terça-feira, 27 de novembro de 2012

O Movimento Responde

 
Leitor defende Puxadinho e o compara a um Fusca
 


Segunda-feira, 26 de Novembro de 2012 12:41

Mario I. deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Derrapagens em pistas sem áreas de escape ...":

“ Desde que Ribeirão existe, ele nunca teve realmente um aeroporto a sua altura ... exatamente porque todo mundo quer dar o seu palpite e criticar quando algo se pretende fazer lá e por qualquer intenção, melhor que seja, ela nunca saiu do papel. Justamente agora que estamos conseguindo sair do zero, que vamos carrear muito imposto para a cidade, os altaneiros, os interessados em oferecer novas áreas (evidentemente próximas as de suas propriedades) não se conformam com tão pouco, argumentam que vai ser um novo Congonhas, por isso querem muito mais ( um novo Aeroporto ), quem sabe maior até que o de Viracopos, infelizmente estes não teem os pés no chão.

Vamos por partes minha gente : primeiro conquistemos o que está ao nosso alcance, ampliação da pista, prédio da alfândega, ampliação do estacionamento, melhoramentos no entorno e muitas outras coisas. Daqui a uns 20 anos quem sabe e se as coisas melhorarem, poderemos então pensar num segundo aeroporto. Hoje temos um "Fusca", adoraríamos ter um "Mercedes", porem melhor isso do que nada ... se esses grandes "patriotas de plantão" continuarem com essa ideia chula e megalomaníaca de querer construir um novo aeroporto em outro lugar, não só vão atrapalhar os convênios já em andamento como poderão interromper o que já foi conquistado até agora; aí sim, continuaremos marcando passo e quem sabe o dinheiro que foi reservado para essas novas conquistas poderá ser desviado para São Carlos ou outro lugar por um político de qualquer cidade.

Vocês deveriam é agradecer pelo o que está aí, saibam que até "injeção na veia" e de graça é sempre bem vindo. “


Postado por Mario I. no blog
* Congonhas em Ribeirão Não! * em 26 de novembro de 2012 12:41





Caro Mario

É sempre muito gratificante para o Movimento Pro Novo Aeroporto receber contribuições aos nossos artigos no blog. E quando contrariam os nossos objetivos é melhor ainda, porque nos permite discutir a cidade e o aeroporto que ela necessita. Uma estrutura desse porte não pode ser imposta a Ribeirão Preto por uma decisão palaciana e aí tanto faz se o endereço é em S. Paulo ou no  Palácio Rio Branco.

Lemos com bastante atenção as suas criticas e verificamos que elas são o resultado de uma desinformação midiática que bombardeia a comunidade ribeirão-pretana com a finalidade de se “aprovar” a tal ampliação da pista do Leite Lopes, tornando-o internacional.

O Leite Lopes está licenciado para operar como internacional de cargas. A manipulação midiática sugere que o Leite Lopes vai ter operações diretas para o resto do mundo. Isso não é verdadeiro. A região não tem movimento de passageiros para esse tipo de viagens.

 O máximo que pode ser é operar como “hub”, recolhendo os passageiros internacionais e concentrando-os num internacional de passageiros: Cumbica ou Viracopos. Mas isso ele já faz há muito tempo e não precisa ser internacional.

O problema está concentrado na pista, mesmo supondo-a já ampliada para 2.100 metros operacionais. É este o problema que parece ser difícil das pessoas entenderem. Então vamos responder aos seus questionamentos baseados apenas neste tema.

Quando um avião é projetado e construído, existem algumas características de fabricação inerentes ao modelo. O fabricante informa no seu manual que a aeronave para carga plena (peso das mercadorias, dos passageiros e do combustível), para uma temperatura padrão e à altitude zero (nível do mar) necessita de  um certo comprimento mínimo  de pista para pouso e para decolagem.

Quando se projeta a pista, essas informações são corrigidas para a altitude, temperatura e alguns outros fatores técnicos, muito complexos que não estão sujeitos nem a vontades nem a palpites de leigos no assunto.

Para o Leite Lopes, essa correção indica que a pista deverá ter 3.290 metros de comprimento para operações seguras com o B-767 e 3.913 metros para o B-747. A pista ampliada terá 2.100 metros. A pergunta é simples: poderão ocorrer operações seguras de decolagem de aeronaves cargueiras com carga plena nessa pista de apenas 2.100 metros, extraordinariamente curta?

A menos que queiram contrariar as leis da física, só poderão fazer isso com carga muito reduzida. E ¿se a carga for muito reduzida irá ocorrer o aumento do custo do frete? E ¿se o frete for mais caro do que os outros, quem estará interessado em usar o Leite Lopes?

Quem não quiser aceitar essas dimensões mínimas de pista porque atrapalham os seus devaneios, deverá reclamar diretamente junto ao fabricante dessas aeronaves, mas não poderá afirmar que a ampliação do Leite Lopes vai transformá-lo num aeroporto de cargas internacional.

Se achar que então se faz a pista com 3.900  metros mais as áreas de escape, também não vai  cumprir com as suas  fantasias porque não cabe no espaço disponível a menos que empurre a rodovia Anhanguera, sem entrar no mérito de que teria que relocar mais de 20.000 pessoas para isso.

As forças vivas e atuantes de Bauru acharam que eles mereciam um aeroporto novo decente. Conseguiram. Rio Preto vai construir o seu aeroporto novo. Só Ribeirão se contenta com o Leite Lopes ampliado.

Existe explicação para isso? Medo de perder uma verba? A prefeitura de Marília construiu um, em 5 anos, com recursos próprios.  Será que Ribeirão precisa mais de verba que Marília? Talvez seja menos competente. Talvez a diferença esteja nas forças vivas de Marília, Rio Preto e Bauru, que não se submeteram a interesses eleitoreiros e exigiram o que têm direito.

Também não entendemos porque é que Ribeirão deva se contentar com pouco se a construção de um novo aeroporto será sempre pago com o nosso dinheirinho. Será que Ribeirão Preto não merece um aeroporto decente? Sabe desde quando Ribeirão pleiteia esse aeroporto novo? Desde 1995, faz 17 anos.

Apenas para uma última  reflexão é importante citarmos dois fatos interessantes: o custo da ampliação do Leite Lopes, prejudicando a cidade e toda a comunidade do entorno é o mesmo que a construção de um novo em área rural com pista cargueira de 3300 metros.

E não devemos nos esquecer de que os recursos financeiros aqui investidos, quer de origem municipal, estadual ou federal, não caem do céu, saem dos nossos bolsos através dos impostos cobrados, e por isso mesmo devem ser bem aplicados em infraestrutura que traga reais benefícios coletivos, não como no caso do Leite Lopes que está prestigiando um terminal de cargas de empresa particular.


Analise essas questões e depois nos diga se acha que Ribeirão Preto precisa de um aeroporto a sério ou um de brincadeirinha, meia boca.

Consideramos o diálogo sempre  muito importante e é o que falta na discussão do tema aeroporto. Agradecemos muito a sua participação e gostaríamos que continuasse.

O grupo gestor

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Estudo recente da USP de São Carlos confirma a inviabilidade da ampliação do Leite Lopes

Estudo recente da USP de São Carlos confirma a inviabilidade da ampliação do Leite Lopes
Esta noticia não foi divulgada na imprensa local. Porque será?

Todos os trabalhos sérios feitos com relação à ampliação e a simples manutenção do Leite Lopes no sitio atual, confirmam o que a cidade decidiu em 1995 na Lei do Plano Diretor: o aeroporto deve ser relocado para fora da área urbana.  Contra os fatos não existem argumentos, apesar dos fiéis e teimosos escudeiros SLLQC que ficam de plantão nos espaços da mídia para leitores. Contra a Ciência e a Técnica não existe possibilidade de controvérsia. Mesmo que isso contrarie interesses econômicos que nem mesmo são os de Ribeirão Preto e região.
 A noticia abaixo foi publicada pelo G1 que é parte do complexo jornalístico da Globo, à qual a EPTV é filiada. Por acaso essa noticia foi divulgada no noticiário da EPTV? E a EPTV não é proprietária do jornal A Cidade? Este jornal publicou alguma coisa a respeito?
 A ausência da informação pode ser considerada como desinformação? Essa noticia não seria do interesse da população de Ribeirão Preto? Porquê então não foi publicada?
 O Movimento Pro Novo Aeroporto sempre defendeu a hipótese de que o tema Novo Aeroporto em lugar do puxadinho é um tema tabú na imprensa local que apenas publica temas  a favor  da ampliação do Leite Lopes, considerando-a como já definitiva  e que nunca noticia as posições do Movimento, como se não existisse oposição séria a esse absurdo do puxadinho. Chamamos esse comportamento sistemático de campanha midiatica de desinformação pública para manipulação da opinião pública.
 O Movimento Pro Novo Aeroporto está errado nesta consideração? Independentemente disso, já que eles não publicam, nós o fazemos agora.
18/11/2012 16h30- Atualizado em 18/11/2012 16h38
Aeroporto de Ribeirão funciona em local inadequado, diz estudo da USP
Entorno limita expansões e sistema viário é restrito, segundo pesquisador.Obras de R$ 170 milhões resolverão problemas, informa Daesp.
Rodolfo Tiengo Do G1 Ribeirão e Franca
Um estudo da USP apontou que o Aeroporto Estadual Leite Lopes, em Ribeirão Preto (SP), funciona em uma área inadequada para suas operações e para receber futuras expansões. A pesquisa desenvolvida pelo estudante Tiago Furlanetto e coordenada pelo professor Marcelo Pereira de Souza, em uma dissertação de mestrado na Escola de Engenharia de São Carlos (SP), concluiu que o complexo, que de janeiro a setembro deste ano recebeu cerca de 830 mil passageiros, tem limitações estruturais em diferentes aspectos e deveria estar localizado em outra área do município.
Segundo Souza, a região do Leite Lopes - instalado na zona Norte da cidade - tem problemas como a falta de controle de emissão de ruídos resultantes da operação aeroviária, além da fragilidade no sistema viário do entorno e na malha urbana para adequações de infraestrutura.
De acordo com o engenheiro, mudanças no Leite Lopes comprometeriam a Avenida Thomaz Alberto Whatelly, único acesso ao aeroporto, e resultariam em um alto custo social, com a necessidade de transferir a população de alguns bairros para outras localidades. “As pessoas teriam que dar uma tremenda volta para chegar ao aeroporto”, afirmou. A área também não é recomendada porque na região há um córrego muito próximo, diz o estudo.
Parâmetros
A pesquisa levou em conta parâmetros ambientais, econômicas e sociais de institutos como a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) e a Organização da Aviação Civil Internacional (Icao), além da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Regras que, segundo Souza, estão obrigatoriamente atreladas a uma constante: “Um aeroporto precisa pensar em futuras expansões. É um empreendimento que gera cicatrizes muito grandes na cidade.”


Acesso viário ao aeroporto de Ribeirão é restrito, diz estudo (Foto: Rodolfo Tiengo/ G1)

As conclusões foram tiradas após dois anos de pesquisas e cálculos em um software com informações geográficas capaz de interpretar variáveis e identificar quais áreas melhor atendem os parâmetros estabelecidos. Em uma escala de viabilidade formada por quatro níveis – inadequado; de baixa suscetibilidade; bom e excelente – o aeroporto de Ribeirão Preto foi classificado no pior patamar. “Digitalizamos as informações para verificar quais áreas seriam adequadas em um raio de 25 km”, disse Souza.
O estudo também sugeriu que algumas áreas na Zona Oeste de Ribeirão e um trecho entre Ribeirão Preto e Pradópolis (SP) são as mais recomendadas para o aeroporto, tendo em vista a relativa distância do centro da cidade, a proximidade de rodovias duplicadas, além de reduzido impacto ambiental e espaço disponível para expansões.
Um aeroporto precisa pensar em futuras expansões. É um empreendimento que gera cicatrizes muito grandes na cidade"
Marcelo Pereira de Souza
Movimento de cargasOs pesquisadores da USP identificaram ainda que o transporte de cargas no aeroporto de Ribeirão Preto é inexpressivo se comparado a de outros aeroportos administrados pelo Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), como o de Araraquara (SP) e o de Bauru (SP). Além disso, representa apenas 0,25% do volume de cargas do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).
Apesar dos números, o coordenador do estudo não conclui que a construção em andamento do terminal alfandegário no Leite Lopes seja desnecessária.
DaespResponsável pela administração do Aeroporto Leite Lopes, o Daesp informou, em nota, que não teve acesso à pesquisa realizada pela USP e que todas as questões mencionadas, como o controle de ruídos e o sistema viário, serão equacionadas com as obras de deslocamento da pista do aeroporto em 500 metros e melhorias no entorno viário.
Segundo o órgão, as obras estão sendo executadas por meio de convênio entre Estado e Prefeitura de Ribeirão Preto, com um valor total de R$ 170 milhões.

5 comentários do leitores da G1


Marcelo Cartolano 5 horas atrás
...na carga aérea RAO depende de melhores condições p/aumentar a tonelagem transportada e isso virá c/as obras previstas e já em andamento no aeroporto.Além disso esse estudo pode,digo pode, estar viciado porque S.Carlos está pleiteando a internacionalização do aeroporto onde existem oficinas de manutenção de uma grande empresa aérea.A prefeitura de S.Carlos alega que a internacionalização do Leite Lopes não vai atrapalhar seu pedido, diz que uma coisa não tem nada com a outra, mas na realidade tem sim,c/RAO internacional difícilmente o Governo Federal vai autorizar internacionalizar S.Carlos.
Marcelo Cartolano 15 horas atrás
Não concordo c/esse estudo porque nada de novo foi apresentado. O entorno do sítio aeroportuário do Leite Lopes vem sofrendo adensamento populacional há anos sem que o poder público fizesse nada.Agora,fazer um estudo e dizer que a Av.Thomáz Alberto será prejudicada alegando que se dará uma volta enorme para se chegar ao aeroporto, isso é mestrado??O acesso ao aeroporto vai continuar o mesmo p/quem vem do centro e dos bairros, o desvio da Avenida será feito no entorno da pista prolongada. Existem dezenas de estudos academicos dizendo exatamente ao contrário desse, questão de ponto de vista, mas...
Marcelo 5 horas atrás
Sei não se esse estudo é viciado. Para esse pessoal de São Carlos citar positivamente Araraquara no estudo é porque deve estar correto!!!rsssss

Almanakut Blogs 15 horas atrás
E já deviam pensar em uma nova rodoviária, ligada à terminal urbano e estação de trem!

Almanakut Blogs 15 horas atrás
Isso aí é o Congonhas do futuro!


____________________________________________________________________
G1 Ribeirão e Franca
03/06/2012 16h00- Atualizado em 03/06/2012 16h00
Aeroporto de Ribeirão, SP, precisa ser quatro vezes maior, aponta estudo
Crescimento de passageiros pede mais investimentos, segundo consultor. Daesp discorda de cálculo e anuncia R$ 9,6 milhões em melhorias.
Rodolfo Tiengo Do G1 Ribeirão e Franca
O Aeroporto Leite Lopes em Ribeirão Preto (SP) precisa ser quatro vezes maior para atender a atual demanda de passageiros, de acordo com pesquisa realizada por uma entidade ligada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). A falta de espaço, segundo a Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE), foi constatada por meio de um índice calculado com base na média anual de passageiros e na área total do terminal do aeroporto.
A unidade de Ribeirão, que no ano passado recebeu quase 1,2 milhão de pessoas, oferece 3 metros quadrados por usuário, quando teria que oferecer quase 12, de acordo com a pesquisa. “A ampliação feita no aeroporto dois anos atrás não adiantou, porque a demanda cresce”, afirmou o consultor aeroportuário Mozart Mascarenhas Alemão, um dos responsáveis pelo levantamento que identificou uma alta de 30% na procura por voos domésticos no Leite Lopes entre 2007 e 2011.
Segundo o consultor, a única maneira de acompanhar esse crescimento é por meio de investimentos da iniciativa privada. Recursos e interesse do poder público, de acordo com Alemão, não são suficientes para garantir melhora no atendimento dentro dos padrões defendidos no estudo. “Mesmo com recursos financeiros e competência, a legislação atual para empresas públicas amarra os investimentos”, disse.
“É um pouco pequeno [o aeroporto], não tem muita infraestrutura”, afirmou Gisele de Oliveira, 53 anos, de São Sebastião do Paraíso (MG), usuária do aeroporto que também reclama da falta de mais lojas e de uma praça de alimentação.
De Brasília (DF), o engenheiro eletricista Winter Andrade Coelho, de 59 anos, que utiliza o terminal duas vezes por mês, se queixa da falta de áreas exclusivas de espera para os clientes das companhias. “Para um padrão de cidade como Ribeirão Preto tem que ter uma boa estrutura”, disse.
Daesp
O Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), que administra o Leite Lopes, informou que o aeroporto de Ribeirão Preto está de acordo com as normas da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, sigla em inglês). “O nível de serviços de um terminal de passageiros é avaliado pelo número de usuários que passam pelo local nos horários de pico e não pelo número de passageiros/ano”, argumentou, em nota.
O órgão também informou que o Estado vai destinar R$ 9,6 milhões para melhorias no terminal até o fim de 2012, o que inclui ampliação no estacionamento, iluminação, instalação de caixas eletrônicos e de máquinas com leitura Raio-X para bagagens e melhorias técnicas na pista de decolagem. Outros R$ 2,3 milhões foram gastos em 2011 com sinalização das pistas e sistema de acesso aos pátios de aeronaves, de acordo com o Daesp.

sábado, 17 de novembro de 2012

Derrapagens em pistas sem áreas de escape em área urbana

CONGONHAS EM RIBEIRÃO, NÃO !

Derrapagens em pistas sem áreas de escape  em área urbana,
podem se transformar em graves tragédias.

Este é uma das palavras de ordem do Movimento Pro Novo Aeroporto desde 1999, quando surgiu, pela primeira vez,  a  ideia de ampliar o Leite Lopes contrariando a legislação municipal que exigia a relocação do aeroporto para fora da área urbana.

Essa ideia de puxadinho, a cultura do improviso irresponsável, tem sido muito comum nas nossas ditas autoridades aeronáuticas em lugar de termos a construção de aeroportos decentes em áreas adequadas. É o improviso baseado no conceito de classe hegemônica de que voar é coisa só para rico.

É claro que uma das consequências dessas políticas é o caos aéreo que o Brasil tem apresentado e que ficará muito mais patente quando chegarmos aos eventos desportivos de grande porte, em 2014 e 2016.

Essas tais de autoridades aeronáuticas têm obedecido às exigências de interesses econômicos tacanhos e que não têm escrúpulos  em colocar em risco a segurança das populações, passageiros e tripulações se isso atrapalhar os negócios.

É o caso de Ribeirão. Façamos uma breve retrospectiva: Uma elite local começa  preferir  o transporte aéreo em lugar do rodoviário. As instalações do Leite Lopes não são adequadas e nem mesmo tem um Terminal de passageiros. Essas instalações nem poderiam ser adequadas porque o Leite Lopes era apenas um campinho de aviação.

Na década de 80, resolveram ampliar a pista um pouquinho e transformar o Leite Lopes em aeroporto, construindo um Terminal de Passageiros e liberando o uso para aeronaves de grande porte. Estabeleceram um zoneamento de ruído que passou a interferir com a vida das comunidades do entorno, já estabelecidas desde a década de 50 e principalmente na década de 70 em loteamentos construídos pelo poder publico municipal.

E não perguntaram nada a ninguém. Simplesmente fizeram e pronto. O DAESP assim o definiu e não admite nenhuma controvérsia contra o que ele considera  como “crescimento” mesmo quando a lei já exigia a consulta popular. Isso ocorreu em 1984.

Alguns anos depois, simplesmente aumentam um pouquinho a pista e mesmo tendo a obrigação de fazer um estudo de engenharia chamado de EIA-RIMA, resolveram não o fazer, sempre apostando na dormência das forças vivas da cidade. E tivessem feito, e o estudo fosse sério, teria indicado que seria necessária a construção de outro aeroporto, conforme a cidade em 1995, na sua Lei de Plano Diretor estava exigindo, lei baseada nas discussões com a sociedade civil  e onde os interesses em discussão eram os da cidade e não os econômicos privados.

Em 2005, certos interesses mercantilistas e econômicos de exploração de um terminal de cargas decidiram que o Leite Lopes deveria ter a sua pista ampliada para permitir a operação de grandes aeronaves cargueiras. Decidiram isso em S. Paulo com o Governo do Estado. O DAESP começa a elaborar o projeto mas o Ministério Publico, acionado pela Sociedade Civil, exige  no poder judiciário a elaboração de um EIA-RIMA. O DAESP, pressionado por força de sentença, contrata.

Este estudo é apresentado e discutido e imediatamente derrubado por suas inconsistências técnicas e cientificas, sócio-ambientais, de segurança e de violação da cidadania, inclusive pelo valor estimado das desapropriações onde foi denunciada o uso de artifícios avaliatórios, gerando um “pequeno erro” que tinha como principal finalidade demonstrar que a ampliação era muito “mais baratinha” que a construção de um aeroporto novo. Fato que ficou comprovado que não era. Esse estudo, feito com o objetivo de muitos outros, para servir de base administrativa que justificasse a pretensão econômica, foi considerado de baixa qualidade pelo órgão estadual licenciador  que mandou refazê-lo.

Cabe aqui um pequeno parêntesis:  a manipulação dos dados no simulacro de estudo apresentado sempre teve o apoio da manipulação midiática para desinformação pública como se fossem verdades científicas e a sua derrubada não foi divulgada como sendo o resultado obvio de um estudo inconsistente feito apenas para provar o que não poderia ser aprovado.

Esse estudo foi refeito e na tentativa de reapresentá-lo em 2008, ocorre a tragédia de Congonhas, onde ficou demonstrada a tese do Movimento que essa ampliação iria transformar o Leite Lopes em outro Congonhas.

Como contra fatos não há argumentos, o projeto foi arquivado e por sentença judicial ficou proibida a ampliação do Leite Lopes.

O bom senso nos indica que a partir desse momento, as autoridades aeronáuticas deveriam partir para o projeto de um novo sitio, apropriado, onde fosse possível construir um aeroporto decente, com amplas possibilidades de ampliação tanto no comprimento da pista como na sua quantidade (duas, por exemplo) e que constituísse uma infraestrutura suporte para o desenvolvimento futuro de Ribeirão Preto e região, aqui concebida como uma região pré-metropolitana e inserida num maior contexto da infraestrutura aeroportuária nacional.

Esse bom senso também deveria orientar as personalidades e entidades, que, por estarem sendo enganadas defendiam o puxadinho, no sentido de começarem a  exigir de um novo aeroporto.

Ledo engano. Os interesses econômicos envolvidos com o Terminal de Cargas, para a sua efetivação em 2005 precisavam do apoio de certos setores hegemônicos locais e para isso garantiram-lhes algumas migalhas.

Estes setores, que representam o que existe de mais retrogrado na cidade, constituindo o que se denomina de coronelismo urbano que ainda manda e desmanda na região (haja vista a reeleição do cargo executivo!) exige as suas migalhas e de novo volta ao projeto da ampliação da pista do Leite Lopes, o nosso já conhecido puxadinho.

Esse puxadinho obriga a relocação da av. Thomaz Alberto Whatelly que continuará fazendo divisa com a cabeceira  da pista. O que é que isso significa? Apenas um novo Congonhas.

Pista curta (2.100 metros) quando o mínimo para uso cargueiro é de 3.300 ou 4.000 metros (dependendo do avião) e sem área de escape segura, ou seja, a área de escape será a avenida e o seu prolongamento pelo Parque de Exposições ou, na outra cabeceira, um bairro densamente habitado.

Um  acidente na Av. Thomaz Albert Whatelly será inevitável pela configuração que eles propõem, para atender exclusivamente aos interesses de um Terminal de Cargas – que também pode ser construido no novo aeroporto – e aos intereses subalternos de um grupo, infelizmente ainda hegemônico, suprapartidário, que domina a cidade.

Esses interesses, subalternos, meramente mercantilistas e contrários ao interesse coletivo estão tão interessados nos seus negócios miudos, prometidos, que estão pressionando tanto o governo municipal e o estadual para obrigarem a empresa que vai explorar o tal Terminal a construí-lo com urgência. Todavia a empresa só está interessada – e com muito bom senso – a só terminar a sua construção depois de ter a certeza de que a pista vai ser ampliada.

Porque é que estamos voltando a este assunto?

Porque em Congonhas ocorreu, novamente, outro acidente no dia 11/11/2012. A imprensa, para não alarmar as pessoas, deu um destaque muito pequeno. Alguns jornais locais nem mesmo relataram o evento.

Um Cessna Citation Jet I, avião bimotor a jato de pequeno porte com capacidade para transportar cinco ou seis passageiros, ao pousar em Congonhas derrapou e se estatelou no final do barranco (isso mesmo, o final da pista em Congonhas é um barranco!) bem ao lado da av. Bandeirantes. Por um pouco, apenas alguns metros, arrebentaria meia duzia de carros  porque essa avenida é muito movimentada (veja o vídeo abaixo).


É um aviãozinho. O que estão querendo operar no Leite Lopes são cargueiros de grande porte. Se derraparem nas mesmas condições eles não vão parar na cerca.

Sabem como se chama o equivalente à av. Bandeirantes paulistana em Ribeirão Preto?

Exatamente a Thomaz Albet Whatelly, única via de acesso da região para o centro da cidade e que por isso é muito movimentada, inclusive por ciclistas e pedestres.

É evidente que esse acidente não irá ocorrer porque não haverá nenhum puxadinho e teremos um novo aeroporto em breve. Quer esses grupelhos queiram ou não. Para fazer o puxadinho, antes têm que fazer io licenciamento e antes disso terão que aprovar um estudo ambiental. Como aprovar algo que é, manifestamente, um risco para a cidade?

Eles mesmo confessam: a plaquinha que está colocada na av. Thomaz Albert Whatelly é a prova.

Esta placa está na Av Thomaz Albert Whatelly. Prova que a via corre risco aeronáutico?

 

Do lado de cá da cerca é a Av. Bandeirantes, equivalente à nossa Av. Thomaz Albert Whatelly (ver foto ao lado). Felizmente “apenas” alguns ossos quebrados mas poderia ter sido uma tragédia nos usuários da via por falta de área de escape.
Vista da Av. Bandeirantes no instante da queda.  Note-se a proximidade com a avenida de grande fluxo. O acidenyte poderoia se tornar em tragédia. Existe lógica na existência de uma via no final de cabeceira de uma pista sem zona de escape?




Não se deixe enganar pelas campanhas midiáticas de desinformação e manipulação da opinião pública a serviço de quem não respeita a cidadania para garantir os seus interesses econômicos que também podem ser garantidos num aeroporto novo, só para satisfazer alguns “sem-noção” locais e os interesses de marketing político de quem não tem política pública nenhuma.

Povo esclarecido jamais será iludido

então

Congonhas em Ribeirão Não!
Leite Lopes com outro uso (alternativo) :
sem ampliação e sem desapropriação
Novo aeroporto em nova área já!

e

respeito pelas Comunidades, pela Cidadania e pela Dignidade

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

SLLQC - ELEIÇÕES - TEAD

OS SLLQC , AS ELEIÇÕES E O TERMINAL DE CARGAS DA TEAD

SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

As eleições terminaram. Desde antes de começarem já se previa quem provavelmente iria ganhá-las em Ribeirão Preto. É claro que em eleição tudo é possível. No primeiro turno um dos candidatos, novato, concentrou mais votos do que estava previsto, e em lugar da esperada reeleição da atual prefeita através de uma vitória messiânica logo no 1º turno, tivemos o segundo turno.

Dos dois candidatos selecionados para o segundo turno, nenhum deles é alinhado com o Movimento Pro Novo Aeroporto ou para qualquer um dos outros Movimentos Populares que surgiram, somando-se aos já existentes. Na verdade, ambos os candidatos  representavam apenas mais do mesmo.

A maior vantagem destas eleições é que certos partidos se desmascararam perante todo o eleitorado, que soube dar a resposta no segundo turno. O que as elites locais tinham determinado e as pesquisas até apontavam nessa direção,  era a consagração de uma vitória messiânica, com a diferença de mais de 20% entre os “candidatos mais do mesmo”.

A resposta foi simples. O eleitor, bronqueado e saturado disso tudo, em lugar de votar a favor do vencedor, votando branco ou nulo (o tal voto de protesto dos rebeldes sem causa), votou a favor do outro; o candidato destinado a perder, quase empatou e a atual prefeita obteve a reeleição nas urnas com uma votação muito inferior à da eleição de 2008.

As elites locais levaram um bom susto. Mas de qualquer forma como ganhou quem elas preparam para ganhar, os ânimos logo se acalmaram.

Mas qual é a relação entre as eleições, os SLLQC e a construção do Terminal de Cargas?

O tema aeroporto foi colocado nas eleições pela atual prefeita como “compromisso cumprido” como se um simples convenio assinado entre partes fosse o mesmo que a aprovação e homologação das obras do puxadinho. Tudo divulgado no horário eleitoral desde o 1º turno e – o que é impressionante – nenhum dos outros candidatos teve a coragem de informar que essas afirmações eram falsas, com o objetivo de enganar o eleitorado desavisado e mal informado pela mídia ao longo destes últimos quinze anos.

Toda essa “eficiência administrativa” era para garantir a construção do Terminal de Cargas Alfandegado de responsabilidade da empresa TEAD, obra essa sempre anunciada como já quase terminada mas nunca iniciada de verdade. As eleições acabaram e os candidatos envolvidos com esse tal convênio,  fizeram boca de siri (como se costuma dizer na gíria) e entraram naquela do “deixa como está para ver como fica”.


Esse desinteresse pelo assunto deixou os setores ligados aos SLLQC inconformados e logo botaram a boca no trombone, ressuscitando o tema pela imprensa impressa e televisiva,

A empresa TEAD tinha um prazo para terminar as obras do Terminal de Cargas. O prazo venceu no inicio deste mês de Novembro e praticamente não fez nada: cercou a área, locou as fundações e bem devagarzinho vai cravando as estacas para depois, sabe-se lá quando, montar a estrutura pré-moldada do galpão. Já pediu prorrogação de prazo ao DAESP que, entidade boazinha, sempre concede desde 2007.

Na verdade não é por bondade nem por exigência. Nenhum empresário vai investir altos valores como o da construção e equipagem de toda uma estrutura sofisticada e muito cara se não tiver a certeza que a ampliação da pista do Leite Lopes, o velho puxadinho, vai sair da conversa fiada de político que não tem política nenhuma, apenas a assinatura do tal Convênio que nada mais é do que  um protocolo de intenções, entre  as comadres  Prefeitura e Governo de Estado. Que de vez em quando parece brigarem entre si.

Por isso a TEAD não tem pressa nem o DAESP pode exigir muita coisa já que tinha prometido uma pista adequada e não o conseguiu, depois de duas tentativas absurdas de tentar ampliar a pista. A única coisa meio estranha em tudo isso foi que a tal  licitação ganha pela TEAD em 2004 aconteceu antes que o Leite Lopes dispusesse de uma pista de porte internacional de cargas. Parece que essa ideia de fazer o puxadinho só apareceu depois da licitação, ou seja, gastar-se-ia dinheiro público para apoiar os negócios de uma empresa privada e estava planejado fazer essa ampliação sem os estudos preliminares obrigatórios por lei.  

A probabilidade de ocorrer essa ampliação – o tal de puxadinho – é muito pequena, quase nula. O Governo do Estado sabe disso e a prefeitura também porque tudo o que fizeram até agora não passou de marketing eleitoreiro e a continuidade da campanha de desinformação pública.

A TEAD também sabe disso. Nós sabemos disso, principalmente porque é o Movimento Pro Novo Aeroporto que impede que essa ideia insana se concretize porque exigimos que o Leite Lopes tenha uma utilização mais adequada como aviação executiva e atividade aviônica e acadêmica, portanto que fique como está, enquanto se constrói um novo aeroporto digno para Ribeirão e região e que seja feita uma nova licitação para o Terminal de Cargas. E continuamos exigindo que os estudos preliminares sejam feitos e submetidos a discussão técnica e com as comunidades atingidas,

Mas os SLLQC não se conformam. Como as eleições já acabaram e quem queria que fosse eleito já o foi, acham que podem forçar a barra para que o puxadinho se concretize e para isso fazem pressão política e administrativa sobre a TEAD para acelerar as obras para formalizar o fato consumado e então poder exigir o puxadinho.

Para isso a imprensa escrita e a televisiva  começaram a “forçar a barra” na tentativa de trazer a tona novamente a briga entre as comadres no faz de conta de que se está fazendo alguma coisa em prol do interesse público, com o  objetivo de exigir com  urgência a construção do Terminal de Cargas, esquecendo-se de que só tem sentido essa construção se existir a homologação do puxadinho.

No dia 27/10/2012, manchete do jornal A Cidade já “levantava a lebre” com a manchete: Terminal de cargas do Leite Lopes cresce a passos lentos. No dia 30 o Gazeta de Ribeirão, já “dedou” que  o prazo poderá ser  estendido por 12 meses, na reportagem do dia 30/11/2012:  Terminal protelado Conclusão de obras de prédio para cargas no Leite Lopes vai atrasar. Como não poderia deixar de ser o braço televisivo dos SLLQC  (TV CLUBE) em reportagens, comentários  e entrevistas, volta à mesma tecla: Ribeirão Preto irá para o buraco se não for feito o puxadinho. Aeroporto novo nem falar! Vai que o pessoal que assiste gosta da ideia e começa a  exigir a construção de um aeroporto decente para Ribeirão.

Se a TEAD está interessada em explorar o Terminal de Cargas Alfandegado certamente que não é por morrer de amores por Ribeirão Preto nem por ato filantrópico de trazer empregos e progresso para a região. É porque esse investimento irá propiciar-lhe lucros.

É simplesmente um investimento comercial privado, totalmente desvinculado dos interesses maiores de Ribeirão Preto e região e que tem aliados locais que ficarão felizes com as migalhas que lhes serão servidas a troco do apoio político e da manipulação midiática que  mantém uma pratica de desinformação publica constante.

Podem acreditar senhores SLLQC que a TEAD tem no seu “staff” pessoal muito qualificado e que sabe muito bem o que está fazendo.  Sabe muito mais do que vocês sonham saber algum dia. O DAESP também.

Se “não têm pressa em ganhar dinheiro” não é por incompetência. Sabem muito bem o que estão fazendo.

Senhores SLLQC não passem vergonha, deixando às claras o pouco conhecimento que têm do assunto. Não queiram ensinar a missa ao vigário.

Conhecemos bem os nossos adversários e não os menosprezamos. De qualquer forma sairemos vencedores pois estamos realmente com a face correta da moeda: o lado da verdade.

Mesmo com toda essa campanha midiática e  eleitoreira que tem sido martelada sobre a opinião pública de Ribeirão, seguindo o velho padrão de desinformação pública que de tanto falar uma mentira ela parece ser uma verdade, o Movimento sabe que

Povo esclarecido jamais será iludido

Então

Congonhas em Ribeirão Não!
Leite Lopes com outro uso (alternativo) :
sem ampliação e sem desapropriação
Novo aeroporto em nova área já!

e

respeito pelas Comunidades, pela Cidadania e pela Dignidade
Basta de manipulação midiática para promover a desinformação pública

Aproveitamos para lembrar a nossos leitores que no blog existe um abaixo assinado exigindo a construção de um novo aeroporto. Se concorda com a nossa luta, assine!