sexta-feira, 4 de abril de 2014

ATÉ QUE ENFIM – UM POUCO DE RESPEITO COM OS CADEIRANTES NO LEITE LOPES

Faz tempo que o Movimento Pro Novo Aeroporto considera que o governo do Estado não tem nenhum respeito por Ribeirão Preto.

Nem pode ter  porque as suas pseudo elites são tão subservientes que aceitam sem nenhuma dignidade a ampliação do Leite Lopes em lugar de exigirem um novo aeroporto, que possa dar suporte sério ao desenvolvimento da região.

Essa falta de respeito para com a cidade e seus habitantes é notória em todas as obras feitas no Leite Lopes, mesmo as mais simples, ou seja, aquelas para garantirem o mínimo de conforto a seus usuários e frequentadores, como por exemplo, quem lá trabalha.

Num projetinho de transporte urbano, elaborado para fingir o marketing de quer planejam alguma coisa, conseguiram colocar uma linha de ônibus especifica mas que não serve para os passageiros usarem porque tem catraca (mala não passa) e horários extensos.

Existia um ponto de taxi na frente dos portões de entrada do terminal de passageiros. Ficou apenas para ponto de parada de desembarque e o ponto deslocado, sem nenhuma proteção contra as intempéries nem de abrigo aos taxistas. Tanto no desembarque como no embarque.

Falta de estacionamento nas vias de acesso, obrigando os motoristas ou a pagarem estacionamento privado ou estacionarem nas calçadas, que na verdade não existem.

A falta de calçadas – obrigatórias desde 1984 por lei municipal, com acessibilidade pela NBR 9050 desde 1994 – define mesmo a falta de noção de mobilidade e acessibilidade que impera tanto no poder publico estadual (responsável pelo Leite Lopes) e pelo poder municipal (porque é dele a responsabilidade por gerenciar a cidade).

Não respeitando os moradores da cidade nem as mais comezinhas exigências de garantir qualidade de vida, é evidente que também não estariam se preocupando com as necessidades dos portadores de deficiência, normalmente representados pelos cadeirantes, nas condições de embarque/desembarque nas aeronaves.

Passageiros com mobilidade reduzida são tratados como meros embrulhos: Carrega o cadeirante nas costas e sobe/desce as escadinhas ridículas a que chamam de rampas.

O Movimento Pro Novo Aeroporto, que embora pleiteie um novo sitio, não esquece que os usuários do Leite Lopes têm direitos que não podem deixar de serem respeitados.

Por isso, quando foi feita a última reforma/ampliação do Terminal de Passageiros, o Movimento Pro Novo Aeroporto fez uma inspeção própria e constatou toda uma série de irregularidades no que se refere à acessibilidade e apresentou o respectivo laudo ao Ministério Público que serviu de base, para uma Ação Civil Pública.

Nessa ação Civil Pública foi solicitada uma pericia ao IPT a qual além de confirmar o laudo original ainda apresentou toda uma serie de outras exigências também a serem cumpridas.

Agora, no dia 27/03/2014, bem de mansinho e tentando não fazer muita marola, o governador do Estado oficializou a entrega de um monta-cargas para cadeirante[i], perdão, um “Ambulift - um elevador que facilita o embarque em aeronaves de passageiros com deficiência física.” conforme foi noticiado pela imprensa escrita. Só que a imprensa esqueceu-se de ressaltar que  o passageiro em trânsito ficará à chuva, tanto o cadeirante como um acamado ou mesmo se estiver usando muletas.

De qualquer forma dos males o menor. Continuarão não sendo tratados como cidadãos mas, pelo menos, não serão tratados como embrulhos.

Projeto de aeroporto que precisa de ser aperfeiçoado pela mobilização da Sociedade Civil e pela parceria Ministério Público e Judiciário é uma confissão dos maus serviços prestados à cidade e à região tanto pelo poder publico local como pelo estadual.

E porque é que não temos um novo aeroporto e o próprio Leite Lopes fica sendo maquiado?  Porque a finalidade das políticas neoliberais do governo segue a ideologia de privatizar tudo que é rentável.

Para convencer os distraídos, apregoam aos quatro ventos que são obras de de interesse coletivo e de modernização do Leite Lopes.

Uma maquiagem aqui, outra ali, finge-se que o Leite Lopes está sendo modernizado e na hora da privatização não se exigirá nenhum melhoramento e investimento a sério do licitante vencedor. Já imaginou construir o aeroporto que Ribeirão Preto precisa e depois privatizá-lo?

Os interesses ligados à ampliação do Leite Lopes não são coletivos mas sim os corporativos do lucro rápido.




É uma vergonha para Ribeirão Preto e para todos aqueles que defendem a ampliação do Leite Lopes em lugar de exigirem um novo aeroporto.

POVO ESCLARECIDO JAMAIS SERÁ ILUDIDO

Diga Sim a revogação da Lei do Uso do Solo
Diga Não à ampliação do Aeroporto e desvalorização das casas

Nas eleições de 2014  e 2016:

Diga Não aos candidatos que “vendem” o Papai Noel Leite Lopes


[i] Ver   http://cadeiravoadora.blogspot.com.br/2011/01/ambulift-e-riscos-no-aeroporto.html

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