O Judiciário impõe a
Cidadania a Ribeirão Preto
SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que, há
mais de 15 anos, insistem em não deixar construir um aeroporto novo para
Ribeirão Preto porque demoraria 10 anos para se construído e que, por isso, entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo
lhes serve.
As férias do
nosso blog acabaram porque as eleições já estão terminadas. Não nos interessam as
eleições presidenciais. No nosso caso,
no momento, apenas as eleições estaduais. E. contrariando as expectativas de quem está cansado de promessas não cumpridas, o
governo atual se reelegeu com uma ampla margem e logo no primeiro turno.
Consolidou-se
o Tucanato Paulista. Em particular em Ribeirão Preto, cidade ocupada e
pretensiosamente dirigida por uma oligarquia provinciana, conforme os franceses
da Copa a definiram.
Mas é um
Tucanato sem força renovadora. Em Ribeirão Preto foram reeleitos os mesmos de
sempre e com uma ampla margem. O que isso significa? Significa que o Tucanato
não está conseguindo desenvolver novas lideranças.
E o que é
que o Movimento Pro Novo Aeroporto tem a ver com isso? Nada de especial: sem
novas lideranças, as velhas emboloram e não conseguem mais ser defensoras
eficientes da tese Só Leite Lopes a Qualquer Custo (SLLQC).
Por isso, o
potencial ofensivo das forças contrárias ao desenvolvimento de Ribeirão Preto e
região está em declínio.
Apesar da
costumeira omissão da mídia local, vai
ficar mais fácil implantar a ideia do novo aeroporto junto ao que sobrou desse
Tucanato porque essa ideia já é ponto pacifico na população, principalmente
naquela moradora no entorno do Leite Lopes.
Antes das
eleições os Movimentos Pro Novo Aeroporto e o da Moradia e Cidadania
desenvolveram atividades de campo junto a essas populações explicando-lhes o
que significava a transformação de todo o entorno do Leite Lopes em área
industrial (LC 2505/12).
O pessoal
ficou indignado quando viu no mapa a sua casa que levou uma vida inteira de
trabalho e de economias para ser
construída, de repente, sem aviso e sem perguntar nada para ninguém, ficar
dentro de uma área industrial.
E daí que
não se perguntou nada para ninguém?
Fazer Leis,
implantar o “progréssio” e facilitar os empreendimentos lucrativos é obrigação
e prerrogativa do poder executivo, ou seja, da prefeitura. Não tem que
perguntar nada para ninguém. Os vereadores aprovaram, está aprovado. Se não
gosta que seja assim, que vá reclamar com o bispo. Este foi o pensamento dos
SLLQC a respeito.
Teve gente
que não gostou mas também não foi reclamar com o bispo mas sim denunciar ao
Ministério Público que essa lei tinha sido aprovada fora dos ditames legais de
ser discutida com as comunidades interessadas, através de Audiências
Públicas. Gente arrojada e sem medo de
cara feia de oligarca provinciano.
E os SLOQC
devem ter-se perguntado:
Como assim? Agora
tem que se perguntar ao povinho se as leis estão de acordo com a vontade
popular? Não basta a vontade dos donos do poder econômico e de seus
representantes na vereança?
Pois é!
Precisa sim, porque o Brasil não é mais uma Democracia Representativa como era
nos tempos dos “coronés” mas sim uma Democracia Participativa através da qual a
cidadania representada pelos movimentos sociais e outras entidades da Sociedade
Civil também têm voz ativa.
O Ministério
Público, no cumprimento de seu dever, entrou no Judiciário para resolver a
questão dessa lei que foi aprovada ao
arrepio da lei. A sentença do Tribunal de Justiça já saiu: a lei foi declarada
inconstitucional[i].
Entre outras coisas, o entorno do Leite Lopes não é mais de uso industrial.
O conceito
megalomaníaco de transformar o entorno do Leite Lopes de uso misto para uso predominantemente
industrial, tentando transformá-lo numa
tal de cidade aeroportuária (ou aerotrópolis segundo os mais pomposos), foi para o beleléu. Se escafedeu.
Na verdade
esse pessoal leu a esse respeito em algum artigo mas não faz a menor ideia do que seja uma cidade
aeroportuária. Se entendesse do assunto, certamente que estaria defendendo um novo
aeroporto. Não é possível organizar uma aerotrópolis no entorno do Leite Lopes.
Só para
lembrar: a tentativa de ampliação do Leite Lopes contrariando uma decisão
judicial[ii],
recorrendo a um subterfúgio infanto-juvenil de aprovar um tal de Relatório de
Regularização Ambiental em lugar de fazer um Estudo de Impacto Ambiental
(obrigatório), e entre muitas outras coisas se esqueceram de que é necessário
providenciar Audiências Públicas.
Precisamos
relembrar a última, ocorrida em 2007, na qual o projeto original foi repudiado?
Com Tucanato
ou sem Tucanato, já está a caminho o féretro do projeto de ampliação do Leite Lopes em
lugar de se construir um aeroporto novo, moderno, adequado e apto a suportar o
desenvolvimento econômico regional. Sem causar danos sócio ambientais nem danos
irreparáveis para a cidade de Ribeirão Preto.
.
POVO ESCLARECIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO
Diga Não
à ampliação do Aeroporto e á desvalorização das casas
Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área
já
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