domingo, 27 de janeiro de 2013

O MOVIMENTO RESPONDE:

Caro Mario

O Movimento Pro Novo Aeroporto considera sempre muito importante a opinião dos leitores do seu Informativo. Sempre levamos em conta e respondemos como uma política de esclarecimento, sem qualquer tipo de discriminação, quer seja cultural, social ou política.

No entanto, os defensores da ampliação tipo puxadinho do Leite Lopes  sempre manifestam de forma clara de que só eles e mais ninguém conhece sobre aeroportos. Alguns são até pilotos que acham que aeroporto é apenas uma pista, um pátio e um terminal de passageiros. Outros, esses sim, absolutamente leigos, manifestam opiniões baseadas nos “altos conhecimentos” adquiridos desde o portão de entrada, ao portão de embarque passando pelo check-in.

Como Ribeirão Preto é a sede de uma região metropolitana (se atende ou não a a todos os requesitos legais, é mera questão administrativa) necessita de um aeroporto decente, apto a acompanhar o desenvolvimento regional. O sitio aeroportuário tem que ter área suficiente  para permitir futuras ampliações no comprimento das pistas para adequá-las  às futuras demandas cargueiras e uma eventual segunda pista (é inimaginável, hoje em dia, que se projete  um aeroporto regional metropolitano com  apenas uma pista, como seria o caso do Leite Lopes ampliado!).

Um aeroporto desse tipo não cabe no Leite Lopes, que hoje tem 170 ha de área patrimonial e com o puxadinho não passará de 340 ha, quando o mínimo recomendável é de 1200 a 1700 ha.

Estes fatos tornam irrelevantes as opiniões dos  “especialistas” que afirmam que o Leite Lopes possa ser esse aeroporto.  Por isso  é indispensável a construção de um novo aeroporto e essa realidade já foi expressa em legislação municipal desde 1995.   

Os estudos feitos afirmam que Ribeirão Preto  necessita de um grande aeroporto regional mas não localizado no Leite Lopes, pois, como todos sabem, não tem área para comportar um aeroporto desse porte. Além de muitos outros fatores bem conhecidos mas sempre esquecidos pelos defensores do puxadinho.   

A insistência de certos setores pelo puxadinho deve-se não a questões técnicas e estudos elaborados mas sim a interesses vinculados a investimentos corporativos que não levam em conta os interesses regionais. Por isso são contrários à construção do novo aeroporto que Ribeirão Preto precisa e exige. E não apenas são do contra. Lutam ferozmente  contra o segundo  aeroporto de Ribeirão, ao contrário de outros município, muito menores, como Bauru, S. Jose do Rio Preto, para não sairmos da nossa vizinhança.

Certamente que o interesse do governo do estado pelo puxadinho não é pelos lindos olhos da prefeita porque, infelizmente, ela não conhece nada sobre aeroportos como demonstrou publicamente ao confessar que não sabia que um terminal de cargas aéreas internacionais só pode funcionar  se existir uma pista onde os cargueiros possam operar.  Este é o padrão normal de conhecimento dos defensores do puxadinho. E a prefeita já é carta descartada no processo.

Quanto a Congonhas, não existe muito o que comentar. É um aeroporto que só  deveria operar com aeronaves de pequeno porte, aviação executiva. Haja visto que existem acidentes continuamente nesse aeroporto, alguns só anunciados quando é inevitável como por exemplo o acidente ocorrido no dia 12/11/2012 com um Leader Jet  que, por pouco, não atropelou carros na avenida Bandeirantes. Se esse é o aeroporto  dos sonhos de quem quer que seja, a realidade nos mostra que é um exemplo que não pode nem deve ser seguido.

Se esse incidente tivesse ocorrido no Leite Lopes iria atropelar gente na Av. Thomaz Alberto Whatelly. Nós não queremos isso.

Dizem que acidentes acontecem. Pura filosofia. O acidente só acontece quando falha a prevenção.

Todo o sistema de transporte aéreo nacional  foi dimensionado para atender a uma demanda baseada em discriminação  social: avião para as elites que estudaram em escolas particulares e pau de arara para os que não nasceram em berço de ouro e para alguns privilegiados que  conseguiram fazer Madureza.

Deu no que deu:  O caos aéreo como resultado óbvio de falta de planejamento.

Agora com o projeto do governo federal de que nenhuma cidade com mais de 100.000 habitantes possa ficar distante mais que 60 km de um aeroporto regional e que a viabilidade econômica desse projeto será garantida por financiamento público, a demanda no  transporte aéreo vai alcançar níveis nunca antes vistos neste país.   Até uma reportagem publicada no jornal  Gazeta de Ribeirão (20/01/2013) confirma que

 “Nunca foi tão barato viajar de avião. Considerado em passado recente um luxo para poucos, as viagens aéreas se popularizam e atualmente os brasileiros estão pagando pouco menos da metade do valor que pagavam há dez anos para cruzar o Brasil mais rápido.[...]”

Contra fatos não há argumentos. A demanda pelo transporte aéreo regional vai aumentar e muito e principalmente nos aeroportos-sede das regiões metropolitanas. O Leite Lopes não comportará essa demanda. Nem a demanda atual está conseguindo atender porque o TPS foi subdimensionado.  

Se o Leite Lopes for ampliado, para atender aos interesses corporativos de um simples Terminal de Cargas que vai ter a concessão por 30 anos, significa que Ribeirão Preto perderá a possibilidade de ter um aeroporto decente. Por várias razões e uma muito simples: falta de espaço para operar a totalidade da carga paga e incapacidade física de atender a um fluxo anual de passageiros em voos regionais que vai superar a casa de 1.000.000.

Temos que parar de achar que Ribeirão Preto é uma cidadezinha grande do interior que vive no século 19. Precisamos de um aeroporto novo. Basta de subdimensionarmos as nossas necessidades futuras! Basta de pensar pequeno!

Vamos projetar Ribeirão Preto como sede de uma região metropolitana com visão de século 21!

Embora o nosso chavão seja ainda do século passado, continua muito atualizado. Basta ver o resultado das eleições: se o Povo fosse esclarecido não terias sido iludido e não  estaria agora reclamando do aumento inexplicável do IPTU, do aumento das passagens de ônibus urbano nem do futuro aumento das tarifas de água e esgoto.  

·         Mario I.
Para
·         leniosgarcia@yahoo.com.br
Mario I. deixou um novo comentário sobre a sua postagem "O Movimento Responde":

Prezado amigo,

Gostaria de ressaltar ao ilustre colega que opiniões leigas são todas aquelas alencadas nos pseudos-estudos que o amigo aqui discriminou e dizer também que quando a gente não sabe com quem está falando a gente não deve dizer que a pessoa é leiga. Realmente não cursei a Madureza período da noite de Ribeirão, mas posso lhe garantir que tenho muito gabarito para lhe falar com maestria.
Basta dizer a você que o Governo do Estado depois de anos de estudo optou por expandir esse Aeroporto, não foi pelos “olhos verdes” da Prefeita, foi porque ele se baseou em estudos técnicos lastreados pelo IPT, pela Secretaria dos Transportes, DAESP, Ministério da Aeronáutica e tantos outros que não vou perder o meu tempo enumerando-os.
Quanto a sua opinião sobre o Aeroporto de Congonhas eu respeito porque se vê que faz anos que não pisa lá; em resumo convido a todos os seus leitores que peguem um avião em Congonhas com destino a Ribeirão e quando aqui chegarem que me respondam a seguinte pergunta: “Vocês gostariam de ter em Ribeirão um aeroporto igual ao de Congonhas? “
Quem ainda usa chavões do século passado do tipo : “Povo esclarecido jamais será iludido”
Me poupe !!



Postado por Mario I. no blog
* Congonhas em Ribeirão Não! * em 18 de janeiro de 2013 13:38

sábado, 26 de janeiro de 2013

Petição Queremos Ribeirão Preto bem arborizado

Um Novo aeroporto numa cidade bem arborizada

Queremos Ribeirão Preto bem arborizado e com áreas verdes implantadas em todos os bairros!
 Toda pessoa que se junta a esta campanha aumenta nossa força de ação. Por favor, separe um minuto para compartilhar este link com todos que você conhece:
 Aqui está a petição para encaminhar para seus amigos:
 Queremos Ribeirão Preto bem arborizado e com áreas verdes implantadas em todos os bairros.
 Ribeirão Preto é uma cidade extramente carente de arborização urbana e áreas verdes, que são de vital importância para a qualidade de vida da população. Como sabemos as árvores urbanas atuam diretamente no microclima, reduzem a temperatura e a incidencia direta de insolação, aumentam a umidade relativa do ar, melhoram a qualidade do ar pela absorção dos gases tóxicos, atenuam os ruídos, e reduzem a poeira. Proporcionam ainda a infiltração da água no solo reduzindo as enchentes e melhorando a recarga do aquifero Guarani. As árvores oferecem abrigo e alimento aos pássaros que são indispensáveis pelo controle dos insetos muitos deles vetores de doenças...Estudos revelam que as cidades mais arborizadas tem menos violência, pois elas reduzem o estresse das pessoas
Em resumo a arborização urbana é essencial para que a população tenha mais saúde e bem estar.


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

RESENHA DAS NOTICIAS – JANEIRO 2013

O noticiário sobre o Leite Lopes neste  inicio de ano estava limitado a algumas banalidades sem a menor importância. Neste domingo, 21/01/2013, mudou.

Tivemos um elenco muito interessante de noticias publicadas pelos principais jornais de Ribeirão Preto.

Comecemos com o Gazeta de Ribeirão, com o título “Espaço para todos”. Resumindo, retrata o atual movimento crescente de alunos de pilotagem, em particular de helicópteros.

Por um lado, a impaciência com horas perdidas em salas de embarque e o caos aéreo ainda estimulam a busca de empresários  por helicópteros em Ribeirão Preto e esta demanda coloca a cidade como a terceira maior frota da país, atrás apenas de S. Paulo e Rio de Janeiro, [...]

Impulsionado pelo momento econômico de Ribeirão Preto, as escolas que  oferecem cursos de pilotagem de helicópteros na cidade vivem um bom momento e “exportam” profissionais que não são absorvidos pela demanda da cidade para outras regiões do país [...]

Esta noticia comprova a tese do Movimento Pro Novo Aeroporto de que, após a construção do novo aeroporto que Ribeirão Preto necessita e exige para vetorizar o seu desenvolvimento presente e futuro, o Leite Lopes passe a ter outro uso como aeródromo para aviação executiva  e de helicópteros e como centro de treinamento de profissionais ligados às atividades aeronáuticas tais como pilotos, mecânicos especializados e outras  profissões e especialidades, com o apoio e participação de entidades como a Paula Souza (que já desenvolve curso de logística em Guarulhos), o SENAI e as universidades locais com cursos na área de engenharia e aviônica.

Dessa forma a curva de ruídos do Leite Lopes fica reduzida, não requerendo a expulsão das comunidades já estabelecidas no entorno e tornando o Leite Lopes num centro tecnológico aeronáutico  que produzirá muito mais renda para Ribeirão Preto gerando empregos de qualidade e de verdade do que apenas possuir um Terminal de Cargas, que não gera nada para o município mas que pode muito bem ser instalado no novo aeroporto.

No Jornal A Cidade outra noticia muito interessante (Aeroporto vive em compasso de espera) só que com algumas informações equivocadas, certamente fornecidas pela fonte consultada, como veremos:

Colocar o Leite Lopes, um dos mais movimentados aeroportos do interior de S. Paulo, dentro da lei para receber voos internacionais com aviões Boeing 767, cargueiro que transporta 54 toneladas, aumentar a capacidade para aviões de frota e a capacidade para armazenagem, exige muita coisa e obstáculos removidos.

Listada em uma folha de papel padrão apareceriam retirar muros, ampliar a pista de pouso, desocupação completa do entorno,  desvio de trecho de avenida que fica ao lado, apenas para citar algumas exigências técnicas.

Embora a imprensa insista em divulgar o uso de B-767 como cargueiro no Leite Lopes, mesmo com o puxadinho, essa aeronave não consegue decolar com carga plena. Para isso necessita de uma pista com o comprimento mínimo de 3.290 metros, calculado na ponta do lápis por quem entende de aeroportos. A menos que decole com carga reduzida, ou meia-carga e, então, será uma pista cargueira meia boca. 

Outros pontos interessantes levantados pela reportagem: para deixar o Leite Lopes dentro da Lei uma das ações a serem feitas é a ampliação da pista. Ora se esta ampliação está proibida por sentença judicial, como essa ampliação poderá legalizar a pista cargueira do Leite Lopes?

Outra ação a ser tomada, segundo a noticia, consiste na desocupação completa do entorno.

Hoje essa desocupação seria por conta do Plano Especifico de Zoneamento de  Ruído (PEZR)  que, segundo dados obtidos junto à prefeitura, representa aproximadamente 6600 imóveis com registro em cartório.

Admitindo-se uma ocupação média de 3,7 pessoas por imóvel, precisamos “apenas” de expulsar 24.420 pessoas, além das faveladas, cuja remoção já começou com o tal plano de desfavelamento da prefeitura que ultrapassou os limites do bom senso e que garantiu um premio de foto jornalístico  nesse jornal com as imagens da violência praticada quando da desocupação da Favela da Família.

Tudo muito bonito quando está escrito numa folha de papel entregue pela fonte. É simples assim? Não. Não é assim tão simples.

Não vão operar com os B-747 nem com os B-767 cargueiros como sempre  foi divulgado mas sim com os B-757 modelo já em desuso, verdadeiras sucatas voadoras portanto um risco aeronáutico constante.

Sucata voadora utilizando uma pista meia-boca. É isso que Ribeirão Preto e a região merecem?

Tudo isso para garantir o lucro de uma empresa transportadora que perderia a concessão se fosse construído o novo aeroporto, que Ribeirão Preto exige. E, o que é pior, privar a região de um aeroporto decente e que permita as futuras ampliações, pelo mesmo custo da tal ampliação, sem contar com o alto custo social que, parece, não faz parte das preocupações dos cidadãos comuns (mal informados) nem da imprensa (sempre bem informada).

Quem sabe a imprensa resolve começar analisar o problema Leite Lopes x aeroporto de Ribeirão com a isenção necessária. Enquanto isso não acontece, continuaremos com a nossa campanha:

Povo esclarecido jamais será iludido

Congonhas em Ribeirão, Não!

Leite Lopes com outro uso (alternativo) :
sem ampliação e sem desapropriação

Novo aeroporto em nova área já!

domingo, 13 de janeiro de 2013

Terminal de Cargas - Interesses que não o coletivo

O mito do “Grandioso” Terminal Internacional de “Cargas”

Parte IIIQUAIS OS INTERESSES  EM JOGO?


Em Janeiro de 2012 o DAESP (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo)  e a TEAD Brasil assinaram (novamente) o acordo de inicio da construção do Terminal de Cargas Alfandegado no aeroporto Leite Lopes.

Era para a obra terminar em 90 dias. Nem começaram. A administração municipal insistiu e a empresa TEAD pede novo prazo. Terminaria em Novembro. Não terminou. Pediu novo prazo: 60 dias. Segundo a imprensa, a entrega será em Abril de 2013.

A obra completa, formada pela estrutura, infraestrutura e todos os equipamentos e mobiliário específicos, custa – segundo a  TEAD – 25 milhões de Reais para construir um terminal de 5.000 m², ou seja, ao custo de 5.000 R$/m², o que significa que o maior  custo da obra não será a estrutura mas sim as instalações, mobiliários e equipamentos.
A grandiosidade da obra da TEAD é apenas ficção: o Terminal Salvador da Pátria Canavieira será apenas de 5 mil m² de área construída, sendo que  apenas a titulo de comparação,  o  Centro de Distribuição em Ribeirão Preto das Casas Bahia (segundo o site) ocupa uma área de 40.000 m²!.

Mas, para que um Terminal Alfandegado de Cargas Aéreas possa funcionar precisa de ter uma pista homologada que permita a operação internacional de aviões cargueiros.

Sem pista disponível para que serve o Terminal? E para ter pista apropriada para aviões cargueiros implica na ampliação da atual e para esta ampliação precisa de ter um projeto aprovado e devidamente licenciado, após um estudo de engenharia chamado de EIA-RIMA ter sido aprovado.
Importante citar que todos os outros EIA-RIMAS já apresentados foram sistematicamente reprovados. Existe motivo para acreditar que o próximo vá ser aprovado? As condições de localização do Leite Lopes mudaram?

Porquê toda essa insistência em fazer esse Terminal no Leite Lopes, onde por falta de espaço disponível é impossível de dispor duma pista cargueira que requere um mínimo de 3.300 metros? Porque não se juntar a nós pleiteando um novo aeroporto e nele construir o Terminal, que alguns “experts” afirmam ser o divisor de águas do crescimento de Ribeirão?

Vamos rememorar um pouco o histórico desse Terminal para tentarmos entender as razões essa insistência.

Em 1995 a cidade determina, por lei, a transferência do Leite Lopes para local mais adequado, fora da área urbana.

Mas, para os poderosos a lei não tem o menor sentido quando prejudica os seus negócios.

Por isso,  em 1997, surge o primeiro assalto contra os interesses da cidade visando a ampliação do Leite Lopes.  Foi elaborado um simulacro de estudo, patrocinado  pelo governo dos EUA, graciosamente (quando a generosidade é muito grande, o pobre sempre desconfia!)  através da TDA, entidade que visa arrumar empregos para o povo norte americano e garantindo que empresas estadunidenses tenham livre acesso aos negócios.

O estudo foi uma piada, facilmente derrubado, diretamente pelo Ministério Publico mas os interesses nesses negócios não se deram por vencidos e conseguiram conquistar os holofotes da mídia local, iniciando-se, com muita qualidade, a verdadeira campanha de desinformação pública sobre  tema: Se for falar sobre as vantagens da ampliação, a mídia divulga. Se for contra, a mídia cala.

Tivemos inclusive uma CEE na Câmara Municipal sobre o tema e o secretário de planejamento da época, em declarações a essa comissão, afirmou que o Leite Lopes não estava dentro da cidade e, por incrível que possa parecer, nenhum dos vereadores presentes se dignou perguntar ao ilustre secretário onde estaria, então, localizado  o Leite Lopes.

É claro que o entorno do Leite Lopes sempre foi ocupado por populações de baixa renda, no Avelino Palma, no Salgado Filho, inclusive mutuários da COHAB do Conjunto Habitacional Quintino Facci I e muitos outros. Como pobre não é gente, para os nossos coronéis urbanos a região era um vazio urbano. E esse conceito permanece até hoje.

Em 2005, novamente voltam à carga e elaboram um EIA-RIMA que tem que ser discutido em Audiência Pública com a comunidade. Durante a apresentação do EIA-RIMA, a controvérsia sobre a ampliação do Leite Lopes deixou os SLLQC todos ouriçados, e tivemos a oportunidade de assistir a uma intensa verborragia de supostos entendidos em desenvolvimento e crescimento, alegando que iria gerar algo em torno de 10.000 empregos, entre diretos e indiretos.

Eram tantos os benefícios produzidos pela ampliação da pista do Leite Lopes, que dava até vontade de construir mais um ou dois para tirar a cidade do sufoco do desemprego. Seria o final feliz para a tal Califórnia Brasileira que atraiu milhares de trabalhadores em busca de emprego e, nãos os encontrando, sem condições de voltar às terras de origem, se instalaram em áreas livres disponíveis, gerando um sistema de favelização crônico,  sem precedentes na história urbana de Ribeirão Preto.

Na opinião desses autodenominados  entendidos, a ampliação do Leite Lopes, que nós chamamos de puxadinho, (igualzinho aquele que os pais fazem para o filho, desempregado, morar lá no fundo do quintal, até que a situação melhore) seria necessária porque ou se ampliava ou nada seria feito.

Na opinião deles, essa coerção ameaçadora seria uma dádiva pelo prazo de 15 anos, prorrogáveis por mais 15.  Gente medíocre se amedronta com muita facilidade e se submete com muita agilidade aos interesses dos donos do poder econômico, principalmente se puderem tirar uma casquinha das migalhas caídas da mesa do festim.

Lançaram até o  refrão pomposo do  “Decola Ribeirão”,  logo adotado pela  na TV Clube na época e que foi espontânea e popularmente  transformado em “Degola Ribeirão” porque os estragos à cidade seriam muito maiores do que os benefícios

Esses supostos entendidos,  com amplo espaço na mídia, mentem à  população ao anunciar que a obra trará desenvolvimento sócio-econômico, mas escondem a verdade de que a ampliação do Leite Lopes tem por única e exclusiva razão a imediata exploração econômica/mercantil de um Terminal de Cargas privado.  Porquê?

Quando os interesses corporativos na exploração do Terminal  promoveram a sua  licitação, se “esqueceram” que a pista era  curta demais e não permitiria a operação de cargueiros para operações internacionais, e seria mais rápido ampliar a pista do que construir um aeroporto novo sem observar os tramites legais. Já tinham feito isso em 1996 quando da pequena ampliação feita na calada da noite sem o necessário estudo de impacto ambiental, exigido por lei.

Quanto mais rápido, maior será a lucratividade do negócio. Se a lei atrapalha, a gente esquece...ou muda-se a lei como fizeram em Janeiro de 2012 aprovando a Lei 2505/2012 que transformou vasta área no entorno do aeroporto Leite Lopes de área de uso misto (residencial e industrial de baixo impacto) em área industrial, desrespeitando-se o direito de quem, há mais de quatro ou  cinco décadas tem escritura e construção edificada para seu uso residencial.

Como não conseguiram aprovar o EIA-RIMA, geraram um grupo subserviente de interesse local que faria pressão política e midiática, para dar suporte a suas pretensões. Essa atividade de pressão midiática e de desinformação pública permanece até hoje.

Estamos  em 2013, passados, portanto, 8 anos desses eventos, todo esse tempo e a incerteza de conseguirem a aprovação dessa ampliação – o puxadinho – seria suficiente para fazer qualquer um desistir do empreendimento no Leite Lopes, desistindo de vez ou pleiteando a construção de um novo aeroporto onde pudessem se instalar.

Não sabem se vão poder fazer o puxadinho mas estão “investindo”, dizem, 25 milhões de Reais na construção de um prédio, que não sabem se poderá ser usado.

Não parece um contra senso? Onde está a lógica dessa insistência? Empresário arrisca o seu capital numa atividade de incerteza?

É claro que não. Empresário não arrisca o seu capital. Por isso o negócio deve ser muito lucrativo, mas apenas se for localizado no Leite Lopes.

Provavelmente se o Terminal for construído em um novo aeroporto a lucratividade talvez não seja a mesma para esses interesses corporativos, porque certamente, que a concessão no Leite Lopes, inúmeras vezes vencida mas sempre renovada, perderia a validade e seria necessária outra licitação, com outros interessados com outras propostas vencedoras.

Com as atuais privatizações dos aeroportos da Infraero que sofrem modificações pagas pelo poder público (remoção de populações, ampliações de pistas e pátios e ampliação de acessos viários, entre outros) para grandes grupos econômicos que não são amadores nem vivem de sonhos, a realidade nos sinaliza que licitações e privatizações de aeroportos constituem uma boquinha muito boa.

Gastar dinheiro público para garantir o lucro privado é claro que é um bom negócio. Se as comunidades e as cidades vão lucrar com isso, não faz parte das preocupações desses grupos.

Depois deste panorama geral, passaremos a fazer uma pequena revisão das aventuras e desventuras desse Terminal Salvador da Terra Canavieira a partir de 2005.

Mas vamos fazer isso no próximo artigo. Sem perdermos de vista o nosso objetivo principal:

Povo esclarecido jamais será iludido

Congonhas em Ribeirão, Não!

Leite Lopes com outro uso (alternativo) :
sem ampliação e sem desapropriação

Novo aeroporto em nova área já!


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Encontro de Vereadores






O FORUM SOCIAL DE RIBEIRÃO PRETO e
AS NOVAS LIDERANÇAS PARA A PRÓXIMA LEGISLATURA

Ribeirão Preto está num processo de renovação de lideranças politicas que começam a despontar através dos movimentos populares, externos a influências partidárias, que não perderam a sua capacidade de indignação com os rumos que a cidade segue, que passaram a exigir a implantação efetiva de politicas públicas em franca oposição às politicas assistencialistas.

Politicas estas que sustentam o  marketing politico dos grupos dominantes que ainda constituem as elites locais, mas já em decadência total e irreversível, embora, infelizmente, ainda detendo forte influência sobre certas camadas sociais ainda desprovidas do necessario preparo politico e de espirito de classe.

O caldeirão de onde todas essas novas lideranças estão surgindo e outras se consolidando no cenário politico e social tem nome: O Forum Social Permanente de Ribeirão Preto!


<!--[if !vml]--><!--[endif]-->Foi através dele que em 2012 os candidatos à prefeitura foram sabatinados pela Sociedade Civil e pelos Movimentos Populares, com exceção, é claro, dos representantes das classes dominantes que se ausentaram do evento.

Também organizou o dialogo com os candidatos a vereador.

É evidente que, depois das eleições, era de se esperar que algo de semelhante fosse organizado com os vereadores eleitos. O evento aconteceu no prédio da UGT, no passado dia 17/12/2012.

Estiveram presentes 5 vereadores: Jorge Parada, Ricardo Silva, Glaucia Berenice, Marcos Papa e Beto Cangussú.

Como não poderia deixar de acontecer o Movimento Pro Novo Aeroporto esteve presente para o dialogo, de igual para igual, com os vereadores eleitos que compareceram à reunião.

O vereador Jorge Parada que foi o presidente da Comissão Especial de Estudos (CEE) da Câmara Municipal sobre o aeroporto, no ano de 2011, ratificou as conclusões do relatório, aprovado pela sensibilidade de um grande número de vereadores,  que foi a favor da construção de um novo aeroporto e a permanência do Leite Lopes com outro uso.

Já o vereador Ricardo Silva considerou que o novo aeroporto é um sonho antigo da cidade, mas que por falta de um  Prefeito com visão de futuro não se viabilizou e agora a tendência é aprovação da ampliação.

Beto Cangussu afirmou que no seu mandato priorizará a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável.

Glaucia Berenice afirmou disposição em lutar pela revisão da Lei Orgânica do Município. Marcos Papa mostrou preocupação com o uso de grande aporte financeiro (cerca de R$ 200 milhões) que virá do Governo Federal para o Plano de Mobilidade Urbana.

O diálogo foi muito importante porque resultou numa nova iniciativa parlamentar a favor das comunidades inseridas em áreas de risco, como, por exemplo, as zonas de exclusão de ruídos do Leite Lopes.

Um dos lideres do Movimento Pro Novo Aeroporto presente ao encontro, quando foi fazer uso da palavra, teve como  sorteado o Ver. Jorge Parada, a quem encaminhou o pedido de transparência quanto ao acesso a informação pelo munícipe no que se refere ao tipo de zoneamento de solo, pela inserção desta informação no carne de IPTU.

O Vereador concordou com a iniciativa e se comprometeu a apresentá-la em plenário na Câmara Municipal ainda durante o ano de 2012.

Deste Encontro duas coisas ficaram patentes: o tema aeroporto de Ribeirão ainda tem muito a ser discutido e, as declarações do vereador Ricardo Silva, sinalizam ao Movimento pro Novo Aeroporto a necessidade de desenvolver e ampliar a sua campanha de esclarecimento público sobre o tema.

Povo esclarecido jamais será iludido

Congonhas em Ribeirão NÂO!
Leite Lopes com uso alternativo SIM!
sem ampliação e sem desapropriação

Novo aeroporto em nova área JÁ!