VOLTARAM AS JOIAS DE SABEDORIA TECNOLÓGICA DOS SLLQC
O TUNEL
SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.
Interesses econômicos privados mascarados de projeto político tentam se sobrepor ao interesse público
Ribeirão Preto em 1995 exigiu, pela Lei do Plano Diretor, que o aeroporto fosse transferido para outra área, adequada e fora da área urbana, com uma configuração moderna e capaz de absorver as futuras ampliações, possíveis e prováveis, que garantissem a infra estrutura aeroportuária com capacidade de dar o suporte necessário para o desenvolvimento regional inevitável de ocorrer numa região em franco crescimento econômico.
Infelizmente, os nossos políticos locais demonstraram a total falta de capacidade estadista de analisar o futuro além dos seus pobres quatro anos de mandato. Por isso a insistência na ampliação do Leite Lopes, entre outros motivos o de reles marketing político, em lugar de exigir a construção de um novo aeroporto.
Os interesses econômicos que baixaram no Leite Lopes desde 1997 logo tiveram o amparo desses políticos medíocres que se sedimentaram em 2008 quando tentaram fazer a ampliação do Leite Lopes com base em estudos que foram reprovados, dada a sua má qualidade, e sob a forte pressão popular que demonstrou de forma massiva e categórica ser contra esse projeto e exigindo a construção de um novo aeroporto, sobrepujando interesses mesquinhos e uma imprensa completamente cooptada.
Em razão disso foi decretada uma sentença judicial impedindo a ampliação da pista.
Se a região necessita de um aeroporto apto a ser a infra estrutura aeroviária capaz de sustentar o desenvolvimento econômico presente e futuro da região metropolitana de Ribeirão Preto e esse aeroporto não caberia no Leite Lopes, o bom senso nos indicaria que a construção de um novo aeroporto seria o passo seguinte.
Fingindo-se de sonsos, mas tentando comer pelas beiradas
Mas não foi assim que aconteceu. Desejando manter o projeto original para que certos interesses específicos não ficassem prejudicados, deixaram correr tudo em silêncio durante um certo período enquanto iam arquitetando um outro modelo de ação, do tipo “ir comendo pelas beiradas” e de repente soltaram que a pista seria deslocada mas não ampliada e, entre outras jóias de sabedoria elaboraram um projeto de desvio da Av. Antonio Alberto Whatelly, contornando a pista que não seria ampliada mas apenas deslocada (???) e chamaram para isso até o DERSA (Departamento de Estrada e Rodagens de São Paulo), empresa estatal especializada em rodovias e em Estudos Ambientais liberadores dessas obras.
Apresentaram o projeto com grande pompa e divulgação na mídia. Como se diz na gíria, soltaram todos os “rojões e ainda foram atrás para pegar as varetas”. Foi uma manifestação de alto poder de mistificação midiática para as eleições que se avizinhavam. Fizeram até um Convênio!!!!
Depois, como ninguém os contrariava, criaram coragem e em lugar de falarem em deslocamento da pista já confessavam que se tratava de uma ampliação.
Até uma propaganda política do governo do estado sobre as grandes obras que vão ser executadas em Ribeirão, citava-se, na maior cara dura, da ampliação do Leite Lopes. E tudo isso para já. Sem Estudos de Impacto Ambientais (EIA-RIMA) e sem Estudos de Impacto de Vizinhança (EIV). Nada.
O Ministério Publico chamou as partes envolvidas para esclarecimentos e nessa conversa deve ter ficado claro que não se iria deixar barato o desvio absurdo que foi projetado pelo DERSA para adequação da Av. Antonio Alberto Whatelly e outros “pequenos” assuntos correlatos.
Logo após a manifestação do Ministério Público, a campanha midiática das obras de “ampliação do Leite Lopes” viraram apenas “reforma do Leite Lopes”.
O Plano B – O besterol do viaduto ou será que é um túnel ?
Sabendo que não seria possível aprovar o projeto anunciado com todas as pompas em 2012, logo partiram para o Plano B: o besteirol de que a avenida não seria relocada mas sim ficaria na situação de passagem inferior em relação à pista do Leite Lopes.
Para isso se constrói ou um túnel ou um viaduto e, analisando os depoimentos feitos à imprensa, continuamos na dúvida de qual vai ser o projeto objetivo a ser apresentado, porque na forma descrita, parece não saberem muito bem qual a diferença entre um túnel e um viaduto.
Como viaduto não pode ser utilizado em pista de pouso quando a pista é constituída por um pavimento tipo flexível (asfalto) fica difícil se saber qual o órgão aeronáutico que poderá aprovar essa jóia de tecnologia SLLQC.
Mas, com viaduto ou túnel ou qualquer outro tipo de obra mágica, o projeto não consegue se sustentar como o anterior não conseguiu.
Não é só esse pequeno detalhe. É o projeto inteiro. Por isso não vão querer fazer nem EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental) nem um simples EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança).
Só estamos perdendo tempo e a demora em se começar a construção do aeroporto que Ribeirão Preto exige, precisa e merece.
E enquanto isso a tropa de choque dos SLLQC envia cartas às colunas dos jornais vociferando contra o Ministério Público tentando convencer que ele é teimoso em impedir o progresso, conforme carta de leitor ao jornal A Cidade do dia 02/05/2013.
É o contrário: defender a ampliação do Leite Lopes é que é ser teimoso e contra o progresso. Todo este tempo perdido já poderíamos ter um novo aeroporto pronto e em operação.
No dia 02/11/2006 Jornal A Cidade publicou (grifos nossos):
"Daesp trava o aeroporto"
O promotor Marcelo Pedroso Goulart diz que exige do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) um estudo sério sobre a ampliação e internacionalização do Aeroporto Leite Lopes desde 1997. “O Ministério Público não trava o aeroporto, o que trava o aeroporto é a tentativa do Daesp de desobedecer as leis do país”, afirma.
Também o Movimento Pro Novo Aeroporto já demonstrou, em diversos artigos, que a alternativa viaduto ou túnel não serve, tendo sido citado pelo jornal Gazeta de Ribeirão do dia 24/09/2013:
Ele [professor do Moura Lacerda e especialista em trânsito e transporte Luimar Heck Paes Leme] afirmou, no entanto, que as obras são mais um indicativo de que o aeroporto não deveria estar onde está. “Primeiro é família que precisa ser removida, depois é obra viária. É uma bola de neve, nunca vão parar (as obras de adequação no aeroporto). Em dez anos o Leite Lopes vai ser nosso Congonhas”, afirmou, referindo-se ao terminal imerso na mancha urbana da capital paulista.
O mesmo pensam os integrantes do Movimento Pró Novo Aeroporto, que defendem a construção de um terminal em um novo local para Ribeirão. Um post no blog do movimento, de janeiro de 2011, já criticava a ideia de um viaduto na pista. Segundo o texto, a construção criaria um túnel de mais de 300 metros na Thomaz Alberto Whatelly, o que tornaria o ambiente inseguro, principalmente à noite.
Essa noticia gerou diversos comentários de leitores, dos quais selecionamos os seguintes:
1. Em 30/04 as 13h53 por:Regina Gomes Pereira Machado
Tudo o que é remediado, remediado ficará. Temos pessoas capacitadas para dizerem que a nossa cidade está crescendo e que devemos pensar no futuro, pois se hoje o Aeroporto Leite Lopes comporta aviões de porte pequeno e que está dentro do programado, por que criar tantos transtornos se nós temos outros pontos da cidade que além de serem adequados estarão de acordo com a lei e dentro das normas? Faço das palavras do professor Luimar Heck Paes Leme as minhas. Proposta: - Vamos pensar grande?
2. Em 30/04 as 13h23 por:Almanakut Brasil
É o Ribeirão, o PRETO, da Academia Ribeirãopretana de Letras! Como é que querem uma região metropolitana com um aeroporto como esse e onde está? Tem gente que não pensa a longo prazo e depois fica colhendo os frutos como se colhe hoje, principalmente em relação à rede de esgoto e os serviços do Dadá! Quando esse aeroporto não suportar mais a demanda, mesmo reformado, ou se acontecer algo pior na Anhanguera (a exemplo de Congonhas), aí verão que isso deveria ter servido para tráfego de aviões de pequeno e médio porte e de que outro bem maior já teria que ser preparado, mesmo em cidades vizinhas! (Vejam as diferenças entre Viracopos e Leite Lopes, que tem movimento superior a diversas capitais brasileiras.)
Estas manifestações populares revelam que o problema Aeroporto de Ribeirão Preto já começou a ser discutido pela sociedade civil, saindo do controle da manipulação da opinião pública patrocinada pelos SLLQC.
Se a proposta apresentada pela prefeitura tivesse algum fundamento, em Congonhas já teriam feito construído um viaduto ou túnel sobre a av. Bandeirantes, disponibilizando uma pequena área de escape, que é melhor que nada.
São estas questões óbvias que não estão enganando mais ninguém!
Mas besteirol por besteirol temos uma proposta mais barata
Os SLLQC para consolidarem os seus argumentos sempre recorrem aos maus exemplos, como o aeroporto de Congonhas que – enfatizam – está dentro da malha urbana e é muito bonito, cheio de lojas. Esquecem-se que esse aeroporto “muito bom” já matou muita gente e o último evento foi em 2007 quando morreram 199 pessoas porque o avião não parou e não tinha área de escape que transformaria essa tragédia em simples incidente.
A memória desses mártires da incompetência que embasa a política aeroportuária completamente obsoleta e cheia de puxadinhos deveria ser mais respeitada. Se o Leite Lopes (e outros aeroportos em que pretendem fazer puxadinhos), for ampliado, a morte desses mártires foi em vão e por outros serão substituídos.
Mas também podemos sugerir que, em lugar de fazer túnel ou viaduto, que são obras muito caras, siga-se então o exemplo “magnífico” da Inglaterra na sua remanescente colônia chamada Gibraltar.
A foto mostra a total plenitude desse sistema, inclusive dentro de área urbana (não na terra mãe porque não seria permitido, mas na colônia tudo é viável). Tem mais: é um excelente meio de educação dos motoristas, porque até hoje nenhum deles se atreveu furar o farol vermelho.
Agora peguem o mega-projeto que eles elaboraram e vejam o que fica bem na frente da cabeceira dita deslocada: O Parque Permanente de Exposições! Com público de até 35.000 pessoas!
Tudo isso só para não construírem um aeroporto novo!
E depois nós é que somos contra o progresso!
Por isso o Movimento prossegue na sua campanha:
Povo esclarecido jamais será iludido
Congonhas em Ribeirão, Não!
Leite Lopes com outro uso (alternativo) :
sem ampliação e sem desapropriação
Novo aeroporto em nova área já!