segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O MOVIMENTO RESPONDE

Um modelo de concepção para o novo Aeroporto

O blog do Movimento Pro Novo Aeroporto está sempre em atividade. E por isso recebe muitos retornos de seus leitores. Alguns reclamando de nossos posicionamentos, outros elogiando-os  e também outros fornecendo informações úteis, como o que se segue: 

Se puderem  dêem  uma estudada no que fizeram na Suécia, no final da  década 70  inicio década 80 (eu estava por lá)
O aeroporto de Bromma estava e ainda está dentro cidade, e não tiveram dúvida, os estudos técnicos levaram a que ficasse regional e construíram  Arlanda  (45 km) com toda a facilidade de todo tipo de transporte coletivo de qualidade que imaginar 
até a cidade.

É verdade. Esse tipo de comportamento é o usual em países de elevado nível de vida em razão de um alto nível de educação formal que não permite que pessoas despreparadas possam assumir funções publicas para administrar o país.  Por isso lá não existem  SLLQC* para impedirem o desenvolvimento adequado no sentido do bem comum.

Não vamos descrever esses aeroportos nem mesmo de sua rede de transporte público em direção à cidade (Estocolmo) e  ao entorno.

Vamos dar asas à nossa criatividade e esboçar uma alternativa para um Novo Aeroporto (equivalente ao de Arlanda) destinado para vôos regionais e internacionais, enquanto o atual Leite Lopes, permanecendo como está, destina-se, entre outras atividades, à aviação geral e de helicópteros (equivalente ao de Bromma).

Aeroporto novo fora da área urbana, com um plano diretor que o transforme naquilo que hoje caracteriza um aeroporto moderno: uma cidade aeroportuária.

Uma área com capacidade de suportar as futuras ampliações, com toda a sua infra-estrutura de aeródromo e de terminais de carga e de passageiros; toda uma infra-estrutura de apoio tais como lojas, restaurantes e um entorno protegido do zoneamento de ruído, ao contrário do que aconteceu no Leite Lopes, podendo ser uma parte ocupada por instalações de um grande parque de exposições, com local para eventos de médio a grande porte, como festivais de música que atrapalhariam a população se fossem feitos dentro da área urbana, como é feito hoje. Talvez até comportando uma Agrishow.   O restante da área ocupada por um zoneamento agrícola permanente, por exemplo produzindo produtos agrícolas de exportação (frutas, flores, etc). Poderia ser também um zoneamento industrial com a produção dirigida para a alta tecnologia com valor agregado para exportação.

Para atender a toda essa demanda um sistema viário de via expressa correndo paralelamente a um sistema metroviário para a cidade com conexão com as cidades vizinhas. No caso de Estocolmo trens de alta velocidade para cidades até 40/50 km, o que no nosso caso poderia ser  admitido desde Ribeirão Preto até Franca,  Taquaritinga,  Araraquara, Orlândia, etc. e, numa visão futurista, conexão com o futuro trem bala para S. Paulo.

Para que isto possa se tornar possível é necessário primeiro ter um projeto bem definido e uma estrutura administrativa e política metropolitana dirigida por estadistas, para poder viabilizar tanto no aspecto técnico e administrativo mas também uma política de investimentos, estabelecendo prazos.

Seria, é claro, um plano a ser implantado no médio prazo, que é muito maior que o prazo de duração de uma administração política.

Esse é o gargalo para a implantação de qualquer empreendimento sério em Ribeirão Preto: competência, visão no longo prazo e capacidade de implantar algo que será inaugurado por outro administrador.

Olhando para as últimas administrações, o que podemos esperar?

Uma dessas outras administrações, ninguém sabe muito bem porquê, resolve acabar com o terminal de ônibus em frente à rodoviária e distribuiu todas as linhas pelas ruas próximas, gerando o maior caos tanto para os pedestres, os passageiros e o próprio trânsito.

A anterior vem e faz aquilo que se atreveu a chamar de terminal de ônibus, composto por aquele monte de pontos alinhados, tudo a céu aberto e sem proteção nenhuma para os passageiros que ficam expostos à chuva. 

A atual, apenas a insistência em afirmar que um novo aeroporto demora 10 anos para ser construído e que para se definir um sitio aeroportuário não é necessário ser especialista, bastando passear de helicóptero e olhar para baixo, apontar com o dedo  e assustar os moradores de classe B da zona sul com a hipótese de terem que conviver com um aeroporto.

Com esse padrão de administrações que nós mesmos temos elegido, podemos esperar algo mais do que a estreiteza de se contentarem com um puxadinho/puxadão no Leite Lopes?

Podemos esperar atitudes de estadista com uma visão de longo prazo?

Dirão que não adianta ter visão se não tiver dinheiro. Pois é: vamos ter a copa e o dinheiro apareceu, sem precisar recorrer ao FMI. Então falta de dinheiro não é.  Certamente que é falta de estadista.

Por isso é que continuamos a insistir:

Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área já!

Mas para isso é indispensável que

Em 2012 não vote em político de 3ª linha: vote em estadista

* SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.


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