quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A TAL SUPERVALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA DO ENTORNO DO LEITE LOPES

A realidade desmascara o Papai Noel Leite Lopes[i]

SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que, há mais de 15 anos, insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto porque demoraria 10 anos para se construído e que, por isso,  entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

Ao longo de nossa campanha por um novo aeroporto e que o Leite Lopes fique como está (ou seja, Ribeirão Preto disporia de dois aeroportos, como já acontece com muitas cidades – Bauru, por exemplo) alguns de nossos leitores têm travado um dialogo muito interessante sobre os diversos temas abordados.

Um desses temas tem sido uma tal valorização imobiliária no entorno do Leite Lopes para a construção de galpões logísticos e sempre baseados na opinião de autoproclamados “experts” no assunto, publicadas em reportagens da imprensa local.

Tomamos a liberdade de transcrever trechos de alguns desses diálogos, com omissão dos nomes, embora estejam publicados no blog:

Para não dizerem novamente que é matéria paga no jornal, tive a paciência de pesquisar e confirmar os valores do m2 praticados na região com corretores e Imobiliárias conhecidas da cidade [...]
 e
Desmerecendo seu comentário: JORNAL A CIDADE 19/01/2013
TÍTULO: Galpões disputam entorno do aeroporto de Ribeirão Preto

M
M I. já notou que eles sempre se acham com a razão ?? Para eles todos estão em estado de devaneios, todos são mal informados e que essa procura maior pelos espaços no entorno é pura e simplesmente por causa somente da rodovia.

[...]
Felizmente o Governo de São Paulo está decidido em deslocar a pista e prover condições para que o aeroporto consiga dar seus primeiros passos rumo as operações nacionais e internacionais de carga.
 

M, a rodovia sempre esteve no mesmo lugar e nunca, como agora, a valorização nas proximidades do aeroporto foi tão grande, porque será ?

M
Olha M I. acho que a valorização nas proximidades do aeroporto hummm.... tá meio difícil de responder, mas acho que deve ser pelo Shopping Iguatemi, ou mesmo pela expansão do RibeirãoShopping, ou pelas obras de mobilidade urbana previstas pela Prefeitura (túneis, viadutos, corredores de ônibus etc), ou talvez pela construção do Viaduto Henry Nestlé, também pode ser pela FATEC, ou pelas obras anti enchentes na Jerônimo Gonçalves; olha tá muito difícil de saber, mas acho que não deve ser pela internacionalização do aeroporto não, segundo o Movimento o aeroporto não tem nada haver com isso e está até desvalorizando o que tem perto. Fala sério né ??!! Interessante saber que nesta mesma Via Anhanguera, logo mais ao norte, em Orlândia, não existe esta procura por áreas para galpões, no sentido inverso, logo alí em Cravinhos também não existe esta procura, por coincidência justamente onde existe o LL por perto está tendo esta procura, agora fiquei intrigado!! Quem será que deve estar em estado de devaneios ?? Os que querem o aeroporto internacional (RP e região, em sua maioria absoluta), ou o Movimento que quer preservar todas as favelas e impedir que pessoas consigam condições melhores de vida, apenas porque eles não querem ser desapropriados ??

Para o leigo, todas as alegações feitas são verdadeiras jóias de sabedoria.

Mas a realidade é soberana e não compactua com devaneios. Nem mesmo quando são propagandeados por interessados em promover, mesmo que artificialmente, uma especulação imobiliária.

Abandono de áreas no entorno do Leite Lopes

No entorno imediato do Leite Lopes (e não à distância de 5 km) existem diversos loteamentos de uso industrial aprovados mas totalmente desocupados. Desocupados é uma força de expressão porque na verdade são invadidos por lixo, entulhos, ratos, escorpiões, carcaças de animais mortos e por muitos urubus que vão lá se alimentar.

Um desses loteamentos, próximo à cabeceira da pista, foi ocupado por um assentamento de Sem Teto denominado de Nelson Mandela e que depois foi desocupado pacificamente, no cumprimento de um acordo com os proprietários.



Nenhum lote foi colocado à venda. Se existisse algum tipo de interesse econômico para a construção de galpões tendo como fator de demanda o Leite Lopes, a procura seria grande e certamente que hoje não existiria nenhum lote à venda. E os urubus estariam buscando “boca livre” em outro local.





A tese da valorização imobiliária é posta à prova e é reprovada

Nesse meio tempo, a maravilhosa administração municipal que foi eleita, para enfrentar as grandes dificuldades financeiras até para pagar o salário dos seus servidores, colocou à venda por licitação[ii] inúmeros imóveis (próprios municipais), alguns situados no entorno imediato do Leite Lopes e por 60% de seu valor imobiliário.

Sem dúvida, uma verdadeira pechincha para quem acredita que se trata  uma região em franca valorização imobiliária por causa do galpão logístico situado dentro do Leite Lopes e do “breve” inicio das viagens de cargas internacionais.

Todos os especuladores imobiliários, incluindo os tais “experts” deveriam ter corrido em massa para apresentarem as suas propostas de compra. Deveria ser uma verdadeira maratona!

Pasmem! Não houve nenhuma oferta! Ninguém se interessou!

Isso apenas comprova que a tal internacionalização do Leite Lopes não promove a valorização imobiliária do seu entorno.

Promove apenas o risco socioambiental às populações do entorno, que não são favelados porque compraram os seus imóveis devidamente registrados em cartório (só os SLLQC insistem em chamar essas populações de favelados), e que neles investiram todo o trabalho de suas vidas. Sem falar, é claro nos danos à cidade e também à região por falta de um aeroporto que possa dar-lhe o suporte para o crescimento socioeconômico.

POVO ESCLARECIDO JAMAIS SERÁ ILUDIDO
CONGONHAS EM RIBEIRÃO, NÃO
NOVO AEOPORTO, EM NOVA AREA, JÁ!



domingo, 2 de novembro de 2014

AS ELEIÇÕES, OS SLLQC E O IMPÉRIO DA CIDADANIA

O Judiciário impõe a Cidadania a Ribeirão Preto

SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que, há mais de 15 anos, insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto porque demoraria 10 anos para se construído e que, por isso,  entendem que Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes serve.

As férias do nosso blog acabaram porque as eleições já estão terminadas. Não nos interessam as eleições  presidenciais. No nosso caso, no momento, apenas as eleições estaduais. E. contrariando as expectativas de quem está cansado de promessas não cumpridas, o governo atual se reelegeu com uma ampla margem e logo no primeiro turno.

Consolidou-se o Tucanato Paulista. Em particular em Ribeirão Preto, cidade ocupada e pretensiosamente dirigida por uma oligarquia provinciana, conforme os franceses da Copa a definiram.

Mas é um Tucanato sem força renovadora. Em Ribeirão Preto foram reeleitos os mesmos de sempre e com uma ampla margem. O que isso significa? Significa que o Tucanato não está conseguindo desenvolver novas lideranças.

E o que é que o Movimento Pro Novo Aeroporto tem a ver com isso? Nada de especial: sem novas lideranças, as velhas emboloram e não conseguem mais ser defensoras eficientes da tese Só Leite Lopes a Qualquer Custo (SLLQC).

Por isso, o potencial ofensivo das forças contrárias ao desenvolvimento de Ribeirão Preto e região está em declínio.

Apesar da costumeira omissão da mídia local,  vai ficar mais fácil implantar a ideia do novo aeroporto junto ao que sobrou desse Tucanato porque essa ideia já é ponto pacifico na população, principalmente naquela moradora no entorno do Leite Lopes.

Antes das eleições os Movimentos Pro Novo Aeroporto e o da Moradia e Cidadania desenvolveram atividades de campo junto a essas populações explicando-lhes o que significava a transformação de todo o entorno do Leite Lopes em área industrial (LC 2505/12).

O pessoal ficou indignado quando viu no mapa a sua casa que levou uma vida inteira de trabalho e de economias  para ser construída, de repente, sem aviso e sem perguntar nada para ninguém, ficar dentro de uma área industrial.

E daí que não se perguntou nada para ninguém?

Fazer Leis, implantar o “progréssio” e facilitar os empreendimentos lucrativos é obrigação e prerrogativa do poder executivo, ou seja, da prefeitura. Não tem que perguntar nada para ninguém. Os vereadores aprovaram, está aprovado. Se não gosta que seja assim, que vá reclamar com o bispo. Este foi o pensamento dos SLLQC a respeito.

Teve gente que não gostou mas também não foi reclamar com o bispo mas sim denunciar ao Ministério Público que essa lei tinha sido aprovada fora dos ditames legais de ser discutida com as comunidades interessadas, através de Audiências Públicas.  Gente arrojada e sem medo de cara feia de oligarca provinciano.

E os SLOQC devem ter-se perguntado:

Como assim? Agora tem que se perguntar ao povinho se as leis estão de acordo com a vontade popular? Não basta a vontade dos donos do poder econômico e de seus representantes na vereança?

Pois é! Precisa sim, porque o Brasil não é mais uma Democracia Representativa como era nos tempos dos “coronés” mas sim uma Democracia Participativa através da qual a cidadania representada pelos movimentos sociais e outras entidades da Sociedade Civil também têm voz ativa.

O Ministério Público, no cumprimento de seu dever, entrou no Judiciário para resolver a questão dessa lei que foi  aprovada ao arrepio da lei. A sentença do Tribunal de Justiça já saiu: a lei foi declarada inconstitucional[i]. Entre outras coisas, o entorno do Leite Lopes não é mais de uso industrial.

O conceito megalomaníaco de transformar o entorno do Leite Lopes   de uso misto para uso predominantemente industrial, tentando transformá-lo  numa tal de cidade aeroportuária (ou aerotrópolis segundo os mais pomposos),  foi para o beleléu. Se escafedeu.

Na verdade esse pessoal leu a esse respeito em algum artigo mas não  faz a menor ideia do que seja uma cidade aeroportuária. Se entendesse do assunto, certamente que estaria defendendo um novo aeroporto. Não é possível organizar uma aerotrópolis no entorno do Leite Lopes.

Só para lembrar: a tentativa de ampliação do Leite Lopes contrariando uma decisão judicial[ii], recorrendo a um subterfúgio infanto-juvenil de aprovar um tal de Relatório de Regularização Ambiental em lugar de fazer um Estudo de Impacto Ambiental (obrigatório), e entre muitas outras coisas se esqueceram de que é necessário providenciar Audiências Públicas.

Precisamos relembrar a última, ocorrida em 2007, na qual o projeto original foi repudiado?

Com Tucanato ou sem Tucanato, já está a caminho o féretro  do projeto de ampliação do Leite Lopes em lugar de se construir um aeroporto novo, moderno, adequado e apto a suportar o desenvolvimento econômico regional. Sem causar danos sócio ambientais nem danos irreparáveis para a cidade de Ribeirão Preto.
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POVO ESCLARECIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO

Diga Não à ampliação do Aeroporto e á desvalorização das casas

Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área