domingo, 2 de novembro de 2014

AS ELEIÇÕES, OS SLLQC E O IMPÉRIO DA CIDADANIA

O Judiciário impõe a Cidadania a Ribeirão Preto

SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que, há mais de 15 anos, insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto porque demoraria 10 anos para se construído e que, por isso,  entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

As férias do nosso blog acabaram porque as eleições já estão terminadas. Não nos interessam as eleições  presidenciais. No nosso caso, no momento, apenas as eleições estaduais. E. contrariando as expectativas de quem está cansado de promessas não cumpridas, o governo atual se reelegeu com uma ampla margem e logo no primeiro turno.

Consolidou-se o Tucanato Paulista. Em particular em Ribeirão Preto, cidade ocupada e pretensiosamente dirigida por uma oligarquia provinciana, conforme os franceses da Copa a definiram.

Mas é um Tucanato sem força renovadora. Em Ribeirão Preto foram reeleitos os mesmos de sempre e com uma ampla margem. O que isso significa? Significa que o Tucanato não está conseguindo desenvolver novas lideranças.

E o que é que o Movimento Pro Novo Aeroporto tem a ver com isso? Nada de especial: sem novas lideranças, as velhas emboloram e não conseguem mais ser defensoras eficientes da tese Só Leite Lopes a Qualquer Custo (SLLQC).

Por isso, o potencial ofensivo das forças contrárias ao desenvolvimento de Ribeirão Preto e região está em declínio.

Apesar da costumeira omissão da mídia local,  vai ficar mais fácil implantar a ideia do novo aeroporto junto ao que sobrou desse Tucanato porque essa ideia já é ponto pacifico na população, principalmente naquela moradora no entorno do Leite Lopes.

Antes das eleições os Movimentos Pro Novo Aeroporto e o da Moradia e Cidadania desenvolveram atividades de campo junto a essas populações explicando-lhes o que significava a transformação de todo o entorno do Leite Lopes em área industrial (LC 2505/12).

O pessoal ficou indignado quando viu no mapa a sua casa que levou uma vida inteira de trabalho e de economias  para ser construída, de repente, sem aviso e sem perguntar nada para ninguém, ficar dentro de uma área industrial.

E daí que não se perguntou nada para ninguém?

Fazer Leis, implantar o “progréssio” e facilitar os empreendimentos lucrativos é obrigação e prerrogativa do poder executivo, ou seja, da prefeitura. Não tem que perguntar nada para ninguém. Os vereadores aprovaram, está aprovado. Se não gosta que seja assim, que vá reclamar com o bispo. Este foi o pensamento dos SLLQC a respeito.

Teve gente que não gostou mas também não foi reclamar com o bispo mas sim denunciar ao Ministério Público que essa lei tinha sido aprovada fora dos ditames legais de ser discutida com as comunidades interessadas, através de Audiências Públicas.  Gente arrojada e sem medo de cara feia de oligarca provinciano.

E os SLOQC devem ter-se perguntado:

Como assim? Agora tem que se perguntar ao povinho se as leis estão de acordo com a vontade popular? Não basta a vontade dos donos do poder econômico e de seus representantes na vereança?

Pois é! Precisa sim, porque o Brasil não é mais uma Democracia Representativa como era nos tempos dos “coronés” mas sim uma Democracia Participativa através da qual a cidadania representada pelos movimentos sociais e outras entidades da Sociedade Civil também têm voz ativa.

O Ministério Público, no cumprimento de seu dever, entrou no Judiciário para resolver a questão dessa lei que foi  aprovada ao arrepio da lei. A sentença do Tribunal de Justiça já saiu: a lei foi declarada inconstitucional[i]. Entre outras coisas, o entorno do Leite Lopes não é mais de uso industrial.

O conceito megalomaníaco de transformar o entorno do Leite Lopes   de uso misto para uso predominantemente industrial, tentando transformá-lo  numa tal de cidade aeroportuária (ou aerotrópolis segundo os mais pomposos),  foi para o beleléu. Se escafedeu.

Na verdade esse pessoal leu a esse respeito em algum artigo mas não  faz a menor ideia do que seja uma cidade aeroportuária. Se entendesse do assunto, certamente que estaria defendendo um novo aeroporto. Não é possível organizar uma aerotrópolis no entorno do Leite Lopes.

Só para lembrar: a tentativa de ampliação do Leite Lopes contrariando uma decisão judicial[ii], recorrendo a um subterfúgio infanto-juvenil de aprovar um tal de Relatório de Regularização Ambiental em lugar de fazer um Estudo de Impacto Ambiental (obrigatório), e entre muitas outras coisas se esqueceram de que é necessário providenciar Audiências Públicas.

Precisamos relembrar a última, ocorrida em 2007, na qual o projeto original foi repudiado?

Com Tucanato ou sem Tucanato, já está a caminho o féretro  do projeto de ampliação do Leite Lopes em lugar de se construir um aeroporto novo, moderno, adequado e apto a suportar o desenvolvimento econômico regional. Sem causar danos sócio ambientais nem danos irreparáveis para a cidade de Ribeirão Preto.
.

POVO ESCLARECIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO

Diga Não à ampliação do Aeroporto e á desvalorização das casas

Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área


Nenhum comentário:

Postar um comentário