sábado, 8 de dezembro de 2012

O mito do “Grandioso” Terminal Internacional de “Cargas”

A ingenuidade dos inocentes – parte II

Outro dia ficamos surpresos com a declaração da prefeitura municipal de que não sabia que se o Leite Lopes não dispuser de uma pista adequada, onde os aviões cargueiros possam operar,   o tal grandioso e milagroso Terminal Internacional de Cargas  não poderá funcionar.

Essa declaração de perplexidade espantosa por parte da prefeitura é, no mínimo, estranha. Será que não sabia que para um Terminal de Cargas Aéreo Internacional operar precisa de cargas áreas internacionais e para isso precisa de pista adequada para os aviões pousarem e decolarem?

Alguém imagina ser possível um terminal rodoviário de cargas sem acesso rodoviário? Pois a prefeitura imaginava ser possível o funcionamento de um terminal  de cargas aéreo sem pista cargueira!

E porque isso? Porque o presidente da empresa que venceu a licitação em 2003 para operar esse terminal foi visitar a prefeita e deixou-a ciente disso.

E então reiterou que não basta exigir que a empresa cumpra o prazo de construção do Terminal porque só poderá operar quando for feita a tal (pretensa) ampliação da pista.

Ou seja, agora que a atual administração municipal foi reeleita e usou esse Terminal como marketing político para fingir que brigava com o Governo do Estado, na expectativa de mostrar grande capacidade de iniciativa para administrar a cidade, o empresário foi dar o recado: se quiser marketing político, vá contra o DAESP obrigando-o a fazer a ampliação.

E a prefeita, ainda não refeita da surpresa, bastante irritada,  disse que o DAESP não teria explicado que a operação do terminal estava diretamente condicionada à ampliação da pista!

 

 

Como se a pista com tamanho adequado não fosse um pré-requisito óbvio.

 

 

 


Podemos até imaginar que as suas declarações sejam o resultado da ingenuidade dos inocentes mas também é uma confissão de que não sabe o que está falando quando apoia e exige a ampliação do Leite Lopes em lugar de se construir um aeroporto novo, onde esse Terminal também pode ser construído.

 

Mas o DAESP não gostou da acusação e com toda a razão,






conforme a notícia, ao lado, publicada no jornal A Cidade no dia 07/12/2012:

O DAESP retruca que “o contrato [...] refere-se à concessão de área para construção e exploração comercial do terminal de cargas, tendo sido formalizado nas condições que o aeroporto apresentava em 2003 (com a pista da forma que está)”. E que aguarda o término das obras para o dia 2 de Janeiro.

É claro que o Terminal vai ficar fechado e sem equipamentos para permitir a capatazia e o armazenamento das mercadorias porque não tem pista para transitarem essas mercadorias. E esses equipamentos, fechados e sem uso, perdem o prazo de validade. E são muito caros.

A briga entre eles parece que vai ser muito interessante.

Então vamos botar um pouco mais de lenha na fogueira:

Se é verdade que o contrato foi feito na base da pista existente em 2003 (a mesma de hoje) em 2005 ambos, a TEAD e o DAESP já festejavam a ampliação da pista conforme noticia publicada na revista Aeromagazine:


Combinaram mas não conseguiram cumprir. Mas continuam, insistindo e também não vão conseguir porque Ribeirão Preto e Região querem um aeroporto decente que seja um Portal de Entrada digno para a região.

Se tivessem sido mais inteligentes e menos teimosos, já teriam  elaborado o estudo para um aeroporto novo, ele já estaria construído, sem problemas, com o Terminal já operando e sem a necessidade de termos que assistir, constrangidos, a declarações iguais à da prefeita.

Mas Ribeirão Preto e a região vão ter o novo aeroporto que necessitam e que engrandeça a pujança da região e o Leite Lopes vai ter outra utilização, de formação de mão de obra especializada em aviação, aviônica, pilotagem, logística aeroportuária e muitas outras especialidades.


Congonhas em Ribeirão Não!
Leite Lopes com outro uso (alternativo) :
sem ampliação e sem desapropriação
Novo aeroporto em nova área já!


Um comentário:

  1. Gente : primeiro conquistemos o que está ao nosso alcance, ampliação da pista, prédio da alfândega, ampliação do estacionamento, melhoramentos no entorno e outras coisas. Daqui uns 20 anos se as coisas melhorarem, poderemos então pensar num segundo Aeroporto. Hoje temos um "Fusca", adoraríamos ter um "Mercedes", porem melhor isso do que nada ... se esses grandes "patriotas de plantão" continuarem com essa ideia chula e megalomaníaca de quererem construir um novo aeroporto em outro lugar, não só vão atrapalhar os convênios já em andamento como poderão interromper tudo que já foi conquistado.

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