sexta-feira, 28 de outubro de 2011

DESVARIOS DOS SLLQC - Analise das noticias sobre o tal deslocamento da pista

OS DESVARIOS DOS SLLQC – NOVA VERSÃO

O AUMENTO DA PISTA DITO COMO NÃO  AMPLIAÇÃO


SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto e que entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

O Movimento Pro Novo Aeroporto tem, entre os seus principais objetivos, esclarecer os cidadãos sobre a questão Leite Lopes, analisando critica e tecnicamente as noticias transmitidas pela mídia, em razão de declarações feitas pelas  auto denominadas autoridades.

A noticia foi realmente bombástica e todos os SLLQC entraram em estado de Nirvana, numa orgástica verborragia, cantado hosanas a todos os deuses do panteão Negócio. Infelizmente a imprensa limitou-se a transcrever todo esse falatório sem que primeiro o filtrasse pelo crivo da lógica e do razoável.

Vamos começar esta série de análises,  pelas reportagens e editorial do jornal Gazeta de Ribeirão do dia 20/10/2011:


“O acordo foi fechado para proteger os moradores do entorno do Leite Lopes”.
Só isso? Não!

Ficou demonstrado que qualquer ampliação da pista (ou seu deslocamento, como quiserem chamar, pois é apenas uma questão de semântica) era tecnicamente inadequada e que transformaria o Leite Lopes em outro Congonhas.

Portanto, o acordo não foi feito por piedade mas por impossibilidade técnica, além da proteção da incolumidade pública, inclusive dos usuários dos transporte aéreo, vulgo passageiros. 


“A solução encontrada ontem é tão prática quanto óbvia, muito embora possa ser considerada um remendo”.

Na verdade a solução encontrada foi nenhuma porque se for aplicada, necessitaríamos de aviões com marcha à ré, ou o projeto tem que melhor estudado. Logo, não é óbvia. O óbvio é o desconhecimento técnico de quem fez a afirmação.

Mas uma verdade essa frase contem: pode ser “considerada um remendo”. Neste caso, perguntamos: Ribeirão Preto merece um aeroporto decente e adequado ou deve-se contentar apenas com um remendo? O Movimento Pro Novo Aeroporto repudia qualquer tipo de remendo porque exige, faz 16 anos, um aeroporto adequado e apto a sustentar o desenvolvimento que a região merece.

Este conceito é efetivamente reforçado no Editorial, quando afirma que “Está longe de ser o ideal para uma cidade do porte de Ribeirão Preto, que merece um aeroporto internacional moderno.”

Se merece, porque é que se deve contentar com o tal remendo?

Que forças são essas que tentam convencer  as pessoas a renunciarem ao que têm direito e às suas convicções  (necessidade de um novo aeroporto adequado e digno),  para se contentarem com um remendo, que não interessa a ninguém, ou talvez apenas a alguns setores da economia absolutamente nada comprometidas com o desenvolvimento da cidade e região?

Prossigamos com a análise da reportagem “Luz no fim do túnel” na pag. 5:

 “com a mudança, o aeroporto ganharia 300 metros e ficaria com 2,1 mil metros de pista útil, o que a torna apta a receber  vôos internacionais de carga”, disse a prefeita (PSD)...Apesar  de a Prefeitura sinalizar positivamente para a viabilização da obra, Darcy declarou que o município não arcará com nenhuma despesa. Em nota, o Daesp afirmou que o governo estadual irá “estudar” a forma de “suportar” financeiramente o projeto.

Se a prefeitura não investe e o estado não tem dinheiro, que projeto é esse que deixou todos os SLLQC tão alvoroçados, quase atingindo o estado orgástico de Nirvana?

Mas a prefeitura mente quando afirma que não vai investir no projeto. Não tem dinheiro mas vai investir sim. Vai investir na desapropriação de uma área particular para poder expulsar os seus moradores para liberar a área que está na zona de ruído, lembrando-se que, se o aeroporto for relocado para área mais adequada, não será necessário expulsar ninguém de suas casas. Para isso já publicou o decreto de utilidade pública. Depois da desapropriação e lançar centenas de famílias ao desabrigo, vai brincar de imobiliária vendendo a área para a construção de galpões.

Mas as noticias não acabam. No destaque “Cargas: Tead se anima com ressalva” chegamos realmente ao final do grande projeto:

A Tead Brasil [...] declarou que com 2,1 mil metros de pista operacional é possível a operação de aeronaves cargueiras no local. Porém, [...] a extensão da pista comprometeria parcialmente a decolagem.

Se a finalidade do Leite Lopes é a exportação dos produtos da região é claro que, se a pista não tem condições operacionais de permitir a decolagem de aviões cargueiros, então a nossa capacidade de exportação fica comprometida. Ou seja, a finalidade para a qual tanto se tem pressa em ampliar o Leite Lopes em lugar de construir um novo aeroporto, não é verdadeira, porque os aviões cargueiros terão dificuldade de decolagem.

A menos é claro, que esses equipamentos tomem um ônibus para Viracopos ou Cumbica e de lá decolem sem problemas.

A Tead Brasil está certa na análise desse  “pequeno problema técnico”, que se baseia em  leis da Física, impossíveis de serem discutidas no Judiciário ou revogadas no Legislativo.

É que, segundo quem entende, no caso a Aeronáutica, o calculo do comprimento da pista para o Leite Lopes, para permitir o seu uso por aeronaves cargueiras, define que o mínimo de comprimento da pista deve variar entre   3300 metros e 3900 metros, dependendo da aeronave.  Um pequeno problema técnico de diferença de “apenas”  1200 ou  1800 metros para uma decolagem segura com plena carga de exportação. Se a carga for menor que o máximo então teremos o Leite Lopes não como um aeroporto exportador para permitir o escoamento da produção industrial regional mas apenas para permitir a importação de produtos de terceiros. Ou seja, o Leite Lopes será o aeroporto $1,99.

Mas a reportagem continua:

“Teríamos uma penalização nas decolagens mas em Vitória (ES), por exemplo, temos as mesmas condições e as aeronaves pousam e decolam sem problemas.”

Aqui cabem dois comentários. O primeiro,  na confissão de total ignorância sobre o uso correto dos aeroportos já que a pista do aeroporto de Vitória está na cota (altitude) 3,50 m  e  a do Leite Lopes na cota 550 metros. Quanto maior a altitude, maior o comprimento da pista para a mesma aeronave porque o ar é menos denso. É um conceito basilar. Por isso, não se pode comparar a pista do Leite Lopes com a de Vitória.

Como segundo comentário, continuamos a perceber que só se compara o Leite Lopes com os piores exemplos de aeroportos, como justificativa para a sua  ampliação e uso como aeroporto cargueiro.

O aeroporto de Vitória é considerado o pior aeroporto internacional do Brasil!

Se continuar assim, esse título passa ao Leite Lopes. Quem quer esse título?

Porque é que nunca comparam o Leite Lopes com os aeroportos decentes? Porque as auto-proclamadas elites locais, se contentam com remendos em saco podre.

O Editorial, infelizmente, deu voz a essa tese.

Mas o Movimento Pro Novo Aeroporto repudia qualquer ação que facilite a capitulação ao poder econômico divorciado dos interesses legítimos de Ribeirão Preto e região. Por isso, desde 1995, exige a construção de um aeroporto novo.

Povo esclarecido jamais será iludido

Por isso

Em 2012 não vote em político de 3ª linha: vote em estadista

E, como sempre

Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
               Novo aeroporto em nova área já!








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