantada com essa afirmação. Não sabia que para operar cargas aéreas internacionais tinha que ter pista!

Estes são os atestados do Estado da Arte dos “especialistas” e de nossos políticos de 3ª linha, em defesa da ampliação do Leite Lopes, em lugar de se esforçarem por construírem um novo aeroporto, como Bauru já fez assim como  Maringá (com recursos  próprios).


O lucro como pano de fundo
esclarece o motivo da teimosia

O que  é que acontece na verdade com relação a esse Terminal de Cargas e o porquê dessa insistência toda de que ele seja implantado no Leite Lopes em lugar de construí-lo num aeroporto novo, com capacidade real de uso com aviões cargueiros de verdade, com capacidade de decolar com carga paga completa?

Não podemos imaginar que um investimento de vários milhões de Reais e que está demorando 10 anos possa ser o resultado de uma atitude impensada do investidor. Certamente que não são amadores e sabem muito bem o que fazem.

 Todo  esse esforço financeiro e de cooptação de adeptos locais é o resultado de estudos muito bem feitos no qual a lucratividade do negócio está garantida. Toda essa teimosia tem como horizonte o lucro.

Não podemos esquecer também que o tempo que está demorando para que tudo isso “possa” acontecer é o mesmo que eles afirmam que demoraria para construir um aeroporto novo, ou seja 10 anos, embora eles saibam muito bem que em 5 anos se constrói um bom aeroporto, completo.


Análise da licitação para o Terminal de Cargas

Vamos ver a licitação que deu inicio ao quadro atual?

Foi classificada a empresa TEAD para a construção e operação de recinto alfandegado, única empresa participante na licitação.

Se apenas teve uma empresa participante então porque é que não teve outras? Seria um mau negócio? Estaria a empresa vencedora viajando na maionese, abraçando um investimento sem perspectivas objetivas de lucratividade? Vejamos:
  
O Leite Lopes na época, tal como hoje, tinha uma pista com 2.100 metros de comprimento mas com recuo na cabeceira 18 de 300 metros, ou seja, não apresentava condições de operar aeronaves cargueiras. Logo, não poderia ter um Terminal de Cargas alfandegado.


Numa licitação normal, nenhuma empresa vai querer participar de um negócio inexequível, a menos que existisse alguma carta na manga, bem escondida, apenas do conhecimento de alguns interessados.

Em 2005 a empresa vencedora já canta vitória do seu empreendimento publicando


Omitiram aos leitores que para existir essa ampliação seria necessário fazer um Estudo de Engenharia chamado de EIA-RIMA que, para alguns setores empresariais mal habituados, não passa de uma exigência burocrática fácil de ser superada. Não foi. Esse Estudo foi considerado de baixa qualidade e arquivado. A ampliação da pista foi proibida, por consenso entre as partes: Ministério Público e DAESP com o aval do Judiciário.


Perguntar não ofende

Se na época da licitação, o Leite Lopes tivesse uma pista adequada para operações cargueiras, será que só haveria uma empresa interessada?

Como se pode fazer uma licitação desse tipo sem a existência  de infraestrutura adequada e sem o conhecimento de que haveria uma ampliação prevista?

Estranho, não é?

Perguntar, não ofende, é um velho ditado popular: se por acaso o DAESP desistisse de ampliar o Leite Lopes e começasse a fazer um novo aeroporto, conforme já era exigência da cidade no Plano Diretor, esse novo aeroporto já estaria pronto e em operação.

Nesse caso, a concessão do Terminal de Cargas para o Leite Lopes passaria automaticamente para esse aeroporto novo ou seria obrigatório fazer nova licitação? E, neste caso, haveria apenas uma empresa licitante ou haveria concorrência de verdade?

Será que o temor de uma concorrência com vários interessados é o verdadeiro motivo para tanta insistência no puxadinho no Leite Lopes e de tanto esforço despendido para impedir a construção do novo aeroporto e sustentar uma campanha de manipulação da opinião publica para convencê-la da inevitabilidade dessa ampliação?

Juristas consultados pelo Movimento Pro Novo Aeroporto a esse respeito foram unanimes em afirmar: a licitação para o Leite Lopes já está vencida faz muito tempo e no caso de um novo aeroporto seria obrigatória nova licitação.

Então está começando a ficar mais claro o porquê da insistência pelo puxadinho e a rejeição de um novo aeroporto por parte dos SLLQC.


O desrespeito à cidadania
e a crueldade da política SLLQC

Toda essa política conduziu à extrema crueldade como se tem procedido ao desfavelamento para fazer a limpeza social do entorno do Leite Lopes (caso da Favela da Família), os danos sociais e econômicos contra os moradores  do entorno, o risco aeronáutico e de ruído sobre as populações nas rotas de aproximação, os danos ambientais, o risco ao pedestres e aos usuários de uma avenida a ser desviada mas com o risco especifico da turbulência das turbinas além, entre outros danos, o futuro entrave ao desenvolvimento sustentável da região.

Todas essas mazelas sobre Ribeirão Preto apenas para garantir o lucro de uma empresa que participou sozinha de uma licitação meio esquisita e merecedora de melhor análise e investigação?

Por isso o Movimento prossegue na sua campanha:

Povo esclarecido jamais será iludido

Congonhas em Ribeirão, Não!

Leite Lopes com outro uso (alternativo) :
sem ampliação e sem desapropriação
Novo aeroporto em nova área já!

Nenhum comentário:

Postar um comentário